Não é só a idade! Por que árbitro para Palmeiras x Corinthians é um risco e mostra desespero da FPF

Renata Ruel
Renata Ruel

A Federação Paulista de Futebol (FPF) escalou o jovem Matheus Delgado Candançan, de apenas 23 anos, para apitar o clássico Palmeiras x Corinthians.

A FPF há algum tempo sofre grande pressão para revelar árbitros, pois Raphael Claus, Luiz Flavio de Oliveira, Flavio Rodrigues Souza, Vinicius Gonçalves que apitam os grandes jogos já passaram dos 40 anos. Desta forma, em 2020 tentaram o promissor Flavio Mineiro, que fez uma excelente estreia, entretanto foi escalado para a sua segunda partida no Morumbi, time grande, São Paulo x Novorizontino, os erros ocorreram e um árbitro acabou 'ficando pelo caminho' muito mais por erro de escala de quem comanda.

Matheus Candançan se tornou árbitro por influencia do pai, Demetrius Candançan, que foi árbitro da Federação por muitos anos e possui uma empresa de arbitragem, através da qual Matheus começou a carreira na arbitragem, atuando como árbitro e assistente desde dos 14 anos. Quem já viu um vídeo que roda o mundo, no qual um jogador de futebol me encara, eu estou com a bandeira erguida e um árbitro chega aplicando o cartão, pode não saber, mas o árbitro é justamente o Demetrius.

Matheus se formou no curso da Federação em 2017, tem apenas 6 jogos pelo Paulistão em toda sua carreira. Apitou a semifinal da Copinha este ano e foi criticado por não encerrar a partida depois da invasão de torcedores e uma faca no campo de jogo na partida entre São Paulo x Palmeiras.


         
     

Atualmente, o departamento de Análise de Desempenho dos clubes fazem a análise dos árbitros que apitarão seus jogos e passam as informações para a comissão técnica e jogadores. Palmeiras e Corinthians sempre vai ser um jogo difícil, mesmo ambos classificados. Por mais que os assistentes e o árbitro de vídeo sejam experientes, quem comanda é o árbitro. Os jogadores entrarão em campo sabendo do histórico do jovem Matheus, ambos os times possuem jogadores experientes e alguns que adoram testar a arbitragem e até mesmo ‘tentar apitar o jogo’.

É natural um árbitro jovem e com poucos jogos profissionais sentir o tamanho do jogo, ainda mais de um clássico.

A escala da Federação Paulista é arriscada. Se o árbitro cometer um erro, o que pode acontecer e acontece até com os experientes, a FPF vai 'segurar a bronca' ou vai queimar um árbitro promissor como fez com Flávio Mineiro?

A escala do árbitro não é mais através de sorteio, a comissão escolhe quem eles querem para apitar cada jogo. Quem escala precisa entender de futebol e não só de árbitro e de regras, precisa fazer leitura de cada jogo, de quem são os técnicos, os jogadores, qual o tamanho do jogo, o que vale e quanto vale este jogo para cada equipe entre outras coisas.

A expectativa para o clássico já era grande e com a escala de Matheus se torna ainda maior.

Será que ao término da partida a s discussões serão sobre Palmeiras e Corinthians, seus esquemas táticos, seus treinadores e jogadores ou sobre a arbitragem?

 Matheus Delgado Candançan apitará o clássico entre Palmeiras x Corinthians, pelo Paulistão 2022
Matheus Delgado Candançan apitará o clássico entre Palmeiras x Corinthians, pelo Paulistão 2022 Matheus Reche/UAI Foto/Gazeta Press
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Espanha muda orientação e gera polêmica em pênalti do Real Madrid

Renata Ruel
Renata Ruel

Real Madrid e Girona empataram em 1 a 1, no último domingo (30). Mas dois lances causaram muita polêmica.

O árbitro, após consulta no VAR, assinalou penalidade por toque de mão/braço de Asensio. A bola bate primeiro no braço direito do jogador que está junto ao corpo e vai para o esquerdo que ampliava o espaço corporal.

Dentro das orientações que os árbitros recebem no Brasil, o pênalti foi assinalado corretamente, pois mesmo a bola batendo em outra parte do corpo primeiro, o braço já estava ampliando o espaço corporal de forma antinatural.

Na Espanha este ano os árbitros receberam novas orientações e tornou a infração no toque de mão muito polêmica, inclusive pedem para os árbitros considerarem se no toque a bola tinha ou não a direção do gol para marcar uma falta, algo que não existe na regra do jogo. 

“En las manos que sean grises (que estén al límite de la sanción y generen dudas) han recomendado que se tenga en cuenta la consecuencia sobre el juego. Si va hacia portería o si no tiene influencia, ya que se marcharía el balón por línea de banda.” 

Parte das orientações recebidas pelos árbitros espanhóis.

Entretanto, na Europa eles não estão acostumados com esse tipo de penalidade, lá realmente buscam analisar conforme a regra do jogo se o movimento era natural para a jogada, se há como justificar a posição do braço para o movimento feito quando ocorre o toque.

Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN
Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN Visionhaus/Getty Images | ESPN

Semana passada, Xabi Alonso concedeu uma entrevista, após o jogo entre Atlético de Madrid e Bayer Leverkusen pela Champions League, reclamando muito de um pênalti marcado contra a sua equipe.

“Pênalti muito, muito duvidoso. Na Europa não costumam apitar pênaltis assim!”

No Brasil há discussão em toda rodada dos campeonatos sobre mãos que são ou não infrações, a luta é grande para que se entenda mais de futebol, de movimento natural para a jogada e que diminua alguns pênaltis bizarros que estão sendo marcados, onde se costumava a usar a Europa como exemplo. 

Passamos a discutir o que é movimento natural ou antinatural, como os brações devem estar posicionados ou não, como se os jogadores fossem robôs. Ao invés de falar do jogo e até mesmo das regras e infrações por si próprias.

Penso que dificilmente esses tipos de pênaltis se sustentarão no continente europeu, pois o futebol não os aceita e as reclamações se tornarão constantes. Vide que o Real Madrid reclamou até em seu site.

A segunda reclamação que ocorreu foi no gol anulado do Rodrygo em disputa com o goleiro. Entretanto, a regra deixa claro que se a bola estiver entre a mão do goleiro e o chão, ela estará em sua posse, não podendo ser jogada pelo jogador adversário e foi isso que ocorreu, ou seja, o gol foi corretamente anulado.

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Expulsão justa? E a arbitragem da final da Libertadores?

Renata Ruel
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O árbitro Patricio Loustau mostra cartão vermelho para o zagueiro Pedro Henrique, do Athletico, na derrota para o Flamengo na final da Libertadores 20
O árbitro Patricio Loustau mostra cartão vermelho para o zagueiro Pedro Henrique, do Athletico, na derrota para o Flamengo na final da Libertadores 20 Hector Vivas/Getty Images

Patrício Loustau comandou a final do Libertadores, que resultou na vitória do Flamengo por 1 a 0 contra o Athletico.

Uma partida deste tamanho nunca será fácil, mas o árbitro esteve bem seguro nas suas decisões, bem posicionado, com o controle do jogo.

Nas decisões mais capitais, Loustau acertou: aos 43 minutos do primeiro tempo expulsou Pedro Henrique por segundo amarelo. Pouco antes, aos 28, o zagueiro recebeu o primeiro cartão ao acertar Gabriel Barbosa na panturrilha com uma intensidade média, o que justifica o amarelo por temeridade. Quinze minutos depois, Pedro Henrique derrubou Ayrton Lucas com um pontapé também com intensidade média, e o segundo amarelo foi inevitável.

