A dívida que ameaça existência de Botafogo e Vasco dá pena dos credores; a do Cruzeiro, raiva
Nos últimos dias, três dos maiores gigantes do futebol brasileiro, Botafogo, Cruzeiro e Vasco, receberam um ultimato em decisões da Justiça que até podem "decretar o encerramento das atividades", como divulgou a diretoria vascaína em nota oficial.
Primeiro, o Vasco recebeu uma execução de dívidas trabalhistas de R$ 93,5 milhões, o que gerou a nota apocalíptica sobre sua existência. Só nesta quarta-feira o clube conseguiu suspender a decisão judicial. Mas um dia essa conta vai chegar.
O Botafogo seguiu o mesmo roteiro: foi condenado a pagar também quase R$ 100 milhões em débitos trabalhistas, mas conseguiu suspender temporariamente a cobrança.
Mais dramática foi a decisão judicial que condenou o Cruzeiro a pagar R$ 330 milhões em 15 dias aos empresários que contrataram o zagueiro Dedé e que se dizem lesados pelo clube rescindir o contrato do jogador sem nada receber.
Decisão judicial se cumpre.
Mas é impossível não ter sentimentos diferentes sobre essas condenações milionárias sofridas por Botafogo, Cruzeiro e Vasco.
Em relação aos clubes cariocas, tenho pena dos credores.
Na montanha de dinheiro que Botafogo e Vasco devem em ações trabalhistas, não estão apenas jogadores com salários de vários dígitos (e estes têm todo direito de acionar os clubes pelo que não receberam).
Na penúria, os dois clubes deixaram também de pagar funcionários com salários modestos, como porteiros e faxineiros.
Triste saber que muitos devem passar dificuldades por cartolas irresponsáveis que levaram esse clubes à bancarrota.
Bem diferente é o sentimento em relação à notícia que o Cruzeiro precisa pagar R$ 330 milhões para empresários.
Não duvido que realmente eles tenham direito a receber dinheiro. Se existe um contrato, ele deve ser cumprido.
Mas é revoltante saber que o clube mineiro, com a administração que o colocou na maior crise de um grande clube brasileiro na história, tenha que pagar o que fatura hoje em quase três anos para um grupo de empresários já muito ricos.
A Justiça é para todos: faxineiros, porteiros, empresários.
Botafogo, Cruzeiro e Vasco não podem acabar. Vou chorar, mas apoiar, que os cariocas sigam no ostracismo em troca de pagar todas suas dívidas trabalhistas, do porteiro do clube ao grande craque.
Não vou lamentar se o Cruzeiro fechar por ter que pagar R$ 330 milhões para empresários.
A dívida que ameaça existência de Botafogo e Vasco dá pena dos credores; a do Cruzeiro, raiva
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