Planeje seu treino, sua dieta e termine 2020 com o corpo que sempre sonhou!

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Final de janeiro, eu sei que muita gente ainda está voltando às atividades, terminando as férias e tudo mais! Então ainda é tempo de planejar 2020 para conseguir o corpo que sempre sonhou.

E para ajudar vocês neste objetivo vou trazer dicas para dois públicos. Primeiro para quem vai aproveitar 2020 para começar a praticar uma atividade física. Se esse é seu caso, leia a primeira parte da matéria e se credencie para a segunda parte do artigo. Agora, se você já é dos veteranos, pule direto para a casa 4… e bom treino!!!

Fase 1 – Para os iniciantes!

Uma das suas promessas de ano novo é finalmente se matricular na academia e começar a levar uma vida mais saudável??? Wow! Que bom!! Tenho certeza de que, ao final do ano, você vai se orgulhar por ter tomado essa decisão. Mas, só prometer não adianta, certo? É necessário realmente agir! Porém, não pense que é só comprar aquela roupinha bacana de academia, se matricular e começar a milhão. Para um treino com saúde, você precisa seguir alguns passos.

1 – Procure um médico!

Fazer uma avaliação física completa, incluindo anamnese, eletrocardiograma e outros exames. Essencial antes de começar a treinar! De posse do atestado médico que comprove que você está apto, aí você pode ir para a segunda etapa: a avaliação física.

2 – Faça uma avaliação física!

Algumas academias já oferecem este serviço, mas, mesmo que a que escolheu não ofereça, é essencial que você busque um profissional de educação física para realizá-la. O exame deve incluir uma avaliação de movimento, com o objetivo de identificar se há algum desequilíbrio corpóreo que possa prejudicar a realização de determinado movimento.

3 – Monte seu treino

Escolha um profissional capacitado para montar um treino direcionado para trabalhar a sua estabilidade e mobilidade, além de ajudá-lo a tornar todos os movimentos corretos, lembrando que deve sempre respeitar a sua individualidade e os limites do seu corpo.

Agora que você está em segurança e conhecendo bem o seu corpo, pule para a fase seguinte e vamos planejar seus objetivos!

Fase 2 – Para todos

4 – Defina seus objetivos

Não importa se você já treina há anos ou se está começando, definir objetivos é fundamental para alcançar bons resultados. Afinal, se não sabemos para onde estamos indo, qualquer caminho serve!

5 – Trace metas palpáveis

Perder x quilos, diminuir em X % a porcentagem de gordura corporal, ganhar X de massa, perder X centímetros de cintura, ganhar X de braço, enfim, trace metas numéricas e palpáveis.

6 – Divida as metas por partes

Ao estabelecer suas metas, divida-as ao longo do ano. Por exemplo, se seu objetivo é perder seis quilos, estabeleça uma meta para os primeiros dois meses, outra para quatro, e assim por diante.

7– Melhore sua alimentação

Junto às suas metas físicas, trace também objetivos alimentares. Não vive sem chocolate? Planeje diminuindo o consumo aos poucos. Come poucas frutas e verduras? Trace um objetivo de incluí-las na sua alimentação, também aos poucos.

8 – Diminua a ingestão de álcool

Um dos maiores inimigos de um corpo saudável são as bebidas alcoólicas. Eu não bebo mais nenhuma gota, mas sei que isso é bem difícil para a maioria das pessoas. Então, que tal traçar planos com a finalidade de  diminuir o consumo?

9 – Faça avaliações físicas regulares

Para saber como andam suas metas, é necessário que você avalie seu corpo periodicamente. Trace pontos ao longo do ano para checar se está no caminho certo e, se houver qualquer desvio, refaça a sua rota! 

10 – Escolha os melhores horários para o seu treino

Tenha uma rotina fixa de treinamento. Estudos comprovam que é muito mais fácil você se comprometer com o treino, se o realizar sempre nos mesmos dias e horários. Priorize a saúde em sua vida! 

E é claro! Sue muito a camisa! Não existe resultado sem esforço, nem mágica para alcançar bons resultados! Treine, treine e treine! Não desista na primeira dificuldade e seja persistente! Tenho a certeza de que você vai chegar lá e vou ficar muito feliz, se você compartilhar seus resultados comigo!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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As categorias do fisiculturismo feminino

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Muitas vezes, quando as pessoas ficam sabendo que eu sou atleta de fisiculturismo, me dizem : “Nossa, mas você nem é tão grande! Não tem músculos supervolumosos!” Ou então, algumas meninas me procuram dizendo que querem entrar para o esporte, mas que não podem porque não têm o tipo de corpo ideal para isso.

 A verdade é que a maioria não sabe que o fisiculturismo possui várias categorias, exatamente para se adaptar a cada tipo de corpo, e até mesmo ao gosto de cada um. Realmente, no princípio do esporte, havia um único esporte físico feminino: o fisiculturismo. Mas, com o passar dos anos, à medida que os corpos se tornaram maiores e mais elitistas, as organizações competitivas introduziram novas divisões para contemplar diferentes tamanhos, estilos e níveis de condicionamento. Isso permitiu que mais mulheres - e mais físicos - subissem aos palcos.

Por isso, hoje resolvi aproveitar a minha coluna para falar um pouco sobre cada uma das categorias mais tradicionais do fisiculturismo, lembrando que esta classificação pode variar, dependendo da associação de competição, ok?

Hoje, as principais divisões incluem:

Bikini Fitness

Wellness

Body fitness

Women’s Physique

As quatro categorias são diferentes, mas todas  exigem esculpir e desenvolver seu corpo com musculação, nutrição e cardio. Qualquer que seja a divisão, o sucesso da atleta exigirá enormes quantias de esforço, determinação e persistência.

Aqui vai um resumo de cada uma das categorias

 Bikini Fitness

 Essa divisão enfatiza os físicos curvilíneos e equilibrados com um tônus muscular suficiente. O quanto "basta de músculos" dependerá da organização e do nível de competição.

 A Bikini é, de longe, a divisão feminina mais popular atualmente. As competidoras usam maiô de duas peças, saltos altos e joias cintilantes, e são julgadas pela aparência física geral, incluindo pele e apresentação. A atitude no palco conta muito também.

 Uma cintura pequena com uma estrutura equilibrada e curvilínea e pernas longas e bem torneadas parece ser a genética ideal para o bikini

"A divisão do biquíni exige uma forma mais curva, mais uma figura de ampulheta, em que a parte superior e inferior são igualmente proporcionais; mas, se ela for um pouco inferior ou superior, isso pode ser moldado por dieta e treinamento", diz Gigi Amurao, um profissional da IFBB e personal trainer que treinou centenas de competidoras de Bikini.

Dito isso, você deve evitar exibir um corpo, ou partes do corpo, que sejam "rasgadas" no linguajar do esporte.

Como o desenvolvimento muscular necessário para competir nesta categoria é mais discreto do que o do culturismo tradicional, ela atrai uma grande variedade de mulheres que realizam outra atividade além do esporte.    

"A candidata típica do biquíni é alguém que quer ter boa forma, que trabalha duro na academia e quer mostrar seu físico de maneira elegante e respeitável", diz o promotor Dave Liberman, que organiza duas grandes competições amadoras em Cleveland, todos os anos.

A modalidade é dividida ainda em subcategorias, levando em conta a altura das competidoras:

até 1,60 m;
até 1,63 m;
até 1,66 m;
até 1,69 m;
até 1,72 m; e
acima de 1,72 m.

Wellness

Para quem quer um corpo um pouco mais sarado, a categoria ideal é a Wellness. Ela só existe em competições realizadas no Brasil, mas anda atraindo tanta gente que algumas federações internacionais já estão de olho nela.

Ela engloba o típico corpo brasileiro das saradas que têm muita coxa e bumbum, o que, em outras categorias, pode ser visto como desproporção, mas que, aqui no Brasil, acaba sendo um padrão de beleza. Na Wellness, são avaliadas as atletas que têm coxas e glúteos volumosos, conservam o corpo feminino e exibem pouco percentual de gordura.

Ela também é subdividida em categorias que englobam alturas diferentes:

até 1,58 m;
até 1,63 m
até 1,67 m; e
acima de 1,67 m.

Body fitness

Para quem gosta de pegar um pouco mais pesado, existe a categoria Body fitness. Ela aceita mulheres com físico desenvolvido, mas que querem se apresentar com as coreografias do esporte, que são movimentos executados para que os jurados possam avaliar melhor o desenvolvimento dos grupos musculares.

Na Bodyfitness, a competidora tem que exibir ombros mais largos, braços bem malhados, alto volume muscular e pernas fortes. O tônus muscular deve ser desenvolvido simetricamente. O corpo dessas atletas se assemelha muito ao formato da letra Y, e o percentual de gordura corporal deve ser próximo do zero. São avaliados ainda os cabelos e a beleza facial.

 Women’s Physique

 Nesta categoria, o nível é extremamente profissional. Engloba mulheres que querem levar seu desenvolvimento muscular ao máximo de definição com treino e dieta. No entanto, deve respeitar a anatomia, o volume e silhueta feminina. Ou seja, o que vemos em uma competição é um corpo atlético, mas que ainda conserva sua feminilidade.

 São quatro os critérios avaliados durante a competição: simetria, proporção, volume e definição — com análise rigorosa para saber se a atleta manteve a proporção entre os membros inferiores e superiores.

Ela é avaliada ainda pelo modo como se porta e caminha, e se consegue “encaixar” as poses de exibição dos músculos, como a expansão das costas e da caixa torácica. A categoria tem duas modalidades: até 1,63 m e acima de 1,63 m.

E aí, entendeu como funcionam as categorias? Viu em qual delas seu corpo se encaixaria melhor?

Espero que tenha curtido! Até a próxima!

 Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci

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A NBA tem trabalhado para aumentar a representatividade feminina na liga

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

Assim como na NFL, a NBA está trabalhando para que a representatividade feminina na liga aumente, e nessa semana os Celtics anunciaram a contratação de Kara Lawson como técnica assistente, se tornando a primeira mulher da franquia a assumir essa posição.

Antes dela, os Spurs contrataram Becky Hammon em 2014, que foi a primeira mulher assistente em tempo integral. Ano passado os Mavericks contrataram Jenny Boucek e esse mês, os Cavaliers contratram Lindsay Gottlieb. Kristi Toliver trabalhou como assistente de técnico pelo Washington Wizards nessa temporada, e também joga pelo Mystics na NBA, da mesma cidade. Em dezembro, o Indiana Pacers tornou Kelly Krauskopf a primeira mulher a ter o título de assistente de general manager na NBA.

Além delas, em 2018, a NBA promoveu 5 novos juízes, e duas delas eram mulheres: Ashley Moyer-Gleich e Natalie Sago.

Kara Lawson no WNBA Draft de 2019
Kara Lawson no WNBA Draft de 2019 Getty Images

Mas, nunca houve uma técnica mulher na NBA.

Diferente da NFL, a NBA possui uma liga profissional apenas de mulheres, a WNBA, e teoricamente seria mais fácil e mais comum encontrar mulheres que praticam e se envolvem profissionalmente com o esporte, porém a quantidade de mulheres assumindo posições técnicas ou de gerência na liga ainda é muito pequena.

Realisticamente, a NBA e o basquete universitário masculino ainda não consideraram, até recentemente, que as mulheres faziam parte do grupo de talentos para treinadores (ou pessoal de front-office no lado profissional), salvo raras exceções. Isso é diferente dos meios de mulheres na faculdade e da WNBA, que sempre procuraram um grupo de talentos de mulheres e homens.

O comissário da NBA, Adam Silver quer mudar essa realidade, principalmente no que se refere a novos juízes, e pretende que haja uma divisão mais equilibrada: metade homens e metade mulheres, pois que entende que não há motivos para essa posição ser predominantemente masculina, visto que não existe nenhum impeditivo físico por exemplo.

Adam Silver, comissário da NBA
Adam Silver, comissário da NBA Getty Images

“O mesmo para técnicas inclusive, nós temos um programa também. Não há motivos para mulheres não serem técnicas de times de basquete masculino”, disse Silver em maio desse ano, no The Economic Club of Washington, em D.C.

Silver também emitiu um comunicado em Setembro de 2018, em que encoraja fortemente o aumento do número de mulheres em todos os níveis e a melhoria do processo de denúncia de conduta imprópria, depois do escândalo envolvendo o time do Mavericks em acusações de assédio sexual durante 20 anos que após uma investigação independente, foi constatado que a administração do Mavericks era ineficaz, incluindo falta de conformidade e controles internos, e que essas deficiências permitiram o crescimento de um ambiente no qual atos de má conduta e indivíduos que os cometeram puderam florescer.

O dono do time, Mark Cuban, concordou em doar US$ 10 milhões de dólares para "organizações que estão comprometidas em apoiar a liderança e o desenvolvimento de mulheres na indústria do esporte e no combate à violência doméstica" como resultado das investigações da NBA.

O técnico do San Antonio Spurs, Gregg Popovich também apoia a causa, e acredita que existem muitas mulheres como Becky ou Lawson que só precisam ser notadas e receber a oportunidade de pessoas que são sábias e corajosas o suficiente para fazer isso e não apenas sentar no velho paradigma.

Apesar do ceticismo, a NBA está se movendo na direção certa. A contratação de um front office e de um pessoal secundário mais diversificado pode - e esperançosamente irá - produzir uma estrutura de poder diferente e mais equitativa. Então, basquete pode ser basquete, onde as identidades, experiências e conhecimentos de todos são igualmente válidos e validados.

 

Fonte: Paula Ivoglo

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CEO da Unlimited Sports e da Ironman Brasil incentiva a participação do público feminino

Elas no Triathlon
Elas no Triathlon
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Entre o Ironman 70.3 e o Full, ambos em Florianópolis, em meio a correria de uma rotina nada fácil, Galvão (como prefere ser chamado), respondeu prontamente às nossas perguntas. E nos parabenizou pelo projeto Elas no Triathlon. Pela iniciativa de atrair e ajudar cada vez mais mulheres a aderir ao esporte. Leia abaixo, o resumo da entrevista feita no dia 29 de Maio de 2019.

