Sem medo de cravar: Cássio é o maior jogador da história do Corinthians

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O orgulho do Corinthians de nunca ter perdido para o São Paulo na sua casa só existe depois deste domingo por uma atuação monstruosa de Cássio.

O goleiro é um dos recordistas de títulos com a camisa do clube: nove, sendo herói na conquista dos dois mais importantes da história do clube (Libertadores e Mundial).

Ao final deste ano, deverá ser o segundo jogador que mais atuou pelo clube, ficando atrás só de Wladimir.

Cássio durante jogo entre São Paulo e Corinthians, pelo Brasileirão
Cássio durante jogo entre São Paulo e Corinthians, pelo Brasileirão Marcello Zambrana/Agif/Gazeta Press

Poderia gastar mais vários parágrafos para relatar os feitos do goleiro pelo clube.

Mas vou direto ao ponto. Não tenho mais medo algum de cravar: Cássio é o maior jogador da história do Corinthians.

Tecnicamente, o clube teve jogadores melhores, incluindo goleiros, como Dida.

Mas ninguém contribuiu tanto para a história do clube como Cássio. São dez anos como titular na fase mais vitoriosa da história do clube.

E sua grandeza não é apenas pelos títulos e estatísticas.

Cássio é um gigante no caráter, na entrega. Quando falhou, e foram muitas nos últimos tempos, deu a cara.

Foi vítima da maior estupidez ao ser ameaçado por uma torcida que deveria sempre o tratar como ídolo.

Cássio vai ter estátua no Parque São Jorge. Meu líder no ranking dos maiores jogadores da história do Corinthians.


10 anos de uma defesa épica: Cássio salvou o Corinthians em 2012



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Sem medo de cravar: Cássio é o maior jogador da história do Corinthians

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'Maior do mundo' Atlético-MG terá que ser na transparência agora que mecenas viraram donos

Paulo Cobos
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"Quem paga a banda escolhe a música".

 Há quase dois anos, em entrevista para o Rolou o Melão, podcast original da ESPN Brasil com Gustavo Zupak, Eugênio Leal e Mário Marra, o presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, admitiu que os 4 R's (Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), os mecenas que bancaram o time nos últimos anos, tinham poder de decisão no clube.

A partir desta quinta-feira, quando o Galo aprovou sua transformação em SAF, os mecenas agora podem decidir tudo sozinhos.

Dirigentes do Atlético-MG durante reunião de aprovação da SAF do clube
Dirigentes do Atlético-MG durante reunião de aprovação da SAF do clube Divulgação/Atlético-MG

Os novos donos do Atlético-MG são justamente os 4 R's, que vão investir R$ 600 milhões, além do perdão de dinheiro emprestado para o clube e pagamento de dividas, para adquirirem 75% da SAF criada pelo clube.

Na reunião que formalizou a compra, um dos mecenas, Rubens Menin, se mostrou otimista com o futuro do Atlético-MG.

"Não queremos levar vantagem. Vamos é aumentar a responsabilidade a partir de agora. A coisa, feita com o profissionalismo que está sendo feita, o Atlético vai ser um time grande. Não tem nada fácil. Tudo é muito difícil. Mas vai ser um time grande. A gente tirando esses juros da dívida, comendo o Atlético pelo pé, 13,75 mais spread, com o Atlético pelos pés. Vamos ter um futebol bom. Não vai ser o maior do mundo ainda, porque tem o Real Madrid na Espanha, e tem o Flamengo aqui com o orçamento. Mas quem sabe a gente chega lá."

Com certeza o Atlético-MG não vai virar Real Madrid. Difícil até igualar o poder do Flamengo.

Mas existe algo em que o clube tem a obrigação de ser o "maior do mundo": transparência.

Todo processo de um clube grande que se transformar em SAF é complexo e exige que sócios e torcedores tenham acesso a todas informações possíveis do que está acontecendo

Os mecenas atleticanos evitaram que o clube quebrasse e ainda tivesse a era mais vitoriosa da história.

Só que agora é diferente. Nenhum outro grande brasileiro que virou SAF fez o mesmo caminho que o Atlético-MG.

Os 4 R's não podem deixar qualquer dúvida que todo processo foi cristalino.

Agora, eles estão no Atlético-MG, também, para ganhar dinheiro. Acabou o mecenato. Virou um negócio.


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'Eu não sabia que o Brasil era assim' não cola: Grêmio faz muito bem em fazer jogo duro com Suárez

Paulo Cobos
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Nenhuma das duas partes de pronuncia oficialmente. Mas é evidente que Grêmio e Luis Suárez estão em rota de colisão.

O uruguaio quer se reencontrar com o amigo Messi em Miami. O Grêmio só admite deixar ele sair para outro clube com o pagamento da multa prevista em contrato, que seria de 70 milhões de euros.

Uma das razões do desejo de Suárez é que o calendário do futebol brasileiro não é condizente com seu corpo e as dores no joelho.

Luis Suárez cobra pênalti em vitória do Grêmio por 1 a 0 em cima do Caxias
Luis Suárez cobra pênalti em vitória do Grêmio por 1 a 0 em cima do Caxias LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Evidente que a quantidade de jogos no Brasil é insana. Mas não dá para o craque uruguaio dizer que não sabia que era assim

Em julho de 2022, depois de deixar o Atlético de Madrid, Suárez disse à ESPN argentina que já tinha recebido propostas de clubes brasileiros, mas as rechaçou.

"Não, descartei desde o princípio as possibilidades das equipes (do Brasil) que me ligaram. A Argentina, o River ter me ligado, era uma motivação extra, é mais perto do Uruguai. O Brasil é mais longe. Tem muito mais jogos. Sou muito família. Jogam muitas partidas, não estão nunca em casa, isso também me freou um pouco".

