Corrida pelo MVP #3 - Curry vence duelo direto com Durant, e Chris Paul lidera os Suns 'on fire'

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto


Já temos um mês de temporada da NBA!

Curry e Durant se enfrentaram pela 1ª vez - e o armador dos Warriors levou a melhor.

Os Clippers seguem em alta com Paul George dominando, e os Suns de Chris Paul chegaram a 10 vitórias seguidas.


1 - Stephen Curry - Warriors
Estatísticas: 28.7 pontos, 6.6 assistências e 6.3 rebotes
Campanha:  12-2
Ranking anterior: #1

Foram duas vitórias e uma derrota na semana dos Warriors, que continuam com a melhor campanha da NBA - e que grandes vitórias foram: a primeira, com 40 pontos contra os empolgantes Bulls; a segunda, com 37 pontos contra os Nets de Kevin Durant. Curry segue sendo incontestável na temporada.

2 - Kevin Durant - Nets 

Estatísticas: 28.6 pontos, 7.9 rebotes e 4.9 assistências
Campanha: 11-5
Ranking anterior: #2

Os Nets estão longe de serem os Nets que todos esperavam - ainda sem Kyrie Irving e com os altos e baixos de James Harden. E se Brooklyn ainda briga pelo topo do Leste, é por causa de Durant. Foram três vitórias e uma derrota na semana, com médias de 25.8 pontos e 6 rebotes para KD. 

3 - DeMar DeRozan - Bulls 

Estatísticas: 26.6 pontos, 5.3 rebotes e 4.2 assistências
Campanha: 10-5
Ranking anterior: #4

Os Bulls tiveram campanha de 2-2 na última semana, mas estão no meio de uma viagem de cinco jogos pelo Oeste. E nas duas noites seguidas que tiveram em Los Angeles, DeRozan amassou Clippers e Lakers - 35 e 38 pontos.

4 - Nikola Jokic - Nuggets

Estatísticas: 26.1 pontos, 13.8 rebotes e 6.3 assistências
Campanha: 9-5
Ranking anterior: #5

O atual MVP continua crescendo na temporada. Em três jogos na última semana, os Nuggets venceram duas vezes, e Jokic conseguiu médias absurdas de 28.3 pontos, 14.7 rebotes e 8.3 assistências - incluindo um triplo-duplo na vitória sobre os Hawks.

5 - Paul George - Clippers

Estatísticas: 27.0 pontos e 8.2 rebotes e 5.1 assistências
Campanha: 9-5
Ranking anterior: #10

Com oito vitórias nos últimos nove jogos, os Clippers decolaram no Oeste - e graças a Paul George. Na última semana, marcada pela vitória sobre o forte Miami Heat, PG13 teve médias de 27.8 pontos e 8.3 rebotes.

6 - Jimmy Butler - Heat

Estatísticas: 24.3 pontos, 5.8 rebotes e 5.5 assistências
Campanha: 10-5
Ranking anterior: #7

Depois de uma semana fora por lesão, Jimmy Butler está de volta - e o retorno não poderia ter sido melhor. O astro do Heat fez 31 pontos, pegou 10 rebotes e deu 10 assistências na vitória sobre os Pelicans em Miami.

7 - Giannis Antetokounmpo - Bucks

Estatísticas: 28.0 pontos, 11.1 rebotes e 5.8 assistências
Campanha: 7-8
Ranking anterior: #8

Os Bucks seguem muito longe do nível que atingiram na temporada 2020-21. Na semana, depois da derrota para os Celtics sem Giannis, o atual MVP das Finais voltou com 26 pontos contra os Hawks - e Milwaukee perdeu mais uma. Mas contra os Lakers, ele dominou o duelo com Anthony Davis e liderou a vitória com surreais 47 pontos feitos em apenas 23 arremessos.

8 - Luka Doncic - Mavericks 

Estatísticas: 24.9 pontos, 8.3 rebotes e 7.9 assistências 
Campanha: 9-5
Ranking anterior: #6

Em três jogos na semana, foram duas vitórias e uma derrota dos Mavs - para um Phoenix Suns pegando fogo e sem Doncic em quadra. Luka teve média de triplo-duplo nos dois jogos que fez: 27.5 pontos, 13 assistências e 10 rebotes contra Spurs e Nuggets.

9 - Ja Morant - Grizzlies 

Estatísticas: 25.9 pontos, 7.3 assistências e 6.4 rebotes
Campanha: 7-7
Ranking anterior: #3

Os Grizzlies estão voltando ao mundo normal e perderam três dos últimos quatro jogos. O nome que segue merecendo atenção: Ja Morant. O armador fez dois duplos-duplos em três partidas da semana e conseguiu médias de 23.3 pontos, 9 rebotes e 7.3 assistências.

10 - Chris Paul - Suns

Estatísticas: 14.1 pontos, 10.5 assistências e 4.1 rebotes
Campanha: 11-3
Ranking anterior: Fora do Top 10

Depois de começarem a temporada com uma vitória em quatro jogos, os Suns somam 10 vitórias consecutivas - e, claro, com a maestria de sempre do 'Point God'. Nas 10 vitórias, CP3 teve médias de 15 pontos e 10.4 assistências, e Phoenix começa a mostrar a força que levou o time às Finais da temporada passada.


Os próximos 10: Anthony Davis, Donovan Mitchell, Joel Embiid, Bradley Beal, LaMelo Ball, Rudy Gobert, Trae Young, Karl-Anthony Towns, Zach LaVine, Devin Booker

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Finais da NBA provam: nem só com as superestrelas se vence um título

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

Sim, Devin Booker foi o grande destaque da vitória por 118 a 108 do Phoenix Suns sobre o Milwaukee Bucks no Jogo 2 das Finais da NBA na quinta-feira. A partida, porém, foi mais uma prova de que nem só com as superestrelas é que se vence um título na elite do basquete mundial: os coadjuvantes são fundamentais.

Se Booker terminou o jogo com 31 pontos, ele foi ao intervalo com apenas 10 e um aproveitamento de 4 de 12 nos arremessos. Chris Paul, a grande estrela dos Suns, fez apenas 8 pontos na primeira metade. Ainda assim, Phoenix venceu o primeiro tempo por 56 a 45. Como? Graças aos coadjuvantes.

Se a marcação do Milwaukee Bucks começou extremamente ajustada e sufocando as duas estrelas do Phoenix Suns, sobrou espaço para que Jae Crowder e Mikal Bridges brilhassem. No primeiro quarto, os dois combinaram para 4 de 7 nas bolas de 3 e mantiveram a equipe viva após os visitantes abrirem mais de 10 pontos de vantagem.

No segundo período, os dois mantiveram o ritmo e ainda tiveram a ajuda de Cameron Johnson, que anotou 2 bolas de 3. Com isso, os Suns foram ao intervalo com vantagem e Booker e Chris Paul puderam se colocar de vez do jogo no 2º tempo e serem os grandes responsáveis pela vitória. Bridges terminou a partida como o 2º cestinha dos Suns com 27 pontos e eu, de repente, me senti transportado para 2013.

Chris Paul orienta Mikal Bridges no Jogo 2 das Finais
Chris Paul orienta Mikal Bridges no Jogo 2 das Finais Joe Murphy/NBAE via Getty Images

Naquele ano, o time que eu mais gostei de ver jogar até hoje - não o melhor, esse é o Golden State de 2018 - foi campeão. O Miami Heat de LeBron James, Dwyane Wade e Chris Bosh venceu o San Antonio Spurs de Tony Parker, Manu Ginobili, Kawhi Leonard e Tim Duncan em 7 jogos.

LeBron, obviamente, foi o melhor jogador em quadra, MVP das Finais e o grande responsável pelo título. Wade e Bosh tiveram contribuições do nível esperado para um Big 3, mas não foram os únicos.

No Jogo 2 daquela série, Mario Chalmers foi o cestinha do Heat com 19 pontos na vitória por 103 a 84. No Jogo 6, em que Miami empatou a série em 3 a 3 e forçou o sétimo jogo, Chalmers voltou a brilhar e foi o 2º maior pontuador do time com 20 pontos, atrás apenas de LeBron que anotou 32.


