Domingo é o dia para o Flamengo, e Paulo Sousa já sabe com o que não dá para contar
O ano começa de fato para o Flamengo no próximo domingo. Começa e tem uma pausa até a estreia da Libertadores, é verdade, mas o Atlético-MG, pela Supercopa, em Cuiabá, será o primeiro teste de Paulo Sousa em solo brasileiro.
Teste, aliás, é uma palavra muito utilizada para se elucidar o trabalho do português até hoje. Compreensível, inclusive. Se tem uma hora para fazer experiências, é no começo da temporada. Por outro lado, já podemos dizer o que de fato não rolou e que não deveria ser utilizado contra o Galo.

Dentre tudo que tentou observar até agora, listamos algumas situações que deveriam passar longe da cabeça do treinador nas escolhas que terá de tomar na decisão contra os mineiros. Vamos a elas:
ISLA COMO ZAGUEIRO PELA DIREITA
A ideia em si, logo de cara, não fazia muito sentido. Isla é um lateral de corredor, força e chegada ofensiva. Um perfil muito mais de ataque ao espaço e bem pouco jogo construído. Tê-lo como zagueiro pela direita, com a função de conduzir e achar passes verticais, não é muito a dele. Realmente não rolou.
E isso não tem nada ver com o fato de ele ser lateral de origem. Filipe Luis, por exemplo, se encaixa na ideia pela esquerda e já trabalhou assim. É mais construtor, sabe jogar de frente e iniciar as jogadas com critério.
DIEGO COMO 1º VOLANTE
Apesar do veterano meia ter qualidade para auxiliar o início das jogadas, ficou explícita a sua dificuldade para trabalhar nas transições defensivas, no momento que o Flamengo perde a bola. Além da dificuldade de mobilidade, o camisa 10 também sofre nos duelos mais físicos e não tem a compreensão apurada para compensar espaços, coisa que Willian Arão faz muito bem.
Diego pode continuar sendo um jogador de rotação no elenco. Mas atuando numa faixa mais adiantada, o tirando de uma zona onde precisa ter urgência na pressão. Por ali, não deu muito bom.
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MARINHO POR DENTRO
O reforço para a temporada mostrou, contra o Madureira, dificuldades para se posicionar na faixa central mais uma vez. E isso não quer dizer que Marinho não pode aparecer por dentro, até porque fazia muito isso no Santos. A questão é chegar e não estar. Quando já se posiciona ali, fica desconfortável em receber numa zona de muita pressão e, em vários momentos, de costas.
O ponta teve em seus melhores momentos a função de partir do lado para dentro. Receber com menos pressão e partir de frente para o gol, usando diagonais, pisando na área para concluir. Não consigo vê-lo com grandes capacidades de recepção e giro para trabalhar nessa zona central.
PEDRO E GABIGOL JUNTOS
Não acho que seja algo definitivo, mas a dupla jogando junto desde o início ainda não se encaixou. Creio que seja algo para trabalhar ainda, criar mecanismos e dinâmicas para um médio/longo prazo. A questão é que a ideia ainda não está madura. Falta mais treino, minutos em campo... E o Carioca está aí exatamente para isso.
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