ELAS: Conversemos com sua equipe - dos montadores, produtores, ao “recepcionista” de atletas pós-pórtico. Como consegue manter uma equipe motivada, especializada e fiel, durante tantos anos?
CG: A equipe é altamente envolvida com o esporte e há uma grande sinergia entre todos. Existe um bom ambiente de trabalho. O que favorece a baixa rotatividade da equipe e sua fidelidade.

ELAS: A indústria de cosméticos teve um crescimento exponencial em relação aos anos anteriores, o que a equipara com as indústrias: farmacêutica e de acessórios esportivos. Ao que se deve esse crescimento em relação aos esportes (no geral)?
CG: Está cada vez mais claro para a população que é importante implementar uma rotina saudável no cotidiano, e o acesso à informação cada vez mais abrangente garante que haja um desenvolvimento neste setor.

ELAS:  Você enxerga algum tipo de preconceito em relação as mulheres, no esporte - especificamente o Triday Series e no Ironman? 
CG: Por parte da Unlimited Sports, nenhum.

ELAS: Existe alguma diferença entre a participação das mulheres brasileiras, se comparadas às edições internacionais? O que difere?
CG: Conceitualmente, nenhuma diferença. Apenas no exterior, o percentual de mulheres praticantes é um pouco maior.

ELAS: "E se eu não conseguir terminar a tempo? O que acontece?" O medo pode ser paralisante. Como podemos esclarecer essa questão? O que realmente acontece? A pessoa é retirada (à força) da prova? O pórtico permanece até a chegada do último atleta? Ou é desmontado? Toda a equipe de produção, fica no aguardo? Existe algum protocolo internacional a respeito do que deve ser feito?
CG: O atleta é comunicado sobre o tempo de corte pela nossa equipe e é oferecida a opção de transporte até a chegada. Nunca tivemos problema em relação a essa questão, uma vez que os atletas estão de fato cientes sobre esta regra. Todos os atletas têm assistência garantida até o final da prova – chegada ou corte.

ELAS: No Brasil, qual foi o maior tempo que uma pessoa demorou para concluir a prova? (extrapolou o limite das 17 horas). Quem estabelece o tempo de corte? 
CG: Algumas pessoas já extrapolaram este limite, mas por poucos minutos além. Mas esses poucos atletas que não conseguem terminar no tempo oficial, recebem a medalha de finisher da mesma maneira. O tempo é estabelecido pela WTC.

ELAS: Em relação aos anos anteriores, as mulheres, pouco se atreviam no esporte. Atualmente, é possível mensurar o quando esse aumento, de participação, representa em números (faturamento)? Se comparado ao movimento masculino.
CG: A média de participação feminina é de 18% nas provas IRONMAN e IRONMAN 70.3 e 22% em TRIDAY. Houve sim um crescimento, mas ainda aquém do potencial.

ELAS: Qual é a estimativa de crescimento do mercado para os próximos anos? 
CG: O crescimento do mercado está ligado a fatores que ainda não conseguimos prever ou garantir como, por exemplo, a economia do país. Mas esperamos que o esporte cresça como um todo.

ELAS: A participação das mulheres cresceu numa época em que os meios de comunicação eram escassos. Como enxerga a participação da nova geração de triatletas no Ironman, com a overdose de informação, promovida pelos inúmeros meios de comunicação atuais?
CG: Sem dúvida, o acesso facilitado a informações, impulsiona a divulgação do esporte e, consequentemente, mais adeptos. Esperamos aumentar gradativamente a participação das mulheres no Triathlon.

ELAS: Como vê a importância da realização de projetos como o Elas no Triathlon? Cujo o objetivo é transmitir conhecimento, incentivar a prática do esporte e a participação nas provas do Ironman. 
CG: Projetos como este são muito bem-vindos, pois promovem um estilo de vida que temos grande satisfação em promover no Brasil.

ELAS: O contrato da Unlimited, com a marca do Ironman, segue até 2020. Você pode compartilhar se teremos novidades? Mudanças? Prospecções? 
CG: A priori, seguiremos 2020 nos moldes do cenário atual - 2019

ELAS: Existe algum protocolo internacional, específico, em relação a participação das mulheres? No que difere os homens? 
CG: Não existe um protocolo diferenciado.

ELAS: A USP sediara pela primeira vez, talvez, o maior evento do País. Recentemente recebemos a notícia que o principal espaço de treinamento dos triatletas, será restrito. Com regras nada inclusivas e um tanto radicais. O que acha dessa polemica? Como isso pode influenciar o evento? 
CG: Entendemos que a USP possui prioridades relacionadas à educação e gestão do espaço, com foco nos estudantes e profissionais da Universidade. Havendo necessidade de se estabelecer regras para utilização, é necessário que os atletas se adequem a tais ou proponham soluções que garantam o interesse de ambos.

ELAS: De todos os estados e cidades do país, como é a sua percepção da participação feminina?
CG: A participação feminina segue dentro da mesma média em todas as praças.

ELAS: O número de espectadores, cresceu na mesma proporção que a participação feminina? Qual é a edição/local que você percebe mais agitação? 
CG: O número de espectadores tem também crescido, mas acredito que a participação feminina deva seguir numa crescente maior que a quantidade de espectadores. A maior agitação é, sem dúvida, no IRONMAN Brasil.

Carlos Galvão
Carlos Galvão Reprodução

ELAS: O Brasil tem estrutura de produzir mais versões? Qual lugar você gostaria de fazer acontecer? 
CG: Por enquanto, acreditamos que a quantidade de provas está adequada ao número de praticantes.

ELAS: O número de mulheres. Assim como sua participação em diversas áreas da sociedade, veem aumentando. Sua participação em provas, também é muito expressiva. A que se deve? Você acha que é apenas uma questão social - de crescimento do papel da mulher como um todo, ou deve-se a outro fator?
CG: A participação feminina é um crescente em todos os âmbitos. No esporte não seria diferente.

ELAS: Quanto a participação internacional. Como estamos? O Brasil faz parte do calendário internacional. Podemos dizer que nosso país está em qual posição no ranking de maior procura?
CG: O Brasil tem um apelo turístico que favorece a vinda de atletas estrangeiros, também reforçada pelo bom histórico de nossas provas. Com certeza, é uma opção sempre levada em consideração no cenário internacional.

ELAS: De onde vem a sua inspiração? Quem são os seus exemplos?
CG: Minha inspiração vem da busca incessante que tenho para atingir a excelência no que fazemos. Meus exemplos vêm de dentro da minha casa, da minha base e da minha formação.

ELAS:  Você se vê fazendo outra coisa senão a administração geral do Ironman Brasil? Ambição maior?
CG: Teria grande satisfação em continuar contribuindo para o desenvolvimento do esporte ao consolidar mais provas no país, projeto este iniciado com o IRONMAN e reforçado com o lançamento do TRIDAY Series.

ELAS:  Cada ano um novo desafio, assim como uma nova lição. Estamos no meio do ano de 2019. O que aprendeu até agora?
CG: Este ano estamos implementando algumas alterações em relação às Transições das provas IRONMAN 70.3, seguindo um alinhamento mundial junto à WTC. Esse processo de adaptação da equipe em busca de melhorias tem sido um processo bastante interessante.

ELAS: Qual foi o episódio mais incrível, ao longo de todas as produções no Brasil?
CG: Foram vários. Os mais recentes estão mais frescos na memória e posso citar a chegada do triatleta Fábio Rigueira (46). Nesta última edição do IRONMAN Brasil, o atleta terminou a prova com suas muletas e foi, sem dúvida, um momento memorável. * Devido ao câncer, perdeu sua perna esquerda e pulmão direito.


Fábio Rigueira - Exemplo de Superação. Ironman Brasil - Florianópolis 2019

ELAS: Qual seria o conselho para aquelas mulheres que estão começando e tem o Ironman como objetivo?
CG: O IRONMAN é uma prova que exige muita dedicação e o meu conselho é que se cerque de bons profissionais da área para que tenha as melhores orientações durante os treinamentos.

ELAS: Qual foi a decisão mais importante e impactante em sua vida, no que diz respeito as produções da Unlimited?
CG: Creio que tenha sido a decisão de investir no esporte em suas primeiras edições, quando o IRONMAN ainda não tinha a projeção que tem hoje.

ELAS: Sempre existe espaço para que possamos melhorar sempre. Evolução. O que acha que pode melhorar nas provas? 
CG: O processo de melhora deve ser constante, precisamos estar sempre atentos à evolução do esporte, às tecnologias que surgem e, principalmente, no feedback dos atletas.

ELAS: As pessoas treinam e esperam a perfeição no Ironman. O mesmo com a produção. O que acha que pode melhorar?
CG: Cada evento possui uma especificidade e, para cada um deles, a cada edição, enxergamos pontos a serem melhorados. De uma forma geral, pensamos em sempre como melhorar a entrega final ao atleta, a experiência dele na prova.

ELAS: Qual a importância para a Unlimited S de envolver-se em projetos sociais? Quais são eles? A parte social deve fazer parte de todo grande projeto.
CG: Temos uma longa trajetória com algumas instituições as quais acreditamos e temos orgulho de apoiar: ADETRISC (Escolinha de Triathlon de Santa Catarina), AFLODEF (Associação dos deficientes físicos de Florianópolis), Casa do Pequeno Cidadão (SP), Talentos do Capão (SP), Instituto Fernanda Keller (RJ), Instituto Monike Azevedo (RJ) e Projeto Cidadão (Fortaleza).

ELAS: Como foi a decisão de fazer um Ironman em SP?
CG: Com a viabilização do TRIDAY Series USP, prontamente identificamos a oportunidade do IRONMAN 70.3 SP, o qual só foi possível graças a um trabalho conjunto com a Prefeitura de SP e a USP.

ELAS: Podemos dizer que o Triday Series é uma preliminar do Iron? A criação do TRIDAY Series se deu para atender a duas demandas principais.
CG: Disseminar o esporte entre atletas que tinham simpatia pelo triathlon, mas que enxergavam o IRONMAN como um objetivo distante, e oferecer opções de treino para atletas que já estabeleceram o IRONMAN como prova alvo.

ELAS: Seu contrato permite a criação de provas novas onde quiser no Brasil, ou somente a manutenção das existentes?
CG: O contrato garante a execução de provas apenas no Brasil, cabendo a nós estabelecer quais e onde.

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Precisamos falar sobre o Monte Everest

Juliana Manzato
Juliana Manzato
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No final do mês passado, precisamente no dia 23 de maio, uma quinta-feira, o nepalês Nirmal Purja publicou uma foto em sua conta no instagram que ganhou o mundo e levantou questionamentos. Se você acha o trânsito de São Paulo ruim, garanto que o do Everest, rumo ao cume, é pior. Aliás, bem pior por conta da altitude e do previsível mal de montanha. 

A foto em questão é essa aqui:

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Assustadora e bela, a foto trouxe a tona questionamentos sobre o montanhismo, governo nepalês e o quanto o Everest, agora, é pop. Antes mesmo de iniciar minha história com montanhas - que fique claro, sou uma iniciante! - convivi por um período com grandes montanhistas brasileiros. Aprendi muito sobre o esporte que envolve muito mais do que o famoso "sair da zona de conforto" ou a tal "motivação". A montanha, para quem a tem como esporte, é paixão, respeito e humildade. Você pode até pagar US$ 11.000 doláres para conseguir a autorização do governo Nepalês para fazer cume, mas, isso não te tornará um montanhista ou alpinista. 

E aí que a foto em questão fez outra mensagem rodar a rede social e chegar até mim pelo menos umas 100 vezes, essa aqui: 

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Tem uma outra imagem que inclui a história de sair da zona de conforto e tal, mas não achei para ilustrar esse digníssimo texto. Então, o que eu queria dizer para vocês é o seguinte: você não precisa fazer o cume da maior montanha do mundo para saber a hora de ouvir o seu corpo e parar. O Everest envolve riscos altos? Sim. É preciso ter coragem? Sim. Mas uma montanha como o Everest exige muito mais do que análise de risco, coragem ou motivação. Estamos falando de inteligência emocional, que bem, se você não souber trabalhar isso a seu favor, pode ser no Everest ou pode ser na sua mesa de trabalho, você não vai saber lidar com adversidades e vulnerabilidades apresentadas pela vida. 

Outra grande oportunidade que tive na vida foi de conviver com atletas profissionais de esportes radicais. Todos me disseram que a sensação de quase morte era a sensação mais viva que tinham sentido. Quem decide ir para uma montanha como o Everest tem motivos que vão além da sensação de conquistar o topo do mundo. É a busca incansável do ser humano em se conhecer, testar corpo, mente e espírito. É também a busca por importância. Talvez, o topo do mundo revele o que é realmente importante. Talvez uma ultramaratona de 150 km também revele o que realmente importa. Talvez uma corrida, dando à volta no Ibirapuera revele o que realmente importa. 

Sabe o que acontece? As resposta que tanto buscamos não estão necessariamente no desafio que aceitamos. As respostas estão num passo antes, no por quê de escolher determinado desafio. 

Então, sugestão antes de compartilhar mensagens sobre o Everest, limite, zona de conforto, motivação e etc, dá uma olhadinha nos desafios que você anda aceitando para sua vida - ou não. 

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Dicas para começar no fisiculturismo

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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O fisiculturismo é um esporte ainda pouco difundido no Brasil. E, desde que comecei minha coluna aqui no espnW, recebo muitas mensagens de mulheres que se interessam pelo esporte e gostariam de saber como proceder para se iniciarem no mundo dos fisiculturistas.

Então, resolvi separar algumas dicas básicas e essenciais para todas aquelas que querem entrar nesse delicioso universo, seja para competir profissionalmente ou simplesmente para esculpir um físico bem musculoso.