Para sorte do Grêmio e do futebol brasileiro, Suárez mudou de ideia e acertou com o Grêmio.

Suárez sabia tudo que enfrentaria no Brasil. E aceitou o desafio.

Se agora surgiu a oportunidade de reencontrar Messi no suave calendário do futebol dos EUA, ele tem o direito de ir.

Mas com o Grêmio recebendo tudo que tem direito em contrato. Nem um centavo a menos.

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Admito: Luxemburgo faz mais do que eu esperava no Corinthians

Paulo Cobos
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Parecia, há alguma semanas, que seria um milagre o Corinthians ter alguns dias de paz.

O time corria risco de eliminação na Copa do Brasil. Já estava fora Libertadores. Podia ficar fora até do mata-mata da Sul-Americana. Afundava na zona do rebaixamento do Brasileiro.

Hoje, o Corinthians está nas semifinais da Copa do Brasil. Passou, com uma vitória em verdadeira guerra no Peru, para as oitavas de final da Sul-Americana. Ganhou um alívio no Brasileiro e saiu do Z-4.

Luxemburgo em ação durante Universitario x Corinthians
Luxemburgo em ação durante Universitario x Corinthians Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Desde sua contratação, fui um crítico do trabalho de Vanderlei Luxemburgo.

Mas não brigo com a realidade: ele está fazendo mais do que eu esperava no comando do Corinthians.

O time está longe de jogar como nos tempos em que Luxemburgo era o melhor técnico do Brasil. Mas deixou de ser o catado indecente do começo do seu trabalho.

O treinador também consegue dosar melhor agora a busca de soluções nos garotos corintianos com os veteranos que custam uma fortuna para o clube.

Parece ter conquistado a confiança dos jogadores, tantos os novatos quanto veteranos. O Corinthians deixou nos últimos jogos de ser o time sem alma dos últimos anos.

Sigo achando difícil o Corinthians ganhar um título na temporada. Seria zebra ganhar a Copa do Brasil ou a Sul-Americana. Mas Luxemburgo está aí para provar de novo que eu estava errado.

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Mano Menezes poderia estar na Europa, mas a culpa por hoje estar desempregado no Brasil é toda dele

Paulo Cobos
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Mano Menezes surgiu de forma arrebatadora no futebol brasileiro.

Primeiro, em pequenos clubes gaúchos. Depois, reerguendo o Grêmio em que chegou até em final de Libertadores. No Corinthians, foi brilhante e um dos responsáveis pelo último grande momento da carreira de Ronaldo Fenômeno.

Logo chegou na seleção. Teve bons e maus momentos, foi sabotado dentro da CBF e demitido antes da Copa de 2014.

Mano Menezes, nos primeiros anos de sua carreira, era brilhante e essencial nas entrevistas coletivas antes e depois dos jogos.

Mano Menezes, demitido pelo Inter
Mano Menezes, demitido pelo Inter Ricardo Duarte/Internacional S.C./Flickr

Falava com clareza. Explicava com detalhes o que acontecia em campo. 

Dentro de campo, tinha um comportamento disciplinar que não destoava tanto assim de outros treinadores brasileiros.

Mano Menezes tinha potencial para ganhar Copa do Mundo. E capacidade para trabalhar em um clube importante da Europa e fazer uma longa carreira lá.

Mas o fato é que hoje ele está desempregado, depois de ser demitido pelo Internacional nesta segunda-feira.

E a culpa por sua carreira não ter sido do tamanho da sua capacidade é toda dele.

Mano Menezes virou o pior exemplo possível de técnico que joga toda a culpa de seus erros na arbitragem.

Suas entrevistas coletivas passaram a ser um longo chororô contra árbitros e adversários.

O técnico inovador do início deu lugar a um retranqueiro preocupado primeiro em não perder antes do que ganhar.

O pior é que Mano Menezes não é um caso isolado entre os treinadores brasileiros. Na verdade, seu comportamento é o padrão.

Isso explica o motivo que treinador brasileiro não consegue emprego em time de ponta na Europa.

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Mano Menezes poderia estar na Europa, mas a culpa por hoje estar desempregado no Brasil é toda dele

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Pelo direito de Mbappé receber extra de R$ 432 milhões e colocar PSG aos seus pés

Paulo Cobos
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Mbappé se mostrou um craque mimado e egoísta quando resolveu ser uma espécie de dono do PSG.

Tentou escolher treinador, diretor de futebol e até jogador que servia ou não para jogar com ele.

Fracassou. O PSG novamente ficou longe de ganhar a Champions. E o próprio craque francês jogou na cara da torcida que o clube de Paris não é o melhor lugar do mundo para ganhar prêmios individuais

Mbappé anuncia renovação de contrato com o PSG até 2025
Mbappé anuncia renovação de contrato com o PSG até 2025 ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP via Getty I

Mas na nova novela da carreira de Mbappé ele não tem nada de vilão.

O atacante comunicou ao clube que não vai cumprir o terceiro ano do contrato que assinou no ano passado. E isso era uma opção sua. Apenas os dois anos iniciais do acerto eram obrigatórios.

Se sentindo, sem razão, traído, o PSG quer então vendê-lo agora, para pelo menos conseguir uma compensação financeira antes que Mbappé deixe o clube de graça em 2024.

Mas Mpabbé não tem pressa para sair. Quer cumprir o ano obrigatório de contrato que lhe resta. E uma cláusula do contrato diz que ele vai receber, além do salário anual de 72 milhões de euros, um "bônus de fidelidade" de 80 milhões de euros, o equivalente hoje a R$ 432 milhões.

Mbappé tem o total controle da sua carreira. Em 2024, terá apenas 25 anos.