         
    

Suns dão aula de basquete coletivo e Deandre Ayton consegue 2 pontos e a falta

Além disso, é impossível esquecer daquela bola de Ray Allen que forçou a prorrogação e manteve o Heat vivo. É difícil chamar um dos 5 maiores arremessadores da história da NBA de coadjuvante, mas era o que ele era naquele time.  No Jogo 7, Chalmers anotou mais 14 pontos e Shane Battier contribuiu com 18 pontos e um aproveitamento de 6 de 8 nas bolas de 3.

Usei o exemplo de 2013 por ser o meu time favorito dos que vi ao vivo, mas o que não faltam são exemplos de coadjuvantes sendo fundamentais para título (alguém mais pensou na bola de 3 de Steve Kerr em 1998?).

Ontem, tivemos mais uma prova: para você vencer nas Finais da NBA, não bastam as superestrelas. Os coadjuvantes são fundamentais. Que o diga Giannis Antetokounmpo, que anotou 42 pontos em uma "atuação de Shaquille O'Neal" e, mesmo assim, não teve chances.

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Presente, professor Chris Paul! A aula de CP3, finalmente, foi dada na maior sala da NBA: as Finais

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

Demorou, mas finalmente chegou. Foram "16 anos de lesões, derrotas duras e muito trabalho", como o próprio definiu, mas Chris Paul finalmente fez sua estreia no maior palco da NBA: o das Finais.

E não foi qualquer estreia. O camisa 3 fez 32 pontos, sendo 16 no 3º quarto, e deu 9 assistências, comandando o Phoenix Suns a uma vitória por 118 a 105 sobre o Milwaukee Bucks e a liderança na série melhor de 7 por 1 a 0.

Se ele saiu zerado do primeiro quarto, Chris começou a entrar no jogo no segundo período, mas foi voltando do intervalo que a aula de como jogar basquete começou. Em uma NBA cada vez mais marcada pela velocidade e os arremessos de três, o armador demonstra diariamente que não precisou se reinventar para seguir brilhando.


         
    

Chris Paul tem sequência espetacular e enlouquece Rômulo, Bulga e Leandrinho

Ao contrário, usou as mudanças no jogo para potencializar sua qualidade e, talvez, chegar em sua melhor versão aos 36 anos de idade e em sua 16ª temporada. Com a inteligência que só um dos maiores armadores da história da NBA poderia ter, Paul percebeu que o foco nas bolas de três e no ataque ao aro, os arremessos mais eficientes do "basquete de estatísticas". abriu ainda mais espaço para suas bolas de média distância.

Se antigamente os 4 jogadores que não estavam na bola ficavam próximos do aro para tentar os arremessos do mais perto possível, a NBA atual vê times por diversas vezes colocarem seus 5 jogadores na linha do perímetro e abandonarem o garrafão.

CP3 comanda seus companheiros no Jogo 1 das Finais
CP3 comanda seus companheiros no Jogo 1 das Finais Joe Murphy/NBAE via Getty Images

Com isso, os defensores são obrigados a também espaçarem a quadra, exceto por aquele que normalmente protege o aro quando um armador tenta a infiltração. Com isso, sobrou espaço na bola de média distância. E, muito provavelmente, ninguém na história da NBA teve uma bola de média distância tão eficiente quanto a de Chris Paul.

Sete dos 12 arremessos convertidos pelo armador na partida contra os Bucks vieram da média distância, gerando 14 de seus 32 pontos na partida. Foi com base nessa ameaça que Paul preparou sua aula de basquete.

E, como todo bom professor, não faltaram exemplos e demonstrações práticas de como dominar uma quadra de basquete. Atacando no 1 contra 1 contra pivôs, bailando contra Giannis Antetokounmpo ou conseguindo bolas de 3 na cara de jogadores maiores que ele, Chris Paul fez o que sempre fez em 16 anos de carreira: ensinou como se joga basquete.


         
    

Chris Paul deixa Giannis no chão, faz linda cesta e consegue dois pontos e a falta

Para nossa sorte e para a sorte do esporte, essa aula, finalmente, veio na maior sala possível, com o maior número de alunos assistindo: as Finais da NBA. Teremos, no mínimo, mais três. Torcemos por mais seis. Que possamos desfrutar e aprender ao máximo. Presente, professor!

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Presente, professor Chris Paul! A aula de CP3, finalmente, foi dada na maior sala da NBA: as Finais

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A primeira grande vitória das Finais da NBA: a presença de Chris Paul

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

As Finais da NBA sequer estão definidas, mas já tivemos a primeira vitória da série: a presença de Chris Paul. Na quarta-feira, o armador deu uma aula de basquete e o Phoenix Suns venceu o Jogo 6 contra o Los Angeles Clippers, fechando a final do Oeste em 4 a 2 e garantido sua vaga na grande decisão.

Depois "de 16 anos de cirurgias, trabalho duro, derrotas e derrotas duras", como ele mesmo definiu, o Point God, o Deus da Armação, está nas Finais da NBA pela primeira vez.

Chris Paul é, sem dúvidas, um dos 5 maiores armadores da história da NBA - pra mim, o 3º. Se ele se aposentasse sem chegar ao maior palco do basquete, a derrota seria do esporte. O que Rômulo Mendonça muito bem definiu como "uma aula do professor Chris" é a prova cabal de que ele merece como poucos aproveitar este momento.


         
    

Presente, professor! Chris Paul dá aula de basquete e Rômulo vai à loucura


Com os Suns precisando da vitória fora de casa para voltarem às Finais pela 1ª vez desde 1993, o Point God ministrou uma palestra de como comandar uma equipe gigante. Foram 41 pontos, 8 assistências, 3 roubadas de bola e nenhum desperdício.

Mais além disso, Paul mostrou seu tamanho no último quarto. Os Suns venciam por 17 quando ele foi ao banco descansar. Quando voltou, a liderança era de apenas 7 pontos e os Clippers estavam com a moral no alto. Chris, então, anotou 27 dos próximos 35 pontos da partida e voltou ao banco com o seu time 24 pontos na frente e com a vaga nas Finais garantida.

Chris Paul se emociona ao comemorar o título do Oeste
Chris Paul se emociona ao comemorar o título do Oeste Adam Pantozzi/NBAE via Getty Images

Uma atuação gigante de um gigante do basquete. Depois de ficar no quase com os próprios Clippers e com o Houston Rockets naquela final de Conferência Oeste que a equipe vencia o Golden State Warriors, que pode ser considerado o melhor time da história, por 3 a 2 quando ele se machucou e viu do banco seus companheiros serem derrotados em 7 jogos, Chris Paul finalmente chegou aonde merece estar.

Vitória da NBA, vitória do basquete e vitória daqueles que podem apreciar um dos maiores de todos os tempos em tempo real. Bem vindo, Point God, ao seu lugar: o maior palco do basquete mundial.

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Trae Young, o grande vencedor dos playoffs, não é mais 'o da troca com Doncic': é uma superestrela

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

Desde que entrou na NBA em 2018, Trae Young tem sido etiquetado com o mesmo rótulo: o cara pelo qual o Atlanta Hawks trocou Luka Doncic na noite do Draft.

Desde então, esse era o prisma em que Trae Young era analisado. Ele fez 30 pontos, deu 10 assistências e os Hawks perderam? Ok, mas na mesma noite Doncic fez 35 pontos, deu 15 assistências, pegou 10 rebotes e o Dallas Mavericks ainda saiu com a vitória. Portanto, os Hawks seguiam perdendo a troca.

Sempre foi assim e parecia que, infelizmente, sempre iria ser. Mas Trae Young não é um cara comum, não é só "o cara da troca do Doncic", e ele provou nesta quarta-feira ao destruir o Milwaukee Bucks com 48 pontos e a vitória no Jogo 1 das finais do Leste.

Trae Young deixa a quadra após vencer os Bucks
Trae Young deixa a quadra após vencer os Bucks Kamil Krzaczynski/NBAE via Getty Images

Trae é o cara que recebeu comparações com Stephen Curry quando ainda estava na faculdade por conta da sua habilidade de arremessar de qualquer lugar com beleza e eficiência.

Trae é uma das maiores armas ofensivas da NBA atual e, ao que tudo indica, da história da liga. Ele tem um "floater" completamente diferenciado, sabe finalizar ao redor do aro e tem o arremesso de média, longa e muito longa distância. Somados a isso, uma visão de elite e a capacidade de criar para seus companheiros.