Não se pode jogar na conta do árbitro uma expulsão quando o jogador comete duas faltas típicas para cartões amarelos, essa conta é de Pedro Henrique.

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Foi uma arbitragem de alto nível, como merecia um jogo deste tamanho. Os assistentes, em lances de impedimento, tomaram boas decisões, e o VAR sequer precisou mudar algo. E os jogadores, assim como o banco de reservas, contribuíram para uma boa arbitragem.

Patrício Loustau apitou sua segunda final de Libertadores, a outra foi Palmeiras x Santos, e se saiu muito bem em ambas. Não foi escolhido pela Fifa para estar na Copa do Mundo no Qatar, mas pode se considerar entre os melhores árbitros do mundo na atualidade.

Fonte: Renata Ruel

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Seneme pune árbitros. E quem pune a Comissão de Arbitragem da CBF?

Renata Ruel
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Eu não me lembro de um momento ou de um ano tão ruim da arbitragem brasileira, principalmente na era do VAR. Erros gigantescos que interferem nos resultados, em classificações e mudam campeonatos.

O Santos teve um pênalti claro não marcado a seu favor diante do Flamengo, na última terça-feira (25), no Maracanã. Camacho driblou Matheusinho e foi calçado de forma imprudente dentro da área. O árbitro André Luiz Freitas Castro nada marcou. Na sequência, o Flamengo recuperou a bola e, na sequência, fez o gol validado em campo pela arbitragem e confirmado por Adriano Milczviski, que estava no VAR.

Erro claro que fez a CBF soltar a nota de punição mais rápida que já vi.

André Luiz e Adriano Milczvski (VAR) foram colocados no "Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro (PADA)" da CBF, conhecido por alguns como “geladeira” ou como “punição silenciosa”.

Adriano Milczvski é um árbitro de VAR que já mostrou desconhecimento de regras básicas após divulgação de áudios, sendo salvo pelo seus auxiliares. Alertei sobre isso no início de setembro. Porém, ele só ganhou mais e mais escalas. Posso dizer que, no caso dele, eu avisei faz tempo que não havia condições para atuar na elite da CBF.

André Luiz foi quarto árbitro no Maracanã na Final da Copa do Brasil entre Flamengo e Corinthians e não havia necessidade de estar novamente no jogo do Rubro-Negro, uma vez que o quadro de árbitros é enorme e não faltam opções.

Camacho sofre pênalti de Matheusinho no Maracanã
Camacho sofre pênalti de Matheusinho no Maracanã Ivan Storti/Divulgação/Santos F.C.

Sobre o PADA da CBF, Emerson de Almeida Ferreira e Pathrice Wallace Correa Maia são exemplos de árbitros que estão no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro há mais de 3 meses. Emerson era cotado para ser VAR-FIFA, mas segue sem escalas. Que programa é esse que não reabilita um árbitro de elite depois de três meses? É assustador.

Essa punição não ajuda os árbitros e serve somente como uma resposta para os clubes e para defesa da instituição. Uma gestão que não sabe administrar, humanizar e motivar seu capital humano está a caminho da falência.

Wilson Seneme e sua comissão tiveram tempo para trabalhar para pelo menos mudar algo. O problema é que a arbitragem brasileira piorou, erros graves têm ocorrido e isso é perceptível para quem acompanha o futebol.

Ou seja, se os árbitros estão com problemas, a Comissão tem grande parcela de culpa, inclusive por jogar tudo nas costas dos juízes, sem apresentar uma resolução.

Mas, quem é que ‘pune’ Seneme e sua Comissão?

Eles também estão precisando urgentemente do PADA.

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Erros assustadores marcam a arbitragem no mundo

Renata Ruel
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Pierluigi Collina propôs a introdução do cartão branco
Pierluigi Collina propôs a introdução do cartão branco Getty

A arbitragem tem sido um problema crítico não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Erros grotescos e pitorescos têm decidido partidas.

 Um pênalti pitoresco ocorreu na Série B da Espanha, partida entre o Deportivo Fabril e o Estradense. Dois atacantes do Deportivo Fabril se trombaram dentro da área adversária, caíram e, inacreditavelmente, o árbitro, bem posicionado, marcou o pênalti. As reclamações foram enormes, porém, o árbitro manteve a penalidade equivocadamente.

 Em Portugal, na partida entre Marítimo e Casa Pia, em uma disputa normal de bola dentro da área entre atacante e defensor, o árbitro assinalou pênalti para o Casa Pia e ainda expulsou o jogador do Marítimo. O VAR manteve a decisão do campo, sendo que o erro claro e óbvio era evidente. Há quem considere o erro mais grave do VAR em Portugal até hoje.

 Na Argentina, no último sábado, pela quarta divisão, Victoriano Arenas e Lamadrid se enfrentavam, quando o atacante Matías Ruiz do Arenas, fez uma boa jogada pelo lado esquerdo, chutou cruzado na área e saiu comemorando o gol que foi confirmado pelo árbitro. O narrador incrédulo disse que a bola foi para fora. A equipe que sofreu o gol reclamou, a mídia local e estrangeira tratou o lance como “gol fantasma”. A discussões sobre a bola ter entrado ou não seguem, e esse possível ‘gol fantasma' livrou a equipe do Victoriano Arenas do rebaixamento.

 

No Brasil em todas as rodadas vemos erros de arbitragem, seja no campo ou no VAR.

 É pertinente expor que a falta de Fair Play dos jogadores nos lances citados também precisa ser evidenciada e criticada, pois junto com os erros de arbitragem prejudicam o produto futebol.

 Entretanto, erros injustificáveis têm acontecido pelo mundo, com alguns shows de horrores e o que se pensava ser apenas um problema nacional, tem se mostrado mundial. Desta forma, se faz necessário citar o comando de Pierluigi Collina na arbitragem da FIFA, assim como questionar as atuais regras da IFAB.

 Mudanças urgentes são essenciais neste momento atual da arbitragem. E a Copa do Mundo está próxima. O que esperar?

Fonte: Renata Ruel

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O Mito do Goleiro Intocável

Renata Ruel
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O futebol é cheio de ‘verdades’ que não existem nas regras.  É comum ouvir: ‘ninguém pode tocar no goleiro na pequena área’, ‘era o último homem, tem que expulsar’, ‘bola prensada é da defesa’, entre outras fases bem populares.

No Brasil tenho visto muitas marcações de faltas nos goleiros sem que elas existam, assim como tenho observado reclamações por não assinalarem infrações nos goleiros na Premier League e isso aguçou em mim o mito do goleiro intocável.

Pela regra do jogo o goleiro, diferentemente dos outros jogadores, pode tocar a bola com as mãos e braços dentro da sua área penal e mesmo assim há exceções, por exemplo, recuo de bola, arremesso lateral da própria equipe, assim como outras infrações passíveis e especificas da posição. Ah, lembra da regra que se o goleiro mantiver a posse de bola por mais de 6 segundos uma infração deverá ser marcada? Pode não parecer, mas ela ainda existe.

Toda falta é uma infração à regra do jogo, mas nem toda infração é uma falta, isto é, um pontapé imprudente no adversário é uma falta e consequentemente uma infração à regra, já um impedimento sinalizado ou entrar no campo sem autorização são infrações, porém não são faltas.

Os goleiros, assim como os outros jogadores, estão sujeitos a receber faltas e cometê-las também.

Em relação ao goleiro, uma das partes das regras diz que: 

“Considera-se que o goleiro tem o controle, a posse de bola com suas mãos, quando: 

• mantiver a bola nas mãos ou quando a bola se encontrar entre sua mão e uma superfície (por exemplo, o chão, seu corpo) ou quando estiver tocando na bola com qualquer parte das mãos ou braços, exceto se a bola rebotar nele ou mesmo depois de fazer uma defesa deliberada; 

• tiver a bola na palma da mão aberta; 

• estiver quicando a bola no chão ou jogando-a para o ar.