Poderá escolher o melhor lugar para ganhar dinheiro, títulos e prêmios individuais. E tudo isso com um extra de R$ 432 milhões na conta bancária.

O PSG realmente está aos pés de Mbappé. Mas ninguém obrigou o clube a fazer isso. Contratos existem para serem cumpridos. Simples assim.



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Atropelados pelo São Paulo, Abel e Leila são pura covardia pelo silêncio no Palmeiras

Paulo Cobos
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A superioridade do São Paulo foi tão evidente que desta vez nem o eterno chororô palmeirense dos últimos anos sobre arbitragem apareceu.

O time de Abel Ferreira foi atropelado pela modesta equipe de Dorival Jr. e está eliminado da Copa do Brasil.

Perder faz parte do futebol. O Palmeiras tem um elenco muito melhor que o são-paulino, mas não é nenhuma vergonha o que aconteceu nos jogos no Morumbi e no Allianz Parque.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e o treinador Abel Ferreira conversam na Academia de Futebol, na Barra Funda
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e o treinador Abel Ferreira conversam na Academia de Futebol, na Barra Funda Cesar Greco/Palmeiras

O mesmo não se pode dizer do comportamento de Abel Ferreira, o treinador alviverde, e da presidente do clube, Leila Pereira.

Sempre tão falantes e provocadores, os dois se calaram em um momento em quem é grande deve falar.

Abel não apareceu para entrevista coletiva. Leila mandou seu diretor de futebol explicar a eliminação.

O torcedor palmeirense é um dos que menos pode reclamar no futebol brasileiro. Mas tem o direito de ouvir seu treinador e sua presidente após um momento difícil como atual.

O Corinthians vive um pesadelo que não acaba. Mas, mesmo depois de todos os vexames recentes, Vanderlei Luxemburgo e o presidente Duílio Monteiro Alves apareceram para as entrevistas pós-jogo.

Se comportar após as vitórias é fácil. Bem diferente das derrotas. Abel e Leila se mostram péssimos perdedores.



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De Jeffinho a Tiquinho, Textor na arquibancada é vitória de 'projeto' de verdade no Botafogo

Paulo Cobos
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John Textor, o americano dono do Botafogo, viveu uma experiência rara para um cartola no futebol do Brasil.

Surfando na boa fase do clube, capitaneada pelo atacante Tiquinho, assistiu o jogo contra o Patronato, nesta quarta-feira, pela Sul-Americana, no meio da galera botafoguense

"Eu sou torcedor. Eu adoro assistir jogos, assistir junto da torcida. Eu quero fazer isso no Nilton Santos algum dia. Mas essa noite foi incrível, conheci muitas pessoas", disse após e experiência na arquibancada do estádio argentino.

John Textor assiste jogo do Botafogo no meio da torcida na Sul-Americana
John Textor assiste jogo do Botafogo no meio da torcida na Sul-Americana Reprodução/Instagram

Bem diferente do que aconteceu no começo do ano, quando a torcida estava enfurecida com ele depois da venda do atacante Jeffinho.

"Eu ia para o Rio de Janeiro e era tratado como um rei em todos os lugares que eu ia. Com a negociação de um jogador (Jeffinho), tive que trocar meu número de telefone. Você não tem ideia de como reativas e rápidas as coisas podem acontecer", revelou em entrevista ao jornal "Financial Times".

Sinto dizer para Textor que ele vai viver muito mais momentos com medo da torcida do que torcendo junto com eles.

No Brasil, até dirigente de time vencedor, como Flamengo e Palmeiras, é odiado.

Mas, ainda que breve, a celebração de Textor na arquibancada é uma vitória de um raro projeto de verdade no futebol brasileiro.

O Botafogo era um time condenado à total insignificância antes da chegada do americano.

Textor não colocou só dinheiro no clube para contratar jogadores sem critério algum, como faz o Vasco, outro clube que virou SAF.

O americano bancou Luís Castro. Quando ele resolveu sair, buscou um técnico de perfil parecido.

Fez dinheiro rápido sim vendendo Jeffinho. Mas fez contratações certeiras.

Briga para fazer um novo e moderno centro de treinamento para o clube. Não tem medo de lutar por mais ganhos para o Botafogo nas novas realidades de ligas que estão sendo criadas no país.

E colhe frutos, com o clube disparado na liderança do Brasileiro e vivo na Sul-Americana.

Textor tem o direito de ir para a galera.




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Mortes, estupros, racismo, corrupção: o futebol virou terra de 'valentões ou covardes'?

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Este texto é 100% inspirado em Ruy Castro, jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras. 

Em duas colunas recentes na Folha de S. Paulo, ele juntou títulos de notícias com muita violência ocorridas no Brasil colhidas em sites e jornais. Tudo isso ocorrido em poucas semanas.

O primeiro texto se chamava "Um país de chorar".  O segundo, "País de valentões ou covardes?"

A tristeza que Castro tem do nível sufocante de violência do Brasil atual é algo que sinto também com o futebol, e nesse caso do mundo todo.

O blog fez uma lista de fatos lamentáveis dos últimos 12 meses no esporte mais popular do planeta com suas manchetes em sites e jornais.