         
    

Mas Trae é, acima de tudo, uma superestrela. É o cara que tem um celular velho única e exclusivamente para guardar prints de tweets e matérias diminuindo o seu jogo para usar de combustível. É o cara que triunfa nas situações adversas, que cala o Madison Square Garden, o Wells Fargo Center e, agora, o Fiserv Forum em sequência.

Trae é o grande vencedor destes playoffs, independente dos Hawks derrubarem ou não os Bucks. Ninguém acreditava que Atlanta pudesse sequer chegar perto das finais de Conferência, imagine só das Finais da NBA.

Tudo que vier para Trae daqui para frente é lucro. Ele já se estabeleceu como uma superestrela da liga e não será mais visto como "o cara da troca com Doncic". Será visto como Rayford Trae Young, a superestrela.

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O grande perdedor - merecidamente - dos playoffs da NBA é Ben Simmons

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

No último domingo (20), o Philadelphia 76ers foi derrotado pelo Atlanta Hawks por 103 a 93 no decisivo jogo 7 das semifinais da Conferência Leste da NBA e viu sua temporada acabar. Com ela, foi-se embora também toda o moral que Ben Simmons tinha com a liga e com os fãs de basquete.

Desde que foi selecionado pelos Sixers como a 1ª escolha do Draft de 2016, o armador australiano é um jogador "hypado". Antes mesmo de entrar na liga, as comparações eram com LeBron James: um cara grande, forte, com visão e capacidade de armar acima da média. Além disso, tinha boa defesa e faltava, apenas, um arremesso consistente que pudesse abrir suas opções.

Repare que nem era um arremesso bom de fato, apenas consistente. Quatro temporadas depois - Ben não jogou o que seria sua primeira temporada por conta de uma fratura em um dos pés -, porém, Simmons demonstra uma evolução quase nula, se é que não é nula, no quesito. A ponto de ninguém na liga respeitar o arremesso do camisa 25 e preferir que ele tenha que tentar uma bola longa a qualquer outra possibilidade de arremesso de qualquer um dos outros 4 jogadores dos 76ers em quadra.

Ben Simmons durante jogo dos Sixers nos playoffs
Ben Simmons durante jogo dos Sixers nos playoffs Jesse D. Garrabrant/NBAE via Getty Image

Além disso, Ben Simmons também não tem um bom aproveitamento da linha de lance livre. Muito pelo contrário, aliás. O armador, sozinho, errou 48 lances livres em toda a pós-temporada. O Phoenix Suns, que está na final da Conferência Oeste, e o Brooklyn Nets, que foi eliminado pelos Bucks em 7 jogos nas semifinais do Leste, como time, erraram 29 e 28, respectivamente.

Uma das estratégias adotadas pelos Hawks nos finais de jogos da série foi o "Hack-A-Simmons", que consiste em fazer faltas propositais para colocar o armador na linha do lance livre, afinal de contas, Simmons terminou os playoffs com 34,2% de aproveitamento, a pior marca da história da NBA em uma pós-temporada com, no mínimo, 70 tentativas. 

E não para por aí. Somando todos os quartos períodos da série, Simmons tentou apenas 3 arremessos em sete jogos. Nos Jogos 2, 4, 5, 6 e 7, o camisa 25 sequer tentou arremessar a bola no último quarto.

No Jogo 7, um dos lances mais incríveis da história da NBA. Completamente sozinho para enterrar a bola, o armador de 2,08m hesitou, tocou a bola para Thybulle sofrer a falta e converter apenas um dos dois lances livres. Na sequência, Trae Young fez uma bola de 3, os Hawks abriram 4 e mataram o jogo.


         
    

A série contra os Hawks expôs todos os problemas que a falta de um arremesso consistente traz para Ben Simmons. O armador, que recebe contrato máximo dos Sixers, foi um peso para a equipe nas horas mais importantes e, em determinados momentos, chegou a ser inviável a sua permanência em quadra.

O moral do camisa 25 com a liga praticamente acabou. O armador virou uma piada nas redes sociais que aumentou a cada jogo, seu valor de troca caiu exponencialmente e até seu próprio técnico, Doc Rivers, disse "não saber responder" ao ser perguntado se Simmons pode ser o armador titular de uma equipe que quer ser campeã.

E ele fez por onde para que tudo isso acontecesse.

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Bucks e Nets mostraram que há coisas que só acontecem em um jogo 7

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto



  



         
 

Nada se compara a um jogo 7.  

Nada.

Só em um jogo 7 o melhor jogador do mundo fica 53 minutos em quadra dois anos depois de romper o tendão de Aquiles. Quatro dias depois de ter a maior atuação de sua carreira. Mas nem os 48 pontos de Kevin Durant, a maior marca da história de um jogo 7 da NBA, foram suficientes. Porque, só em um jogo 7, um dedo na linha impede KD de vencer a série.

Só um jogo 7 pode afastar as críticas do dono de dois MVPs. Porque, só em um jogo 7, Giannis Antetokounmpo poderia ter repetido Jerry West e Tim Duncan com pelo menos 40 pontos, 10 rebotes e 5 assistências.

Só em um jogo 7 Brook Lopez poderia se redimir do lance que o transformou em JR Smith 2.0 por alguns minutos - quando ele esqueceu que o relógio estava zerando no final da temporada regular. Porque foi dele o toco que impediu que Durant desse a liderança para os Nets a 59 segundos do fim da prorrogação.

Só um jogo 7 faria com que James Harden suportasse ficar em quadra por 53 minutos com uma lesão muscular séria na coxa direita  - totalmente coberta por bandagens que tentavam evitar problemas mais graves.

E, claro, só um jogo 7 poderia ser marcado pela reviravolta de Khris Middleton e Jrue Holiday, desaparecidos em três quartos do jogo. Middleton acertou o arremesso que deu a vantagem para os Bucks. Holiday marcou a tentativa final de Durant.



  



         
 

Há coisas que só acontecem em um jogo 7 porque... não há nada igual no esporte.

O sacrifício das maiores estrelas da NBA. O cansaço. As trocas de liderança. As provocações. Tudo entra imediatamente na história. 

Nets e Bucks entregaram uma série inesquecível e um capítulo final digno do que ele foi: um JOGO 7 com letras maiúsculas.

E nada pode ser comparado a isso.


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Uma experiência espiritual: quando Kevin Durant se colocou ao lado de Jordan, LeBron e os Deuses do basquete

Guilherme Sacco
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49 pontos, 17 rebotes, 10 assistências e todos os minutos na quadra: Durant tem atuação histórica contra os Bucks; veja melhores lances

Kevin Durant é um dos maiores da história da NBA. Top 10, 15 ou 20, tanto faz. É um dos maiores. Na última terça-feira, tivemos a prova final.

O camisa 7 do Brooklyn Nets, infelizmente, tem seu legado diminuído por conta das "panelas" que criou: aquele Golden State Warriors que todo mundo amou odiar com ele, Curry, Klay Thompson e Draymond Green e agora esses Nets com James Harden e Kyrie Irving. Mas é inegável que o ala está entre os maiores da história.

No Jogo 5 contra o Milwaukee Bucks, a prova definitiva. Kyrie, com uma torção no tornozelo, ficou de fora. Harden, "recuperado" de uma lesão muscular, fez presença em quadra, mas foi quase como se não estivesse, principalmente até o último quarto. Com isso, era a missão de Durant carregar o time nas costas e provar seu valor. E foi o que ele fez.

Kevin Durant durante o Jogo 5 entre Nets e Bucks
Kevin Durant durante o Jogo 5 entre Nets e Bucks Getty Images

Com 49 pontos, 17 rebotes, 10 assistências, 3 roubadas de bola e 2 tocos, além de ter jogado os 48 minutos da partida, Durant entrou para a história. Afinal de contas, nenhum outro jogador na história dos playoffs conseguiu ao menos 45 pontos, 15 rebotes e 10 assistências no mesmo jogo.

No que Jamal Crawford muito bem definiu como "uma experiência espiritual", Durant teve uma atuação que será lembrada para sempre e que define a entrada de um jogador no Olimpo da NBA, assim como os 63 pontos de Jordan contra os Celtics, o Jogo 6 das Finais da Conferência Leste de 2012 de LeBron James e tantos outros.