Durante o período em que o goleiro estiver com controle ou domínio da bola com as mãos nenhum adversário pode disputar a bola com ele.

Um jogador não pode impedir o goleiro de jogar ou tentar jogar a bola com as mãos ou com os pés quando estiver em processo de recolocação da bola em disputa. Quando o goleiro tem a posse de bola, se um jogador tentar pegá-la cometerá infração.”

Fora o texto acima, será infração ou falta no goleiro assim como em outros jogadores: receber uma carga, um pontapé, calço, ser agarrado ou empurrado, sofrer jogo perigoso entre as outras infrações previstas nas regras. O que for obstrução ou ação de bloqueio em um jogador também será no goleiro e automaticamente o que for em um jogador não será no goleiro.

Porém, o mito do goleiro intocável é um problema geral, inclusive para alguns árbitros que preferem marcar faltas onde não existem por ser ‘mais fácil’ e o ‘futebol aceitar’ justamente pela fábula do goleiro não poder ser tocado, encostado dentro da área, principalmente na área de meta.

Meret, goleiro do Napoli, faz defesa durante jogo contra o Bologna
Meret, goleiro do Napoli, faz defesa durante jogo contra o Bologna EFE | ESPN

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O mundo reclama do VAR... O que adianta ter um 'avião' e não ter 'pilotos' qualificados?

Renata Ruel
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Árbitro Andrew Madley consulta o VAR durante Chelsea x West Ham, pela Premier League
Árbitro Andrew Madley consulta o VAR durante Chelsea x West Ham, pela Premier League Steven Paston/PA Images via Getty Images

No Brasil, as reclamações sobre o VAR (Árbitro de Vídeo) são constantes, mas não são exclusivas do nosso país.

Aqui, esquecem de traçar a linha. No Campeonato Italiano, a Juventus teve um gol legal anulado por impedimento e ao acompanhar outros campeonatos - Premier League, LaLiga, Campeonato Argentino, etc. - percebe-se que há uma reclamação na grande maioria dos países do uso do VAR.

Observe algumas repercussões da imprensa pelo mundo sobre o sistema:

Clarín: "Los árbitros y el VAR están atrapados em um laberinto infinito de contraadicciones"

Marca: "Escándalo VAR en Italia"

SPORTSRY: "Is the Premier League facing a VAR crisis?"

Daily Star: "Fans rage over Premier League VAR calls with 'meaningless gesture' slammed" - "Torcedores se enfurecem com chamadas do VAR da Premier League com 'gesto sem sentido' criticado"

Gazzetta dello Sport: "Anche la VAR ha un prezzo (troppo alto): la Juve perde due punti per lo Scudetto" - "VAR também tem preço (muito alto): Juve perde dois pontos para o Scudetto"

Não é a primeira vez e não será a última que a tecnologia do VAR é questionada. Sabe-se que ainda não é a ideal, faz diferença a quantidade e posicionamento de câmeras em um jogo, ângulos fornecidos, sol ou sombra que atrapalham, imagem não totalmente aberta como deveriam entre outros pontos. Contudo, alguns avanços aconteceram, como por exemplo a análise do impedimento semiautomático utilizado pela Uefa.

O investimento e o avanço da tecnologia podem resolver muitos problemas, mas o maior deles ainda segue sendo "os pilotos". O que adianta ter um avião e não ter pilotos qualificados?

O que é um erro claro e óbvio para o VAR intervir? Por que cabem tantas interpretações distintas em lances parecidos? Por que tanta dificuldade em entender quando há ou não infração de mão/braço? Por que o que é pênalti no Brasil, não é na Espanha ou o que é na Espanha não é na Inglaterra? Por que tantos estilos diferentes de árbitros e arbitragem? Até que ponto a cultura de um lugar influencia na arbitragem e no jogo? Será que somente jogadores, torcedores, imprensa estão "perdidos" com tantas polêmicas ou os árbitros também?

O VAR tem a filosofia da "mínima interferência, máximo benefício". Entretanto, no futebol a própria regra 5 traz em seu texto: "O árbitro deve tomar as decisões do jogo com o máximo de sua capacidade, de acordo com as regras e o 'espírito do jogo', segundo sua opinião. Em razão disso, o árbitro possui poder discricionário para adotar as medidas adequadas para cumprir a essência das regras do jogo". Observe o texto em negrito.

O árbitro, o VAR, as regras, as orientações e a arbitragem no mundo vivem um momento crítico de questionamentos em 2022. Claro que em alguns lugares com problemas bem mais sérios que em outros, com erros constantes como no Brasil agravando a situação.

Além da tecnológica, é fundamental também a melhoria dos árbitros, instrutores e até mesmo das regras, orientações para que os critérios se aproximem da realidade do futebol. Polêmicas sempre vão existir, mas diminuí-las tem que ser compromisso de quem trabalha com as regras. Entender e estudar a cultura futebol são passos primordiais para uma arbitragem mais efetiva seja no campo ou no VAR.

 

Fonte: Renata Ruel

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Árbitro de vídeo novamente mostra desconhecimento da regra e é salvo por AVAR no Brasileiro

Renata Ruel
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O que seria do árbitro de vídeo (VAR) Adriano Milczvski, da elite da CBF, se não fosse seu assistente Luciano Roggenbaum (AVAR)?

Pela 22ª rodada do Brasileirão série A, eles foram responsáveis pelo VAR no jogo Internacional 3 a 0 Fluminense, o jogo foi marcado por algumas polêmicas e a CBF disponibilizou o áudio do VAR. Em um lance de impedimento ajustado, onde atacante e defensor pareciam estar no próprio campo de defesa do Internacional e sai o gol da equipe gaúcha, ao escutar o áudio foi possível observar a primeira vez que Adriano mostrou desconhecimento da regra do jogo.

Veja trechos da conversa a seguir:

Adriano (VAR): “A inclinação do corpo não conta, certo?”

Luciano (AVAR): “A inclinação do corpo conta se ele estiver.”

Pela regra 11 do impedimento, qualquer parte do corpo do atacante e defensor irá contar para analisar a infração, menos braços e mãos. Ou seja, Adriano mostrou desconhecimento da regra do impedimento e o seu AVAR o auxiliou corretamente.

No dia 03 de setembro, pela 28ª da série B do Brasileirão, o Brusque venceu o Vasco por 1 a 0, novamente o árbitro assistente de vídeo salva o Adriano em gol anulado do Vasco por mão imediata.

AVAR: “Não teve toque de mão no atacante, Adriano?”

VAR: “Então, isso que quero ver.”

VAR: “Mas é o defensor que cabeceia, né? Por mais que se fosse braço dele, NÃO É IMEDIATEZ.”

AVAR: “Não, se vai no braço do atacante É IMEDIATEZ.”

Adriano novamente mostra desconhecimento da Regra do Jogo, agora no caso na Regra 12 que trata de faltas e incorreções e o texto diz que será infração se o jogador marcar um gol na equipe adversária após um toque imediato de mão/braço mesmo que acidental.

É inacreditável que um árbitro da elite da CBF e do futebol brasileiro desconheça a regra do jogo a este ponto, não é questão de interpretação e sim pontual da regra.

Sorte do Adriano Milczvski (VAR) ter em sua equipe o Luciano Roggenbaum (AVAR), entretanto ele não está ali para ficar “salvando” quem desconhece a regra do jogo. Se tem árbitros de campo passando pelo Pada (Programa de Assistência ao Desempenho da Arbitragem), está na hora do Milczvski passar também.

