Prévia de Itália x Inglaterra e balanço das semifinais da Eurocopa | Podcast Futebol No Mundo

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Uma seleção buscando recuperar seu status como potência do futebol mundial contra uma que precisa de um novo título para validar sua aspiração a se tornar um gigante. Itália e Inglaterra chegaram à final da Eurocopa com grandes histórias, equipes renovadas e um trabalho coletivo muito bom de suas equipes. Ainda assim, sofreram para passar pelas semifinais, com os espanhóis tendo motivos para se considerarem injustiçados no duelo contra os italianos e dinamarqueses reclamando (com razão) da arbitragem contra os ingleses.

A sexta edição especial da Eurocopa do podcast Futebol No Mundo analisou as semifinais do torneio e projetou a grande final. Vá a seu agregador favorito para ouvir, ou então clique aqui (as edições extraordinárias não têm versão no YouTube).

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Semana MLB: Yankees x Blue Jays, suspeita de roubo de sinais e como uma rivalidade surge

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Equipes da mesma divisão naturalmente têm algum nível de rivalidade. São muitos jogos entre si, e vez ou outra como confronto direto por classificação para os playoffs. Assim, New York Yankees e Toronto Blue Jays já carregam alguma rixa ao longo dos anos. Sobretudo do lado canadense, considerando que os nova-iorquinos normalmente estão mais focados no Boston Red Sox. Mas, nesta semana, Ianques e Gralhas Azuis fizeram uma série que podem transformar essa rivalidade na mais quente da Liga Americana Leste em 2023.

A série teve quatro jogos, e já no primeiro começaram os problemas. A partida estava 6 a 0 para os Yankees na oitava entrada quando Aaron Judge foi para o bastão. Ao invés de adotar a postura padrão, de se posicionar e olhar para o arremessador, o capitão dos Yankees desviou seu olhar para o banco de sua equipe. Em seguida, rebateu um home run (seu segundo no jogo) e ampliou a vantagem nova-iorquina.


O fato de Judge olhar insistentemente para o banco dos Yankees chamou a atenção da transmissão da TV canadense. O comportamento gerou suspeita, como a de eventual roubo de sinais. O defensor externo dos Yankees negou, dizendo que, como capitão, observava seus companheiros porque, pouco antes, os ânimos estavam exaltados com uma reclamação com o árbitro.

Os Blue Jays não acreditaram muito, mas também não fizeram acusações diretas de trapaça. O próprio técnico do Toronto, John Schneider, disse que precisava rever a partida antes de acusar os Yankees. O treinador levantou a possibilidade de sua equipe ter entregado os arremessos devido a padrões de comportamento ou em vícios na mecânica do arremessador.

No dia seguinte, Jay Jackson, arremessador dos Blue Jays que cedeu o polêmico home run para Judge, admitiu que foi descuidado com sua mecânica no montinho. Ao ajeitar a bola na luva antes do arremesso, ele teria deixado a mão à mostra, o suficiente para que o técnico de primeira base dos Yankees pudesse ver a pegada, o que indicaria o tipo de arremesso. Se foi isso mesmo, os Yankees poderiam realmente descobrir os arremessos e sinalizar para Judge, mas de uma forma permitida pela regra.

Aaron Judge, pivô da polêmica entre Blue Jays e Yankees
Aaron Judge, pivô da polêmica entre Blue Jays e Yankees Sean M. Haffey/Getty Images Sport

De qualquer maneira, o segundo jogo da série também teve polêmica. Domingo Germán, abridor dos Yankees, foi perfeito nas três primeiras entradas. Quando entrou no campo para a quarta entrada, os árbitros foram checar a mão do arremessador a pedido dos Blue Jays. Foi encontrada uma substância pegajosa, o que levou à expulsão de Germán da partida.

Não foi a primeira vez que o mesmo arremessador foi pego com mão pegajosa. Germán também havia tido esse problema em partida contra o Minnesota Twins. Naquela oportunidade, a equipe de arbitragem não o expulsou, apenas pediu que lavasse a mão. Naquela oportunidade, o técnico dos Twins, Rocco Baldelli, protestou da decisão de não-expulsão do arremessador e ele próprio acabou expulso. Curiosamente, o quarteto de árbitros que deu uma segunda chance a Germán contra os Twins era o mesmo da partida contra os Blue Jays.

Ainda no segundo jogo da série, os Blue Jays reclamaram de Luis Rojas, técnico de terceira base dos Yankees, por ficar constantemente fora de sua área técnica. A suspeita é que poderia estar buscando algum ângulo diferente para observar o arremessador do Toronto. No quarto jogo, Aaron Boone, técnico dos Yankees, gritou para o banco adversário, chamando – com uso de palavrões – um membro da comissão técnica dos Jays de louco e mandando ele se sentar.

As insinuações e acusações incomodaram os Yankees, mas os nova-iorquinos acabaram vencendo três das quatro partidas da série, mesmo jogando no Canadá. O clima não foi bom, e Boone até disse, após o último jogo “Estou feliz que estamos indo embora”.

O próximo confronto entre Yankees e Blue Jays será apenas em 19 de setembro, em Nova York. Dá para imaginar que os lados guardarão esse rancor todo até lá? Claro que sim. Ainda mais porque podem ser partidas decisivas para as pretensões de playoffs dos dois lados.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre a criação de uma nova liga profissional na Ásia, se os times têm seus aviões, se há talento suficiente para 32 franquias e como surgiu a organização do calendário das ligas americanas. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

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Thyago Vieira participou da pré-temporada com o Milwaukee Brewers, mas não conseguiu um lugar no time principal. A franquia decidiu deixá-lo mais um tempo no centro de treinamento para fazer ajustes nos seus arremessos. Parece que funcionou. O brasileiro estreou pelo Nashville Sounds (filial triple-A dos Brewers) em 27 de abril e, desde então, foram 6 jogos, 7 ? entradas, três rebatidas, um walk, uma bolada, nenhuma corrida cedida. Ou seja, ERA de zero. Se continuar com esse desempenho, é razoável a chance de ser chamado para o time principal dos Cervejeiros em algum momento da temporada.