         
    



O grande diferencial? Durant foi o único a fazer o seu grande jogo da carreira depois de retornar de um rompimento no tendão de Aquiles, lesão que costuma acabar com carreiras de jogadores da NBA.

Bem vindo ao Olimpo do Basquete, Kevin Durant, escolha o melhor lugar para sentar ao lado dos Deuses.

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Donovan Mitchell não só cala, como passa Shaquille O'Neal e se firma entre os grandes da NBA

Gabriel Veronesi
Gabriel Veronesi

         
     

Precisamos falar sobre Donovan Mitchell.

Escolhido em 13º no Draft de 2017 da NBA, atrás de nomes como Luke Kennard, Dennis Smith Jr., Frank Ntilikina, Josh Jackson e Zach Collins, Mitchell pareceu a grande surpresa da seleção logo de início. Com uma temporada impressionante, o ala-armador vindo de Louisville teve médias de 20,5 pontos, 3,7 assistências e 3,7 rebotes por jogo, se tornando rapidamente o maior nome no Utah Jazz.

Ainda assim, em pouco tempo se tornando uma estrela em uma franquia respeitada, Donovan teve suas qualidades sempre em xeque. 'Baixo' para a posiçao de ala-armador, com 1,85m, o 'Spida' seguiu aumentando seus números temporada a temporada, e levou o Utah Jazz à primeira posição da competitiva Conferência Oeste.

Ainda assim, havia quem duvidasse. Em uma constrangedora entrevista pós-jogo, Shaquille O'Neal, um dos maiores pivôs que a NBA já viu, cometeu a indelicadeza de questionar o próprio Mitchell se ele teria o que é necessário para subir de nível. De se tornar uma 'superestrela'.

Donovan tem. E ele já é.

Com um sorriso desconcertado, Mitchell foi cordial e não deu lá grande resposta a Shaq. A resposta veio em quadra.

Donovan não é uma estrela de todos os jogos. É uma estrela dos jogos que importam.

Na temporada passada, travou um dos duelos mais insanos que os playoffs já viram em uma série eletrizante contra o Denver Nuggets, chegando a marcar 57 e 51 pontos na mesma semana.

Neste ano, Spida chegou lesionado aos playoffs, e o Utah Jazz acabou perdendo o primeiro jogo para o Memphis Grizzlies, que chegou à pós-temporada graças ao play-in.

Após o retorno de Mitchell, Utah venceu todos os jogos, inclusive a partidaça diante dos Clippers na última terça-feira.


         
     

Mitchell encarou simplesmente Kawhi Leonard e Paul George, dois dos melhores defensores que a NBA tem, e os fez parecer crianças em um parquinho, terminando a partida com 45 pontos, e recebendo gritos de 'MVP!' da torcida. 

E se não o bastasse, Mitchell ainda recebeu elogios de Dwyane Wade, que para muitos, é seu 'modelo' mais similar de jogador, além de ser um dos acionistas da franquia de Utah: 'Ele está ficando assustador!'.


         
     


Com a marca, Donovan soma 490 pontos nos últimos 15 jogos de playoffs, se juntando a outros dois nomes com tal feito ainda em atividade. Quem são? LeBron James e Kevin Durant.

O jogo também marca o 3º do armador com mais de 45 pontos em um playoffs, acima de nomes como: Stephen Curry (1), James Harden (1), Damian Lillard (1), Charles Barkley (2), Kareem Abdul-Jabbar (2) e, vejam só, Shaquille O'Neal (2).

Donovan Mitchell não tem mais nada a provar para ninguém. Ele já se inseriu 'na marra' entre os maiores da NBA, e já começa a estabelecer números como de gigantes que já passaram pela liga.

Por mais bem treinado e encaixado que o time do Jazz seja sob o comando do ótimo Quin Snyder, esse Utah só vai até onde Donovan Mitchell os levar.

Sendo assim, o céu é o limite.


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O MVP de Jokic é um prêmio a um dos pivôs mais inteligentes da história do basquete

Leonardo Sasso
Leonardo Sasso

Quando entrou na NBA, Nikola Jokic foi debochado pela forma física. Acima do peso, parecia que o pivô nunca conseguiria estar em um nível que pudesse ser competitivo contra jogadores muito mais fortes e atléticos do que ele.

41ª escolha do Draft de 2014, vindo do Mega Bemax, da Sérvia, Nikola Jokic colheu os frutos do seu trabalho hoje. A escolha como MVP da temporada 2020-21 é um prêmio ao jogador. O primeiro pivô de origem desde Shaquille O'Neal em 1999-00 a conquistar o feito. O atleta selecionado mais baixo na história do Draft a vencer o prêmio.

Jokic é um dos pivôs mais inteligentes que o basquete já viu. O trabalho como armador desde o começo da carreira facilitou a situação, mas a visão de jogo é algo que não se ensina, mas que se nasce com ela. Em um basquete cada vez mais sem posição, Jokic elabora jogadas como um armador e utiliza seu tamanho para conseguir ver do alto. Poucos conseguiram e conseguirão o que o sérvio faz atualmente.

O Denver Nuggets perdeu Jamal Murray durante a temporada, mas não perdeu as esperanças de algo a mais. Jokic permite isso. E quando vimos um pivô que muitas vezes parece desengonçado em quadra fazer isso por uma equipe? Poucas. Jokic é único. A NBA tem que agradecer de ter um craque. A globalização da Liga permitiu isso. Após dois MVPs de Giannis Antetokounmpo, grego, mais um jogador internacional conquista a honraria.

Nikola Jokic
Nikola Jokic Getty

Não deve parar por aí. Luka Doncic tem grandes chances de vencer pelo menos um prêmio na carreira. Os jogadores de fora dos Estados Unidos cada vez mais impactam e mudam a NBA.

Jokic fez história. A NBA deu o prêmio ao seu melhor jogador da temporada. O fã só agradece. Estamos diante de um dos jogadores mais incríveis que o basquete já viu pelo combo de atributos que tem.

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O MVP de Jokic é um prêmio a um dos pivôs mais inteligentes da história do basquete

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Kawhi Leonard finalmente virou a chave em Los Angeles

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

  


         
 

2020 terminou da pior forma possível para Kawhi Leonard.

A eliminação contra os Nuggets depois de abrir 3 a 1 na série e o título dos rivais Lakers marcaram o que era a temporada mais esperada da história dos Clippers na NBA. E o que veio depois mudou a forma como enxergamos o time: Doc Rivers foi embora, o time mexeu no elenco, e as críticas sobre Paul George fizeram com que, em questão de semanas, a franquia deixasse de ser apontada como uma das principais candidatas ao título em 2021.

Mas não se engane, bastou uma série para Kawhi mostrar que virou a chave.

Quem lembra da arrancada do ala com os Raptors até o título de 2019 viu uma das maiores atuações em pós-temporada na história da NBA - e como esquecer tudo que Kawhi fez, principalmente as quatro vezes em que a bola bateu no aro antes de entrar e eliminar os 76ers no jogo 7 das semis do Leste.

E agora, depois de duas temporadas com os Clippers, parece que o dono de dois MVPs de Finais finalmente chegou em Los Angeles.

É claro que os números estavam lá. Afinal, Kawhi nunca deixou de ser um dos dez melhores jogadores da NBA. Mas havia alguma coisa de diferente no camisa 2. Ele parecia ser o principal nome de um time sem muita inspiração e que pouco empolgava. 


  


         
 

Talvez tenha sido a bronca de Rajon Rondo depois de um airball na derrota para os Mavs no jogo 5. Talvez tenha sido o desafio de encarar um monstro chamado Luka Doncic nos dois lados da quadra. Mas nos jogos 6 e 7, Kawhi foi o mesmo da temporada inesquecível dos Raptors.

Os 45 pontos na sexta partida da série foram seguidos de mais 28 no duelo que classificou os Clippers. Mas além de mostrar mais agressividade no ataque, Kawhi assumiu o papel de tentar parar Luka. E por mais que isso seja quase impossível, ele fez o trabalho melhor do que ninguém na série - Doncic teve uma média de 0.8 ponto por jogada quando Leonard estava na marcação, a pior nos sete jogos do confronto.

Os números nunca abandonaram Kawhi, mas há algo que parece ter reaparecido no ala. Ele não se importa mais com os altos e baixos de Paul George nos playoffs. Kawhi voltou ao modo lendário que vimos em 2019.

