Esse Flamengo surra com gosto
Bonito ver um time envolver adversários, deixá-los tontos e derrotá-los com categoria. Agradável acompanhar a troca de passes, a bola a girar de pé em pé até chegar à área contrária com facilidade. Impagável curtir gols e mais gols. Deliciosa a sensação de que essa equipe vai faturar taças e taças.
Esse é o resumo do que o Flamengo tem feito ultimamente. E vai dizer que não?
Até pouco tempo atrás a turma rubro-negra andava meio emburrada, de cara fechada. Parecia sem vontade e confiança. Andou até perdendo alguns jogos, vejam só! O ambiente estava desacorçoado, a ponto de a direção concluir que deveria demitir o treinador com o qual foi campeão Brasileiro e Estadual.
Eis que agora o Flamengo ressurge. E reaparece com leveza, com vontade de jogar, com gana de vencer. Dá a impressão de novinho em folha. Além disso, bate nos rivais com gosto, sem dó. Porém, sem perder o respeito e a ternura.
A sequência de resultados está aí para não me desmentir. Os 5 a 0 no Bahia serviram como aperitivo no Brasileiro. Depois, foram 4 a 1 no Defensa y Justicia pela Libertadores. No embalo, vieram os 5 a 1 no São Paulo, também na Série A. Para completar o giro de competições, nesta quinta-feira lascou 6 a 0 no ABC, pelas oitavas da Copa do Brasil. A parada no fim de semana é o Corinthians…
Não há invenção no Flamengo de Renato Gaúcho. Ele não inventou a pólvora nem bolou esquema milagroso e revolucionário. Ao contrário, fez o simples, como admitiu em coletivas e em entrevista ao canal oficial (Fla TV). Ou seja: apostou na qualidade do elenco, no conjunto que vem desde o segundo semestre de 2019 e deu moral para alguns jogadores que andavam cabisbaixos e esquecidos.
A consequência está escancarada dentro de campo. Com a base montada por JJ, com o resgate de reservas antes sem moral ou com baixo aproveitamento (MIchael, Vitinho, Thiago Maia, Rodinei, Mateuzinho e outros) e sem pressão, o Flamengo voltou a encantar quem curte futebol. E, claro, voltou a aterrorizar os oponentes.
O jogo com o ABC foi outra prova de que a sede por títulos está no auge. Renato apostou em formação forte para resolver a questão no Maracanã, e se deu bem. O time potiguar resistiu quase meia hora, até o gol de Arrascaeta. Daí pra frente, desabou e levou mais três antes do intervalo (Gabigol, Bruno Henrique, Gabigol).
O segundo tempo foi mera formalidade, e ainda assim vieram mais dois gols: com Donato (contra) e Michael. Para o jogo de volta, na semana que vem, Renato pode colocar só reservas. Antes disso, tem como optar por titulares no clássico com o Corinthians. Quer dizer: dosa na Copa do Brasil e foca na subida no Brasileiro.
O jogo é jogado, ninguém vence de véspera, futebol é caixinha de surpresa e dentro de campo são onze contra onze. Use os chavões que quiser, porém um fato é inegável: o Flamengo mostra fôlego e competência para chegar à decisão da Libertadores e da Copa do Brasil. E se mantém vivo na corrida pelo tri.
Não sou de apostar, mas...Quer valer?
Esse Flamengo surra com gosto
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