Leiam:

Briga entre organizadas de Cruzeiro e Palmeiras interdita Fernão Dias

Briga com paus, pedras e rojões entre palmeirenses e corintianos deixa torcedores feridos e ônibus depredados e SP

Briga em jogo de futebol deixa ao menos 12 mortos e dezenas de feridos em El Salvador

Confusão na Vila Belmiro durante Santos x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro
Confusão na Vila Belmiro durante Santos x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro Abner Dourado/Agif/Gazeta Press

Boneco com camisa de Vinícius Jr. aparece 'enforcado' em ponte em Madri

Briga generalizada em jogo de futebol deixa ao menos 127 mortos na Indonésia

Casos de preconceito contra atletas cresceram 40% nos estádios brasileiros em 2022

Torcedor invade gramado do Beira-Rio com filha no colo para agredir jogador do Caxias

Torcida do Santos atira rojões no gramado em clássico com Corinthians

Jogadores do Bahia são agredidos em aeroporto após goleada sofrida para o Sport

Vini Jr. pede para sair de campo após ser chamado de macaco

Técnico do PSG é detido para interrogatório na França em investigação sobre denúncia de discriminação

Oito jogadores e mais seis integrantes de 'núcleo de apostadores' se tornam réus por fraudes em resultados de jogos do Campeonato Brasileiro

Acusado de estupro, Daniel Alves admite penetração e explica troca de versão

Em áudios, Robinho ameaçou 'dar um soco' em mulher que o acusou de estupro

Está na hora de jogar no lixo uma frase famosa de Bill Shankly, um lendário técnico do Liverpool.

"O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais importante que isso..."

Tem gente que parece levar isso a sério mesmo.


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É preciso ter coragem para contratar Rogério Ceni?

Paulo Cobos
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No Internacional, quando Mano Menezes balançou, o nome de Rogério Ceni ganhou ares de favorito para assumir o time. No Atlético-MG, quando Coudet saiu, a chance de Ceni foi abortada logo de cara.

Agora, no Rio, o Vasco tem o ex-técnico do São Paulo como um dos mais fortes candidatos para ficar com o vago comando do time. Se Luís Castro realmente deixar o Botafogo, Ceni também vai entrar na lista de possíveis substitutos.

Mas o fato é que já são 72 dias sem emprego para o que, continuo achando, o treinador brasileiro com mais potencial para ser o melhor do país.

Duvido que ele não aceitaria uma oferta de qualquer clube grande ou até médio do país. Ceni é um louco por trabalho.

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022 Ricardo Moreira / Getty Images

Admito que não é fácil contratá-lo por uma parte do seu currículo como jogador e, especialmente, como treinador.

Imagino a dúvida dos dirigentes. Vale a pena trazer um treinador com inquestionável conhecimento tático, técnico e absurdamente trabalhador, mas que se auto sabota com seu ego e dificuldade de relacionamento?

É preciso ter coragem para contratar Rogério Ceni.

Sua personalidade assusta muita gente.

Mas não fico no muro. Se precisasse de treinador, o contraria. Sem hesitar.




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Nobre 'inexperiente', Leila 'farsa', rua para Rony e Veiga, Abel 'erra mais que acerta': e se o Palmeiras escutasse a Mancha?

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Em mais um capítulo do mal que fazem para o futebol, as principais organizadas dos grandes clubes do país querem tomar para si o papel de porta voz de todos os milhões de torcedores desses times.

Uma das mais ativas nesse pretenso papel é a Mancha Alvi Verde, a maior organizada do Palmeiras.

No caso dela, alguém que daqui a algumas décadas ler os tais manifestos da Mancha não vai acreditar que eles foram feitos justamente na era mais vitoriosa da história gloriosa do alviverde.

Rony e Raphael Veiga comemoram gol do Palmeiras sobre o Barcelona de Guayaquil-EQU
Rony e Raphael Veiga comemoram gol do Palmeiras sobre o Barcelona de Guayaquil-EQU Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Nos últimos dez anos, o Palmeiras ganhou duas Libertadores, uma Recopa, três Brasileiros, duas Copas do Brasil, uma Supercopa e três Paulistas.

Saiu da Série B para se tornar uma potência esportiva e com muito fôlego financeiro.

Nesse período, o clube teve três presidentes: Paulo Nobre, Maurício Galiotte e a atual, Leila Pereira.

Os três, como todos, cometeram equívocos. Mas não existe clube no Brasil que teve na sequência três presidentes com administrações tão boas.

Mas, para a Mancha, eles foram pintados como verdadeiros trapalhões em seus manifestos.

Em 2013, a torcida, revoltada por Paulo Nobre ter rompido com ela, chamou o cartola que iniciou o renascimento do Palmeiras de "covarde e inexperiente".

Galiotte, para a organizada, sempre foi um "banana".

Com Leila, as cornetadas têm ainda um cunho machista, com a dirigente sendo chamada de "blogueirinha". No último ataque contra ela, feito nesta terça-feira, a facção a chamou de "farsa" ao pedir reforços.

Muito pior é quando a Mancha dá seus pitacos sobre o que acontece dentro de campo.

Em outubro de 2020, depois de uma série de resultados ruins, a organizada pediu a cabeça de vários jogadores que depois se transformaram na geração mais vitoriosa do clube. 

O trecho, na íntegra. 

"Lucas Lima, Scarpa, Veiga, Zé Rafael, Ramires, Marcos Rocha, Mayke, Rony e Luan já deram o que tinham que dar. Que sigam o mesmo caminho do Diogo Barbosa e Bruno Henrique.

Outros jogadores mudem a postura ou saiam! De Felipe Mello a Willian, se não tiverem postura, vontade e futebol: fora".

Até Abel Ferreira foi alvo da Mancha. 

Em outubro de 2021, após derrota para o Bragantino, a organizada publicou texto detonando o técnico português.

“Após o jogo: xingamos o treinador que erra muito mais que acerta, que, nas entrevistas coletivas, nas poucas vezes que o time vai bem, é a ‘equipa’ que ele armou e preparou para aquele resultado. Agora, nas eliminações e nas derrotas, o discurso é que ele pediu jogadores, que os jogadores não executam o que ele treinou”.

Como analista da administração palmeirense e do time alviverde, a Mancha é uma grande escola de samba.