O árbitro Adriano Milczvski atuando durante partida entre Paraná Clube e Atlético-PR, válida pela sétima rodada da primeira fase do Campeonato Paranae
O árbitro Adriano Milczvski atuando durante partida entre Paraná Clube e Atlético-PR, válida pela sétima rodada da primeira fase do Campeonato Paranae GERALDO BUBNIAK/Gazeta Press
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Regra da FIFA e da International Board para quê?

Renata Ruel
Renata Ruel

As primeiras 13 regras do futebol foram criadas em 1863 pela Football Association, na Inglaterra. Em 1886 as regras do jogo se tornaram responsabilidade da IFAB (International Football Association Board). A criação da FIFA ocorreu em 1904 e a entidade adotou as regras estabelecidas pela IFAB.

Com o crescimento do futebol pelo mundo, especialmente na Europa, a FIFA foi admitida pela International Board em 1913. As alterações das regras e seus estudos são feitos pela IFAB e a FIFA tem direito a voto.

A grande questão atual é a seguinte: para que ter regras de IFAB e FIFA, na teoria universais, se as competições, confederações e federações filiadas, que deveriam segui-las, parecem ter “feito suas próprias regras”?

Digo isso porque vemos regulamentos e orientações muito diferentes de um país para outro ou até mesmo dentro de um próprio país. Ao acompanhar diversos campeonatos pelo mundo – e os canais ESPN e Star+ nos proporcionam isso – percebem-se orientações distintas para marcação de infrações em toques de mão, por exemplo. Muitas vezes o que no Brasil é assinalado, na Inglaterra e Espanha não é.

Outro ponto é a “Regra 4 – O Equipamento dos Jogadores”, a qual deixa claro que as equipes devem usar cores diferentes entre si. Entretanto, o regulamente da Premier Legue permite cores iguais se isso não causar choque visual, o que vai ocorrer, principalmente em lances de bola parada onde os jogadores formam aquela linha e o assistente muitas vezes define uma infração de impedimento pela cor do uniforme.

O chefe de arbitragem da Premier League, Mike Riley, informou em agosto de 2021 que as linhas de impedimento nas análises do VAR seriam "engrossadas", beneficiando os atacantes e provavelmente diminuindo os gols anulados por posição de impedimento. Na época, Riley disse: “Agora o VAR passará a usar as famosas linhas de ‘tira-teima’, mais grossas. Caso elas estejam uma sobre a outra, o jogador que ataca estará em posição legal.” Isso também só ocorre na Premier League.

International Board discutirá sobre o uso do vídeo na Copa do Mundo de 2018
International Board discutirá sobre o uso do vídeo na Copa do Mundo de 2018 PAUL FAITH/AFP/Getty Images

A Espanha passou novas orientações aos seus árbitros para a temporada 2022/2023, o que gera novas percepções e tomada de decisões aos árbitros do país. Veja algumas delas (e nem colocarei sobre a bola na mão, pois só iria gerar mais controvérsia para o futebol brasileiro):

- Tempo efetivo: para evitar perda de tempo, foi solicitado aos árbitros conversar menos com os jogadores. A política de aumentar os minutos adicionados e perseguir os jogadores que fingem lesões continuará.

- Entradas: insiste em proteger o jogador de desarmes que possam causar lesões, ordenando punir com cartão vermelho as faltas cometidas com força excessiva. No ano passado, houve zagueiros que saíram sem cartão depois de fazer falta que machucou o adversário.

Há diversos exemplos, de vários lugares. Há diferença em instruções da Federação Paulista para a Carioca, da CBF para a Conmebol e assim por diante. Por isso brinco que ao comentar um torneio e depois outro é necessário “trocar o chip” e para os árbitros também.

A Copa do Mundo está chegando e a FIFA tem pela frente um grande desafio, tentar uniformizar os critérios de árbitros que chegam de jogos de futebol com culturas enraizadas e orientações diferentes, apesar da regra ser uma só.

Não há como negar que a arte da arbitragem vai muito além de um livro de regras.

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No dramático Palmeiras x Atlético-MG, Wilmar Roldán deu um show de arbitragem

Renata Ruel
Renata Ruel

Palmeiras supera expulsões, vence Atlético-MG nos pênaltis e vai à semifinal da Libertadores; veja os melhores momentos

Libertadores é diferente não só para o torcedor, equipes, mídia, mas também para a arbitragem. Não tem jogo fácil, rivalidade entre os clubes e países, enfim, tudo que está envolvido torna a responsabilidade dos árbitros gigantesca.

Wilmar Roldán apitou um desses jogos difíceis, Palmeiras x Atlético-MG é um clássico que envolve grande rivalidade, além de definir o semifinalista da Conmebol Libertadores.

Falando sobre os lances pontuais que fizeram diferença no jogo:

- Expulsão do Danilo foi correta, jogo brusco grave, perde o tempo de disputa da bola, vem com a perna por cima, atinge com as travas o Zaracho em uma das panturrilhas com intensidade alta. Porém, o lance é tão claro que não precisaria de VAR, o colombiano poderia ter tomado a decisão de vermelho no campo de jogo. O VAR interferiu corretamente

- No lance do Gustavo Gómez, Everson perde o tempo da bola e acerta o zagueiro palmeirense, isso é falta. No campo foi marcado impedimento, o VAR tem que checar o lance, porém, até o momento a Conmebol não disponibilizou o áudio do VAR para sabermos o que definiram sobre o lance. Se não houve o impedimento do zagueiro paraguaio, o VAR deveria ter sugerido revisão, pois ocorreu a penalidade.

- Expulsão correta do Scarpa pela regra do jogo que apenas analisa ponto de contato, intensidade, risco ao adversário. O que aconteceu no lance não faz parte da análise da arbitragem, ou seja, o contexto, a falta que ele recebeu antes, e isso não é uma falha do árbitro de ontem e sim das regras e orientações.

- Expulsão do Vargas foi correta, o jogador claramente praticou conduta antidesportiva no segundo amarelo que é possível de cartão.

Wilmar Roldán na partida entre Palmeiras x Atlético-MG pela Conmebol Libertadores
Wilmar Roldán na partida entre Palmeiras x Atlético-MG pela Conmebol Libertadores Cesar Greco/SE Palmeiras

Roldán tem 42 anos e é um árbitro extremamente experiente, Fifa desde 2008, com Copa do Mundo e finais de Libertadores no currículo, entretanto, oscila entre boas atuações e outras recheadas de polêmicas. Uma delas um Brasil x Equador pelas eliminatórias da Copa do Mundo deste ano em que precisou do VAR quatro vezes, em duas delas Alisson teve sua expulsão revertida, assim como ontem, quando precisou do VAR na expulsão de Danilo.

A arbitragem colombiana não terá nenhum árbitro no Mundial do Qatar em função dessas oscilações e polêmicas frequentes.

Mas Palmeiras x Atlético-MG teve alto grau de dificuldade, e o trabalho de equipe entre campo e VAR foi fundamental para não comprometer a arbitragem. Hoje estão todos falando do jogo, das equipes, até das expulsões, entretanto, concordando com a arbitragem, isso é o que o futebol e todos nós queremos. Arbitragem que não seja protagonista, e ontem ela não foi.

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Daronco parece cansado - e como isso tem afetado as decisões do árbitro dentro de campo

Renata Ruel
Renata Ruel

O futebol atual é extremamente veloz e automaticamente vai exigir um excelente preparo físico dos árbitros que estiverem em campo. Entretanto, é importante ressaltar que para ser um excelente árbitro não basta somente ser um atleta, ou seja, ter um ótimo condicionamento físico, é preciso também ter leitura de jogo, conhecimento e domínio das regras, entender de futebol entre outras habilidades que a arbitragem exige.

