Esquisito Messi com novo manto
Meio mundo e mais um tanto de gente aguardavam a estreia de Lionel Messi no Paris Saint-Germain. Havia expectativa para ver como o astro argentino se comportaria ao lado do amigo Neymar, com quem se reencontraria anos depois da experiência conjunta (e vencendora) no Barcelona.
O grande dia seria neste domingo (29), na visita do PSG ao Reims (vitória por 2 a 0), pela quarta rodada do Campeonato Francês. Pois bem, Messi entrou, aos 20 minutos do segundo tempo. Mas ficou uma sensação esquisita, para quem se acostumou a vida toda a vê-lo em ação pelo fantástico time catalão.
Antes de mais nada, parece que não “ornou” nele a camisa do PSG. Não pelo clube, pois é lindo o fardamento francês. Na verdade, pareceria estranho com qualquer outro manto que não fosse o do Barça. Eu sei, eu sei, é questão de tempo para nos acostumarmos. Grandes ídolos mudaram de casa e conseguiram escrever nova história bonita. Messi tem talento para engrandecer qualquer agremiação.
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Mas, o que vou fazer, se tenho esse apego por jogadores fiéis a uma só camisa?
Teve mais. Ver o Messi no banco, como um rapazinho recém-promovido, também não combina com o tamanho dele. Sim, caro amigo, é imagem temporária. O técnico Pocchetino optou por colocá-lo aos poucos, para adaptar-se ao ambiente, aos novos companheiros, ao estilo de jogo, à mudança ocorrida na carreira.
Mas não é situação comum. Por isso, chamou a atenção.
Tem outra. Entrou no lugar do Neymar. Ah, aí foi pra frustrar a gente. Quando o Messi foi para Paris, todos esperamos a reconstrução de parceria de sucesso com o astro brasileiro. Daí, justamente na primeira aparição o treinador coloca um no lugar do outro?! Ah, que brincadeira é essa Pocchetino? Tá bom, tá bom, estratégia de jogo.
Mas os torcedores, mundo afora, querem Messi e Neymar juntos! Juntos com Mbappè e Di Maria. Para termos um quarteto mágico.
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Pensa que acabou meu estranhamento? Não.
Messi entra em campo e a gente o vê com a camisa número… 30! Isso mesmo, 30! Messi é camisa 10, aquela reservada para os fora de série, os craques, os estratosféricos. A 10 é de Maradona, Zico, Platini… Pelé!
Sim, o Neymar tem a 10 no PSG e, por tempo de casa e merecimento, tem a prioridade para usá-la. Nada contra o Neymar, tudo a favor do Messi.
Puxa, com a 30, desambientado, em novo local de trabalho, Messi dava a impressão, como notou um amigo que me segue no Twitter, que participava de jogo beneficente. Pegou na bola algumas vezes e quase pediu licença para dar uma palhinha do que é capaz.
Que sensação incômoda.
Ok, fecharei esta pequena crônica com otimismo. Messi é tão fabuloso, tão especial, tão diferente que logo dará a impressão de que joga no PSG desde pequenininho. Vamos aplaudi-lo com entusiasmo. Até com a camisa 30.
Mas, pelo menos no meu mundo ideal, Messi e Barcelona foram feitos um para o outro. O problema é a realidade, essa bendita realidade, que mostra que a vida não é assim.
Esquisito Messi com novo manto
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