Timão ressurge, Palmeiras sucumbe
Tem gente que alega lugar-comum, quando se diz que Corinthians x Palmeiras é especial, pois sempre há algum desdobramento importante. Essas pessoas descrentes estão equivocadas: o dérbi paulista quase nunca passa em vão. E com muita frequência elege vilões e heróis, mesmo que por alguns momentos.
A mais recente prova dessa tese secular veio na noite deste sábado (25), no clássico disputado na Neo Química Arena. Os 2 a 1 para a turma alvinegra indicam caminhos diferentes para os dois lados. Os corintianos ressurgiram na briga pelo G-4 (33 pontos em 22 rodadas) e os palmeirenses começaram a dar adeus ao título, mesmo com a segunda colocação atual (38 pontos, em 21 apresentações).
Pra dizer a verdade, não foi um jogão, daqueles memoráveis, que entram na antologia de uma disputa que nasceu em maio de 1917. As duas equipes expuseram limitações, no gramado em Itaquera, e estão longe de empolgar.
Mas, como afirmei no parágrafo acima, uma saiu de campo com esperança de dias melhores no Brasileiro de 21 e outra passa a carregar tremenda interrogação, não só para a trajetória que resta na Série A, porém sobretudo para o que esperar no duelo com o Atlético-MG, terça-feira, pela semifinal da Libertadores. O torcedor palestrino no mínimo vai sofrer um bocado, sem garantia de alegria no final…
Num resumo rápido, ficou óbvio o crescimento do Corinthians, com o aproveitamento da turma de peso que chegou recentemente. Giuliano, Renato Augusto, Willian e Roger Guedes fizeram a equipe encorpar, espalharam confiança para os demais e impuseram mais respeito aos adversários.
Os dois primeiros foram bem, em especial na marcação. Willian participou de lances importantes, com o do primeiro gol. E Roger Guedes? Bem, ele foi o nome da noite, com os gols que definiram a vitória. O segundo, principalmente, foi extraordinário. Mais um clichê que funcionou: a tal da implacável “lei do ex”.
E o Palmeiras? Segurou-se bem na hora de defender, exceto nos lances dos gols e ao menos em outras duas ocasiões boas para o Corinthians. Em compensação, foi um fiasco na construção de jogadas e, por extensão, nas finalizações. Impressionante como murcharam criatividade e Scarpa, Dudu, Wesley.
Depois entraram Willian Bigode, Deyverson e Veron. Sabe o que fizeram? Nada. Só serviram para dar descanso aos que saíram. Como?! Esqueci do Luiz Adriano? Não esqueci, não. Ele é quem esqueceu de jogar e os companheiros esqueceram que estava em campo. Outro jogo em que passa em brancas nuvens…
Longe de mim gorar qualquer time. Mas, pelo que o Palmeiras tem feito (pouco) nos últimos tempos, acho bom o torcedor encomendar litros de chá de camomila e erva cidreira e preparar-se para passar nervoso na visita ao Mineirão. Se bobear, o ano termina para o Palmeiras dois meses antes do que aponta o calendário…
Timão ressurge, Palmeiras sucumbe
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