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Pedrinho, Pedro e R$ 1,6 bilhão: como Corinthians joga no lixo fortuna com venda de jogadores

Paulo Cobos
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O Corinthians começou a obra de seu estádio de Itaquera em 2011. Pelos valores atualizados de 2022, o custo da arena recheada de mármore estava em R$ 1,6 bilhão.

A dívida da Neo Química Arena é só um dos desafios gigantescos do segundo clube mais popular do país para voltar a ser competitivo. Sem o estádio, o clube terminou o ano passado devendo mais de R$ 1 bilhão.

Números assustadores para quem tem um faturamento do tamanho da sua torcida.

Pedro, atacante do Corinthians, durante treinamento no CT Dr. Joaquim Grava
Pedro, atacante do Corinthians, durante treinamento no CT Dr. Joaquim Grava Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Uma das receitas que são sugadas pelo ralo da incompetência da diretoria corintiana é a venda de jogadores (o clube está perto de se desfazer de 50% do atacante Pedro por quase R$ 50 milhões).

O blog levantou todo dinheiro que o Corinthians, segundo seus próprios balanços, arrecadou com o "repasse de direitos federativos" desde 2011, quando começou a construir seu estádio.

Pelos valores atualizados, aplicando o IGP-M do ano de cada balanço até hoje, o Corinthians teve receita de R$ 1,624 bilhão com venda de atletas entre 2011 e 2022.

Outros clubes conseguiram até mais do que isso, mas poucos foram tão incompetentes nesse ponto como o Corinthians.

O time do Parque São Jorge não só jogou no lixo tanto dinheiro, já que se afundou em dívidas nesse período.

O grosso do dinheiro obtido com a venda de atletas chegou com jogadores formados na base do clube.

A maioria deles pouco jogou pelo clube. Deram pouco retorno esportivo. Foram vendidos pela primeira oferta que apareceu.

Mais uma tragédia corintiana.

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Ser ingrato com o Botafogo ou 'fazer o óbvio': a dura decisão que Luís Castro precisar tomar

Paulo Cobos
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Não serão fácil os próximos dias do técnico português Luís Castro.

Deixou de ser especulação a chance de ele deixar o Botafogo para treinar o time do compatriota Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita, como revelou neste domingo John Textor, o dono do clube carioca.

Na coletiva após a vitória sobre o Palmeiras, que deixou o Botafogo na liderança do Brasileiro com sete pontos de vantagem, Castro tentou fugiu do assunto, mas deixou claro que existe sim a possibilidade de deixar o alvinegro carioca.

Luís Castro cumprimentando Tiquinho Soares após vitória do Botafogo sobre o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro
Luís Castro cumprimentando Tiquinho Soares após vitória do Botafogo sobre o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro Vítor Silva/Botafogo FR

Não adianta buscar argumentos. Se deixar o Botafogo, clube que comanda há mais de um ano, será um caso clássico de pura ingratidão.

Textor e sua diretoria bancaram Luiz Castro como nenhum outro clube brasileiro fez em décadas (e até na Europa essa fidelidade é rara).

Castro foi mantido no cargo com topo apoio mesmo com resultados medíocres. Ganhou aval para escalar garotos no Carioca, enfurecendo a torcida, mas dando o fôlego que sobra para o time agora.

O Botafogo resistiu a fúria, muitas vezes violenta, de torcedores que pediam a cabeça do português.

Mas os sentimentos e decisões do futebol não são tão simples.

Deixar o Botafogo é pura ingratidão, mas também é deixar de fazer o óbvio para a carreira de um profissional.

Na Arábia, Castro deve ganhar o equivalente a quatro vezes o que recebe no clube carioca.

Vai treinar um dos melhores jogadores da história. Participar de uma liga que está contratando estrelas do futebol europeu.

Deixaria o ambiente tóxico de violência do futebol brasileiro para  um ambiente mais seguro.

Mas dá para Castro esperar o final de seu contrato. Uma outra grande oportunidade vai surgir. Ficar com a ingratidão no currículo é péssimo.

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Culpar técnicos e companheiros por não 'atingir seus objetivos' acaba com mais uma virtude de Neymar

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Entre os cada vez mais numerosos defeitos de Neymar, não estava a de ser um companheiro de elenco ruim.

Muito pelo contrário. No Santos, no Barcelona e na seleção sempre foi querido. Mesmo no PSG, apesar das desavenças mais recentes com Mbappé, parece longe de não ser querido no vestiário.

Mas Neymar, que joga muito pouco e fica com muito tempo livre para fazer besteiras, cometeu uma derrapada verbal que joga no lixo a virtude de companheiro leal.

Neymar Jr. durante evento beneficente de seu instituto
Neymar Jr. durante evento beneficente de seu instituto Divulgação/Instituto Neymar Jr.

No evento beneficente da sua fundação (ele ainda é capaz sim de fazer coisas legais),o atacante de uma entrevista para o Bandsports em que mostrou uma individualidade lamentável.

Foi esnobe ao falar sobre as metas da sua carreira. 

"Só cobram de quem pode. Nunca fugi de cobrança nenhuma. Muito pelo contrário, sempre bati no peito e falei: 'Pode me cobrar'. Não tem essa, sei do meu talento, sei o que posso fazer. Mas futebol não é individual", disse o atacante, para depois completar.

"Se (o futebol) fosse individual, eu já teria alcançado todos os meus objetivos. Mas não é. Obviamente a culpa sai sempre no cara que tem mais nome", completou.

Mas o pior foi dizer sua versão da razão de Messi ter ganho a Copa do Mundo do Qatar. 

"A gente vê um caso de um cara que sofreu na Argentina muito tempo, que foi o Messi, e agora, na última Copa, ele conseguiu vencer. Por quê? Porque ele teve um time que ajudou ele, que jogou para ele. Chegou ao sucesso".

