E se o coronavírus fechar estádios por meses em todo o mundo? De Flamengo a Liverpool, veja quanto clubes podem perder
O pânico da epidemia do novo coronavírus bateu com força no futebol. Depois de praticamente paralisar o esporte na Ásia, o vírus passou a atacar as competições na Europa, com uma enxurrada de portões fechados e adiamento de duelos importantes.
E nesta semana esse movimento chegou com força total na América do Sul, com Libertadores e eliminatórias paradas. No Brasil, jogos nas capitais paulista e carioca serão com portões fechados.
E se a epidemia durar meses? Qual será o impacto nas finanças dos clubes?
O presidente do Barcelona afirmou que cada vez que o time joga no Camp Nou sem torcida o prejuízo é de 6 milhões de euros, ou cerca de R$ 31,5 milhões. Para detalhar mais o tamanho do rombo, o blog buscou o quanto a bilheteria pesa nas receitas de times brasileiros e europeus.
Na Europa, o levantamento que a consultoria Deloitte faz todos os anos mostra o peso do "match day" nas finanças dos clubes. Nesse valor entram o preço dos ingressos e o que os torcedores consomem nos estádios.
Entre os 5 times mais ricos do planeta, essas receitas respondem, na média, por 18% das receitas. Por exemplo: o PSG, quinto no ranking e que já sofre com os portões fechados, faturou na temporada passada 636 milhões de euros, ou R$ 3,339 bilhões. Seu torcedores respondem por 18% desse valor, ou 115,9 milhões de euros (R$ 608 milhões).
Para os clubes colocados entre o sexto e o décimo lugar na lista dos mais ricos, o peso do "match day" cai para 14%. É um pouco mais alto para o Liverpool, que tira 16% de suas receitas, o equivalente a R$ 496 milhões. dos jogos em Anfield.
No Brasil não é tão simples fazer essa conta. Mas orçamentos dos clubes e levantamento do Itaú BBA ajudam a entender essa equação.
Em seu orçamento para 2020, o Flamengo estima ter receitas totais de R$ 672 milhões. Pelas contas do clube, R$ 108 milhões, ou 16% do total, serão obtidos com bilheteria. Mas levando em conta que os programas de sócio torcedor têm como principal atrativo vantagens para ir aos estádios, um longo período com portões fechados pode tornar o coronavírus ainda mais devastador para as finanças no futebol.
O Flamengo estima faturar R$ 96 milhões em 2020 com seu sócio-torcedor. Somados aos R$ 108 milhões de bilheteria, essa fatia representa 30% de todas receitas previstas pelo rubro-negro.
Em seu estudo, o Itaú BBA junta bilheteria e sócio-torcedor como um só grupo na divisão de receitas dos clubes brasileiros. Em 2018, 15%, em média, de todas as receitas dos principais times do país saíram diretamente do torcedor.
Mas esse peso pode ser bem maior em alguns casos. No Grêmio, 21% das receitas dos times em 2018 tiveram bilheteria e sócio-torcedor como fonte. No Internacional, essa fatia foi ainda maior, de 27%.
Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
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