Anderson Daronco é um árbitro FIFA desde 2015, com 41 anos de idade, conhecido internacionalmente como o “juiz fortão” e quem tem acompanhado os seus jogos no apito deve ter notado que em alguns jogos ele tem ficado a uma distância significativa de lances importantes, tomando decisões equivocadas no campo e, desta forma, precisando de auxílio do árbitro de vídeo (VAR).

Foi o que ocorreu no jogo entre Ceará x Palmeiras, quando Richardson cometeu falta ao segurar o Dudu, impedindo assim uma oportunidade clara de gol. Por ser uma jogada verticalizada e com alta velocidade, percebesse que o Daronco ficou para trás, não conseguiu acompanhar a jogada e se posicionar conforme as orientações para ter uma visualização ideal do lance, não sinalizando em campo a infração que, de certa forma, era fácil de ver dentro das quatro linhas. O VAR sugeriu revisão e após olhar no vídeo tomou a decisão correta de falta e expulsão conforme a regra.

Outro exemplo de Daronco distante das jogadas foi em um pênalti para o São Paulo em cima do Luciano contra o Avaí, também um contra-ataque, ele acaba ficando para trás, o pênalti ocorre, não é marcado em campo e o VAR entra sugerindo revisão.

Claro, que há exemplos de lances nos quais Anderson Daronco está extremamente bem posicionado, porém nem sempre tomando a melhor decisão técnica.

Os árbitros não atuam se forem reprovados no teste físico da FIFA, contudo é um teste muitas vezes questionado por não ser o retrato do que o jogo exige do árbitro. Outro ponto, se o árbitro estiver muito cansado no jogo é normal ocorrer a falta de oxigênio no cérebro que altera a percepção e dificulta a assertividade nas tomadas de decisões.

Daronco parece cansado em alguns jogos e momentos das partidas. Só em 2022 já apitou 26 jogos oficiais, considerando de abril a julho foram 22 jogos, dando uma média de 5,5 por mês. É importante levar em consideração as viagens para esses jogos. O árbitro não tem carteira assinada, sendo que a preparação física, nutrição, fisioterapia, fisiologia, preparação psicológica é tudo por sua própria conta e ainda percorre em média 14km por jogo.

Ou seja, vários fatores podem estar pesando para esse o mal posicionamento e a distância significativa de Anderson Daronco nas partidas e como a atual comissão de arbitragem da CBF parece perdida e sem plano de gestão, fica difícil identificar o problema e achar a solução para que um dos melhores árbitros do Brasil volte a atuar de forma excelente em todos os quesitos.

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Daronco parece cansado - e como isso tem afetado as decisões do árbitro dentro de campo

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River x Vélez ajuda a entender o motivo de não ter VAR brasileiro na Copa do Mundo do Qatar

Renata Ruel
Renata Ruel

Nenhum brasileiro foi selecionado pela FIFA para atuar como árbitro de vídeo na Copa do Mundo do Qatar. Nos campeonatos nacionais, o VAR causa tanta controvérsia, assim como a arbitragem em campo, ou seja, faltam critérios e um bom uso da ferramenta tecnológica, sem generalizar.

No jogo entre River Plate e Vélez Sarsfield, pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores, o VAR ficou a cargo dos brasileiros Rafael Traci e o Bráulio Machado, enquanto o chileno Roberto Tobar era o árbitro de campo.

Um gol do River foi anulado na partida por mão/braço acidental. Além da grande demora, quase 9 minutos, para a anulação, no áudio divulgado pela Conmebol, Roberto Tobar diz claramente à Rafael Traci: “Para mim é gol”. Apesar de Tobar não ter clareza que havia mão/braço do jogador do River, entretanto o VAR tenta convencê-lo de que há o toque e o gol deve ser anulado.


         
     

Em um jogo recente entre São Paulo e Palmeiras, uma possível mão do jogador Patrick em gol do time do Morumbi também gerou polêmica. O campo deu o gol, e o VAR manteve a decisão sem sugerir revisão, sem a transparência adequada da CBF não foi possível saber se as imagens do VAR foram inconclusivas ou se as imagens garantiam 100% que não houve o toque.

O VAR foi criado para intervir em erros claros e óbvios, checar e sugerir revisão quando possuir imagens conclusivas. A decisão final sempre é do árbitro, a não ser em lances factuais (impedimento sem análise de interferência), o VAR mostrar as imagens, e manter um diálogo é bem diferente de tentar induzir o árbitro ou tentar convencê-lo do que ele VAR acredita ter ocorrido e qual deve ser a decisão final do campo.

Ao ver as imagens do VAR, entendo como o árbitro Roberto Tobar que não são claras e conclusivas, contudo depois do jogo uma foto deixou claro que realmente houve o toque e pela regra o gol foi bem anulado.

A grande questão é a forma de comunicação do VAR brasileiro com o árbitro chileno que foge do ideal, esse e outros motivos nos ajuda a entender o motivo de não ter nenhum árbitro de vídeo brasileiro selecionado pela FIFA para a Copa do Mundo do Qatar.

 

Roberto Tobar revisa gol do River Plate no monitor do VAR durante partida contra o Vélez, pelas oitavas da Conmebol Libertadores
Roberto Tobar revisa gol do River Plate no monitor do VAR durante partida contra o Vélez, pelas oitavas da Conmebol Libertadores Rodrigo Valle/Getty Images
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River x Vélez ajuda a entender o motivo de não ter VAR brasileiro na Copa do Mundo do Qatar

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Arbitragem de Minas, Norte e Nordeste ‘sofrem’ na gestão Seneme

Renata Ruel
Renata Ruel

A Associação Nacional do Árbitros (ANAF) faz levantamento rodada por rodada das escalas da CBF, principalmente das Séries A, B, C e D.

Costumo dizer que os números são frios, precisam ser transformados em informações. Entretanto, neste caso eles ‘falam’ muito por si só.

Visivelmente, Norte e Nordeste tiveram suas escalas prejudicadas na Série A com a nova gestão. E mesmo nas regiões que possuem maior números de escalados, são sempre os mesmos, não há uma rotatividade como acontecia antes.

Nomes conhecidos e com grandes jogos no currículo não são mais vistos na Série A, alguns que inclusive possuem escudo FIFA:  Edina Alves, Igor Benevenuto, Vinicius Gonçalves, Felipe Lima, Caio Max, Denis Serafim. Enquanto isso, Wagner Magalhães, que constantemente se envolve em polêmicas de arbitragem, segue sendo escalado pela comissão liderada por Wilson Seneme.

Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF Lucas Figueiredo/CBF

Outro fator é mulheres nas escaladas, sem precisar de números, somente assistindo aos jogos se percebe que no apito e na bandeira a quantidade e mulheres diminuiu. Nem Edina Alves apitou Série A este ano.

O que mais motiva os árbitros são as escalas e as oportunidades. Sem elas, fica difícil manter um quadro satisfeito. Tudo fica ‘lindo’ para quem está sempre escalado e bem difícil para quem não tem as mesmas oportunidades.

Um bom gestor buscará colocar nos grandes jogos os que considera ter as melhores aptidões e requerimentos para as funções. Contudo, se em um grupo de 500 pessoas, por exemplo, nem 10% tem as aptidões necessárias, algo está errado no processo.

E você que acompanha o futebol brasileiro, escalaria sempre os mesmos na Série A ou trocaria alguns nomes?

Veja os números da ANAF até a 14ª rodada do Brasileirão:

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Observações feitas pela ANAF sobre a Série A:

“- O Espírito Santo não tem qualquer participação na hegemonia do eixo Sul-Sudeste.

