Interferência direta nos resultados e na classificação: a rodada mais polêmica do Brasileiro
A 32ª rodada foi a mais polêmica do Campeonato Brasileiro para a arbitragem. Interferências diretas em resultados finais e na classificação, bem na reta final da competição, quando erros podem ser fatais para decretar um campeão, classificado para Conmebol Libertadores ou rebaixamento.
Vamos aos fatos:
São Paulo x Coritiba: Luciano poderia ter sido expulso por segundo cartão amarelo após dar uma entrada por trás em jogador do Coritiba, isso aos sete minutos do segundo tempo, ou seja, apenas seis antes de fazer o gol do São Paulo.
Vasco x Atlético-MG: o VAR acertou duas vezes, no primeiro pênalti para o Atlético-MG, o qual há infração de braço na área do jogador do Vasco – e a forma que ocorre realmente torna difícil a visualização do árbitro em campo. E depois para rever o pênalti marcado também a favor da equipe mineira.
Internacional x Grêmio: pênalti não marcado para o Grêmio em cima de Ferreira, que foi empurrado nas costas no momento que estava saltando, dominando a bola, com os pés no ar e foi tocado dentro da área em uma ação faltosa que o desequilibra. O pênalti do Internacional é polêmico, confesso que, na imagem que tinha visto, à princípio, não vi infração e opinei dizendo que não havia sido penalidade. Porém, após receber novas imagens, com ângulo melhor e câmera lenta, vejo o Kannemann ampliando o espaço corporal com um movimento adicional de braço após a bola ser cabeceada para o gol. Desta forma dentro da regra atual e orientações a arbitragem acertou no pênalti.
Ceará x Palmeiras: não vejo pênalti. Contato em cima de jogo, não há carga faltosa. Jogador do Ceará já projetava o corpo para frente, e o braço não é o suficiente para derrubar ou desequilibrar o atacante. Embaixo o Patrick pega a bola. Contato de jogo, não marcaria penalidade.
Santos x Goiás: pênalti não marcado para o Santos com um toque de braço na área aos 11 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava 2 a 1 para a equipe santista. Os árbitros recebem instruções que aquela "asa" ou "alça de xícara" criado pelo jogador é movimento de ampliar espaço corporal numa ação de bloqueio, então um pênalti deve ser marcado. Foi o que aconteceu no lance. Soteldo cruza a bola na área, e o jogador do Goiás a intercepta de forma faltosa, ampliando o espaço corporal, conhecido na arbitragem como um “braço de xícara”. Pênalti para o Santos não marcado. Muitos pênaltis foram marcados assim no campeonato, mas esse não.
Salvo o jogo Vasco x Atlético-MG, no qual os possíveis erros foram corrigidos, não causando danos, em todas essas outras partidas citadas, os erros interferiram no decorrer dos jogos e em seus resultados finais, no meu entendimento.
A interpretação reina no futebol perante as regras do jogo, que nada têm de claras, porém ainda é preciso aprimorar conceitos e a uniformidade de critérios tanto no campo quanto no VAR – ainda que acabar com as polêmicas do futebol seja praticamente impossível.
Na Série B, quarto árbitro salva arbitragem em jogo do Cruzeiro
Fabio, goleiro do Cruzeiro, foi muito bem expulso após tocar a bola com as mãos fora da área de forma deliberada e impedir uma oportunidade clara de gol do Náutico. O fato pitoresco fica por conta de ter sido o quarto árbitro, Gabriel Murta Barbosa Maciel, o responsável por avisar o juiz da partida Flávio Souza da ação do goleiro.
A intervenção do quarto árbitro está dentro das regras, foi pertinente, relevante e merece elogios. Isso é trabalho de equipe, contribui para a assertividade e é o que tanto temos cobrado principalmente nos jogos com o VAR (que não é o caso da Série B, onde árbitro, assistentes e quarto árbitro trabalhem em campo, tomando as decisões sem esperar amparo do vídeo).
Fonte: Renata Ruel
Interferência direta nos resultados e na classificação: a rodada mais polêmica do Brasileiro
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