E é só assim que 2021 vai poder terminar de um jeito bem diferente para ele e os Clippers.


  


         
 

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Abram alas, a nova geração da NBA quer passar

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

Com a confirmação da eliminação do Los Angeles Lakers diante do Phoenix Suns na quinta-feira, quando a franquia do Arizona fechou a série de primeira rodada em 4 a 2, tivemos a confirmação de que esta será a primeira temporada desde 2010 que as Finais da NBA não contarão com LeBron James ou Stephen Curry, dois dos maiores jogadores da última década.

Stephen Curry e o Golden State Warriors foram eliminados ainda no play-in, em um jogo único contra o Memphis Grizzlies em que Ja Morant, de 21 anos, anotou 35 pontos e teve uma das atuações mais incríveis da temporada.


         
    

Na sequência, os Grizzlies e o jovem armador foram eliminados na 1ª rodada para o Utah Jazz, mas Morant deu sinais de que será um dos grandes nomes da liga nos próximos anos com mais atuações incríveis, incluindo 47 pontos no Jogo 2, a maior marca da história da franquia, seja em playoffs ou temporada regular. Na série entre Jazz e Grizzlies também vimos momentos espetaculares de Donovan Mitchell, o ala-armador de 24 anos que comanda Utah, melhor campanha da temporada regular e um dos favoritos ao título.


         
    

Já o Los Angeles Lakers e LeBron James foram derrotados pelo Phoenix Suns em 6 jogos e muito por conta de atuações espetaculares de Devin Booker. A estrela de apenas 24 anos estreou em playoffs com 34 pontos e a vitória diante do atual campeão. Fez 31 pontos no Jogo 2, 30 no Jogo 5 e fechou com chave de ouro mandando os angelinos para casa com 47 pontos no Jogo 6, sua maior marca em playoffs.

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Além dos dois, ainda tivemos Trae Young com atuações históricas contra o New York Knicks. O armador de 22 anos estreou na pós temporada com 32 pontos e a bola da vitória por 107 a 105 que calou o Madison Square Garden, a arena mais famosa da NBA.

Fez mais 30 pontos no Jogo 2, 27 no Jogo 4 e mandou os Knicks para casa com 36 pontos e uma série de provocações aos torcedores no Madison no Jogo 5.


         
    

Por fim, mas não menos importante, muito pelo contrário, temos Luka Doncic. O esloveno de 22 anos já está consolidado como uma das grandes estrelas da liga e já figura entre os cotados para ser MVP, jogador mais valioso, da temporada regular desde sua 2ª temporada na liga.


         
    

Neste ano, o camisa 77 do Dallas Mavericks está a um jogo de eliminar o favorito Los Angeles Clippers após ter anotado 31 pontos no Jogo 1, 39 no Jogo 2, 44 no Jogo 3 e 42 no Jogo 5, tudo isso lidando com uma lesão no ombro que tem limitado bastante seus movimentos.

Isso sem falar em Jayson Tatum, de apenas 23 anos, que anotou 50 pontos pelo Boston Celtics diante do Brooklyn Nets e estabeleceu a 5ª maior marca da franquia em um jogo de playoff. Ou então de Giannis Antetokounmpo, que mesmo com 26 anos já é 2 vezes MVP e uma vez Defensor do Ano na liga.

Abram alas, a nova geração da NBA quer passar. E se as portas não forem abertas, eles já provaram que farão de tudo para derrubá-las.

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'God Mode': Às vezes a única forma de parar Dame Lillard é pedindo aos céus

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

  


         
 


Olhar para os céus e pedir 'por favor'. 

Foi o que Austin Rivers tentou fazer no jogo 5 da série entre Nuggets e Blazers quando Damian Lillard resolveu botar fogo na partida com 55 pontos, 10 assistências e 12 bolas de três - o novo recorde dos playoffs da NBA.

E enquanto Rivers pedia algum tipo de ajuda divina, Dame não dava socos no ar e comemorava mesmo errando só cinco dos 17 arremessos de três que tentou. Dame não é assim. Ele é um assassino frio que encara quem passa pela frente como se estivesse sempre tentando provar algo - mesmo sem precisar.

Mesmo com a derrota depois de duas prorrogações, foi a atuação de Lillard que enlouqueceu fãs e jogadores da NBA. Kevin Durant definiu como 'God Mode', ou 'Modo Deus'. 'Dame Lillard, é tudo que tenho a dizer', escreveu Steph Curry.

E a reação ao ver Dame destruir os Nuggets era exatamente essa: incredulidade.

A NBA vive um boom de talento, talvez o maior das últimas décadas, e Lillard precisa ser reconhecido como um dos grandes da geração. Curry tem os títulos e é o maior arremessador da história da NBA. Mas Dame é um jogador do mesmo patamar.


  


         
 

'Se ele jogasse em um time melhor'. 'Se ele tivesse mais ajuda'. 'Se ele e Curry trocassem de lugar'.

Nós nunca vamos saber como seria a carreira de Lillard fora dos Blazers. Mas por que tentar imaginar isso? Por que ficar criando cenários quando o próprio Dame reescreve a história?

Dame precisa ser reconhecido pelo que faz na NBA. Mesmo sem os títulos - ou sem chegar às Finais -, ele faz questão de falar que não quer só ser campeão. Ele quer ser campeão com Portland. E é isso que tenta fazer desde que entrou na liga.

Lillard não é uma das grandes estrelas midiáticas que estão sempre dando declarações polêmicas, provocando rivais ou querendo atenção. Dame é Dame. E nunca vai existir outro igual a ele.

Às vezes, a única solução é mesmo pedir aos céus.

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Os Knicks deveriam ter vaga cativa nos playoffs

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

Não, eu sou não sou torcedor do New York Knicks. Para ser sincero, a gente provavelmente irá concordar se você falar para mim que existe um exagero quando falam do tamanho dos Knicks na NBA. E, sim, escrevo isso completamente emocionado pelo segundo jogo de uma das melhores séries de playoffs dessa temporada: os Knicks deveriam ter lugar cativo na pós-temporada.

Talvez seja a abstinência de jogos com torcida por conta da pandemia que esteja aumentando algo que já seria lindo, mas é impossível não se emocionar com um Madison Square Garden lotado em dia de playoff se você é fã de NBA.

Depois de 8 anos, voltamos a vê-lo da melhor maneira possível. No primeiro jogo do retorno, Trae Young entrou para uma lista com nomes como Michael Jordan, Reggie Miller, Kobe Bryant e Alonzo Mourning: a dos vilões do Madison Square Garden.

Spike Lee comemora durante Knicks x Hawks
Spike Lee comemora durante Knicks x Hawks Nathaniel S. Butler/NBAE via Getty Image

Durante a seca de títulos, que já dura 48 anos, não foram poucas as vezes que os torcedores dos Knicks tiveram seus corações quebrados na pós-temporada por grandes nomes da história do basquete. Trae Young parece disposto a ser mais um deles.

Mas, nessa quarta-feira, os Knicks deram a primeira resposta. Desde a manhã do jogo quando os torcedores descobriram que o armador tem ornitofobia, que é um medo irracional de pássaros, e passaram a tentar de todas as maneiras usar isso contra a estrela dos Hawks, até o arremesso derradeiro de Reggie Bullock que praticamente selou a vitória e o empate na série, o Madison Square Garden pulsou.


         
    

E não é uma pulsação qualquer, é um sentimento quase de insanidade que faz com que basicamente uma cidade inteira ache normal alguém ir com uma máscara de gavião para um jogo ou então uma sessão inteira do ginásio levar fotos de pássaros para levantar durante os lances livres.

Um sentimento que faz Spike Lee, um dos diretores de cinema mais renomados da história, perder a linha a cada bola de três, discutir com adversários e virar nome central de algumas das maiores rivalidades e de momentos icônicos da história da NBA.


         
    

Sim, é evidente que chegar nos playoffs requer uma organização minimamente funcional, um elenco decente, um técnico, uma campanha boa e outras coisas mais que os
Knicks não tiveram na última década - e algumas dessas ainda seguem não tendo.

