Curti: Em cacos, Red Sox devem ser vendedores na trade deadline
Que surreal imaginar que o Boston Red Sox há duas temporadas fora campeão da World Series. Hoje, o time apresenta-se como um time sem rumo em alguns aspectos, com um técnico recém saído pela porta dos fundos por conta do escândalo de roubo de sinais em Houston, sua maior estrela trocada, baixas na rotação e uma expressão corporal de seus jogadores que não acaba sendo nada inspiradora.
Na semana passada, durante a série contra o Baltimore Orioles em Boston, assisti a várias entradas nas quais os jogadores de Boston apresentavam-se apáticos. Sem muita energia, meio que cumprindo tabela. Na defesa, pareciam que não jogavam com vontade. O resultado como um todo – disso e das perdas que o time sofreu – é o momento atual. Numa divisão que apontaria os Orioles como pior equipe, os Red Sox são último colocado.
Mesmo num ano com pós-temporada expandida e seus 8 times por liga, é difícil imaginar que Boston esteja na competição. Até porque, descontando Baltimore, Toronto e Tampa Bay apresentam elencos com mais potencial e os Yankees devem ser primeiros colocados.
Ontem, no Yankee Stadium, mais uma varrida. A maior rivalidade do beisebol e uma das maiores dos esportes americanos tornou-se um samba de uma nota só. No caso, um New York, New York. Depois de perder os dois primeiros jogos da série por 5-1 e 5-2, Boston até mostrou um certo poder de reação – amparado por mais uma atuação fraca do canhoto James Paxton, cuja velocidade em bola rápida começa a preocupar os Yankees.
A derrota veio no final do jogo graças a um home run de Aaron Judge. O outfielder yankee teve dois ontem e, para variar, mais uma derrota vai na conta do bullpen de Boston. Matt Barnes lançou uma boa bola de curva na parte interna e seguiu com o mesmo arremesso em sequência – que ficou pendurado dentro da zona e explodido por Judge. Com a varrida, Boston agora tem 1-11 nos últimos 12 jogos no Yankee Stadium – são sete derrotas seguidas.
Não tem como não dizer que a situação é não crítica quando observamos que o ataque quando rende – e não vem sendo frequente isso – acaba sendo implodido pelo bullpen ou pela rotação. É quase que a mesma história de 2019, mas sem Mookie Betts, sem David Price, sem Chris Sale e agora sem Eduardo Rodriguez, que teve complicações pós-covid19. Price foi para os Dodgers junto de Betts e não joga, então daria na mesma. Sale, após passar por Tommy John, não volta em 2020. Rodriguez tampouco.
O prazo final para trocas (trade deadline) é no final deste mês de agosto. Há jogadores um tanto quanto introcáveis no Fenway Park, como Xander Bogaerts e Rafael Devers – ambos brilharam ontem, aliás. Outros, porém, podem reforçar uma reconstrução em Massachussetts. J.D. Martinez ainda tem três anos de contrato. Chrístian Vazquez entrou o domingo como segundo do beisebol com mais home runs. É algo a se pensar.
De toda forma, mesmo que não apertem o gatilho, essa parece ser a realidade do Boston Red Sox em 2020. Dois anos após o título, tornaram-se vendedores no mês de trocas da Major League Baseball.
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