Primeiramente, como sempre insisto aqui em minha coluna, saiba que ser um fisiculturista envolve muito mais do que levantar pesos na academia: também requer paciência, disciplina e um regime alimentar bem rigoroso.

 Com planejamento e dedicação adequados, você pode entrar neste mundo desafiador, mas recompensador, do fisiculturismo.

Independentemente de você pretender participar de competições de musculação ou não, tornar-se um fisiculturista requer uma mudança de estilo de vida que vai  levá-lo a se concentrar em uma nutrição saudável e em treinos direcionados. Requer também que tenha a orientação de um profissional de nutrição e um de educação física!

Um “construtor de corpo” deve seguir um plano de treino voltado para a construção de massa muscular e seguir uma dieta que lhe permita manter a gordura corporal baixa.

Prepare-se para treinar

 Para alcançar o corpo de fisiculturista, você deve estar preparada para ganhar muita massa muscular. Isso significa treinos focados em grupos musculares específicos e um trabalho levado até a exaustão.

O fisiculturismo requer sessões rigorosas de treinamento de força, além de  trabalhar com um variedade de halteres e aparelhos de musculação.

O ideal é que você tenha sessões de treinamento de força três vezes por semana, e um a dois dias de descanso entre as sessões. Isso permite que seus músculos tenham um tempo de recuperação adequado e minimiza o risco de overtraining, o que pode impedir seu progresso como fisiculturista.

 Além disso, você deve criar um plano de treino, com o apoio de um profissional de educação física, concentrar em exercícios com bastante peso e pouca repetição. O ideal é que você se concentre em uma ou duas partes de seu corpo, durante cada treino. 

Por exemplo, no dia da perna, você pode fazer agachamentos com barra, extensões de perna, elevação de panturrilha sentada e elevação. 

Se você achar que o crescimento e a força muscular estão se estabilizando, mude os exercícios para enfatizar o músculo de uma maneira diferente.

Plano de nutrição para fisiculturistas

Consumir uma quantidade de proteína suficiente é fundamental para desenvolver um corpo de fisiculturista e aumentar a massa muscular. Recomenda-se um grama de proteína por quilo de peso corporal.

Carboidratos devem compor aproximadamente metade de sua dieta. Escolha fontes saudáveis, como frutas, vegetais e grãos, e evite açúcares e carboidratos processados. Consuma de cinco a sete porções de frutas e legumes por dia. Gorduras devem constituir cerca de um quarto de sua dieta e devem vir de fontes saudáveis, como sementes, nozes e óleos vegetais.

Coma um mínimo de três refeições por dia, mas considere comer refeições menores e adicionar lanches saudáveis entre elas. 

Finalmente, fique hidratado. Beba água ao longo do dia, não apenas antes e depois do treino. A hidratação é um dos maiores segredos para um fisiculturista. 

Embora a construção de massa magra seja possível apenas através de dieta e exercício, muitos fisiculturistas optam por suplementar suas dietas com glutamina, multivitaminas, creatina ou proteína em pó como forma de aumentar o crescimento muscular.

Consulte sempre um médico

Bom, e é claro que antes de embarcar em sua jornada pelo fisiculturismo, agende um exame físico com seu médico para verificar se há alguma condição de saúde que possa tornar o levantamento de peso intenso perigoso para você. 

Espero que com essas dicas básicas, tenha ajudado você a se decidir sobre a entrada nesse mundo! Posso dizer que o caminho é difícil e requer muita disciplina e força de vontade, mas acompanhar os resultados e o progresso do nosso corpo é altamente recompensador

Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci

 

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Árbitra brasileira se consagra ao ser convocada para Mundial Juvenil de ginástica rítmica na Rússia

Marília Galvão
Marília Galvão

Conceição irá arbitrar primeiro campeonato Mundial Juvenil da história
Conceição irá arbitrar primeiro campeonato Mundial Juvenil da história Ricardo Bufolin / Panamerica Press /CBG

Ela dedicou a vida ao esporte. Desde o início escolheu não ser a protagonista, mas ficar nos bastidores. Dessa forma, Maria da Conceição, aos 67 anos, foi convocada como árbitra brasileira para o Campeonato Mundial Juvenil de ginástica rítmica, primeiro evento global da categoria até 15 anos, que acontecerá entre os dias 19 e 21 de julho, em Moscou, na Rússia.

Desnecessário dizer que isso a torna uma das principais árbitras da Confederação Brasileira de Ginástica. Sua história mostra que não foi à toa a convocação.

Conceição nasceu em São Luís do Maranhão - MA e começou sua relação com o esporte quando criança. Ela praticava atletismo e vôlei. Aos 10 anos, mudou-se para São Paulo. Como sempre esteve ligada à área esportiva, formou-se em Educação Física na Universidade de São Paulo (USP).

“Quando entrei na universidade, tive meu primeiro contato com a ginástica rítmica moderna. Veio uma professora da Alemanha que foi nos ensinando a trabalhar com bola, arco, fita, corda. Fui gostando e me apeguei a essa modalidade", conta com exclusividade ao EspnW.

"Depois que me formei eu passei em um concurso do Estado e da Prefeitura e fui trabalhar em um centro educacional com ginástica para a terceira idade, e aí com o passar do tempo alguns pais começaram a me pedir para também dar atividade a suas filhas”, continua.

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Conceição acatou o pedido dos pais e começou a dar atividade de recreação para uma turma de crianças e trabalhar iniciação para a ginástica rítmica com bamboles, cordas, bolas mais pesadas (diferente das que usam hoje), etc. 

“Comecei a trabalhar iniciação com essas crianças usando bola, corda, arco, e quando me vi eu já estava dentro da GR (ginástica rítmica). Eu era uma professora naquela época que estava dando aulas para a terceira idade e de recreação para as crianças, não tinha a intenção em ser técnica e nem árbitra de ginástica rítmica. Ela (a ginástica rítmica) surgiu sem querer, por acaso.”

Nessa época, Conceição começou a trabalhar como técnica de ginástica rítmica, além de apenas dar aula de recreação. "Isso foi ficando mais profissional. Fui em todos os cursos que aparecia de ginástica rítmica moderna. Eu investi muito no começo da minha carreira em cursos, mesmo sem saber se eu realmente levaria jeito para seguir como técnica de GR (ginástica rítmica). Estava preocupada em adquirir uma bagagem de conhecimento”, disse a profissional.

Maria da Conceição arbitrará o campeonato mundial juvenil de ginástica rítmica
Maria da Conceição arbitrará o campeonato mundial juvenil de ginástica rítmica Ricardo Bufolin / Panamerica Press /CBG

Conceição levou bastante jeito como técnica, passando inclusive pelo cargo na seleção brasileira de ginástica. Como árbitra, teve sua primeira experiência em 1980. “Apareceu o curso de arbitragem estadual e eu decidir fazer e passei. E esse curso me dava o direito de fazer o curso nacional, fiz e passei também. Nesse mesmo ano, fiz um curso intercontinental também e passei. Foi quando me tornei árbitra internacional.”

Para Conceição, os campeonatos mais importantes que já arbitrou foram os Mundiais de Ginástica, que incluem o Mundial de Alicante, na Espanha, em 1990 e o Mundial de Budapeste, na Hungria, em 1996, além do Pan-Americano (campeonato das Américas) de Havana, em Cuba, em 1991.

Em 1999, Conceição foi convidada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para treinar a seleção da Guatemala. “Morei oito meses lá para treinar o país. Foi a única vez que saí do país para treinar outra seleção. Foi uma experiência muito boa.”

A profissional sempre conciliou a função de treinadora com a de árbitra. Atualmente, aos 67 anos, ela trabalha na Fundação de Assistência Esportiva de Osasco (FAE), onde está desde 2014.

“Eu não parei mais, hoje dou aula na academia em Osasco. Eu trabalho com mais duas professoras, a Beatriz e a Daniela. Nesse momento eu não pertenço à seleção brasileira, eu apenas treino as meninas da FAE e sou árbitra da Confederação Brasileira de Ginástica, da Federação Internacional de Ginástica e da Federação Paulista de Ginástica.”

Conceição e suas alunas da Fundação de Assistência Esportiva de Osasco (FAE)
Conceição e suas alunas da Fundação de Assistência Esportiva de Osasco (FAE) Acervo pessoal

“Eu sou bastante realizada, eu já estou aposentada e estou praticamente encerrando minha carreira de treinadora com esse grupo de Osasco, e aí vou continuar um pouco mais na arbitragem acredito que por mais uns dois anos.”

Em julho deste ano, Conceição foi convocada pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) para arbitrar o primeiro Campeonato Mundial Juvenil de ginástica rítmica da história, que terá a estreia no dia 19 de julho. Para a profissional, isso é uma grande realização por ser a única brasileira a arbitrar o campeonato inédito.



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Árbitra brasileira se consagra ao ser convocada para Mundial Juvenil de ginástica rítmica na Rússia

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Um desabafo pessoal: não é sobre mudar o técnico, é sobre mudar uma cultura inteira

Julia Vergueiro
Julia Vergueiro
Marta aponta para a 'chuteira da igualdade' após marcar gol
Marta aponta para a 'chuteira da igualdade' após marcar gol PASCAL GUYOT/AFP

Estou muito orgulhosa da nossa seleção. Ontem, logo após a eliminação, falei e escrevi bastante sobre isso, mas agora preciso desabafar.

Taticamente, o Brasil teve um desempenho excelente. Neutralizamos um dos melhores ataques dessa Copa do Mundo e jogamos de igual para igual contra uma das principais favoritas ao título. Antes da partida, quando publiquei a escalação brasileira divulgada pela CBF, vi enxurradas de críticas à comissão técnica por não começar com a Andressinha. Mas em poucos minutos de jogo ficou clara quão necessária era a função de Ludmila e Debinha pelos lados do campo, segurando as principais armas francesas e apostando no contra-ataque nas costas delas. O mérito é apenas da Ludmila e da Debinha? Ou é também da comissão que estudou a equipe adversária e por isso as instruiu a jogarem assim?

Não foram poucas as jogadoras que perdemos por lesão ou por estarem abaixo do nível físico necessário para a Copa do Mundo - Rafaelle, Bruna Benites, Adriana, Erika e Andressa Alves são nomes que fizeram muita falta a essa equipe, ainda mais em um jogo longo como o de ontem, no qual a reposição de peças à altura era essencial para mantermos a qualidade e a proposta tática. Soma-se a isso à baixa disponibilidade que ainda temos de jogadoras de altíssimo nível no Brasil, uma vez que o trabalho no futebol de base feminino aqui é quase nulo. Não se pode negar que diante desse cenário a tarefa de construir uma equipe capaz de fazer frente a times como França, Estados Unidos e Inglaterra, é no mínimo desafiadora.

O futebol é um jogo coletivo, e todo mundo que já disputou um campeonato sabe quão relevante e indissociável é a influência da comissão técnica no desempenho de qualquer equipe. A meu ver, não existe isso de “se perder é culpa do técnico, se ganhar é apesar dele”.

Eu também não concordei com a saída da Emily do comando da seleção. Eu também fiquei indignada de ver que a CBF não tinha sequer justificativas plausíveis para demití-la. Se tinha, não as trouxe à tona, mas a verdade é que por desempenho, por estilo de trabalho e por autoridade junto às jogadoras, ela merecia no mínimo a oportunidade de continuar.

Obrigada, seleção
Obrigada, seleção Getty Images

No entanto, o fato de ela ter sido injustamente demitida não é motivo para que o trabalho do técnico que veio a substituir seja também injustamente avaliado. Muitas pessoas da imprensa e personagens do universo do futebol feminino estão fazendo com o Vadão o que a CBF fez com a Emily – julgando competência por meio de resultados e de personalidade. Quão justo é você dizer que um treinador não se importa com a equipe só porque ele não esboça reações emocionais na beira do campo? Se a nossa seleção encheu tanto os brasileiros de orgulho nessa Copa, será mesmo que não existe qualquer mérito da comissão técnica que mereça ser destacado?

Repito: eu também prefiro uma mulher no cargo de treinadora da seleção feminina. Eu mesma faço questão de só contratar treinadoras mulheres no meu próprio clube, por inúmeros motivos. Mas assim como me incomoda saber que qualquer pai ou mãe das minhas alunas está colocando em xeque a competência das minhas funcionárias por causa de gênero, orientação sexual ou a forma como elas falam ou se vestem, também fico indignada que isso aconteça na relação imprensa-seleção. Em muitos dos casos, as pessoas que tanto criticam nunca sequer estiveram presencialmente em um treino dessa seleção comandada por Vadão.

Outros países entenderam que é possível formar grandes atletas e grandes equipes mesmo sem ter o "dom natural" com a bola. Aqui, a maioria ainda não entendeu isso. E muitos que já entenderam ou não sabem como aplicar as mudanças necessárias ou não possuem as ferramentas para isso. Esse desafio cabe tanto aos times femininos como aos masculinos.

É preciso criticar? Sim, sempre. Temos muito a melhorar como modalidade e como Confederação? Demais. Mas assim como nós clamamos por respeito às nossas jogadoras, treinadoras, jornalistas, árbitras, gestoras e a todas as mulheres que trabalham no futebol, também precisamos respeitar. Também precisamos olhar e avaliar todos os envolvidos sem pré-julgamentos e buscando ouvir ambos os lados de cada história. Não é sobre clube da Luluzinha ou clube do Bolinha, é sobre o profissionalismo de que o nosso futebol, a nossa impresa, e todo o nosso país precisa mais do que nunca. Se queremos voltar a ser potência no masculino e buscar ser potência no feminino, é a postura de todos nós que precisa mudar. 

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Mente e músculos em conexão: o que isto importa?

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Quem treina vai entender bem sobre o que vou falar agora: sabe aquele músculo ou grupo muscular que, não importa o quanto você os treine, parece nunca crescerem?

Sabia que o problema pode estar mais em sua mente do que em seus músculos?