Mas o New York Knicks deveria participar de todos os playoffs. A franquia tem algo que as outras não tem, ao menos não nesse nível: um sentimento quase que doentio e um Madison Square Garden pulsando. E a gente deveria ser brindado com essa loucura anualmente.

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Apenas Steph: ninguém fez mais do que Curry na temporada da NBA

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

  


         
 

Stephen Curry não tem nada a provar para ninguém há muito, muito tempo. Mas ele gosta de nos mostrar, dia após dia, que seu lugar é entre os maiores jogadores da história da NBA.

A temporada dos Warriors acabou na derrota para os Grizzlies - graças a Ja Morant. 

Mas o ano de Curry não vai desaparecer tão rapidamente das nossas memórias. Curry praticamente não teve ajuda. Não teve Klay Thompson mais uma vez. E em um 2020-21 em que Steph poderia ter se poupado e se preparado para a volta de seu Splash Brother, ele resolver mostrar mais uma versão de seu jogo.

Nenhum arremessador na história da NBA é comparável a Curry. Essa discussão já acabou. E ver o camisa 30 dos Warriors em quadra em 2021 nos faz ter a sensação de que clicamos em um vídeo de melhores momentos no YouTube. Ele simplesmente não cansa de ser espetacular.

Em 2021, Curry foi Curry. Mas uma versão mais madura. Líder. Devastador. E capaz de colocar um sorriso no rosto de qualquer fã de basquete. Pouco importa se ele vai vencer o MVP, ninguém fez mais do que Steph nos últimos meses de NBA.

Ele superou Reggie Miller para se tornar o 2º com mais bolas de três na história. Virou o maior cestinha de todos os tempos dos Warriors deixando Wilt Chamberlain para trás. Quebrou o recorde de bolas de três feitas por jogo. E fez o time com a pior campanha de 2019-20 ser uma das grandes atrações da NBA mais uma vez.


  


         
 

Curry foi o cestinha da temporada. Praticamente sozinho, carregou os Warriors até o play-in e, não fosse por aquela bola de três de LeBron James, ele teria voltado aos playoffs - lugar de onde nunca deveria ter saído.

A pós-temporada da NBA vai sentir falta de Steph. As redes sociais e os fãs também. Simplesmente espetacular mais uma vez. Um dos grandes que o basquete já viu.

Steph foi Steph. 

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LeBron James errou e eu me rendi: o play-in da NBA é um sucesso

Gabriel Veronesi
Gabriel Veronesi

         

    

 

Contrariando o que eu pensava no começo da 'invenção' do play-in e as críticas de LeBron James, Luka Doncic e Mark Cuban, o play-in da NBA é um sucesso.

Está certo, a temporada - esta, especialmente - é atribulada. São muitos jogos, e com a pandemia, os jogos ficaram condensados, castigando o físico dos jogadores.

Dito isso, minha opinião fica totalmente presa à parte do telespectador, do fã da NBA.

Após a bola de três de LeBron James diante dos Warriors na vitória da última quarta-feira, as redes sociais entraram em frenesi. Quem odiava LeBron, quem odiava Curry, os torcedores dos Lakers, dos Warriors. Todos. Apenas um jogo, apenas um 'mata', diferente do restante dos playoffs, decididos em quatro ou mais jogos, fez com que todos os fãs do basquete se sentissem como se assistissem à uma final.

A ideia da NBA ao criar o play-in era dar mais significado à morosa reta final da temporada regular. Na última semana, quando todas as equipes já estavam com suas posições garantidas, e da 10ª colocação para baixo, ninguém mais poderia chegar ao playoff, as equipes poupavam seus jogadores, e as partidas ficavam arrastadas.

Cansamos de ver jogos sem nenhum propósito, só com calouros e jogadores da G-League, sem ambição e sem apelo.

A NBA pensa nos cofres, no público, na audiência quando cria o novo modelo, mas acerta também nos fãs.

As críticas vieram de LeBron James, Luka Doncic e Mark Cuban, questionando 'justiça', quando equipes atuam por 72 jogos na temporada em busca de um suado 8º lugar, antes vaga garantida na pós-temporada, podem cair fora da briga pelo título após apenas duas derrotas.

E a crítica é plausível. Do ponto de vista do atleta, do GM, do técnico que trabalha a temporada toda para beliscar uma vaguinha nos playoffs e fica a duas derrotas da volta para casa, é um tombo bastante dolorido.

O ponto é: só faz essa crítica quem está no play-in por cima. LeBron, Luka, Cuban... Todos criticaram quando estavam nas vagas superiores.

Duvido que Ja Morant, por exemplo, tenha críticas a fazer ao play-in. Se classificando em oitavo e podendo brigar por uma chance na pós-temporada.

 

         

    

 

'É só ganhar', foram algumas respostas aos questionamentos. Mas é aí que tá. Não é simples assim. A NBA é uma coisa imprevisível em um jogo só. Pode dar tudo errado pra você e nenhuma bola cair. Sua principal estrela pode pegar um mero resfriado e ficar longe dos 100%. Ou então você pode cruzar com um Stephen Curry numa noite 'daquelas'.

É isso que faz o esporte tão cativante. É essa imprevisibilidade. É a chance de surpresa a qualquer momento. É a iminência da zebra.

E é isso que tem acontecido nesse play-in. Jogaços, emoção, jogos eletrizantes. É tudo o que o fã quer.

A NBA precisará revisar seu formato de calendário. Reduzir o número de jogos, espaçá-los. Algo a ser feito. Dever de casa para Adam Silver.

Por hora, para nós, é apreciar cada jogaço desses. Cada partida acirrada, que pode contar com, veja só, LeBron x Curry na primeira rodada.

O play-in? Ano que vem deve ter mais.

Os playoffs? Estão apenas começando.

 

         

    

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Na semana de Alisson e Enzo Pérez, precisamos apreciar o que faz Shohei Ohtani

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Ohtani nos Angels
Ohtani nos Angels Getty Images


“O Shohei Ohtani brasileiro.”

Foi assim que o perfil no Twitter do podcast americano Men In Blazers, especializado em futebol, descreveu o gol de Alisson que deu a vitória do Liverpool sobre o West Brom na rodada do último fim de semana na Premier League. Pela mesma lógica, também poderiam chamar o volante Enzo Pérez de “Shohei Ohtani” argentino após fazer uma partida inteira improvisada como goleiro na vitória de seu River Plate sobre o Independiente Santa Fé. Duas comparações válidas e espirituosas, mas o que o japonês do Los Angeles Angels tem feito é ainda maior.


No beisebol, rebatedores e arremessadores são funções completamente diferentes. Tanto que a formação, desde que passa a integrar as categorias de base das equipes profissionais, é feita já considerando que o atleta só fará uma das duas coisas: ou rebate, ou arremessa. Até ocorre de um arremessador ter de rebater ou um rebatedor ter de arremessar, mas nunca se espera nada muito produtivo desses momentos. Como de um jogador de linha que vai ao gol ou de um goleiro que vai ao ataque.

Pois é o que Ohtani faz. E não é um momento ou outro, no improviso ou no desespero -- como nos casos de Pérez e Alisson --, é por vocação. O japonês foi contratado em 2018 já com essa dupla função, mas teve apenas uma temporada plena como arremessador e rebatedor ao mesmo tempo. Em 2018 foi bem no bastão, mas sofreu uma lesão que limitou seu tempo arremessando. Em 2019, essa mesma lesão o impediu de arremessar, mas ele pôde apenas rebater (ele arremessa como destro e rebate como canhoto, então a lesão que o atrapalhou no montinho não o atrapalhou com o bastão). Em 2019, também teve contusão e praticamente não arremessou.

Na atual temporada, tudo pareceu se alinhar. Os Angels adotaram uma postura mais cuidadosa para lidar com suas aparições como arremessador, mas permitiram que ele rebatesse nos jogos em que fosse ao montinho. Tem funcionado, e muito. Neste momento, Ohtani é o líder de home runs da MLB, é um dos 20 que mais roubou base (líder em sua equipe) e o melhor arremessador da rotação do Los Angeles, com 2,37 de ERA (mais de duas corridas a menos que o segundo colocado). São números fantásticos em três fundamentos totalmente diferentes.

Para seguir com a comparação futebolística, não é como Alisson indo para a área uma vez para fazer um gol, ou Enzo Pérez fazendo uma partida como goleiro. É como se um dos melhores goleiros do campeonato e ainda fosse o artilheiro da liga e o líder de desarmes de sua equipe.