Não é possível que Neymar não tenha se arrependido de tamanha bobagem.

Principalmente em relação à seleção brasileira, em que nem chegou perto de ganhar uma Copa.

Desde 2010, técnicos, companheiros e direção da CBF só fizeram uma coisa: transformar Neymar em dono da seleção brasileira

Nunca a mais tradicional seleção do planeta jogou tanto para apenas um jogador como fez para Neymar.

Todos seus caprichos atendidos, incluindo privilégios na concentração. Esquema táticos que tinham ele com total liberdade. Cobranças de faltas, pênaltis, escanteios.

Neymar dizer que não ganhou Copa do Mundo por que não jogaram para ele é prova que está totalmente desconectado da realidade hoje.


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Culpar técnicos e companheiros por não 'atingir seus objetivos' acaba com mais uma virtude de Neymar

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O pouco bem que fazem não compensa o mal dilacerante das organizadas para o futebol brasileiro

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Muita gente que respeito diz que torcidas organizadas são essenciais para o futebol. Quase sempre discordei, mas claro que havia discussão.

Hoje, tenho uma convicção absoluta: o pouco bem que fazem não compensa o mal dilacerante das organizadas para o futebol brasileiro

O futebol nacional sobrevive perfeitamente sem as belas músicas, coreografias e o tal ambiente que essas facções proporcionam nos estádios.

Clássico entre Santos x Corinthians foi encerrado antes dos 90 minutos por conta de confusão na Vila Belmiro
Clássico entre Santos x Corinthians foi encerrado antes dos 90 minutos por conta de confusão na Vila Belmiro Abner Dourado/AGIF Abner Dourado/AGIF

Mas vai morrer se não agir logo contra elas.

Pode não existir um levantamento oficial. Mas é evidente que mais de 90% dos casos de violência no futebol brasileiro são realizados por membros de torcidas organizadas.

E eles colocam realmente em risco a vida de jogadores, dirigentes, policiais, imprensa e a imensa maioria dos outros torcedores nos estádios que não ligados a elas.

Invasões em CTs, emboscadas, brigas combinadas em estradas e caos até dentro dos estádios, como aconteceu nesta quarta-feira na Vila Belmiro no jogo entre Santos e Corinthians.

Pior que essa violência das organizadas cada vez mais tem um estilo mafioso, em que também entram crime comum e muito dinheiro sujo.

Chega de torcida organizada.



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Espero que Ancelotti já tenha percebido: Brasil está hoje mais para Napoli do que Real Madrid

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Juventus, Milan, Chelsea, PSG, Bayern de Munique, Real Madrid. Nos últimos 25 anos, o italiano Carlo Ancelotti trabalhou em alguns dos clubes mais poderosos do mundo.

Elencos estrelados, muito dinheiro para indicar grandes contratações. Acumulou títulos em todos eles.

Mas o currículo recente de Ancelotti também teve dois times que não fazem parte da primeira  prateleira da Europa: Everton e Napoli.

Richarlison, de costas, e Joelinton, ao fundo, lamentando derrota da seleção brasileira para Senegal em amistoso
Richarlison, de costas, e Joelinton, ao fundo, lamentando derrota da seleção brasileira para Senegal em amistoso PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty I

Se assumir mesmo o carto de técnico da seleção brasileira, é bom que o italiano já saiba que hoje a única seleção pentacampeã mundial está mais para Everton ou Napoli do que para Real Madrid.

O tal ranking da Fifa, que coloca o Brasil no terceiro lugar, nunca pareceu tão bizarro.

O lugar da seleção brasileira hoje no mundo do futebol é a que fez uma campanha medíocre na Copa do Qatar e perdeu amistosos para Marrocos e Senegal, levando quatro gols desta última.

Assim como Everton ou Napoli no tempo que Ancelotti esteve lá, o Brasil, claro que numa proporção maior, tem bons jogadores. Mas está muito longe de ter um bom time.

Com a bola atual, não consegue nem ser favorita na disputa de uma Copa América. 

Em Copa do Mundo é time hoje abre o segundo pelotão de forças.

Ancelotti, se chegar mesmo, terá muito trabalho pela frente. Como teve no Everton, em que sua maior façanha foi evitar o rebaixamento na Premier League. 

No Napoli, foi um fracasso retumbante. E depois da sua saída, o clube se arrumou e foi campeão italiano.


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Deveria ser mais comum jogador fazer como Marinho e preferir Fortaleza a grandes quebrados

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Não estamos falando do mercado de décadas atrás.

Se, por exemplo, alguém dissesse que o Fortaleza ganhou a disputa com o São Paulo para contratar um jogador em 2017 já seria chamado de lunático.

Não é o que acontece em 2023.

Em baixa no Flamengo, o atacante Marinho ficou no mercado. O primeiro interessado em tê-lo foi o São Paulo. Mas o clube do Morumbi não tinha dinheiro para pagar o salário que o jogador exigia, nos padrões que ganhava no milionário time carioca.

Marinho em ação pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro
Marinho em ação pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro Gabriel Machado/NurPhoto via Getty Image

Entrou em cena então o Fortaleza, que aceitou pagar o que Marinho queria e ainda bancou os quase R$ 2 milhões que o Flamengo exigia por sua liberação.

Deveria ser mais comum jogador top acertar com o Fortaleza e ignorar propostas de grandes na bancarrota, como Corinthians, São Paulo e Santos.

A última notícia de salários atrasados no time cearense é de 2017. O São Paulo reconheceu publicamente que o direito de imagem do elenco só é pago a cada 60 dias.