- Minas Gerais só tem relevância nos percentuais de escalas do VAR e do AVAR. Em campo, só

recebeu uma escala de árbitro e quatro de assistente.

- Os números de MG na cabine do vídeo estão concentrados em 2 profissionais. Das 18 escalas do VAR, 17 foram para Emerson de Almeida. Das 19 do AVAR, 17 foram para Marcus Vinícius Gomes.

Estados sem Escalas

- 12 estados não tiveram escalas de árbitro ou assistente: ES, MT, AL, SE, PB, PE, MA, PA, AP, AC, AM e RR. - 14 estados não tiveram escalas de árbitro ou assistente: ES, MT, MS, AL, BA, PI, CE, TO, RO, PA, AP, AC, AM e RR.”

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Arbitragem de Minas, Norte e Nordeste ‘sofrem’ na gestão Seneme

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Arbitragem da Sul-Americana comprova que polêmica não é exclusividade brasileira

Renata Ruel
Renata Ruel

As polêmicas de arbitragem não ficam restritas ao Brasil. No jogo entre Universidad Católica e São Paulo pela Copa Sul-Americana a arbitragem virou destaque e isso nunca é bom sinal. 

O árbitro Cristian Ferreyra marcou 10 faltas do time brasileiro, número baixo para um torneio assim. Entretanto, aplicou 8 cartões amarelos e expulsou 3 jogadores.

No Resenha ESPN, Simon opina sobre apitar como árbitro de vídeo e brinca: 'Queria trabalhar com o VAR e ganhar o que eles ganham'

         
     

O cartão vermelho para Rodrigo Nestor foi bem aplicado, ele pisa no adversário com uso de força excessiva e coloca em risco a integridade física do adversário.

Mas, os cartões amarelos que deram origem às outras duas expulsões, Igor Vinicius e Calleri, vejo como exagerados. Não vejo ação temerária que desconsidera o risco para o adversário, nem intensidade e força média que ratificariam os cartões no que diz respeito à natureza das faltas. E também não vejo motivos para aplicação tática, no caso as infrações não impediram ataques promissores.

Duas expulsões que poderiam ter sido evitadas, que geram consequências e desfalques para o jogo também. 

Cristian Ferreyra
Cristian Ferreyra Getty Images
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Arbitragem da Sul-Americana comprova que polêmica não é exclusividade brasileira

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Tradução errada da Regra do Jogo tem feito a arbitragem do Brasil passar vergonha internacional

Renata Ruel
Renata Ruel

O futebol e a arbitragem brasileira, ou melhor, o torneio e a arbitragem da CBF viraram notícia internacional após episódios envolvendo a Série B do Brasileirão em intervalo de quatro dias nas últimas rodadas.

Tombense x Náutico foi marcado por erro de arbitragem

O goleiro Lucas Perri, ao cobrar uma falta, escorrega, dá o primeiro toque na bola de joelho e a toca em seguida com o pé. A arbitragem em campo marca tiro livre indireto e aplica cartão amarelo por impedir um ataque promissor. O VAR sugere a revisão e o cartão é alterado para vermelho por impedir uma oportunidade clara de gol. 

Entretanto, a Regra do Jogo em inglês (que é a oficial) e em espanhol também deixam claro que o reinício deve ser feito com o pontapé. Desta forma, o tiro livre deveria ter sido repetido e o goleiro não poderia ser punido.


O Náutico, em forma de protesto, deu o tiro de saída contra o Criciúma também com o joelho. Novamente a arbitragem do jogo e da CBF permitiu (de forma equivocada) que o jogo seguisse. O tiro de saída deveria ter sido repetido, já que a cobrança não foi com um pontapé.

A tradução do Livro de Regras em português está errada. 

Ao invés de constar 'chute' ou 'pontapé' tem a palavra 'tocada', que muda a interpretação da regra de forma grave. E não é a primeira vez que falo sobre isso. 

Em fevereiro de 2020 alertei sobre o assunto após um árbitro assistente não permitir que um jogador movesse de lugar a bandeirinha de escanteio, de forma correta pelo livro em inglês, mas novamente com a versão em português traduzindo de maneira equivocada.

Os lances dos dois jogos do Náutico se espalharam pelo mundo e é possível ver em redes sociais críticas ao que está ocorrendo no futebol e na arbitragem da CBF, que em nenhum momento se manifestou publicamente sobre o assunto, se limitando a liberar o áudio do VAR da partida diante da Tombense. 

A gravação mostra o erro ao ver o toque, mas não cita ou se atenta que foi com o joelho.

Sempre vimos erros de arbitragem no futebol brasileiro. Mas equívocos como esses, que vão contra a regra do jogo, são inadmissíveis e absurdos. Wilson Seneme e a CBF estão ‘chancelando’ erros graves com o silêncio, tanto que eles aconteceram duas vezes em menos de uma semana. 

Seria mais ‘bonito’ vir a público e assumir a tradução e orientação equivocadas aos árbitros do que seguir passando vergonha nacional e internacional, pois erros acontecem.

A arbitragem brasileira
A arbitragem brasileira Arte do ESPN.com (Joey Guidone)
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Domingo polêmico do Brasileirão prova que a arbitragem da CBF está perdida

Renata Ruel
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Wilson Seneme deixou o comando da arbitragem da Conmebol e logo foi anunciado como o novo presidente da Comissão de Arbitragem da CBF no começo de abril deste ano. 

Mas a arbitragem brasileira, que tinha muito a melhorar, parece que só piorou com o novo presidente. 

Na Conmebol, mesmo como VAR, a arbitragem se mostrava cada vez mais polêmica em grandes jogos de Conmebol Libertadores, eliminatórias e Copa América. O mesmo acontece agora no Brasileirão – e não só na Série A. 

Arbitragem de Internacional x Botafogo é protegido pelo policiamento no Beira-Rio
Arbitragem de Internacional x Botafogo é protegido pelo policiamento no Beira-Rio Alex VIana/Agencia F8/Gazeta Press

Muitos pediam renovação no comando da arbitragem brasileira, mas não há renovação com Seneme, que há anos já estava na Conmebol. Muitos foram demitidos com a sua chegada, e ninguém novo chegou à comissão desde a efetivação do novo chefe, mais de dois meses depois. 

Árbitros bons e conhecidos sumiram da Série A, com escalas de “segurança”, principalmente com os Fifa. Alguns apitam três jogos por semana, em um processo que as viagens viram rotina e as lesões aparecem cada vez mais – Raphael Claus e Paulo Roberto são exemplos. 

É perceptível árbitros perdidos no campo e também no VAR. Um grande exemplo é a rodada deste domingo, em especial o que aconteceu nos jogos entre Corinthians x Goiás e Internacional x Botafogo, em que, na minha visão, o grande problema mora nas orientações que os juízes recebem. A falta de critérios, tanto no campo quanto no VAR, fica cada vez mais clara

Sempre falo que, no campo, vemos o produto final da arbitragem. Se não está bom é porque há erros no processo – orientações, escalas, aprimoramento, entre outros. E ainda parece que, dentro das orientações, quem as passa não entende de futebol

Nada melhorou até aqui com o Seneme na arbitragem e pelo jeito o processo é cada  vez mais longo. Enquanto isso, o futebol vai sofrer.

