Um jogo é o bastante para duvidar de Tom Brady nos Bucs?
Um jogo foi suficiente para as críticas caírem sobre Tom Brady nos Bucs. Mas apesar de ter sido apenas a estreia do camisa 12 por Tampa Bay, a derrota para os Saints reforçou algumas das dúvidas que já existiam sobre o quarterback de 43 anos.
O primeiro dos questionamentos tem relação direta com a saída dos Patriots: Brady não está mais em um time treinado por Bill Belichick.
A mudança é óbvia, mas trocar Belichick por Bruce Arians vai muito além dos nomes - e das conquistas - dos treinadores. Os times do seis vezes vencedor do Super Bowl têm a disciplina como um dos focos, algo que não acontece, ao menos na prática, nas equipes de Arians.
"Uma das interceptações (contra os Saints) foi um erro na comunicação entre ele e o Mike (Evans)", disse Arians depois da derrota por 34 a 23 em Nova Orleans. "Ele achou que o Mike iria para o meio, mas era uma cobertura diferente. O Mike fez a leitura certa. Deveria ter cruzado em sua frente, mas Tom errou. O outro foi um passe de screen com uma outlet chamada. Ele fez o passe na outlet e foi um pick-six. Decisão ruim."
Na semana 1 de 2020, os Bucs cometeram 9 penalidades, maior marca da NFL ao lado de Cardinals e Jets. Em 2019, primeira temporada de Arians em Tampa, foram 133 no total, acima de qualquer outro time. Em comparação, os Patriots cometeram 94 penalidades no último ano, a 5ª menor quantidade da liga.
Além da indisciplina, a primeira partida de Brady em seu novo time mostrou o tipo de adversários que ele terá pela frente.
Em 2019, o quarterback venceu seu 11º título de divisão seguido com New England - numa AFC Leste que conta com Jets, Dolphins e Bills. Entre 2010 e 2019, os Patriots somaram 125 vitórias de temporada regular. Na divisão, só Buffalo ultrapassou a marca de 70 vitórias (foram 71 na década).
Em comparação, a NFL Sul, nova divisão de Brady, tem Saints, Falcons e Panthers, três times que foram ao Super Bowl nos últimos dez anos e que, ao menos nos casos de New Orleans e Atlanta, contam com quarterbacks de um nível superior aos que TB12 encarava na AFC Leste - Teddy Bridgewater, o outro QB da NFC Sul ainda tenta provar seu valor em Carolina.
Na partida contra os Saints, Brady lançou dois passes para touchdowns, mas também foi interceptado duas vezes, algo que não acontecia desde a final da AFC em 2019, 18 jogos atrás.
A temporada passada, inclusive, foi uma das piores em estatísticas da carreira do camisa 12: levando em conta os anos em que ele atuou 16 vezes, os 24 touchdowns de 2019 foram a 2ª menor marca, e os 60,8% de aproveitamento nos passes, a 3ª.
Brady já calou muitos críticos e analistas no passar de suas duas décadas na NFL. Mas, eventualmente, a idade começará a fazer muita diferença no jogo do hexacampeão. Ele já demonstra há alguns anos a preferência por fazer passes rápidos e curtos ou de se livrar da bola para evitar levar pancadas - o que vai obrigar um ajuste no estilo do jogo de Mike Evans e Chris Godwin, wide receivers estrelas dos Bucs.
O camisa 12 nunca foi um quarterback móvel e, sim, o tempo passa para todos. Foi apenas um jogo, mas é difícil encontrar pontos positivos na estreia de 'Tompa'.
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