Vasco paga pelo que Flamengo fez ao São Paulo
São Paulo vence o Vasco com gols de Rigoni e Pablo e larga em vantagem na Copa do Brasil
Vamos falar sem rodeios? O São Paulo estava incomodado com a surra que levou do Flamengo no final de semana. Não é toda hora que se perde por 5 a 1 - ainda bem! Mas, quando isso acontece, não dá para ficar indiferente. E, para quem tem brios, a reação deve vir na primeira oportunidade possível.
Ela veio, três dias depois da lavada no Maracanã. Quem pagou por aquilo que não fez foi o Vasco. Por sorte não ocorreu na mesma proporção; ainda assim, um tropeço que o complica na Copa do Brasil. Os 2 a 0 da noite fria desta quarta-feira (28), no Morumbi, vão pesar no duelo de volta, na semana que vem, no Rio.
Não gosto muito de falar em “placar injusto”. Primeiro porque é um dos tantos lugares-comuns que usamos para comentar futebol. Segundo, porque o conceito de justiça no futebol é muito volátil. Exceto quando um time é garfado, se perde é consequência de algum tipo de deficiência que teve diante do adversário.
Feita a ressalva, no parágrafo anterior, digo que não seria fora de propósito, se o Vasco voltasse para São Januário com um gol. Pois a rapaziada de Lisca Doido não se acovardou diante do rival tricolor. Está certo que o São Paulo começou com velocidade e vontade, foi pra cima, chutou um monte de vezes, até ficar em vantagem, com Rigoni, aos 13 minutos do primeiro tempo. O argentino é bom.
Mas, conto pra quem não viu o jogo, os vascaínos não ficaram atrás, naquela de “não vamos nos expor, senão vira goleada”. Nada disso. Passado o susto inicial, tratou de colocar a bola no chão, aliviou o sufoco, rondou a meta de Volpi.
No segundo tempo, até foi mais constante do que o São Paulo. O problema do Vasco foi finalizar pouco. Restou para o Cano, como sempre, a função de tentar alguma coisa. Não deu, e, para complicar, no melhor momento tomou o segundo gol (Pablo, de cabeça, após cobrança de escanteio). Daí murchou mesmo.
O São Paulo ficou muito no lucro, porque leva vantagem razoável para decidir a vaga para as quartas. Crespo tinha ficado dividido, entre tentar a sorte na Copa do Brasil e resguardar a tropa para o clássico de sábado com o Palmeiras. Por isso, deixou no banco alguns titulares. Alguns entraram só no segundo tempo.
Fosse o treinador tricolor aposta de vez na Copa do Brasil e na Libertadores, e tentava levar o Brasileiro em banho-maria. Fazer o suficiente para sair da zona de rebaixamento e esquecer qualquer pretensão de título. Mas entendo que também não dava para botar força máxima contra o Vasco e correr risco de ir esbagaçado para enfrentar o Palmeiras. Crespo já percebeu o tamanho da rivalidade local.
O Vasco dá sinais de vida com Lisca. O time tem limitações, porém foi corajoso contra o São Paulo. Há desequilíbrio entre suas linhas. A defesa oscila, o meio às vezes padece de lentidão. Na frente, com disse, é torcer para Cano estar com pé calibrado. No entanto, se vê mais confiança. Pode não servir para anular a desvantagem na Copa do Brasil, mas tem tudo para ser útil na Série B. Porque, amigo vascaíno, a meta é voltar para a elite em 2022. E nunca mais cair!
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