Carlos Eugênio Simon: 'É ridículo marcar este pênalti para o Corinthians'


         
     
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VAR no Brasil = Vamos Aumentar as Reclamações. O de Santos x Ceará é um exemplo desse novo significado

Renata Ruel
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O VAR no Brasil parece que tem uma dificuldade enorme em saber quando interferir no jogo ou não, o que é erro claro e óbvio ou interpretativo, fase de ataque pela posse (APP, na sigla em inglês), cartão amarelo ou vermelho. Claro que não se pode generalizar, há árbitros no VAR com competência, entretanto, a falta de critérios que antes ocorria somente no campo parece que tem aumentado fora dele através do VAR.

Em Santos x Ceará, nesse sábado (21), foram duas intervenções que fogem do protocolo:

- Gol do Santos validado em campo, onde na intermediária jogadores adversários se agarram na frente do árbitro que deixa a jogada seguir, na sequência há um braço de apoio não sancionável. O APP mencionado pelo protocolo do VAR deve ser acionado quando há uma infração na fase inicial de ataque (que também gera interpretação, já escrevi sobre isto aqui), o que não ocorreu no lance, pois na minha visão, o Ceará já tinha passado da fase de transição para organização defensiva quando o ataque realmente começa.

- Expulsão do Richard Coelho não foi uma conduta violenta, foi, sim, falta fora do lance, tem uma mão no rosto que desconsidera o risco para o adversário gerando cartão amarelo, entretanto não há força excessiva, não atinge com cotovelo ou parte dura do braço, foi mais um empurrão no rosto que caracteriza o cartão amarelo.

Ou seja, em ambos os lances que mudaram o jogo, o VAR interferiu de maneira equivocada. E o árbitro em campo, Sávio Pereira Sampaio, poderia sim ter batido no seu escudo da Fifa, que carrega no peito, e tomado as decisões corretas após as análises no vídeo, que foi exatamente o que Raphael Claus fez na final do Paulistão quando o VAR sugeriu revisão em uma possível penalidade do São Paulo contra o Palmeiras.

Em compensação, pela Série B do Brasileirão, o Bahia teve um pênalti claro não marcado a seu favor contra a Ponte Preta em um puxão de camisa dentro da área. Por ser em um lance de escanteio, a visão do árbitro poderia estar encoberta em função de muitos jogadores na área. O VAR deveria ter sugerido revisão, mas se calou.

O VAR no Brasil parece cada vez mais perdido, sem saber quando interferir ou não, e claro que isso vai aumentar as reclamações, pois se continuar sendo usado de forma equivocada seguirá prejudicando o jogo ao invés de ajudar a legitimar os resultados.

Se o produto final, que é o campo, está ruim, é porque há falha no processo que não vemos, e a uniformidade de critérios dentro de campo e no VAR precisa prevalecer.

Uso do VAR durante o Campeonato Brasileiro
Uso do VAR durante o Campeonato Brasileiro Getty
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VAR no Brasil = Vamos Aumentar as Reclamações. O de Santos x Ceará é um exemplo desse novo significado

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Confesso que chorei: teremos mulheres e dois árbitros brasileiros na Copa do Mundo Masculina do Qatar

Renata Ruel
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A FIFA anunciou hoje os 36 árbitros, 69 assistentes e 24 árbitros de vídeo selecionados para a Copa do Mundo do Qatar e são 7 brasileiros nesta lista, incluindo a primeira mulher brasileira Neuza Inês Back. 

Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio são os árbitros, junto com os assistentes Danilo Simon, Bruno Pires, Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo e Neuza.

Neuza Back à esquerda
Neuza Back à esquerda Getty Images

Nunca antes a FIFA havia escolhido mulheres para atuar em uma Copa do Mundo Masculina. E logo na primeira vez, serão seis no total: as árbitras Stéphanie Frappart (França), Salima Mukansanga (Rwanda) e Yoshimi Yamashita (Japão), e as assistentes, além da Neuza, Karen Díaz Medina (México) e Kathryn Nesbitt (EUA).

Confesso que ao ver a lista não contive o choro. Lágrimas caíram sim e não foram poucas. Quando comecei na arbitragem, era um sonho e utopia imaginar uma mulher na Copa do Mundo Masculina, o que dirá seis. Hoje é realidade, em uma caminhada árdua, difícil de muitas mulheres quebrando barreiras ao longo da história, mas não é mais utopia, é realidade. As minhas lágrimas são por saber o quão difícil foi, ainda é e o tamanho desta conquista. 

É um dia histórico, de comemoração e alegria. Parabéns Neuza! E obrigada à todas as mulheres que tornaram isso possível, começando pela grande Lea Campos, a primeira árbitra reconhecida pela FIFA, mas com muitas outras que sabem que fazem parte de tudo isso, Silvia Regina, Ana Paula de Oliveira entre outras mais.

Veja a lista completa dos árbitros selecionados a seguir:

Árbitros
Árbitros Fifa

Fonte: Renata Ruel

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VAR acertou em São Paulo x Santos, e Edu Dracena acabou relatado: 'Vou colocar o nome de vocês para a torcida'

Renata Ruel
Renata Ruel

O clássico paulista pegou fogo na última segunda-feira, no Morumbi, pela 4ª rodada do Brasileirão. O São Paulo venceu o Santos por 2 a 1, com um gol de pênalti.

 A penalidade foi clara, a bola toca no braço de Rodrigo Fernández, que amplia o espaço corporal de forma antinatural e bloqueia a passagem da bola dentro da área. A arbitragem não viu em campo e o VAR corretamente sugeriu revisão em um erro claro e óbvio de falta.

 A reclamação do Santos ficou no arremesso lateral que dá origem à jogada do pênalti. As imagens não são claras se a bola sai totalmente em sua circunferência do campo de jogo e quem a toca por último. Entretanto, o assistente, a princípio, marca lateral a favor da equipe santista, em seguida aponta o lateral para a equipe do São Paulo, provavelmente corrigido pelo árbitro Leandro Vuaden e/ou quarto árbitro (ambos mais próximos do lance).

 É sabido que o protocolo do VAR permite que seja sugerida a revisão em um erro claro e óbvio de penalidade. Entretanto, o protocolo não permite a revisão de um reinício de jogo  – arremesso lateral, escanteio, tiro de meta, cobranças de infrações – há exceções em casos extremos, mas que não condiz com o que ocorreu ontem no Morumbi.

Edu Dracena
Edu Dracena Ivan Storti/Santos FC

 Segue abaixo pequeno trecho do Protocolo, página 12 do MANUAL PARA ÁRBITROS ASSISTENTES DE VÍDEO (VAR):

 “Não admissível:

 O VAR não poderá fornecer orientações relacionadas aos seguintes casos ao árbitro (ou AA/AR) (já que isso não pertence à filosofia do sistema de VAR):

 - Qual equipe deverá reiniciar a partida;”

 Assim como nas Regras do Jogo, o protocolo do VAR também tem suas complexidades, contudo, neste ponto é claro. Ou seja, se houve ou não erro no campo sobre o arremesso lateral, é uma decisão do campo e o VAR não pode interferir neste quesito, pode somente mostrar ao árbitro as imagens do que considerou erro claro e óbvio para a penalidade, acertando em sua ação no jogo de ontem.

 Tanto tem se falado sobre a violência no futebol nos últimos dias, que não dá para deixar passar o relato do árbitro na súmula deste clássico, como é possível ver na imagem a seguir:

Súmula de São Paulo x Santos
Súmula de São Paulo x Santos Reprodução

Este final de semana vimos o caso do jogador Jean Carlo partindo para cima da árbitra Deborah Cecília, após ser expulso; recentemente, o técnico Rafael Soriano deu uma cabeçada na assistente Marcielly Neto; árbitro não pode voltar para casa após o término de um jogo; uma faca em campo na final da Copa São Paulo; jogadores de vários clubes recebendo ameaças e até sofrendo com emboscadas – famílias de Cássio, Willian, Danilo Fernandes e Villasanti atingidos por estilhaços - exemplos não faltam, infelizmente.