O levantamento Convocados, feito pela Galapagos Capital, mostra que o abismo entre os clubes mais tradicionais do Sul e do Sudeste com o Fortaleza só diminui.

Contando apenas receitas recorrentes, que não incluem a venda de jogadores, o Fortaleza arrecadou R$ 240 milhões em 2022. Faturou mais do que Grêmio, Cruzeiro, Botafogo, Bahia. 

O clube cearense teve no ano passado receita, sem contar venda de atletas, equivalente a 55% da registrada pelo São Paulo. Há dez anos, essa proporção ficava na casa dos 10%.

Com mais dinheiro entrando, o investimento aumenta forte. No ano passado, os custos do Fortaleza aumentaram 46%, chegando a R$ 185 milhões.

Gastado mais, a dívida até aumentou, mas ainda é irrisória comparada de grandes do Sul e Sudeste.

Em 2022, o tricolor cearense devia R$ 60 milhões, contra R$ 1,498 bilhão do Atlético-MG, R$ 1,029 bilhão do Corinthians e R$ 698 milhões do São Paulo.

E vale lembrar: a chance de um jogador disputar a Libertadores pelo Fortaleza é a mesma, ou até maior, do que defendendo Corinthians, São Paulo ou Santos.



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Brasil tem mais chance de ganhar Copa com Ancelotti, mas quase nada vai mudar no futebol brasileiro com ele

Paulo Cobos
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Carlo Ancelotti é melhor do que qualquer treinador brasileiro. Sob seu comando, a seleção brasileira teria mais chances de conquistar a Copa de 2026, ainda que sua presença não tornaria o time nacional o grande favorito.

Não seria louco de dizer que o italiano é mal negócio. Mas, sob as condições prováveis da sua eventual chegada, tenho minhas dúvidas se vale a pena mesmo jogar todas as fichas em Ancelotti.

O treinador vai cumprir seu contrato até o final com o Real Madrid (e sabe se lá o que pode acontecer se ganhar tudo com o gigante espanhol e receber proposta milionária de renovação).

Carlo Ancelotti durante jogo entre Chelsea e Real Madrid na Champions League
Carlo Ancelotti durante jogo entre Chelsea e Real Madrid na Champions League Getty Images

Mas a CBF está disposta a esperar o fim do contrato do italiano, no ano que vem. E já planeja indicar seu filho como uma espécie de ponte do que será feito até Ancelotti assumir.

Na semana passada, quando colegas da ESPN na Inglaterra publicaram que Guardiola estaria disposto a assumir uma seleção em 2025, disse que não teria dúvida que a seleção brasileira deveria esperar por ele.

Guardiola não seria apenas mais chance de ganhar Copa.

Sua presença no Brasil poderia revolucionar a forma de se jogar futebol no país. Seria modelo, inspiração para uma nova geração de treinadores. Seria a chance do Brasil voltar a ter o futebol mais encantador do planeta.

Nada disso vai acontecer com Ancelotti.

O italiano é ótimo, excelente. Pode fazer a seleção ganhar a Copa. Mas logo depois vai embora e quase nada será diferente no futebol brasileiro.

Não vale rastejar tanto para tê-lo como se fosse o único treinador que presta no mundo.




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Felipão não é Luxemburgo, mas os dois mostram que Brasil é o paraíso dos treinadores veteranos

Paulo Cobos
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Tudo caminha para Luiz Felipe Scolari abandonar a promessa que não treinaria mais um clube brasileiro para acertar com o Atlético-MG.

Se está longe do auge, Felipão provou ano passado, quando levou o Athletico-PR ao vice-campeoanto da Libertadores, que não é um treinador que vive apenas do passado, como Vanderlei Luxemburgo.

Mas ambos são sinais claros que o Brasil é o paraíso dos treinadores veteranos.

Luiz Felipe Scolari durante jogo entre Athletico-PR e Palmeiras
Luiz Felipe Scolari durante jogo entre Athletico-PR e Palmeiras ALBARI ROSA/AFP via Getty Images

Se confirmar sua ida para o Atlético-MG, Felipão, 74 anos, será um dos sete técnicos do Brasileiro com pelo menos 60 anos de idade.

Em nenhuma outra grande liga do planeta são tantos profissionais com essa idade.

Na Premier League, só três treinadores passaram dos 60. No Espanhol, são cinco. No Italiano, três. O Argentino tem seis, mas lá dão 28 clubes na primeira divisão.

Na Bundesliga, todos os clubes têm hoje treinadores com menos de 60 anos.

Com Felipão, a média de idade dos técnicos do Brasileiro ficará em 56 anos. Na Premier League, é de 48 anos.

Nada contra veteranos. Muito pelo contrário. Mas o futebol brasileiro precisa mais de ideias novas.

E não custa lembrar. Abel Ferreira tem 44 anos. Quando o Palmeiras contratou, tinha apenas 41.



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Caso Barletta é resumo perfeito do que levou o Corinthians à mediocridade esportiva e financeira

Paulo Cobos
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O atacante Barletta teve bons momentos no São Bernardo. No Corinthians, quase nada fez, mas nada impede que em um futuro próximo seja um bom jogador.

Seria uma história comum no futebol. Mas é também o resumo perfeito do que levou o Corinthians à mediocridade esportiva e financeira.

Primeiro, se contrata jogadores na base da baciada, sem critério, sem planejamento. Logo, se percebe que eles não servem para um time do tamanho do Corinthians.

Meia-atacante Chrystian Barletta é apresentado como novo reforço do Corinthians no CT Dr. Joaquim Grava
Meia-atacante Chrystian Barletta é apresentado como novo reforço do Corinthians no CT Dr. Joaquim Grava Raphael Martinez/Agência Corinthians

Na maioria dos casos, os contratos têm longa duração (o de Barletta vai até o final de 2026). E, como são descartados, o clube precisa pagar salários de atletas que não usa, até quando são emprestados para outros times.