Isso significa que Ohtani tem muito talento? Não, é mais que isso. Ter muito talento vários jogadores têm. Conseguir tal desempenho em situações tão diversas, sabendo que o tempo dedicando a treinar um fundamento limita o tempo para desenvolver os outros, é coisa para um superatleta. Alguém que tem constituição física e capacidade mental únicas em sua geração. Não apenas no beisebol americano, mas no esporte mundial. E isso precisa ser apreciado devidamente.

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Será que LeBron ainda é contra o play-in?

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         
    

Na reta final da temporada regular, um assunto foi bastante debatido: o torneio de play-in pelas duas últimas vagas de cada conferência deveria existir? Um dos primeiros a se posicionar contra o torneio foi LeBron James.

O camisa 23 do Los Angeles Lakers chegou a afirmar que "quem criou essa m** deveria ser demitido". Evidentemente, LeBron estava frustrado pelos problemas que sua equipe enfrentou ao longo da temporada e que a colocaram na sétima colocação da Conferência Oeste e de frente para o Golden State Warriors de Stephen Curry.

O inevitável duelo aconteceu na última quarta-feira e LeBron James e os Lakers prevaleceram em um jogo que entrará para a história graças ao embate entre as duas estrelas. Tanto James quanto Curry fizeram partidas épicas - o ala com 22 pontos, 11 rebotes e 10 assistências e o armador com 37 pontos e inumeras jogadas fantásticas.

Como de costume, LeBron ainda aproveitou a oportunidade para aumentar sua lenda. No jogo que, literalmente, valia a vaga nos playoffs contra uma das outras superestrelas da geração, o camisa 23 saiu com a vitória por conta de uma bola de 3 faltando 1 minuto para soar o buzzer final. Mas não foi só.

LeBron durante Lakers x Warriors
LeBron durante Lakers x Warriors Adam Pantozzi/NBAE via Getty Images

Em entrevista para Rachel Nichols, repórter da ESPN, após a partida, James disse que estava "enxergando três aros" por conta de uma pancada de Draymond Green e "só mirou no do meio". Se é mentira, não sou eu quem vai provar - e eu nem quero, pelo contrário.

O que interessa é que daqui 30, 40, 50 anos falaremos sobre "o dia em que LeBron James decidiu um jogo contra Stephen Curry sem conseguir enxergar". Mais uma de tantas histórias que colocam LeBron no Olimpo do Basquete.

Será que ele ainda acha que o play-in é desnecessário e o coitado que inventou deveria ser demitido?

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Stephen Curry é o maior vencedor da temporada da NBA

Guilherme Sacco
Guilherme Sacco

         

Curry acerta bola de 3, chega a 32 pontos e faz história mais uma vez

Não, Stephen Curry não é o MVP da temporada 2020/2021 da NBA. Essa discussão é entre Joel Embiid, que seria meu voto, e Nikola Jokic. Mas o armador do Golden State Warriors é, com toda certeza, o maior vencedor da temporada, independente de seu time sequer ir aos playoffs.

É até estranho falar que o craque de um time que talvez nem chegue ao play-in, quanto mais aos playoffs, seja o maior vencedor da temporada, mas Curry não é normal, nunca foi. Por mais que muitas pessoas tenham esquecido disso nos últimos anos. Na última temporada, o armador sequer jogou por conta de uma grave lesão.

Nas anteriores, Curry era parte da "panelinha" mais odiada da história: os Warriors que contavam com ele, Klay Thompson, Kevin Durant e Draymond Green. O ódio das pessoas pelo time contaminou as discussões sobre Steph.

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De repente, o jogador que revolucionou o basquete e é o maior arremessador da história passou a ser cobrado por não ser MVP das Finais (ainda que seja um absurdo ele não ter vencido em 2015). O cara que perdeu a final na única virada de um 3-1 na história. Ou então virou o "segundo cara" do time que "era de Durant".

Em 2020/2021, a temporada dos Warriors terminou antes mesmo de começar. Quando Klay Thompson rompeu o tendão de Aquiles logo antes do draft, a equipe deixou de ter qualquer chance de ser competitiva. Curry, de repente, estava "sozinho" e voltava a ser o rosto do time que é a zebra, como foi em 2015, ano do primeiro título.


          s
    

Steph Curry coloca irmão para dançar e faz bola no estouro do cronômetro do 1º quarto

Stephen Curry e os Warriors, de repente, voltaram a ser cool. E as pessoas voltaram a lembrar que Steph é um dos 10 melhores jogadores da história da liga, o melhor arremessador que já vimos e um cara único, capaz de produzir atuações como as que temos visto diariamente nesta temporada - e vimos mais uma vez diante do Philadelphia 76ers nesta segunda-feira.

Independente de até onde Curry vai levar esse time, ele já conseguiu sua maior vitória: recuperar o coração de todos os torcedores, voltar a ser o queridinho da liga e um jogador quase impossível de odiar - menos nas noites que ele destrói o seu time.

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Por que os EUA usam 'liga fechada' e como não dá para comparar com Superliga europeia

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Marlins Park MLB 26/09/2015
Marlins Park MLB 26/09/2015 Rob Foldy/Getty Images

Um campeonato disputado sempre pelos mesmos times, todos com muita força econômica e apelo de público. Não há promoção ou rebaixamento, tampouco critérios esportivos para a entrada de novos integrantes nesse clube fechado, mas há a garantia de que o torneio sempre terá os times com maior potencial de retorno financeiro. É a base da Superliga anunciada por alguns dos maiores clubes da Europa neste domingo. E também é o modelo no qual se desenharam as principais ligas dos Estados Unidos. Por isso, muitos já fizeram a comparação imediata.

A relação não é despropositada, até porque os investidores norte-americanos de clubes como Manchester United, Liverpool e Arsenal também trabalham com esporte nos Estados Unidos e conhecem bem os benefícios de “ligas fechadas”. No entanto, é preciso entender contextos, e esses dois universos -- futebol europeu e esportes americanos -- divergem bastante nesse aspecto.

A primeira liga profissional a surgir nos Estados Unidos foi a NAPBBP (National Association of Professional Base Ball Players), em 1871. Era uma bagunça. O modelo econômico do esporte ainda não estava consolidado e o campeonato reunia clubes com comprometimento muito diferente com a competição. Alguns, os mais fortes, conseguiam atrair torcedores, vender ingressos e, com isso, bancar os salários dos atletas. Os que pertenciam a empresários engajados na ideia de criar uma indústria em torno do esporte também se bancavam esperando o retorno lá na frente. Mas havia muitos aventureiros no meio, que preferiam abandonar o torneio no meio da temporada para ganhar dinheiro em cachês para disputar amistosos pelo interior.

Era impossível uma liga esportiva vingar como negócio dessa forma. Ainda mais em um país com distâncias enormes como os Estados Unidos (o que não ocorre nos países europeus). Ficou evidente que um campeonato forte precisaria que todos os times fossem minimamente sustentáveis para ficar em pé.

Desse modo, o dono do Chicago chamou os colegas de outros clubes para criar uma nova liga, com novo modelo. Quem quisesse participar teria de garantir o respeito ao regulamento e a permanência por toda a temporada. Por isso, priorizaram equipes de grandes cidades, com mais potencial de mercado, mas evitando times da mesma cidade para que não houvesse concorrência interna.

Foi desse modo que surgiu a Liga Nacional (hoje uma das metades da MLB) em 1876. Sim, século 19, da época em que o Brasil era um império com Dom Pedro II no comando. De seus integrantes originais, sobreviveram o Chicago Cubs e o Atlanta Braves. 

As demais ligas norte-americanas que surgiram depois seguiram esse modelo. Lista fechada de integrantes, com controle de finanças forte para que todas as equipes tenham capacidade de competir e de prosperar economicamente. Quando há expansão, procura-se buscar regiões ainda pouco atendidas pela liga, justamente para levar as partidas para o máximo possível de regiões dos Estados Unidos -- e, eventualmente, do Canadá. As cidades menores ficam fora desse sistema, mas quase todas acabam tendo um time universitário por perto, lembrando que as competições universitárias de futebol americano e basquete são mais antigas e enraizadas que as profissionais.