 Embora o levantamento de peso seja percebido por muitas pessoas como um treinamento estritamente físico, existem muitos aspectos psicológicos fundamentais  em questão. E, hoje, eu quero abordar um dos mais significativos dentro do fisiculturismo: a conexão mente-músculo.

 A conexão mente-músculo (MMC)

Já  é conhecido que o movimento muscular é controlado pelo cérebro. O primeiro passo para a contração muscular é um sinal enviado por ele aos seus músculos, para que se contraiam. Você pode dizer que a conexão mente-músculo (MMC) ocorre em algo chamado junção neuromuscular que se dá quando “a mente encontra o corpo”.

Neste momento, o cérebro libera um neurotransmissor químico chamado "acetilcolina" para se comunicar com os músculos do corpo. Quando a acetilcolina é liberada na junção neuromuscular, ela cruza as "sinapses" (o espaço minúsculo que separa o nervo do músculo), as quais se ligam aos receptores na superfície das fibras musculares. É aí que se dá a contração muscular.

Logo, quanto mais você puder melhorar essa comunicação, mais fibras musculares você vai recrutar. Em última análise, ao melhorar o seu MMC, você está realmente aumentando o número de fibras musculares que estão sendo recrutadas, quando você faz um determinado exercício. E isso resulta em melhor contração muscular e, consequentemente, melhores resultados.

 Por que o MMC é tão importante?

Você já teve a sensação de estar na academia somente de corpo presente? Teve um dia estressante e cansativo, está lá treinando, mas sua mente está divagando...  seus pensamentos se desviam para as tarefas do trabalho ou assuntos rotineiros. Pois, então, é exatamente aí que está o problema: você perdeu a conexão mente-músculo.

Primeiramente, para entender por que o MMC é tão importante, você precisa entender a diferença entre os motores primário e secundário. O motor primário é o músculo que se destina a fazer o máximo trabalho na movimentação de um peso. Os motores secundários são os músculos que sustentam o motor primário.

Por exemplo, o peitoral maior é o principal motor do supino, e os tríceps e deltoides são motores secundários. O motor primário, ou músculo alvo, é aquele que você está tentando isolar e fazer crescer durante determinado exercício.

A gente sabe que existem muitos músculos no corpo que são inerentemente difíceis de serem trabalhados.  Geralmente os menores, porque não são responsáveis por muito trabalho pesado (como seus deltoides posteriores). Mas músculos como estes são extremamente importantes para construir um físico de qualidade. E para desenvolver músculos como os deltoides posteriores, você deve ser capaz de isolá-los e, para isso, só com um MMC forte.

Mais mente e menos peso

Quando você está no meio de uma série, o que passa por sua cabeça? Você está simplesmente tentando forçar o máximo de repetições?  Se a resposta é “sim”, você precisa rever alguns conceitos.

Ao realizar determinado exercício, você deve estar comprometido em sentir cada um de seus músculos-alvo. Você pode estar levantando uma enorme quantidade de pesos, mas, se você não está maximizando o trabalho feito por seu músculo primário, você está perdendo boa parte do trabalho.

Muitas pessoas ficam obcecadas com quanto peso estão levantando, em vez de se preocuparem com quanto trabalho seus músculos estão realmente tendo. Se você maximizar a força colocada em seus músculos-alvo, maximizará seus ganhos e resultados.

Levantar mais peso sem realmente direcionar os esforços não significa que seus músculos-alvo estão tendo mais trabalho, além de deixá-los mais suscetíveis a lesões.

E, se você treinar consistentemente assim, seu cérebro nunca aprenderá como se comunicar adequadamente com seus músculos e seu MMC.  Portanto, você deve concentrar sempre sua energia mental em contrair seus músculos-alvo em vez de levantar peso.

Se você quiser começar a ter ganhos consistentes, precisa aprender a fazer cada repetição como se ela fosse única. Existe uma enorme diferença entre completar dez repetições e fazer dez repetições. Cada repetição que você não sente é uma repetição desperdiçada.

Você pode treinar o quanto quiser, mas, se a sua conexão mente-músculo não estiver totalmente desenvolvida, nunca alcançará todo o  potencial. O desempenho atlético vai melhorar, quando você for capaz de bloquear mentalmente as distrações externas. Portanto, não deixe sua mente vagar na academia! Você não está lá para socializar (pelo menos você não deveria estar), mas  para se exercitar.

Treinar duro é importante, e é claro que todos querem levantar mais pesos. No entanto, se você quiser ter uma performance diferenciada, é melhor deixar seu ego de lado e pensar mais em como está treinando do que quanto de peso está levantando!

Busque seu propósito. Deixe  seu legado. 

  Rê Spallicci

 

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A Marta e o manifesto pela igualdade de gênero na Copa do Mundo dizem muito

Juliana Manzato
Juliana Manzato

Marta aponta para a 'chuteira da igualdade' após marcar gol
Marta aponta para a 'chuteira da igualdade' após marcar gol PASCAL GUYOT/AFP

Foi em dezembro do ano passado que conheci pessoalmente Marta. Foi em dezembro também que me emocionei com o seu discurso no ESPN Bola de Prata Sportingbet 2018. Ser a Bola de Ouro da premiação teve um gosto especial para Marta, tão premiada e aclamada fora do país, o reconhecimento no próprio país precisava vir. E veio. Veio com discurso emocionado e que também emocionou todos os presente no evento. Chorei naquele dia, e ainda choro todas as vezes que assisto. Foi a primeira Bola de Ouro dada a uma mulher, e era ela. (Pega o lencinho e vem comigo!).  

Ontem no jogo do Brasil contra a Austrália na Copa do mundo feminina de futebol, foi a estréia de Marta no torneio. Ela jogou o primeiro tempo, fez gol, atingiu a marca de Miroslav Klose, ex-jogador da Alemanha e maior goleador de Copas do Mundo, com 16 gols. Com os pés, a seis vezes melhor do mundo fez também o seu melhor - e maior - manifesto. O silêncio de quem já disse muito, e que hoje mostra para o mundo por que conquistou um novo recorde nessa Copa. Ah, Marta <3 

Na comemoração, a atenção foi parar nas chuteiras da jogadora. Uma chuteira preta e sem marca definida exibia o símbolo à favor da igualdade de gênero no esporte. Um manifesto tão significativo, que ganhou as redes sociais com apoio e declarações emocionantes sobre Marta e o futebol feminino. Aplaudir de pé é pouco. 

No perfil @goequal_, dá para acompanhar mais de perto o manifesto que traz a tona a desigualdade no esporte em meio à inúmeras polêmicas envolvendo patrocínio. Como falei no outro texto dessa semana, sobra oportunismo e frases de efeito, mas ainda falta o engajamento real das marcas - e do público, para o futebol feminino. 

O abismo entre o futebol masculino e feminino aparece dentro da própria Fifa. Enquanto a premiação na Copa da Rússia no ano passado ficou em torno de US$ 38 milhões, a Copa da França deste ano fará a Fifa desembolsar cerca de US$ 4 milhões para o time vencedor. O #ManisfestoMarta traz à tona não só a relação entre marcas e jogadoras, mas a valorização do futebol feminino dentro da própria federação.

Antes mesmo de discutir sobre o patrocínio de atletas, precisamos falar sobre mídia, oportunidades e também representatividade. Marcas precisam urgentemente mudar o mindset sobre projeção de marca, mídia e resultados. A cultura do nosso país é imediatista para tudo, seja para conquista de títulos ou negócios, isso inclui o posicionamento de muitas marcas que ao invés de desenvolverem um novo mercado, acabam escolhendo o caminho mais fácil para investimento. E ai, meus amigos, essas mesmas marcas querem entrar em campo e jogar o futebol feminino em condições que precisam ser revistas e principalmente, desenvolvidas. 

Se uma chuteira preta fez tanto barulho, imagina o futebol depois dessa Copa? 

#GoEqual #GoMarta #GoFutebolFeminino

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Caçula da seleção brasileira de golfe faz preparação para o Pan de Lima

Marília Galvão
Marília Galvão
Nina Rissi faz treinos intensos de preparação para o Pan
Nina Rissi faz treinos intensos de preparação para o Pan Acervo pessoal

Ela não pode viajar da Espanha, onde mora, para o Brasil, sem autorização dos pais por não ter completado 18 anos. Mesmo assim, conseguiu uma das quatro vagas para representar o país no golfe, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em julho deste ano.

Nina Rissi foi apresentada ao golfe com seis anos, mas, na época, não se identificou com o esporte. A paixão surgiu alguns anos mais tarde, quando começou a disputar campeonatos. Hoje, aos 17 anos – ela faz aniversário no próximo dia 22 de junho - é a caçula da seleção brasileira e fará sua estreia no Pan. 

O maior evento multiesportivo das Américas será o campeonato mais importante já disputado na promissora carreira da atleta. “Estou muito ansiosa para poder jogar e acho que vai ser uma das melhores experiências da minha vida. No esporte, a melhor. Quando recebi a notícia foi uma sensação incrível, parecia um sonho, uma sensação de gratidão por receber uma oportunidade tão grande.”, conta ao espnW.

Nina Rissi é a caçula da seleção brasileira de golfe
Nina Rissi é a caçula da seleção brasileira de golfe Acervo pessoal

Nina deixou o Brasil e se mudou para a Espanha com apenas cinco anos. Ela mora em Barcelona com a mãe, o irmão – que também joga golfe – e o padrasto. A casa ficava perto de um campo para a prática do esporte. Então a mãe e o irmão tiveram o interesse de conhecer e, por terem gostado bastante, levaram Nina para praticar também. Ela não gostou num primeiro momento. 

“Depois de um tempo, quando eu tinha dez anos, minha mãe começou a me levar nos campeonatos que o meu irmão jogava e insistiu bastante para eu começar a disputar também. Como sou bem competitiva, comecei a gostar do esporte cada vez mais e a partir dos 12 anos eu já competia em nível nacional e internacional, ganhando campeonatos importantes. Isso me deu uma sensação de satisfação que me levou a jogar até hoje”, afirma.

Nina conta com o apoio de sua mãe para seguir firme na carreira. “Minha mãe sempre foi meu melhor apoio e minha maior fã. Ela moveu montanhas para dar a melhor vida para mim e para o meu irmão. Ela trabalhava de madrugada para poder nos levar para treinar durante o dia”, lembra a brasileira.

Nina Rissi faz treinos intensos de preparação para o Pan
Nina Rissi faz treinos intensos de preparação para o Pan Acervo pessoal


Lesões na carreira

Em setembro de 2016, Nina passou por um momento bastante difícil na sua carreira. A atleta teve duas lesões praticamente ao mesmo tempo, uma em um dos pulsos e outra no quadril. Depois de muita fisioterapia sem sucesso, precisou passar por cirurgia.

De acordo com a atleta, esse foi um momento de superação. “A parte mais difícil mesmo foi a recuperação, porque fiquei uns dois meses sem conseguir andar e nem usar uma das mãos, e realmente foi muito difícil acreditar que eu estaria jogando de novo, e com horas e horas de treinamento", disse.

Apenas quatro meses após a cirurgia, Nina foi campeã de uma prova do ranking nacional espanhol, campeonato que considera o mais especial da sua vida por ser o primeiro após a lesão.

A atleta também participou de outros torneios. O Grand Prix de Hossegor na França, quando ficou em quinto lugar, é um deles. Em março de 2019, jogou o Campeonato Sul-Americano juvenil na Argentina representando o Brasil, terminando na oitava posição. Neste ano, Nina disputou o campeonato nacional amador da Espanha, com mais de cem atletas, e ficou em nono.

Nina Rissi é atleta da seleção brasileira de golfe
Nina Rissi é atleta da seleção brasileira de golfe Acervo pessoal


Rotina de treino

Nina faz treinamentos intensos. A rotina começa às sete da manhã com a academia. Depois, ela vai para o campo. “É um trabalho muito estruturado e planejado. Além do golfe, faço atletismo. É um hobbie e um jeito de me preparar melhor para o meu esporte”.

No ano passado, a atleta assinou um contrato com a Universidade Estadual de Michigan por quatro anos para estudar e também seguir com a carreira de golfista. “Gosto de ter um plano B, sempre gostei de estudar. Já realizei esse sonho de entrar em uma faculdade no Estados Unidos. Quando acabar, quero estar boa o suficiente para jogar profissionalmente em um circuito que chama LPGA [tour das melhores jogadoras do mundo], nos Estados Unidos.”

Nina já confirmou participação também no 89º Campeonato Amador do Brasil, o torneio mais antigo e tradicional do país, que será disputado no início de julho no Campo Olímpico do Rio e que servirá de aquecimento para sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

Ainda que no golfe a única diferença real entre amador e profissional seja o fato de que o primeiro não recebe premiação em dinheiro em torneios e o segundo sim, vale destacar que Nina é a única amadora entre os quatro convocados, e terá pela frente o primeiro grande teste da sua carreira.

A Confederação Brasileira de Golfe divulgou recentemente os nomes dos quatro representantes que disputarão os torneios feminino, masculino e duplas mistas no Pan. Além de Nina Rissi, foram chamados Adilson da Silva, Alexandre Rocha e Luiza Altmann. A abertura do Pan ocorrerá no dia 26 de julho e o torneio de golfe entre os dias 8 e 11 de agosto, no Lima Golf Club.

Nina Rissi é a caçula da seleção brasileira de golfe
Nina Rissi é a caçula da seleção brasileira de golfe Acervo pessoal
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Os musculosos também amam!

Rê Spallicci
Rê Spallicci
Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas
Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas []

Hoje é Dia dos Namorados e o amor está no ar! E se vocês pensam que os fisiculturistas são musculosos insensíveis, estão muito enganados! Nós também amamos, afinal, o coração também é um músculo... ou não é? Rs

Eu admito! Namorar um atleta do fisiculturismo não deve ser uma tarefa fácil! A gente tem mil restrições de dieta, tem sempre horários regrados para treinar, comer e dormir, nas proximidades das competições ficamos com um mau humor daqueles…

 Isso sem contar que ainda existe a questão da exposição dos nossos corpos, que, muitas vezes, gera ciúmes! Meu noivo, o Marcelo Toledo, é megacompreensivo! Mas ele, além de ter sido atleta de natação, também pratica esportes e tem uma vida supersaudável! E, além disso, é meu companheiro e incentivador número 1.

