Galo e Palmeiras vão “vivos” pra BH
Baixada a adrenalina do primeiro duelo pela semifinal da Libertadores-21, fica a constatação óbvia: Atlético-MG e Palmeiras vão sãos e salvos para a decisão da próxima terça-feira (28), em Belo Horizonte. O 0 a 0 no Allianz Parque não foi uma maravilha e tampouco desagradou aos dois lados. Cuca e Abel Ferreira deixaram claro que esperavam mesmo que a disputa ficasse aberta para o segundo round.
Por contraditório que pareça, o lado verde ficou mais aliviado com o placar intocado em São Paulo. Havia o pressentimento de desastre diante de um adversário em ascensão, empolgado com liderança folgada no Brasileiro e passagem para a semifinal da Copa do Brasil. O Galo era o favorito já para a partida de ontem.
A estratégia de Abel esteve escancarada já na escalação que mandou a campo, com a presença de Luis Adriano no ataque e Felipe Melo no meio-campo. A dupla tem sido pouco utilizada no Brasileiro, porém ganhou preferência do treinador pela experiência e pela força física. Luis Adriano teve outra atuação apagada - e talvez fique fora do jogo de volta. Felipe deu conta do recado na proposta de segurar sobretudo Hulk e Diego Costa, atacantes de muito vigor e potência nos chutes.
Cuca também retorna para casa com a sensação de que o empate não foi de todo ruim, apesar de Hulk ter desperdiçado excelente oportunidade para abrir vantagem, com o pênalti mandado na trave pouco antes do intervalo. O Galo não criou como de hábito, dada a marcação eficiente do Palmeiras. Em compensação, não sofreu pressão, não levou gol outra vez, manteve a invencibilidade e aposta em seu poderio ofensivo para garantir-se em outra final sul-americana.
Claro que há riscos. Se o Galo levar um gol, necessariamente precisará da vitória, já que se anula a alternativa de definição por pênaltis. Esse detalhe pode fazer com que Abel opte por ataque mais veloz do que esse que escolheu como mandante (além de Luis Adriano, estavam Rony e Dudu). Não se deve descartar a hipótese de largar com Rony, Dudu e Wesley, um trio de muita velocidade nos contragolpes.
A ameaça para os palmeirenses está na regularidade com que o Atlético chega ao gol rival. Raras as partidas, como a desta terça-feira, em que não faz ao menos um gol. E o Palmeiras já deu diversas, e preocupantes, mostras de que desmorona, em momentos decisivos, se ficar em desvantagem no placar.
É jogo que tende a ser mais aberto do que aquele visto no antigo estádio Palestra Itália. Na primeira metade do tira-teima, prevaleceu o respeito mútuo. Respeito até exagerado, que resultou num espetáculo (uso a palavra por força do hábito, porque de espetacular não teve nada) sem emoção, sem ousadia e sem gols. Mas ok na visão do que pretendiam os técnicos, que era o de seus times irem “vivos” para BH..
No segundo capítulo, ambos deverão expor-se mais. Assim espero, e o futebol agradece.
Galo e Palmeiras vão “vivos” pra BH
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