Eliminação para o Atlético de Madrid foi pior ao Liverpool do que o imaginado
A campanha incrível do Liverpool na conquista de seu primeiro título da Premier League acabará sem o recorde.
Afinal, depois da derrota para o Arsenal nesta quarta-feira, a equipe não poderá irá além dos 99 pontos, o que seria um a menos do que o Manchester City conseguiu em 2017-18.
Não alcançar tal marca não diminui o excelente desempenho e o indiscutível título do time de Jürgen Klopp. Porém, me deixa a sensação de que poderia ter sido ainda melhor caso não faltasse na reta final um motivo pelo qual se inspirar, além de simplesmente recordes. Um jogo de Champions League, por exemplo.
Assista aos gols de Arsenal 2 x 1 Liverpool
É evidente que qualquer time entra para ganhar sempre, ainda mais os que estão acostumados a isso. No entanto, também é muito natural, e imagino que até inevitável, que a adrenalina baixe quando seu grande objetivo foi conquistado e não exista mais troféus em jogo. Ainda mais em um período tão incomum como o atual, em que a pandemia causou uma paralisação de três meses no calendário do futebol inglês.
Não fosse a queda para o Atlético de Madrid – e não faltou futebol para isso naquele dia -, os Reds teriam a manutenção da forma e do alto nível como prioridade desde 25 de junho, quando o título foi matematicamente garantido. E consequentemente, isso teria impactado no desempenho da equipe nos jogos seguintes.
A partir do momento que a taça já estava em suas mãos, o Liverpool perdeu duas vezes e empatou uma, deixando escapar mais pontos do que havia permitido no restante do campeonato todo.
Talvez não perdesse de forma tão categórica para o Manchester City, levando um 4 a 0 e vendo o ‘pasillo’ virar passeio. Talvez não tivesse tido atuações tão pouco empolgantes quanto nos triunfos sobre Aston Villa e Brighton.
Desde a conquista do título, o melhor momento em campo foi em um tropeço: o primeiro tempo no empate contra o Burnley. Não fosse a excepcional atuação do goleiro Nick Pope, o time de Jürgen Klopp teria boas chances de terem conseguido manter a sequência de vitórias em casa e podendo ser apenas o segundo time na história a terminar uma edição do Campeonato Inglês com 100% de aproveitamento em casa – o primeiro e único foi o Sunderland no fim do século 19.
Por fim, nesta quarta, Virgil van Dijk falhou. Alisson falhou. O inacreditável aconteceu duas vezes no mesmo tempo de jogo. Difícil imaginar que algo assim ocorresse em um Liverpool no seu mais alto nível de concentração e adrenalina em uma partida. Ainda mais em um clássico.
Lógico que a queda em si foi a grande frustração para o Liverpool na derrota para o Atlético de Madrid. Mas seus malefícios respingam até hoje.
Eliminação para o Atlético de Madrid foi pior ao Liverpool do que o imaginado
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