Mas conheço muitas histórias de meninas que têm dificuldade de ter relacionamentos mais duradouros por causa do nosso esporte! Por outro lado, o palco das competições também pode ser um excelente cupido!

E é uma dessas belas histórias de amor, a de Diogo Montenegro e Bruna Ribeiro, que eu quero compartilhar com vocês neste dia 12 de junho!

Uma história de amor!

 

Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas
Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas []

Quando o Diogo Montenegro começou a competir no fisiculturismo, Bruna Ribeiro ainda nem pensava em entrar para aquele mundo. Praticante de musculação desde os 14 anos, foi em 2011 que o Diogo foi levado a uma competição de fisiculturismo por um amigo, se apaixonou pelo esporte e começou a treinar para valer.

 Logo então vieram os primeiros títulos amadores: ExpoNutrition 2012, IFBB Champion 2012, Arnold Classic Brasil 2014 e Arnold Classic Europe 2014.

Enquanto Diogo estava no seu quarto título, Bruna estava começando a treinar para valer. “No último ano da faculdade, em 2014, comecei a competir por influência de amigos e acabei me apaixonando pelo fisiculturismo. Sempre fui muito magra e treinava pra tentar ganhar massa muscular, mas não me preocupava com dieta. Eu achava que dieta era só pra quem quisesse emagrecer… então, comia um monte de porcaria, esperando que virasse músculo, mas, na verdade, eu estava virando uma falsa magra molenga. Minha primeira preparação foi feita em três meses e consegui ser campeã já na ExpoNutrition 2014.”

Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas
Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas []

O caminho dos dois continuou seguindo em paralelo, ela em Maringá, e ele no Rio de Janeiro. Bruna acompanhava Diogo pelo Instagram – “ele já era famosinho na época” e a única coisa que tinham em comum naquele momento eram as conquistas constantes de campeonatos. Além disso, faziam parte da mesma equipe. “Mas eu sabia pouco dele. Sabia que era um dos melhores mens do Brasil, que já tinha competido no Olympia, e que estávamos no mesmo time de um treinador. Mas acho que ele nem sabia da minha existência,” relembra Bruna

Até que, em 2016, naquelas ciladas do destino, a Bruna resolveu comemorar o aniversário de uma forma diferente e viajou para o Rio de Janeiro. Na festa onde ela foi para curtir a data, estava lá o Diogo. “Na hora que o vi, pedi pra tirar uma foto com ele. Mas eu não tinha certeza do nome dele. Não sabia se era Diogo ou Diego, e ainda achava que o sobrenome era Monteiro , mas já o achava  bonitão, né?  Pedi pra minha amiga bater a foto e falei o nome dele rápido pra ele não perceber que eu não sabia”, Bruna se diverte lembrando.

Dois dias depois, ela postou a foto com os dois e o marcou no Instagram. “Daí ele me achou nas redes sociais e começamos a conversar”. No fim de semana posterior, Diogo viajou para Maringá, e a história do casal começou. Até que depois de muitas idas e vindas de ambos, entre Maringá e Rio, Diogo se mudou para o Paraná, e os dois passaram a morar juntos!

 Vida de atleta

Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas
Bruna Montenegro e Diogo Montenegro - Atletas []

Hoje, Diogo e Bruna acumulam títulos e histórias juntos. Ele já venceu a Prestige Crystal Cup, em 2015 e 2016, Europa Games Orlando, em 2017 e 2018, a Muscle Contest Brazil 2018 e também no ano passado ficou em 12º no Pro Olympia. Bruna é bicampeã Estadual, campeã brasileira, top3 mundial, campeã Arnold South América e também campeã Muscle Contest Brazil 2018. E no na passado, competiu no Olympia e amador e se tornou PRO.

 Mas o torneio que tem um gosto especial para ambos é  Muscle Contest Brazil, tem como me contou o Diogo. “A Bruna competiu no sábado, foi campeã, e eu a pedi em casamento na hora da premiação. No dia seguinte, eu competi e também fui campeão.”

Sob o ponto de vista deles, namorar uma pessoa do meio facilita muito as coisas, porque um compreende mais a vida do outro. “Querendo ou não, esse esporte define todo o nosso estilo de vida. Uma disparidade muito grande quanto a isso ia gerar muitos conflitos e não daria certo. Nós não bebemos, não saímos todo final de semana, treinamos todos os dias e, principalmente, entendemos o mau humor um do outro perto das competições, nos períodos de restrições maiores”, revela Bruna. E Diogo completa: “A desvantagem é que sempre rola uns estresses quando a fome aperta, mas sabemos lidar com isso muito bem”.

 Mas, se rolam algumas desvantagens, o esporte proporciona outras inestimáveis. “Uma vez a Bruna estava competindo no Brasil, e eu nos EUA. Na hora da premiação dela, eu estava assistindo ao vivo pelo celular, no backstage da minha competição, momentos antes das minhas finais. Quando ela foi campeã, eu gritei muito, e os outros atletas vieram ver o que estava acontecendo e me deram parabéns pela conquista dela. Em seguida, eu também fui campeão da competição”, finaliza Diogo.

Para eles, este Dia dos Namorados de 2019 será ainda mais especial. No início do ano, Diogo e Bruna se casaram no civil e hoje são mais que namorados, são oficialmente uma família!

E é com esta história que encerro o artigo de 12 de junho, desejando a todos os casais um dia dos namorados repleto de amor e de cumplicidade, e que, independente das atividades desempenhadas por cada membro do casal, que um encontre no outro apoio, parceria, cumplicidade, inspiração e respeito!

 Um feliz Dia dos Namorados a todos e todas!

 

Busque seu propósito. Deixe seu legado. 

  Rê Spallicci

 

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A Copa do Mundo feminina de futebol e a resiliência das mulheres em campo

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Já faz algum tempo que acompanho a movimentação do mercado esportivo com o futebol feminino. Sobra oportunismo e frases de efeito, mas ainda falta o principal: engajamento. No melhor estilo, "falem bem ou falem mal", o futebol feminino ganha palco, holofote, álbum de figurinhas e visibilidade. Uma Copa do Mundo feminina de futebol está acontecendo, e entre jogos do Brasil na Copa América, polêmicas do Neymar, e outros campeonatos ao redor do mundo, nossas atletas ganham manchetes - pela performance e bom jogo, que fique claro. 

Estava mais do que na hora, e convenhamos, tá bonito de ver!  

Cresci em uma família que tem o futebol como esporte, tanto que a minha avó - e ídola - é palmeirense, super engajada nas partidas ouvidas no seu bom e velho radinho de pilha. Ela sabe tudo do Palmeiras - inclusive as contratações(!). Apesar de não ter seguido na linha futebolística, escrever sobre os mais diversos esportes me faz esbarrar no futebol - e dar uma olhada especialíssima no futebol feminino. 

Com tantas discussões sobre igualdade de gênero, feminismo e empoderamento feminino, inclusive no esporte, não demorou muito para grandes marcas surfarem a onda do futebol feminino. Nesses meus 31 anos, é a primeira vez que vou conseguir comprar uma camisa oficial de seleção com nome de jogadoras e com o modelo desenhado para o corpo feminino. É também, a primeira vez que estou acompanhando - e conhecendo - jogadoras de outros times e suas histórias, históricos, estilo de vida e etc. Não só pelo fato de exaltar uma atleta mulher, mas porque vejo no futebol feminino resiliência, resistência e engajamento. 

Engajamento esse que pega carona com os mais diversos movimentos à favor da mulher e da igualdade de gênero. Que também proporciona oportunidade para arquitetar de maneira mais consciente a escolha dessa nova geração de meninas que está por vir, e que, vão viver o "lugar de mulher é onde ela quiser" verdadeiramente.

Quando falamos em arquitetura de escolha trazemos para consciência a quebra de padrões apresentando novas possibilidades (recomendo muito leituras relacionadas a Richard H. Thaler e Cass R. Sunstein, ganhadores do prêmio Nobel de Economia e do livro Nudge). Se até então o futebol sempre foi apresentando como um esporte masculino, o momento atual mostra para a nova geração que mulheres jogam futebol tanto quanto homens. São competitivas, estratégicas, preparadas fisíca e emocionalmente para fazer uma bela partida.

Com tamanha exposição e holofote, conseguimos trazer para nossas meninas a oportunidade de perderem a vergonha e dialogarem com os pais a vontade de jogar futebol. De desenvolverem habilidades que só um esporte coletivo como o futebol pode desenvolver. Oportunidade de conversar e debater com outras meninas sobre o assunto. Estamos criando oportunidade para as outras amiguinhas da sua filha/sobrinha/afilhada/etc também jogarem futebol e quebrarem de uma vez por todas o estereótipo tão batido, mas tão presente, que "futebol é coisa de menino". 

E voltando a arquitetura de escolhas, estamos trabalhando para ter um mundo onde as garotas possam escolher o esporte que elas quiserem. Isso inclui um novo mindset de todos os adultos ao seu redor, para trabalhar o estímulo de novas modalidades esportivas além do tradicional ballet. E digo isso, por que segui exatamente por esse caminho, foram mais de dez anos no Ballet. Tive sorte de crescer em uma cidade do interior de São Paulo, e uma família que me deu acesso ao clube poliesportivo da cidade. Foi ali que entendi sobre diversidade e possibilidade. Futsal, basquete, natação, vôlei, tênis, corrida, artes marciais, e tantos outros.

Precisamos apresentar para nossas garotinhas mulheres que vão além da grande Ana Botafogo. Se tratando do país do futebol, não tenho dúvidas que temos as melhores.

 Da-lhe Marta e todas as atletas da Seleção Feminina de Futebol! 

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A Copa do Mundo feminina de futebol e a resiliência das mulheres em campo

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O dia em que eu voltei a torcer pela Seleção Brasileira

Bibiana Bolson
Bibiana Bolson

Sou e sempre serei uma torcedora da Seleção Brasileira. E para falar a verdade, é exatamente por esse sentimento, o de torcedor, que muitos de nós jornalistas esportivos, escolhemos o nosso ganha pão. Preservada a isenção necessária para o exercício da profissão, convenhamos, você tem que amar o que você faz, esse é o primeiro passo para qualquer um que busca o sucesso! Não sei citar um jornalista sequer que não seja também um torcedor (da Seleção ou de um clube de futebol), sim, somos todos apaixonados por esporte! 

Dito isso, quero compartilhar com vocês que fico emocionada toda vez que o Brasil está competindo. Não só torço, eu sofro mesmo. Acontece que, assim como muitos brasileiros, desde 2014 perdi o sentimento que era tão representativo desde a minha infância. A Seleção entrava em campo, mas não era a mesma empolgação. Até o dia de hoje... 

Quando o Brasil entrou em campo na manhã desse domingo contra a Jamaica, senti o que não sentia há muito tempo. Senti também algo ainda mais forte: que passo importantíssimo para o futebol feminino! Essa Seleção feminina, que perdeu 9 jogos consecutivos, estreou sob a voz de um dos maiores narradores da história da televisão brasileira. Estreou com uma comentarista mulher em televisão aberta. E estreou com vitória! Com três gols de uma das maiores jogadoras do Brasil, a Cristiane.  

Cristiane comemora hat-trick sobre a Jamaica
Cristiane comemora hat-trick sobre a Jamaica Getty

Vimos um Brasil aguerrido, com oportunidades e criando ao longo da partida. Eu sei que a Copa do Mundo é longa, que teremos pela frente grandes desafios e enfrentaremos também seleções de países que tratam o futebol feminino muito melhor do que nós, mas hoje eu quero apenas curtir esse sentimento que andava sumido por aqui.  

Às guerreiras da Seleção Brasileira, meu agradecimento por estarmos juntas vivendo esse momento histórico. Um dia que o futebol feminino lembrará para sempre. Uma manhã de domingo que nós mulheres vamos guardar no coração. Vocês, que andaram comigo com o sentimento que sempre o esporte masculino tem mais importância, vocês sabem do que estou falando, tenho certeza. Para cima, guerreiras!

Fonte: Bibiana Bolson

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O dia em que eu voltei a torcer pela Seleção Brasileira

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Copa do Mundo começando e nós estamos na semifinal em Paris

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut
Estamos na semi!
Estamos na semi! Reprodução

Enfim o tão esperado momento chegou. 

Depois de quase 30 dias que estamos na França , ontem foi a abertura da Ladies CUP,  um campeonato de Futebol Feminino de Clubes da Europa . E olha quem foi convidada pra participar: nós, as meninas do PSG Academy Brasil . O mais emocionante de tudo isso é que estamos vivendo essa experiência no mesmo momento que a nossa Seleção Brasileira está chegando para realizar o sonho de toda atleta de jogar em uma Copa do Mundo


Estamos todas aqui e a expectativa é enorme. Nós tivemos 4 jogos, ganhamos o primeiro por 4 a 0, empatamos o segundo em 0 a 0 e, no terceiro, saímos com a vitória (1 a 0). Encerramos o último jogo com mais uma vitória por 3 a 0! Hoje foram dois jogos: primeiro, enfrentamos Alemanha e, em seguida, a França. 2 a 0 nos dois jogos. Pra quem? Brasil! 

Amanhã disputaremos a semifinal. Nos dedicamos muito neste último mês aqui na França. Participamos de outros campeonatos, de amistosos e muitos treinos. O entrosamento aumentou ainda mais, a confiança está fortalecida e estamos firmes em busca da nossa taça.

[]


Enquanto isso, a seleção se prepara para seu primeiro jogo, dia 09/06 . Elas vieram de uma fase difícil e se tem uma coisa que o esporte nos ensina, é aprender com os erros e superar as dificuldades . Elas também estão fortes.  Tudo que viveram nos últimos meses faz com que elas saibam onde devem atacar e o que fazer pra conquistar a taça. 
E não posso deixar passar a oportunidade de mandar o meu recado pra elas. Na verdade, o recado de todas as meninas, as que estão aqui comigo jogando esse campeonato e de muitas outras que ainda não tiveram a oportunidade, mas que sonham em ser jogadoras de futebol.