 E aí o Edu Dracena, um dirigente que deveria dar o exemplo, fala essas coisas para a arbitragem, segundo Vuaden: “Vou colocar o nome de vocês para a torcida, para pegarem vocês na rua.”.

 Não está tudo bem no futebol há um bom tempo, alguns estão ‘normalizando’ o que nunca pode ser normal. Vídeos “pedindo desculpas”, notas de repúdio não são as soluções para agressões e ameaças físicas ou verbais.

 Infelizmente, tudo isso é um reflexo do que vivemos em nossa sociedade atualmente, onde quem deveria dar o maior exemplo positivo, faz o contrário, onde arma é mais importante que um livro, do que a educação, onde o respeito e empatia têm sido raros.

 É preciso mudar tudo isso urgentemente e haver punições severas, antes que acabe numa grande fatalidade.

 Futebol não é apenas futebol e nunca será.

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Agressão e 'chuva' de cartões marcam o fim de semana do futebol brasileiro

Renata Ruel
Renata Ruel

O Brasileirão começou no sábado (9) dentro da ‘normalidade’ para a arbitragem. Isto é, com algumas polêmicas e ‘chuva’ de cartões. Já o Campeonato Capixaba, por outro lado, ficou marcado pela agressão sofrida por uma assistente.

Nas nove partidas que aconteceram no final de semana pela Série A,  foram distribuídos 3 cartões vermelhos e 53 cartões amarelos, dos quais 15 foram aplicados por reclamações com a arbitragem.

Só no jogo entre Palmeiras e Ceará, o árbitro Caio Max distribuiu 1 vermelho e 16 amarelos, sendo 8 por reclamações. Não me recordo de tantos cartões assim em outros duelos do Brasileiro...

Weverton, do Palmeiras, recebe cartão amarelo durante Palmeiras x Ceará
Weverton, do Palmeiras, recebe cartão amarelo durante Palmeiras x Ceará VILMAR BANNACH/PHOTOPRESS/Gazeta Press

Até mesmo um gandula acabou sendo expulso, mas este não entra nas estatísticas por não receber cartão em função da regra. No fim, o Ceará venceu o jogo por 3 a 2 e recebeu mais cartões por reclamações do que o time da casa, em um confronto com muitos protestos dos dois lados contra as decisões do árbitro.

E realmente a arbitragem do Caio Max foi confusa. Ele deixou de marcar faltas claras no campo de jogo, faltaram critérios em infrações e em alguns cartões. As falhas ou erros nas tomadas de decisões criam uma ‘bola de neve’,  já que as reclamações aumentam e o controle de jogo acabou se perdendo. E não dá para deixar de citar que os jogadores brasileiros nem sempre colaboram, pois reclamação é considerada falta de fair play.

Isso foi apenas na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, onde o novo comandante da arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, terá muito trabalho pela frente.

E o fim de semana não foi somente marcado por um número altíssimo de cartões por reclamações, mas também por uma agressão no Campeonato Capixaba.

O técnico Rafael Soriano, da Desportiva Ferroviária, protagonizou uma cena covarde, agredindo a assistente Marcielly Netto durante o intervalo do jogo contra a Nova Venécia. Ele acabou sendo expulso pelo árbitro e demitido do clube.

Não está tudo bem no futebol há algum tempo... Na semana passada, Cássio e Gil, do Corinthians, foram ameaçados por torcedores. Recentemente, o Bahia teve uma bomba explodindo no seu ônibus. Paraná, Grêmio, São Paulo entre outros, convivendo com a periculosidade em seu trabalho. Ainda temos a infeliz fala de Abel Braga sobre o protesto no Ninho do Urubu.

Antes mesmo do Brasileirão começar, o árbitro Igor Benevenuto ficou sem voltar para a casa após apitar Atlético-MG x Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro, em função das ameaças recebidas.

A impunidade dá margens para que as coisas se repitam cada vez mais, enquanto vidas de trabalhadores, que são seres humanos sujeitos a cometer erros, estão ameaçadas. Não se pode esperar acontecer algo ainda mais grave para que sejam tomadas providências severas.

Você já se imaginou trabalhando e sendo ameaçado ou até mesmo alguém da sua família correndo esse risco? Cobranças são diferentes de assédios e ameaças. Algo precisa mudar urgente. 

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Futebol feminino cobra melhor arbitragem e VAR, mas tecnologia falha no masculino

Renata Ruel
Renata Ruel

As polêmicas de arbitragem são muito discutidas em cima do futebol profissional masculino e de elite, ficando de lado as categorias mais baixas ou até mesmo o futebol feminino.

Entre as polêmicas dos grandes jogos masculinos, um erro grave aconteceu no GreNal, aos 36 minutos do segundo tempo, Bruno Méndez entrou com a trava da chuteira entortando o tornozelo de Campaz, com força excessiva, intensidade, velocidade, lance claríssimo e indiscutível de cartão vermelho direto. O árbitro Jean Pierre aplicou cartão amarelo no campo e o VAR, cometendo um grande erro, manteve a decisão sem sugerir revisão.

Apesar desse erro do VAR no masculino, ele foi muito solicitado este final de semana no Brasileirão Feminino.

A jogadora Cristiane deu uma entrevista, após o término do primeiro tempo de Palmeiras 1 x 0 Santos pelo Brasileirão Feminino, cobrando a CBF um tratamento igual ao masculino e o uso de VAR na modalidade. Cris entendeu que houve um pênalti não marcado pela arbitragem a favor do Santos, desta forma as equipes acabam sendo prejudicadas no geral. 

Uma das frases ditas pela Cris foi:  “Já que vocês (CBF) estão profissionalizando a modalidade, então faz o bagulho direito".

Rosana, treinadora do Red Bull Bragantino, também cobrou uma melhor arbitragem para a modalidade. Sua equipe perdeu jogando fora de casa para o Real Brasília por 3 a 2.

Rosana iniciou o seu texto para falar da arbitragem com a seguinte frase:

“Ao longo dos anos o futebol feminino encontrou muitas dificuldades e sem dúvidas evoluímos muito, mas precisamos falar de algo que ainda está muito distante do aceitável: A ARBITRAGEM”.

A treinadora do Bragantino ainda fala do VAR, da falta de respeito e desmerecimento do futebol feminino.

Na verdade, muitos clubes, inclusive masculinos, acabam reclamando de falta de respeito de alguns árbitros (sem generalizar), de tratamentos inadequados, onde desmerecem normalmente categorias inferiores.

No futebol feminino às vezes são escalados árbitros novos, sem muita experiência e que podem errar mais, porém que também querem mostrar mais trabalho para seus dirigentes. Árbitros mais experientes, que não gostam de apitar o feminino e acabam menosprezando o jogo também são escalados. Porém, há os árbitros que tratam todas as categorias de forma profissional, mas irão cometer erros por fazer parte da profissão.

Atitude profissional independente do árbitro ser profissionalizado ou não, pois é uma atitude que cabe a cada um que leva sua carreira à sério e isso cabe também para dirigentes.

O futebol feminino, as categorias de base, todas as divisões do futebol merecem tanto respeito quanto o futebol profissional masculino de elite. A arbitragem ainda é um ponto a ser melhorado no futebol mundial, assim como as regras. E a cobrança de clubes muitas vezes se fazem necessárias justamente porque um erro para acarretar em um título ou rebaixamento ou demissão entre outros.

Quando se trata bem a arbitragem e se investe, automaticamente se trata bem os árbitros e o futebol.

A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem
A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem Reprodução / Pedro Ernesto Guerra Azeved
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