E o Corinthians não paga barato por atletas que, no máximo, seriam apostas.

Como revelou o presidente do Joinville, foram R$ 6 milhões para comprar apenas 50% dos direitos sobre Barletta, que agora é totalmente ignorado por Vanderlei Luxemburgo.

Um clube que paga caro por jogadores mesmo com uma dívida, sem contar o estádio, que ultrapassa o R$ 1 bilhão.

E aí chega a parte mais triste efeitos dos equívocos da diretoria do Corinthians: o calote em credores.

Tanto Joinville e São Bernardo, que dividiam os direitos sobre Barletta, dizem que o Corinthians não pagou as parcelas pela contratação do atacante. São R$ 500 mil mensais, pouco para um clube que fatura cerca de R$ 700 milhões.

Um vexame.


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Flamengo no topo, Palmeiras na '3ª prateleira', clubes SAFs na rabeira: a saúde financeira dos clubes brasileiros

Paulo Cobos
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A consultoria Convocados, em parceria com a Galapagos Capital e a Outfield, divulgou nesta quarta-feira (14) o tradicional – e mais completo – trabalho sobre as finanças dos clubes brasileiros, feito pelo economista Cesar Grafietti.

Um dos pontos mais interessantes do levantamento é determinar o "rating" dos principais clubes brasileiros. O termo, muito comum no mercado financeiro, é uma nota atribuída para atestar a saúde financeira de uma organização.

São levados em conta, no caso dos clubes brasileiros, fatores como "gastos compatíveis com as receitas, endividamento compatível com a capacidade de pagamento e investimentos dentro das possibilidades dos clubes".

Gabigol marca para o Flamengo na final da Copa Libertadores 2022
Gabigol marca para o Flamengo na final da Copa Libertadores 2022 Getty Images

Pelo estudo elaborado por Grafietti e sua equipe, a nota máxima seria AAA, e a pior, E. De acordo com o trabalho, quem tem nota A, AA ou AAA apresenta a maior saúde financeira. Quem tem a partir de B, está equilibrado. 

Dos 24 clubes analisados, apenas nove estão com saúde forte ou no equilíbrio.

Nenhum time nacional recebeu a nota máxima. Cinco times, Atlético-GO, Cuiabá, Flamengo, Goiás e Red Bull Bragantino, receberam o conceito AA.

"Fluxo de caixa muito confortável, de um clube que chegou num estágio de maturidade financeira e muita robustez", aponta o estudo sobre a situação do Flamengo.

Três clubes ficaram com A: Athletico-PR, Juventude e Fortaleza.

O Palmeiras ficou na terceira prateleira do ranking, recebendo nota B, no limite para ser apontado como equilibrado. 

"Fluxo de caixa equilibrado. O clube segue gerando caixa, mas percebe-se que para se manter competitivo usa de todos os meios disponíveis dentro de uma gestão responsável, como os adiantamentos. Mantém contas em dia e segue reduzindo dívidas", aponta a Convocados para a situação palmeirense.

Cinco clubes receberam o conceito C: Ceará, Coritiba, Corinthians, Santos e São Paulo

A avalição sobre o Corinthians foi essa. "Fluxo de caixa justo, e que mostra um pouco do modus operandi do clube, que movimenta suas dívidas sem conseguir reduzi-las, Não faltou geração de caixa, que foi direcionada em grande parte para investimentos, mantendo a situação desconfortável".


         
     

A do São Paulo não foi muito melhor. "Fluxo de caixa bastante justo. Mostra uma gestão que se esforça para permanecer onde está, ou seja, com posição de dívida elevada e deixando o clube em situação financeiramente desconfortável."

O Internacional foi o único com conceito D.

Na rabeira do ranking, nada menos do que nove clubes: América-MG, Atlético-MG, Avaí, Bahia, Botafogo, CruzeiroFluminense, Grêmio e Vasco.

Nota-se a presença dos quatro grandes que já se transformaram em SAFs e o Atlético-MG, dono da maior dívida do futebol brasileiro.

Veja a avaliação do estudo de cada um desses 5 times.

Atlético-MG: "O fluxo de caixa muito frágil. Sem geração de caixa, com investimentos desproporcionais à capacidade de pagamento, custo financeiro alto sobre uma dívida altíssima. Estruturalmente temos uma situação cuja solução operacional parece improvável".

Bahia: "Fluxo de caixa bem complexo. Mostra que a máxima de que “cair para a Série B pode ser bom” não passa de uma falácia. Perde-se receita, os custos são resilientes, e a gestão fica mais “nervosa”. Felizmente para o clube conseguiram o acesso à Série A e houve a entrada do CGG como novo controlador, o que abre caminho para o reequilíbrio".

Botafogo: "Análise do fluxo de caixa mostra um clube com movimentações relevantes, amparadas por aumento de dívidas e aporte de capital (foram mais de R$ 170 milhões entre capitalizações e mútuos).Restam as dívidas de contratações e mais a necessidade de repasse para a Associação. Infelizmente não há como ser mais profundo dada a falta de transparência".

Cruzeiro: "Fluxo de caixa de início de jornada. Alguns aspectos são positivos, como observar os aportes e ver que a SAF conseguiu se financiar no mercado. O ideal seria uma divulgação pro-forma, considerando todos as obrigações que  SAF terá com relação ás dívidas da Associação".

Vasco: "Não foi possível construir um fluxo de caixa da temporada a partir das demonstrações financeiras do Vasco da Gama SAF, pois a informação representa 4 meses do ano (Agosto a Dezembro). Faltam elementos que possibilitem esta análise".

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