Barcelona e Real Madrid estão entre os fundadores da Superliga europeia
Barcelona e Real Madrid estão entre os fundadores da Superliga europeia Getty Images

É aí que o modelo norte-americano se distancia brutalmente da Superliga europeia de futebol. O modelo de liga fechada surgiu para garantir a própria existência da competição, mas veio casado com mecanismos que assegurem distribuição de recursos, equilíbrio técnico e até uma certa “democracia geográfica” (na falta de um termo melhor). 

Das ligas americanas, a Superliga europeia tem apenas o fato de buscar um formato de membros fechados. A democracia geográfica é nula, com 12 times fundadores representando apenas três países (Espanha, Inglaterra e Itália) e sete cidades (Barcelona, Liverpool, Londres, Madri, Manchester, Milão e Turim). A busca por equilíbrio técnico também não parece ser a tônica, ou alguém acha que alguns dos fundadores se sujeitarão a um teto salarial que limite sua capacidade de contratar craques? Ou que os oito times não-fundadores que entrassem no torneio teriam a mesma cota de TV e ainda a preferência na contratação de jovens (equivalente ao draft)?

Da forma como ela se propõe, a Superliga não apenas dá a seus integrantes o monopólio da possibilidade de se dizer “campeão europeu”, como ainda seria completamente predatória com “o resto”, uma vez que seus clubes querem continuar jogando suas ligas nacionais. Ultrabombados com os bilhões que receberiam pela Superliga, obviamente teriam elencos muito mais poderosos do que qualquer outro em seus países e relegariam ainda mais seus vizinhos. Clubes centenários, muitos com enorme torcida.

Mal comparando, seria como se algumas universidades, que já são dominantes nas competições da NCAA, se fundissem com times da NFL ou da NBA para criar equipes aproveitassem ao máximo os dólares movimentados nesses dois níveis de basquete ou futebol americano (impossível acontecer, só hipótese). Usariam os bilhões do profissional e teriam equipes surreais para o padrão universitário, dominando os torneios da NCAA e destruindo as equipes das demais universidades.

Isso já acontece hoje devido à força econômica da atual Champions League, mas se tornaria ainda mais radical. Até porque o Leicester, o Sevilla ou a Atalanta até podem fazer uma boa temporada, arrecadar alguns milhões de euros a mais jogando um torneio continental e ir gradualmente ganhando terreno. Não conquistarão a Champions, mas podem se meter entre os grandões por um tempo e até levantar um campeonato ou copa nacional pelo caminho. Pela proposta da maioria dos gigantes europeus, nem essa possibilidade haveria mais.

O sistema americano tem problemas e muitos deles merecem ser contestados. Mas a adoção de liga fechada se deu dentro de um contexto muito particular, com vários mecanismos para garantir não apenas a sustentabilidade econômica de todos, mas também para criar equilíbrio e levar a competição para todas as regiões do país. Tudo o que a Superliga europeia não propõe.

Fonte: Ubiratan Leal

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Por que os EUA usam 'liga fechada' e como não dá para comparar com Superliga europeia

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Jackie Robinson é lembrado como um craque dentro de campo, mas foi um gigante fora dele

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Da esq. para dir.: Johnny 'Spider' Jorgensen, Harold 'Pee Wee' Reese e Eddie Stanky no dia da estreia de Jackie Robinson
Da esq. para dir.: Johnny 'Spider' Jorgensen, Harold 'Pee Wee' Reese e Eddie Stanky no dia da estreia de Jackie Robinson Getty

A Major League Baseball se tornou um lugar melhor há exatos 74 anos. Em 15 de abril de 1947, Jackie Robinson entrou em campo com a camisa do Brooklyn Dodgers para enfrentar o Boston Braves. Naquele momento, um marco se estabelecia: a liga tinha seu primeiro atleta negro. Não foi apenas um grande acontecimento dentro do beisebol. A MLB era, de longe, a liga mais popular dos Estados Unidos na época e o impacto da quebra da barreira racial se espalhou em toda a sociedade.

Robinson foi a figura perfeita para esse momento. Dentro de campo, era um jogador espetacular, capaz de mostrar a qualquer racista como um negro poderia competir em igualdade com os melhores brancos. Tanto que o camisa 42 dos Dodgers foi eleito estreante do ano em 1947 e MVP da temporada em 1949, além de ser selecionado para o All-Star Game em seis das nove temporadas completas que disputou. 

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Mas muita gente se esquece de Robinson fora de campo. E sua atuação como ativista foi tão ou mais importante do que seus feitos como atleta.

O primeiro negro da história da MLB sabia muito bem o que sua presença na liga representava, e o impacto que ela teria. Ele tornou-se ídolo imediato de milhões de afro-americanos, e tudo o que ele fazia e dizia passou a ter uma força de mobilização imensa. Robinson se tornou colunista de jornal, com liberdade para escrever sobre questões raciais ou “apenas” sobre os acontecimentos do beisebol do dia. Ele também foi empresário, entrando como sócio em iniciativas que visavam melhorar as condições da população negra, como um banco especializado em dar financiamento para afro-americanos abrirem seus próprios negócios (algo muito difícil nas instituições financeiras mais tradicionais da época).

O Movimento dos Direitos Civis, que cresceu no final da década de 1950 e nos anos 60 teve também sua participação. Ele se tornou amigo de Martin Luther King e era visto no palanque em diversas manifestações, além de ser uma voz sempre procurada quando algo importante acontecia.

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Muito dessa atuação de Robinson foi publicada no livro “First Class Citizenship: the Civil Rights Letters of Jackie Robinson” (“Cidadania de Primeira Classe: as Cartas de Direitos Divis de Jackie Robinson”, sem edição em português). E, como uma pequena amostra de sua atuação fora dos campos, vou destacar uma carta enviada* a um jornalista esportivo de Nova Orleans que era a favor da segregação racial no esporte. O texto é de julho de 1956, último ano da carreira de Robinson.

“Caro Sr. Keefe,

Recebi um artigo em que você faz referência a mim ao falar da aprovação de uma lei favorável à segregação no esporte na Luisiana. Estou escrevendo a você não como Jackie Robinson, mas como um ser humano para outro. Não posso mudar o que você pensa de mim. Eu falo com você apenas como um americano que por um acaso é negro, e que tem orgulho de sua herança.

Não pedimos nada especial. Apenas pedimos que nos permitam viver a vida como você vive a sua, e como nossa Constituição prevê. Pedimos apenas, no esporte, que nos permitam competir em igualdade de condições, e, se não tivermos condições, a competição acabará nos eliminando. Certamente você, e o povo da Luisiana, deveriam ser capaz de lidar com essa competição.

Eu e outros negros na MLB nos hospedamos em hoteis com o resto do time em cidades como St. Louis e Cincinnati. Esses hoteis não faliram. Nenhum investimento foi destruído. Os hoteis estão, acredito eu, prosperando. E não ocorreu nada desagradável

Desejo que você pudesse ver isso como eu vejo, mas eu tenho uma pequena esperança. Eu desenho que você possa compreender quão injusto e anti-americano é uma questão de origem fazer tanta diferença para você. Imagino que você tenha origem irlandesa. Me disseram que, há apenas 50 anos, anúncios de empregos em jornais tinham a observação “irlandeses e italianos não são aceitos” em certas regiões do nosso país. Isso foi esquecido, ou ao menos superado.

Você me chama de ‘insolente’. Admito que eu não tenho sido subserviente, mas você usaria o mesmo adjetivo para descrever um jogador branco? Digamos Ted Williams, que é, mais que eu, envolvido em assuntos controversos? Eu sou insolente ou eu sou apenas ‘insolente para um negro’ (que tem coragem suficiente para falar contra as injustiças como a sua e a de pessoas como você)?

Estou profundamente triste que a Luisiana deu esse passo para trás… Porque seus torcedores, e acredito que muitos sejam pessoas muito boas, perderão a oportunidade de ver grandes atrações por causa disso... Não pelos negros na Luisiana que vão, por causa da sua lei, perderem o direito de uma competição livre e igual -- mas pelo dano que isso faz a nosso país.

Estou feliz por você, por você ter nascido branco. Teria sido extremamente difícil para você se tivesse sido diferente.

Jackie Robinson”

* Dica do fã de esporte Fernando Franca

Fonte: Ubiratan Leal

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