Então , aí vai: 

Meninas da Seleção,

Quando vocês entrarem em campo no dia 9, saibam que vocês não serão apenas 11. Vocês são muito mais. Vocês são as raras atletas dos clubes profissionais brasileiros.  Vocês são dezenas de meninas, que acabaram de ser aprovadas nas recentes peneiras,  para as bases, que até recentemente, não existiam.  Vocês são centenas de meninas  que jogam em escolinhas e projetos sociais sem nenhum incentivo.  Vocês são milhares de garotas que sonham em jogar futebol , mas não tem onde, não tem como, não tem nenhum apoio , e por isso ainda não conseguiram , mas com vocês , elas conseguirão . Vocês são outras milhares de meninas que nem sabem que menina joga futebol, sim . E essas descobrirão nessa Copa do Mundo, graças a vocês. Obrigada por tudo que vocês representam pra todas nós. Como a gente diz por aqui, a cada jogo, a cada gol, tudo está no 0 a 0.  Então vão lá e tragam a taça, tragam a conquista de uma nova fase do Futebol Feminino.

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O fisiculturismo que transforma!

Rê Spallicci
Rê Spallicci
Edgard Cardoso - Fisiculturista
Edgard Cardoso - Fisiculturista []

Uma das coisas mais bacanas do fisiculturismo é a sua capacidade transformadora! Não são poucas as histórias que conheço de pessoas que saíram de uma rotina sedentária e que, graças ao esporte, mudaram totalmente seus hábitos de vida e, consequentemente, de corpo.

E uma das histórias que mais me surpreendeu foi a do Edgard Cardoso!

Quando jovem, Edgard era praticante de Karatê, o qual praticou por 20 anos, tornando-se faixa preta, campeão paulista universitário e vice-campeão paulista por equipe.

Após, passou a praticar Powerlifting que é uma modalidade de levantamento de peso. E a carreira dele nessa atividade também foi vencedora: sagrou-se dez vezes campeão paulista, oito vezes campeão brasileiro, três vezes campeão sul-americano, e uma vez campeão pan-americano, além de ter ficado em 13º lugar no mundial da África do Sul, em 2004. “Fui também campeão paulista e brasileiro de Supino e Levantamento Terra”, revela. 

Até que, em 2014, após todas essas conquistas, ele resolveu parar e, nesse mesmo período, verificou que estava com problemas de saúde. “Por não ter uma dieta controlada, adicionado ao excesso de consumo de carboidratos, adquiri esteatose hepática (gordura no fígado) e pré-diabetes. Foi quando resolvi cuidar mais da saúde.”

Coincidentemente, no calor desses acontecimentos, ele foi assistir a um campeonato de fisiculturismo e se apaixonou pela modalidade. “Era aquilo que eu queria. Comecei com a dieta e treinamentos, que culminaram na perda de 50 kg de gordura! Eu pesava, em 2014, 125 kg, e fiz minha estreia no fisiculturismo, em março de 2017, pesando 75Kg.”

Para que isso fosse possível, ele teve o acompanhamento da Dra. Ana Teresa Mello, que é médica nutróloga, e do Dr. Gustavo Pasqualotto, que é nutricionista e preparador de atletas. E ambos o acompanham até hoje. “Foi uma saga de dois anos de preparação intensa”, revela. “Recebi, também, o apoio e patrocínio da Performance Nutrition, que se interessou pelo meu projeto de vida e me patrocina até hoje.” 

Edgard estreou no Fisiculturismo, em março de 2017, ficando em 7º lugar. Depois participou do Paulista e ficou em 4º lugar, conseguindo a vaga para o Brasileiro, competição na qual foi vice-campeão. “O segundo lugar me deu uma vaga no sul-americano, na Argentina, no qual fiquei em 7º lugar”, conta orgulhoso.

E como não existe almoço grátis, para chegar ao seu corpo atual e alcançar todos esses bons resultados, Edgard mantém uma rotina pesada de dieta e treinamentos.  “Normalmente faço seis refeições por dia, com 150g de proteína em todas elas, variando com comida e suplementos. Consumo, em média, 100g de carboidrato em cinco refeições. Nas duas últimas refeições do dia, não consumo carboidrato, apenas gordura boa (abacate, pasta de amendoim, ovos inteiros). Os alimentos não são fritos. Sempre assados ou cozidos. Uso sal rosa do Himalaia e óleo de coco. Quando estou em off, aumento na quantidade de consumo de carboidratos. Quanto entro em precontest, mais próximo da competição, o carbo é reduzido, chegando a ficar zero na última semana.”

Em relação ao treinamento, ele faz um esquema de 4 por 1, ou seja quatro dias de treino e um de descanso. “Divido os grupos musculares da seguinte forma: peito e bíceps, dorsal e tríceps, ombro e trapézio e perna.  Aeróbico de 20 minutos por dia, quando entro em precontest, explica.

O fascínio pelo esporte

Mais do que os títulos, Edgard comenta que as lições de vida que tira do esporte é que mais o impulsionam. “O Karatê ajudou muito na formação do meu caráter. No levantamento de peso, aprendi a superar os limites, aprendendo que nada é impossível”, sintetiza

 Sobre o fisiculturismo, ele acredita que o esporte seja a materialização do jargão “você é o que você come”.

 “O fisiculturismo é o resultado de todo seu esforço com a dieta, treinos e privações sociais. Tudo isso reflete diretamente em seu corpo. Você se torna uma escultura viva; afinal, o esporte se chama originalmente bodybuilder (construtor de corpo). Nas competições, você vai simplesmente mostrar aos árbitros o resultado do seu trabalho. As pessoas buscam o físico perfeito, com volume muscular e simetria, e somente por meio do fisiculturismo isso é possível realizar.”

Outra coisa que o fascina no fisiculturismo é a longevidade que os atletas podem ter em suas carreiras. “Não há limite de idade para a prática e o ápice da carreira é aos 45 anos, segundo o Mestre Arnold Schwarzenegger”, comenta Edgard do alto dos seus 57 anos.

Uma verdadeira transformação

Edgard Cardoso - Fisiculturista
Edgard Cardoso - Fisiculturista []

Com a transformação que conseguiu em seu corpo, o Edgard me contou que muita gente ficou espantada e até pensou que ele tivesse feito cirurgias ou aderido a alguma fórmula mágica. “Mas a verdade é que não existe segredo, nem mágicas. Só muito trabalho e sacrifício.”

 Advogado no Tribunal de Justiça de São Paulo, há 30 anos, onde ingressou por concurso público, Edgard é assessor jurídico de gabinete de Magistrado. Casado com Cibele e pai de Fernando e Felipe, ele conta que o apoio da família é fundamental para que se mantenha firme em seus propósitos. “Sem ela, você não chega a lugar algum. Minha esposa é quem prepara toda minha alimentação e segue à risca todo o cardápio que minha médica e meu nutricionista passam. É um verdadeiro trabalho em equipe. A família ajuda muito no aspecto psicológico. Durante a fase aguda da preparação, você quer largar tudo. É nessa hora que aquela força extra vem da esposa e dos filhos e o estimula a treinar e não sair da dieta”, confidencia.

 Além de estar feliz com o corpo, Edgard comenta que ganhou inúmeros benefícios com sua nova vida. “A começar pela cura de doenças, além de ter mais disposição e força de vontade para enfrentar o dia a dia, ser mais bem-humorado e feliz.”

Para quem quer chegar aos 57 esbanjando um físico de dar inveja, ele acredita que “se quiser, você consegue”, desde que haja objetivo, foco e regularidade. “Mas saiba que sozinho não se chega a lugar algum. O acompanhamento de profissionais é essencial. A suplementação esportiva é importantíssima para a obtenção de resultados.

 No fisiculturismo, 70% são constituídos pela alimentação (incluindo a suplementação), e 30%, pelos exercícios. Sem dúvida alguma, o segredo está na comida. Outra coisa que é preciso desmistificar é que fisiculturista passa fome. Não, ele passa vontade, principalmente quando tem como diz um grande amigo meu, ‘cabeça de gordo’. Com o passar do tempo, seu paladar muda. O alimento fica mais saboroso. Existem milhares de receitas fitness, que se prepara com wheyprotein, pasta de amendoim, óleo de coco, bem como existe uma grande quantidade de temperos e molhos, tudo com zero gordura. Mudança de hábito, nada mais, esse é o segredo”, finaliza.

Realmente, a história de Edgard mostra que não há limites para a transformação, quando temos mente forte e desejo de mudança! Sempre que vejo personagens como ele, fico feliz em poder compartilhar suas trajetórias, porque sei que são pessoas como o Edgard que inspiram outras a transformarem as suas vidas, em diversos aspectos!


Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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Copa do Mundo feminina de futebol terá jogos exibidos no Museu do Futebol

Julia Vergueiro
Julia Vergueiro
Andressa, Cristiane e Marta estarão em campo pela seleção brasileira
Andressa, Cristiane e Marta estarão em campo pela seleção brasileira Getty

A Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA, realizada entre 7 de junho e 7 de julho, na França, terá jogos exibidos no Museu do Futebol – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. Com telão e arquibancada para cerca de 100 pessoas, o Museu recebe torcedores brasileiros e estrangeiros para vibrar por suas seleções. 

A estreia do Brasil é no domingo, dia 9 de junho, contra a Jamaica, às 10h30. Nesse dia, nossas alunas do Pelado Real FC estarão na arquibancada do Museu junto com os personagens da Turma da Mônica. Também assistirão ao jogo integrantes da União Brasileira de Mulheres (UBM) e do Movimento Toda Poderosa Corintiana. Com direito até a roda de samba, o primeiro jogo da Seleção promete agitar o Museu do Futebol.

2019 já é um marco para a história do Futebol Feminino. Pela primeira vez, os jogos do Mundial serão transmitidos pela TV no Brasil. E quem vier torcer no Museu também poderá conferir a exposição CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol que narra a história do futebol feminino no país, que foi proibido por cerca de 40 anos entre as décadas de 1940 e 80 até as conquistas mais recentes.

“A exposição exalta esse momento e narra como foi o caminho trilhado pelas mulheres para chegar até aqui. O reconhecimento de suas lutas deve ser fonte de inspiração às novas gerações” afirma a diretora de conteúdo do Museu do Futebol, Daniela Alfonsi.

Carol Anjos, atleta do Centro Olímpico, visita a exposição Contra-Ataque
Carol Anjos, atleta do Centro Olímpico, visita a exposição Contra-Ataque Arquivo Pessoal

O ingresso para o Museu dá direito a ver a exposição temporária CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol e a assistir aos jogos do dia. Às terças-feiras o Museu tem entrada gratuita.

Confira abaixo a programação de todos os jogos que serão transmitidos no Museu do Futebol:

Sala Jogo de Corpo

 7/6 - Sexta

16h França x Coreia do Sul (Grupo A)


 8/6 - Sábado

10h Alemanha x China (Grupo B)

13h Espanha x África do Sul (Grupo B)

16h Noruega x Nigéria (Grupo A)


9/6 - Domingo

10h30

Brasil x Jamaica

13h Inglaterra x Escócia (Grupo D)

 

11/6 - Terça

10h Nova Zelândia x  Holanda (Grupo E)

13h Chile x Suécia (Grupo F)

16h Estados Unidos x Tailândia (Grupo F)

 

12/6 - Quarta

10h Nigéria x Coreia do Sul (Grupo A)

13h Alemanha x Espanha (Grupo B)

16h França x Noruega (Grupo A)

 

13/6 - Quinta

13h Austrália x Brasil (Grupo C)

16h África do Sul x China (Grupo B)

 

14/6 - Sexta

10h Japão x Escócia (Grupo D)

13h Jamaica x Itália (Grupo C)

16h Inglaterra x Argentina (Grupo D)

 

15/6 - Sábado

10h Holanda x Camarões (Grupo E)

16h Canadá x Nova Zelândia (Grupo E)

 

16/6 - Domingo

10h Suécia x Tailândia (Grupo F)

13h Estados Unidos x Chile (Grupo F)

 

18/6 - Terça

16h Itália x Brasil (Grupo C)

 

19/6 - Quarta

16h Japão x Inglaterra (Grupo D)

 

20/6 - Quinta

13h Holanda x Canadá (Grupo E)

16h Suécia x Estados Unidos (Grupo F)

 

22/6 - Sábado

12h30 1ºB x 3ºACD - Oitavas de final (jogo 7)

16h 2ºA x 2ºC - Oitavas de final (jogo 1)

 

23/6 - Domingo

12h30 1ºD x 3ºBEF - Oitavas de final (jogo 2)

 

25/6 - Terça

13h 1ºC x 3ºABF - Oitavas de final (jogo 5)

16h 1ºE x 2ºD - Oitavas de final (jogo 6)

 

27/06 - Quinta

16h Vencedor do jogo 1 x Vencedor do jogo 2 - Quartas de final (I)

 

28/06 - Sexta

16h Vencedor do jogo 3 x Vencedor do jogo 4 - Quartas de final (II)

 

29/6 - Sábado

10h Vencedor do jogo 5 x Vencedor do jogo 6 - Quartas de final (III)

13h30 Vencedor do jogo 7 x Vencedor do jogo 8 - Quartas de final (IV)

 

2/7 - Terça

16h Semifinal Vencedor do jogo I x Vencedor do jogo II

 

3/7 - Quarta

16h Semifinal Vencedor do jogo III x Vencedor do jogo IV

 

6/7 - Sábado

12h Decisão do 3º lugar

 

7/7 - Domingo

12h Final

Serviço:
Praça Charles Miller, s/nº São Paulo, SP
Terça a domingo, 9h às 17h (visitação até as 18h)
R$ 15 | Meia-entrada: R$ 7,50 | Entrada gratuita às terças-feiras
* Horários diferenciados de funcionamento em dias de jogos no Estádio do Pacaembu. Consulte o site museudofutebol.org.br.
* Estacionamento com Zona Azul (R$ 5,00 válido por 3h). Mais informaçõesno site da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET.


