Finais da NBA provam: nem só com as superestrelas se vence um título
Sim, Devin Booker foi o grande destaque da vitória por 118 a 108 do Phoenix Suns sobre o Milwaukee Bucks no Jogo 2 das Finais da NBA na quinta-feira. A partida, porém, foi mais uma prova de que nem só com as superestrelas é que se vence um título na elite do basquete mundial: os coadjuvantes são fundamentais.
Se Booker terminou o jogo com 31 pontos, ele foi ao intervalo com apenas 10 e um aproveitamento de 4 de 12 nos arremessos. Chris Paul, a grande estrela dos Suns, fez apenas 8 pontos na primeira metade. Ainda assim, Phoenix venceu o primeiro tempo por 56 a 45. Como? Graças aos coadjuvantes.
Se a marcação do Milwaukee Bucks começou extremamente ajustada e sufocando as duas estrelas do Phoenix Suns, sobrou espaço para que Jae Crowder e Mikal Bridges brilhassem. No primeiro quarto, os dois combinaram para 4 de 7 nas bolas de 3 e mantiveram a equipe viva após os visitantes abrirem mais de 10 pontos de vantagem.
No segundo período, os dois mantiveram o ritmo e ainda tiveram a ajuda de Cameron Johnson, que anotou 2 bolas de 3. Com isso, os Suns foram ao intervalo com vantagem e Booker e Chris Paul puderam se colocar de vez do jogo no 2º tempo e serem os grandes responsáveis pela vitória. Bridges terminou a partida como o 2º cestinha dos Suns com 27 pontos e eu, de repente, me senti transportado para 2013.
Naquele ano, o time que eu mais gostei de ver jogar até hoje - não o melhor, esse é o Golden State de 2018 - foi campeão. O Miami Heat de LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh venceu o San Antonio Spurs de Tony Parker, Manu Ginobili, Kawhi Leonard e Tim Duncan em 7 jogos.
LeBron, obviamente, foi o melhor jogador em quadra, MVP das Finais e o grande responsável pelo título. Wade e Bosh tiveram contribuições do nível esperado para um Big 3, mas não foram os únicos.
No Jogo 2 daquela série, Mario Chalmers foi o cestinha do Heat com 19 pontos na vitória por 103 a 84. No Jogo 6, em que Miami empatou a série em 3 a 3 e forçou o sétimo jogo, Chalmers voltou a brilhar e foi o 2º maior pontuador do time com 20 pontos, atrás apenas de LeBron que anotou 32.
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Além disso, é impossível esquecer daquela bola de Ray Allen que forçou a prorrogação e manteve o Heat vivo. É difícil chamar um dos 5 maiores arremessadores da história da NBA de coadjuvante, mas era o que ele era naquele time. No Jogo 7, Chalmers anotou mais 14 pontos e Shane Battier contribuiu com 18 pontos e um aproveitamento de 6 de 8 nas bolas de 3.
Usei o exemplo de 2013 por ser o meu time favorito dos que vi ao vivo, mas o que não faltam são exemplos de coadjuvantes sendo fundamentais para título (alguém mais pensou na bola de 3 de Steve Kerr em 1998?).
Ontem, tivemos mais uma prova: para você vencer nas Finais da NBA, não bastam as superestrelas. Os coadjuvantes são fundamentais. Que o diga Giannis Antetokounmpo, que anotou 42 pontos em uma "atuação de Shaquille O'Neal" e, mesmo assim, não teve chances.
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