Manchester United e Liverpool: a diferença em campo é a prova do que fazer e não fazer no futebol
Quando falamos de futebol inglês duas equipes vêm direto na nossa cabeça: Manchester United e Liverpool. Ou uma delas, ou outras juntas... Mas não dá para negar o gigantismo que estes dois clubes têm não só no cenário de seu país, mas mundial.
E beira quase a insanidade que, num agregado de enfrentamentos entre os dois pela Premier League, o placar foi de 9 a 0 para o Liverpool. Uma DIFERENÇA que vai muito além do campo, da qualidade dos atletas.
Certamente que o primeiro ponto nesta discussão está no banco de reservas: O TREINADOR.
Enquanto o United troca de comandante igual louco nas últimas temporadas, com escolhas, muitas vezes, bem questionáveis, os Reds têm O TÉCNICO. Jürgen Klopp é dos melhores. E digo melhores não só do mundo, mas da história. Seu Liverpool é histórico.
Existem conceitos e formas de jogar que dividem eras no futebol. E Klopp é um destes divisores de água. Até por isso a tal da diferença é abissal. Um modelo sólido, bem absorvido pelos jogadores e um elenco na mão, sem exageros e muito equilíbrio entre todos os setores.
O Manchester, por outro lado, sem exagero algum, vive uma crise de identidade. Não sabe se quer fazer um quadro ou pular de bungee jump. Todos os profissionais que passam por lá não conseguem desenvolver algo mais consistente, um legado, uma forma de se pensar no presente e futuro.
E isso vai muito na linha da palavra PROCESSO. Óbvio que acompanho o clube de longe, mas pelo que leio, isso inexiste em Old Trafford. Depois que foi vendido, o United administrativamente é uma bagunça. E isso, não tem como, respinga na qualidade do jogo, no desempenho e na construção de algo maior.
Contrata-se por hype apenas. Olha-se o nome, o barulho que o reforço vai fazer e nada mais. Algo bem parecido com o que o PSG tem feito. E, mesmo assim, não dá para dizer que trata-se de um elenco forte. Vários destes jogadores jogariam em equipes de alto nível no futebol mundial. Isso vai bem além. Tem até a ver com comportamento de alguns atletas. Algo mais drástico terá que ser feito.
Já o Liverpool forjou essa máquina temporada a temporada. Chega um aqui, outro ali. Aposta, principalmente, em jogadores que ainda não atingiram seu teto de desenvolvimento, o que lhe faz pagar menos. Os desenvolve, faz com que este atleta chegue no seu máximo ali. Afinal, tem uma estrutura de jogo que vai potencializar.
Tudo é feito de forma mais minuciosa, com sentido, com processo. A espinha dorsal de Klopp joga junto a muito tempo. Muitos deles custaram pouco, o que mostra uma maneira assertiva de se movimentar no mercado.
Ver o que vimos na tarde desta terça-feira (19) não espanta quem acompanha futebol no dia a dia. Mas se olharmos para o tamanho das duas camisas envolvidas no clássico em Anfield Road, chega a ser louco ver momentos tão distintos. É uma diferença que salta aos olhos.

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