Fonte: Júlia Vergueiro

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Melhor time feminino do mundo; a que se deve o sucesso da Atos e das alunas de Angélica Galvão?

Mayara Munhos
Mayara Munhos
Angélica Galvão levantou o troféu do título por equipes da categoria feminina pela primeira vez na história
Angélica Galvão levantou o troféu do título por equipes da categoria feminina pela primeira vez na história Kenny Jewel/GrappleTV


Além dos títulos individuais por atleta, que são muito cobiçados no Campeonato Mundial da IBJJF, o final do torneio é marcado pela premiação dos títulos por equipe. No ano passado, a Atos conseguiu vencer o bicampeonato derrubando a hegemonia da Alliance pelo segundo ano consecutivo. Este ano, a equipe liderada por Fábio Gurgel voltou a vencer e somou o 12° título, deixando o time de André Galvão em segundo. Mas isso tudo no adulto masculino.


Porém, algo inédito aconteceu: a Atos venceu por equipes no adulto feminino. É a primeira vez que o time das mulheres, liderado por Angélica Galvão, fica no topo do Mundial. Em 2018, a equipe terminou em 6°, com 22 pontos. A Alliance e a Gracie Humaita, que brigaram pelo primeiro lugar algumas vezes, acabaram ficando para trás para o Angelica's Army (Exército da Angélica, como 'apelidaram' suas alunas) levar o título para San Diego.

André e Angélica Galvão com o troféu de campeão
André e Angélica Galvão com o troféu de campeão Anailly Amorim

Nos primeiros dias de competição, a equipe disparou na liderança. Na faixa azul, destaque para Iasmin Casser, aluna de Guilherme e Rafael Mendes, da AOJ, que venceu ouro na categoria e no absoluto e ainda foi 'presenteada' com sua faixa roxa.  No peso pluma, Adriana Gamarra também somou pontos e faturou o bronze. 

Na faixa roxa, destaque para a campeã Jessa Khan, também aluna dos irmãos Mendes e que tem sido, sem dúvidas, um dos maiores nomes do jiu-jitsu feminino da atualidade. Ela também beliscou o bronze no absoluto. Destaque também para Heather Morgan e Crystal Gaxiola que, além do título na faixa roxa, receberam a faixa marrom no pódio. 

Na faixa marrom, alguns pontos a mais: Rafaela Guedes faturou o ouro na faixa marrom pesado e o bronze no absoluto. Quem também colaborou com pontos foi Emily Alves, que levou bronze na faixa marrom meio pesado e dividiu o terceiro lugar do absoluto com a Rafa.



Na faixa preta, Nina Moura, Nikki Cuddle e Luiza Monteiro estavam na briga. Nina e Nikki acabaram fora do pódio. Luiza, que era uma das favoritas ao título, ficou nas quartas de final do absoluto, sendo derrotada por Ana Carolina Vieira (GFTeam) e chegou na final da categoria meio pesado, mas ficou com a prata após ser finalizada por Andressa Cintra (Gracie Barra).

Bianca Basílio também era uma esperança de título. A atleta da Almeida, que luta os campeonatos da IBJJF pela Atos, fez a final do peso pena contra Ana Schmitt (Nova União) e terminou a luta empatada. Na decisão, Ana levou a melhor.

A GF Team até chegou a encostar, mas acabou em segundo lugar com 66 pontos. A Atos terminou com 71 e em terceiro, a CheckMat com 36.

Mas a que se deve o sucesso do time feminino da Atos? "A excelência está em oferecer o que minha cliente veio buscar. Isso faz toda diferença", me contou Angélica, que também falou um pouco mais sobre a turma feminina :)

AULA PARA MULHERES

Há 5 anos, Angélica tem dado aula só para mulheres. "As aulas femininas na Atos começaram quando eu fui graduada a faixa preta. Como a maioria das coisas na minha vida, o André sempre me desafiou a ir além. Eu confesso que não tinha muito interesse em dar aula, nunca tinha dado aula até então. O programa começou pequeno, o número de alunas ficava numa média de 8-10 meninas", disse a professora. Duas vezes na semana, um dos tatames da Atos é disponibilizado para elas. É uma aula que mistura o básico com o avançado, algo que possibilita que entrem novas alunas e que as mais antigas, também aprendam e contribuam com a classe.

Para a professora, treinar com mulheres traz uma realidade diferente e ela defende: "Peso, tamanho e força tem influência sim, se não tivesse, não existiriam divisões feminino e masculino, divisões de peso e nível de faixa. É um grande benefício ter um grupo bom de meninas para treinar". Mas apesar de defender o treino feminino, ela também acha importante encorajar as mulheres a treinarem nas aulas mistas.

"A mulher sem background no esporte pode se sentir intimidada dependendo do ambiente. Meu foco é apresentar o jiu-jitsu de uma forma saudável, interessante, eficiente, e com um toque desafiador. Com o tempo eu encorajo todas elas a participarem das aulas normais na academia", completou. 

Para Angélica, o fato de ser faixa preta e dividir a liderança da academia com André, também ajuda muito a ter novas alunas. "O fato de eu ser dona da academia, ser mulher faixa preta acaba ajudando bastante, pois eu sei a necessidade de uma mulher dentro da academia. Então acabo aplicando isso no time", disse.

Ela também acredita que o respeito que há entre ela e o André, é algo que acaba refletindo dentro do grupo, tornando o ambiente familiar, agrádavel e seguro. "Sempre me coloco como cliente e crítica. Analiso e me pergunto se eu gostaria daquele lugar se entrasse ali pela primeira vez, se eu me sentiria à vontade para deixar minha filha de 12 anos fazendo uma aula ali e sair para tomar um café. Esse é meu foco", disse. 

O DIA EM QUE ELAS CONQUISTARAM O TATAME PRINCIPAL

O que começou pequeno, tomou uma proporção gigante. Algumas semanas antes do Mundial, Angélica publicou uma foto e comemorou um recorde: 43 alunas.



A academia tem dois tatames a disposição, sendo um maior e principal e o outro, um pouco menor, que é onde acontece a aula das mulheres. Durante a aula das mulheres, acontece simultaneamente no tatame principal, o treino sem kimono, liderado pelo professor André. Neste dia, elas tomaram conta do tatame maior. 

"Ele [André] dá bastante suporte e atenção para o feminino. Então a gente sempre brincava que eu ia tomar o tatame grande. Aí esses dias, éramos em 43 meninas. Ele olhou e falou: 'pode usar meu tatame'. Foi uma honra", relembrou a professora.

Angélica também contou que para ela, o que mudou de cinco anos para cá foi o número de alunas e o fato de hoje em dia, poder contar com uma assistente para ajudá-la nas aulas. E, para quem acha que é difícil iniciar uma turma: acertou!

"Eu sempre dei meu melhor, mesmo quando ainda éramos em menos meninas. Já teve aula com 3 meninas apenas, mas eu sempre fiz com excelência, como se tivéssemos 100 meninas no tatame. Ainda contamos com 2 aulas semanais. Hoje tenho uma assistente em todas as aulas, pois são muitas meninas, e temos do nível inicial ao avançado. São meninas com metas e objetivos diferentes. Umas buscam competição, outras perda de peso, defesa pessoal, melhora da saúde, auto estima. Embora o jiu-jítsu seja o mesmo, isso precisa ser apresentados de maneira diferente", disse.

Angélica e André têm uma filha de 12 anos, Sarah, que é faixa cinza e preta e medalhista de prata no Pan-Americano. 

O SENTIMENTO DO TÍTULO

Pela primeira vez, a Atos levou o título da divisão feminina. Professora Angélica disse não levar o título como algo dela, e também disse que há muitas alunas, atletas e não atletas de outras filiais competindo pela Atos também.

"O título é da equipe. Sem bons líderes, que valorizam e incluem o jiu-jitsu feminino, não teríamos alcançado", disse.

Angélica reconhece seu empenho para fazer a equipe crescer, mas não deixa de citar: "Eu represento de uma certa forma o jiu-jitsu feminino na Atos. Sei que abri portas e de certa forma, tenho minha contribução para o esporte, mas sem todo grupo, nada disso seria possível". 

A professora e líder da equipe, já contou anteriormente que optou por abrir mão da carreira de atleta para se focar na academia e, embora tenha conquistado títulos mundiais na faixa roxa e marrom, não conquistou na preta, mas atrela isto a algo maior, e finaliza:

"Me sinto honrada e realizada. O título mundial de kimono na preta é algo que não pude conquistar, mas faço da vitória de cada uma delas, a minha vitória e o meu título mundial".

Que todas tenham fôlego para continuar levando a Atos para frente e que este, seja só o começo!

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Aprendizado com arco e flecha leva indígena à seleção brasileira no Pan de Lima

Marília Galvão
Marília Galvão

Graziela Santos conquista vaga para os Jogos Pan-Americanos de Lima
Graziela Santos conquista vaga para os Jogos Pan-Americanos de Lima []

O Brasil enviará uma representante indígena amazonense como arqueira nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, que serão realizados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto deste ano.

Graziela Santos é da etnia Karapãna e seu nome indígena é Yaci, que significa Lua. Aos 23 anos, a atleta se classificou em primeiro lugar para o Pan no tiro com arco e é a primeira mulher indígena a compor a Seleção Brasileira na modalidade.

“Estou muito feliz em fazer parte da equipe e representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos. É a primeira vez que vou participar desse campeonato, e eu estou muito feliz de ter conseguido a vaga e ver que meu treinamento de todos esses anos está começando a dar bons resultados para mim e para o Amazonas também”, disse a atleta em entrevista exclusiva.

Graziela nasceu no Rio Cuieiras, no Amazonas, no sítio dos pais, que pertence à aldeia Kuanã. Ela diz que teve uma infância muito boa ao lado dos seus sete irmãos. “Nós crescemos juntos, sempre brincando lá no quintal de casa, correndo, subindo em árvore, pulando, nadando no rio. Eu tenho boas recordações.”

Graziela Santos e sua família segurando a réplica da tocha olímpica no Rio Cuieiras (Amazonas)
Graziela Santos e sua família segurando a réplica da tocha olímpica no Rio Cuieiras (Amazonas) []

Quando criança, uma das distrações de Graziela era brincar de arco e flecha com os tios, irmãos e pai. Ela ainda representava sua etnia e a escola em que estudava nos Jogos Interculturais, que eram realizados em comemoração ao Dia do Índio.

Este foi o estímulo o suficiente para a atleta se interessar pelo tiro com arco, modalidade olímpica em que muitos atletas indígenas se destacam pela semelhança com o arco e flecha. O primeiro é profissional e o segundo é da cultura indígena.

Graziela conheceu a modalidade olímpica quando entrou para o projeto de arquearia indígena da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). A entidade construiu uma escola na região onde ela morava, no Rio Cueiros. A atleta se apaixonou pelo esporte e desde os 17 anos segue firme na modalidade.

Graziela Santos e equipe conquistam medalha de prata no Grand Prix do México em 2018
Graziela Santos e equipe conquistam medalha de prata no Grand Prix do México em 2018 []

Graziela se formou em ciências contábeis no ano passado e atualmente está se dedicando apenas aos treinos. “A minha rotina de treinos é de seis dias por semana. Está sendo muito bom, estamos fazendo bastante exercícios, trabalhando nossa concentração, psicológico e acredito que veremos bons resultados, para o Brasil, para o Amazonas e para tudo o que eu represento”, contou a atleta, que está morando em Maricá, no Rio de Janeiro, para se preparar para as próximas competições.

Graziela aparece na foto com quatro irmãos e um primo
Graziela aparece na foto com quatro irmãos e um primo []

A esportista já participou de seis campeonatos brasileiros, além dos internacionais. Ela acumula dez medalhas até o momento, incluindo o ouro no Campeonato Sul-Americano de 2018 por equipe feminina e também no individual, e medalha de prata por equipe feminina no Grand Prix do México no mesmo ano.

Em junho ela participará do campeonato Mundial na Holanda, que vale vaga para a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

“Será o meu primeiro Mundial. Nós estamos treinando bastante para que possamos conseguir a vaga por equipe. É uma competição onde vão todos os países, é muito difícil e acredito que podemos trazer um resultado bom”, finaliza. 

Graziela Santos e seu irmão, Gustavo Paulinho, também arqueiro da Seleção
Graziela Santos e seu irmão, Gustavo Paulinho, também arqueiro da Seleção []

Um dos irmãos de Graziela, Gustavo Paulinho, também é arqueiro da seleção. Aliás, ambos foram campeões brasileiros de dupla mista. Os Karapãna também são representados no território nacional pelo wakeboarder Jajá do Wake, primo de Graziela.


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Como a imigração dos EUA humilhou Sabatha Laís e a tirou do Mundial de jiu-jitsu

Mayara Munhos
Mayara Munhos
Entrar nos Estados Unidos tem sido cada vez mais complicado para os brasileiros
Entrar nos Estados Unidos tem sido cada vez mais complicado para os brasileiros Jaap Arriens/NurPhoto

Todo ano, acontece na Califórnia, Estados Unidos, o Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF. A primeira edição do mundial foi em 1996, no Rio de Janeiro. Em 2007, porém, ele foi sediado nos Estados Unidos e hoje em dia, pode-se dizer que a Walter Pyramid é o 'cantinho oficial' do jiu-jitsu nessa época do ano, que começa nesta quinta-feira (30).

Mas há um problema tem assombrado os atletas brasileiros que querem chegar até lá: o visto. Embora em muitos outros anos tenhamos ouvido histórias de vistos negados, esse ano falou-se muito mais sobre a situação - talvez por conta da situação política do país. Não existe um acordo bilateral em que o brasileiro pode entrar livremente nos Estados Unidos, ao contrário de norte-americanos no Brasil (e dos Japoneses, Canadenses e Australianos).

Sabatha Laís, faixa preta da Ryan Gracie, teve um problema muito mais constrangedor do que a negação. Com passaporte regulamentado e visto em dia, ela viajou até lá, chegou em Los Angeles e foi barrada na imigração.

 

A faixa preta estava indo pelo quarto ano consecutivo e nunca tinha tido problemas. Ela fez uma participação extraordinária no Campeonato Brasileiro, que aconteceu em maio, chegando na final do peso e do absoluto e chegaria na 'Pirâmide' como um grande nome a ser batido. Mas não aconteceu.

Na imigração, ela passou pela primeira triagem, o policial fez as perguntas normalmente e ela respondeu, mas o 'entrevistador' pediu um minuto  e chamou uma outra pessoa para falar com ela. De lá, ela foi levada para uma outra sala, onde ficou esperando durante cerca de 40 minutos. "Me fizeram as mesmas perguntas, o cara me perguntou o que eu ia fazer e eu respondi de novo. Ai ele falou que era mentira", contou Sabatha. "Eu falei que era verdade, expliquei que sou faixa preta e ele perguntou se tinha provas de que estava inscrita no campeonato. Fui no meu e-mail, mostrei o comprovante da IBJJF com o meu nome, categoria e enfim... Entreguei meu celular para ele ver, ele pegou um papel e me deu, dizendo que meu celular estaria preso para averiguação".

Sem entender, Sabatha admitiu que sabia dos riscos de ser barrada, já que é algo comum entre os brasileiros, mas que imaginou que nunca aconteceria com ela. Depois de ter o celular levado durante cerca de meia hora, ela novamente foi chamada e encaminhada para outra sala que ela tentou reproduzir, explicando:

"Nessa sala, já tinham pessoas dormindo, com aquelas camas, tipo 'Medico sem Fronteiras', sabe? Tinha um monte de mulher, a mesma sala era separada por uma parede, homens de um lado e mulheres do outro. Ali eu comecei a ficar em desespero, porque se elas estavam dormindo numa situação dessa, é porque não estavam lá há pouco tempo". 

Nessa sala, ela ficou durante cerca de 20 horas e nesse período de tempo, foi sendo chamada para responder as mesmas perguntas, feitas de forma diferente. "Humilhante. Isso é uma humilhação. O tempo todo ficavam tirando foto minha igual marginal mesmo. Eu estava sendo revistada como marginal e eu falando que estava indo ali para lutar, com a inscrição feita, local certo de ficar, data certa de vir embora. Não era a primeira vez que eu estava indo, era o quarto ano consecutivo", disse.

Sabatha também desabafou sobre a hora em que se sentiu mais humilhada. Em um dado momento, o oficial a chamou novamente. "Ele me chamou e falou em espanhol: 'Parabéns, você luta muito bem'; e eu falei que não tinha entendido, achei que ele estava me zoando. Ele respondeu: 'Eu olhei no YouTube, até mesmo no seu celular suas lutas, parabéns, você luta muito bem'; ai eu comecei a chorar e falei: 'pelo amor de Deus, você viu que não é mentira minha, me deixa entrar, me deixa lutar'; e ele falou: 'não, você não é bem-vinda no meu país'. Voltei para a sala, fiquei durante cinco ou seis horas esperando eles me colocarem em um voo para voltar para cá".

Sabatha durante o Campeonato Brasileiro de 2019.
Sabatha durante o Campeonato Brasileiro de 2019. BJJ Girls Mag

Ao sair de lá, ela foi escoltada até o avião, com três oficiais. O voo era para Santiago e, depois de sentar no avião, ela achou que o pesadelo tinha acabado, mas mal sabia que estavam esperando por ela no Chile. "Tinha Polícia Federal para me escoltar até a sala de embarque para pegar o voo até São Paulo. Isso tudo sem celular, sem comunicação, sem documento e sem nada. Me colocaram dentro do avião de novo e eu achei que tinha acabado, que eu voltaria para o meu país tranquila, mas chegando aqui, tinham mais duas oficiais para me levar até a Polícia Federal para explicar o motivo de eu ter voltado e só tinha uma delegada no aeroporto de Guarulhos. Fiquei com os oficiais lá embaixo até explicarem a situação, algo que demorou mais cerca de uma hora, ou sei lá quanto tempo", relembrou, e completou: "Precisei esperar para liberar meu passaporte e celular, que estavam presos dentro de um envelope. Uma humilhação atrás da outra. Sai de lá agradecendo a Deus por voltar para casa, porque chegou um momento em que eu estava desesperada para ser sincera, achando que nem voltaria mais".

 "Eu não desejo isso nem para a pessoa que me deseja mais mal no mundo, é desumano", falou Sabatha e ainda detalhou: "Fiquei todo esse tempo na sala sem comer. Só tinha água. O banheiro era um lixo. Lá, as pessoas perguntavam quanto tempo ficariam ali e tentavam entender o motivo. Em um momento, entrou um oficial xingando todo mundo, com palavras de baixo calão". 

Agora, Sabatha está no Brasil e ainda pensa em meios legais para tentar ao menos amenizar o que aconteceu nos Estados Unidos. "É difícil explicar como estou me sentindo. É terrível estar preparada, realmente achando que é o seu momento e tirarem isso de você", desabafou, e continuou: "É frustrante saber o tanto que você se preparou... Toda energia que você gastou, todo o empenho... E digo até financeiramente".

A faixa preta também agradeceu por falar um pouco de inglês e ter conseguido se comunicar, mas relembrou que tinha uma francesa na sala quando ela chegou que não falava absolutamente nada do idioma, e que quando Sabatha saiu, ela continuava lá, sem entender o que estava acontecendo. No final, Sabatha nem sabe o motivo por não terem a deixado entrar nos EUA.

Segundo Lucas Migon, advogado desportivo e mestre (USF) especializado em imigração, o visto só é válido quando devidamente carimbado pela imigração do país. "O visto só é aperfeiçoado juridicamente no momento da inspeção de imigração em solo americano. Traduzindo: você só recebeu um visto quando carimbam seu passaporte e é aquilo que vale. Por isso, pode-se 'tirar visto' sem data específica para viagem" esclareceu Lucas, que já esteve por trás de alguns casos de atletas, como Tayane Porfírio, que está sendo punida pela USADA.

OUTROS ATLETAS QUE NEM TIVERAM A CHANCE DE SAIR DO BRASIL

Gabriel Costa, faixa roxa da Guigo Jiu-Jitsu e atual campeão Brasileiro, tentou o visto pelo terceiro ano consecutivo e foi negado. Segundo reportagem da UOL, a carta de recomendação dada pelo professor Lloyd Irvin, de Maryland, a carta escrita pela marca que patrocina o atleta e o registro na CLT que Gabriel possui há dois anos, não foram suficientes para que ele embarcasse.

O Dream Art Project, projeto da equipe Alliance e liderado por Isaque Bahiense, relatou em rede social que de 14 atletas que se aplicaram para o visto, 8 foram negados.

Uma delas foi da campeã brasileira na faixa roxa, Letícia Yuka. Ela teve 4 vistos negados entre 2018 e 2019. A justificativa?

"Eles não falam muita coisa. Só falam que não e te dão um papel escrito a 'justificativa'. E esse papel diz que eu não tenho vínculo com meu país de origem", disse Letícia.

E de fato, o papel é um padrão para quem tem o visto negado. "A justificativa do visto é padronizada porque, legalmente falando, compete ao requerente superar uma presunção de intenção imigratória", disse Lucas Mignon.

Justificativa que Letícia Yuka e outros atletas da Dream Art receberam
Justificativa que Letícia Yuka e outros atletas da Dream Art receberam Arquivo Pessoal

A publicação feita pelo Dream Art causou alguns questionamentos, como: será que o principal torneio de jiu-jitsu do mundo devia mesmo ser realizada em um mesmo país-sede todos os anos?



Todo ano, a Federação Paulista de Jiu-Jitsu (FPJJ) oferece uma seletiva para os atletas melhor ranqueados durante o ano onde a premiação é uma passagem para disputar o Pan-americano, que também é nos Estados Unidos.

Em 2017, porém, a FPJJ divulgou que os atletas vencedores da seletiva seriam contemplados com uma passagem para o Campeonato Europeu, que acontece em Portugal, por conta da dificuldade de obtenção do visto americano.

No ano passado, a premiação foi novamente para o Pan, e a federação se prontificou a ajudar da forma que pode e publicou a seguinte mensagem no site:

"VISTO AMERICANO

A obtenção do visto obrigatório para viagem é de responsabilidade do atleta. A Federação poderá emitir carta de solicitação e de apresentação para o consulado americano mas não se responsabiliza pela obtenção ou não deste visto. Caso o atleta tenha o visto negado, não haverá compensação do prêmio, nem mesmo, a possibilidade de indicar outro atleta para recebê-lo."

Portanto, levando em consideração que o visto é difícil burocraticamente e financeiramente, não é tão fácil quanto algumas pessoas afirmam ser, porque não depende simplesmente de um querer. Então talvez seja algo a ser pensado mudar a sede do torneio a cada ano, para abrir a possibilidade que atletas impedidos de entrar nos Estados Unidos participem.

"A sensação é de impotência, de ter sido roubada. De terem me tirado o que era meu, de uma forma nojenta, ridícula, sem ter ao menos uma explicação", foi como afirmou ter se sentido Sabatha, que ainda está pensando em como correr atrás do prejuízo, já que ainda não teve nem tempo e nem cabeça para pensar em como pode recorrer a situação. E sem ter a certeza se vai poder disputar um Mundial novamente, já que ela não recebeu nenhuma recomendação sobre poder ou não voltar ao país.

"O visto eu ainda não sei. Não sei se barraram minha entrada dessa vez ou se barraram por um tempo. Eu realmente não tive cabeça para ver isso", finalizou Sabatha. 

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Treino de Glúteo de Loana Muttoni

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Ela é uma das maiores do nosso esporte no Brasil! Loana Muttoni é Bi-Campeã Mundial, Bi-Campeã Brasileira e Campeã Sulamericana de Fitness, sendo reconhecida nacionalmente e internacionalmente como um ícone da modalidade.

Além e brilhar nas competições, Loana é uma das principais coachs fitness do Brasil, apoiando atletas amadores e profissionais a promoverem verdadeiras transformações em seus corpos. Pós-graduada em fisiologia do exercício e certificada como personal trainer no Estados Unidos, ela é conhecida também por preparar atletas com lindas pernas e glúteos. 

Loana Mottoni
Loana Mottoni []

Então, nada melhor do que conhecer alguns segredinhos dela para um treinamento especial, não é mesmo? Por isso, hoje eu trago aqui para vocês algumas dicas que a Loana me passou em um bate papo-especial.

Para Loana, o primeiro segredo está na avaliação do corpo. “Como cada corpo dá uma resposta aos diferentes estímulos, será de acordo com essa informação e resposta obtida que a gente periodiza um treinamento específico.  Cada pessoa possui pontos fortes e fracos, e necessidades distintas. Daí, nenhum treino é igual ao outro. Fora isso, é de extrema importância variar os estímulos, pois o corpo tende a se adaptar e não responder da mesma maneira, e é aí que a pessoa fica estagnada nos seus resultados”, ela explica.

 Sobre os glúteos, a Loana destaca que eles são a fortaleza do corpo humano. São essenciais para correr rápido, saltar alto, lançar longe e levantar pesado. Então, é lógico que requer cuidados especiais que, muitas vezes, são deixados de lado ou treinados de maneira ineficaz.

“Venho há alguns anos estudando o que a ciência comprovou e vem mostrando sobre o treinamento de glúteo. O treinamento deve ser inteligente, e hoje temos inúmeras ferramentas que nos dão suporte para isso”, revela. 

Entre essas ferramentas que ela cita, está o aparelho de eletroestimulação, de última geração, que permite maximizar o treinamento resistido com mais eficiência e recrutando mais fibras musculares.

Utilizando o aparelho há algum tempo, a Loana me contou que desenvolveu algumas metodologias especiais para otimizar o uso da eletroestimulação.

“Podemos realizar uma pré-ativação do músculo que iremos trabalhar, permitindo aumento da sensibilidade neuromotora e conseguindo treinar de maneira mais eficaz. Outra técnica seria colocar o equipamento no músculo de maior deficiência e usá-lo durante o treino todo, a fim de aumentar a ativação muscular. Por exemplo, se a pessoa treina pernas, porém não consegue recrutar o glúteo nos exercícios, a gente coloca a eletroestimulação no glúteo, enquanto a pessoa realiza um treino de pernas”. Wowww, olha uma superdica aí!

E pra finalizar, a Loana montou um treino hard especial pra vocês, sempre relembrando que antes de qualquer coisa é necessária uma avalição profissional, hein?

O treino de Glúteo da Loana

Você pode realizar seu treino duas vezes na semana, se fizer de 24 a 30 séries, ou optar por treinar todos os dias com 10 a 12 séries.

 Levando em consideração o tipo de fibra muscular do glúteo, o ideal  é compor seus treinos de glúteo com exercícios contendo:

  • Cargas pesadas com baixas repetições
  • Movimentos rápidos e explosivos
  • Cargas leves com altas repetições 

Para isso, devemos variar os estímulos, ativando os diferentes tipos de fibras.

  1. Elevação de quadril – procurando focar na contração e recrutamento muscular 4x 15-20 1RM 65-75%
  2. Agachamento – 4 séries 6-10 repetições – 70-80% 1RM
  3. Kickbacks ou coice – 4 x 8-12reps 65-75% 1RM
  4. Hiperextensão- 4 x 12-15 reps 55-65% 1RM
  5. Passada lateral com elástico 3-4 x 15-20 reps

Wow, aproveitem as dicas que não é toda hora que a gente tem a oportunidade de ter uma “aula” dessa fera do esporte! Espero que tenham curtido! Semana que vem tem mais!

 

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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