Thyago Vieira em sua estreia na MLB, pelo Seattle Mariners
Thyago Vieira em sua estreia na MLB, pelo Seattle Mariners ESPN

PERSONAGEM DA SEMANA

Aaron Judge
A despeito das polêmicas da série contra o Toronto Blue Jays, Aaron Judge teve uma semana no nível da temporada passada. Foram sete home runs em sete jogos, entrando na briga pela liderança em home runs (foi para 13, um a menos que Adolís García, líder na Liga Americana, e quatro a menos que Pete Alonso, líder na MLB).

VÍDEO DA SEMANA

Francisco Lindor foi contratado para ser a principal estrela do New York Mets. No entanto, ainda não mostrou em Nova York o mesmo nível de jogo de sua época de Cleveland Indians. Nesta sexta, o porto-riquenho enfrentou seu ex-clube (agora renomeado Guardians) pela primeira vez. E fez valer a Lei do Ex: rebatida de walk off para selar uma virada espetacular na décima entrada


O QUE VEM POR AÍ

Los Angeles Dodgers e Atlanta Braves começaram a temporada quente, com aproveitamento acima de 60% e o distanciamento dos demais times na classificação da Liga Nacional. Nesta semana, as equipes realizam três encontros de altíssimo nível em Atlanta. A ESPN e o Star+ transmitem a abertura da série, na próxima segunda. Vale ficar de olho, são dois times que podem se encontrar nos playoffs (inclusive, fizeram a final da Liga Nacional em 2020 e 21, com um título para cada lado).

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 19/mai
20h - Chicago Cubs x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 20/mai
23h - Minnesota Twins x Los Angeles Angels (Star+)

Domingo, 21/mai
20h - Cleveland Guardians x New York Mets (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 22/mai
20h - Los Angeles Dodgers x Atlanta Braves (ESPN 4 e Star+)

Terça, 23/mai
20h30 - New York Mets x Chicago Cubs (Star+)

Quarta, 24/mai
22h30 - Boston Red Sox x Los Angeles Angels (Star+)

Quinta, 25/mai
20h - Baltimore Orioles x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 26/mai
20h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves (ESPN 4 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 19/mai
13h - NCAA (softbol): Playoffs: Confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Notre Dame x Boston College
21h - LMB: Piratas de Campeche x Diablos Rojos de México
21h - NCAA (beisebol): Arkansas x Vanderbilt
21h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Generales de Durango

Sábado, 20/mai
9h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir
14h - NCAA (beisebol): North Carolina x Clemson
15h - NCAA (beisebol): Tennessee x South Carolina
20h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Leones de Yucatán
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Toros de Tijuana

Domingo, 21/mai
13h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir
17h - LMB: Águila de Veracruz x Mariachis de Guadalajara

Segunda, 22/mai
20h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Tigres de Quintana Roo

Terça, 23/mai
11h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
15h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
21h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Acereros de Monclova
21h30 - LMB: Águila de Veracruz x Algodoneros de Unión Laguna
22h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir

Quarta, 24/mai
11h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
11h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
15h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
21h30 - LMB: Toros de Tijuana x Olmecas de Tabasco
21h30 - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Sultanes de Monterrey
22h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir

Quinta, 25/mai
11h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
15h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
21h - LMB: Generales de Durango x Pericos de Puebla
21h30 - LMB: Leones de Yucatán x Saraperos de Saltillo
21h30 - LMB: Águila de Veracruz x Algodoneros de Unión Laguna
21h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
22h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
22h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Yankees x Blue Jays, suspeita de roubo de sinais e como uma rivalidade surge

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Dúvidas MLB 28: nova liga profissional na Ásia, aviões dos times, talento suficiente para 32 franquias e calendário das ligas americanas

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

A Baseball United está criando uma liga em Dubai. Essa liga vai abarcar o Oriente Médio e o subcontinente indiano para desenvolver o beisebol em uma região onde o críquete já é muito popular. Você acredita que, definitivamente, o Rob Manfred (comissário da MLB) entendeu que o beisebol não é monopólio dos EUA e que globalizá-lo é ainda melhor para a internacionalização da Major League Baseball?
Fernando Franca, Brasília

São duas coisas diferentes. A MLB percebeu há uns anos que é preciso internacionalizar o esporte, mas só conseguiu entender completamente a dimensão que isso pode ter após o World Baseball Classic (Copa do Mundo) deste ano. Imagino que os investimentos da liga sejam cada vez mais consistentes em levar o beisebol para outras partes do mundo, com partidas da MLB ou eventos com apoio oficial.

Apresentação do Mumbai Cobras, franquia indiana da Baseball United
Apresentação do Mumbai Cobras, franquia indiana da Baseball United Divulgação / Baseball United

O Baseball United aparece como uma iniciativa dentre desse processo de internacionalização do beisebol, ainda que não tenha apoio oficial da MLB por enquanto. Tenho sérias dúvidas do quanto essa liga será sustentável e realmente popularizará o esporte no Oriente Médio e no Sul da Ásia, mas provavelmente teremos jogos de bom nível técnico e devem proporcionar uma diversão interessante a quem assistir.

Todos os times têm aviões próprios?
Jean Série B, @jeehh_carlos

Um avião é extremamente caro, ainda mais um avião comercial (necessário para transportar um time de beisebol inteiro por todo canto dos EUA e Toronto). Ele só dá retorno ao seu comprador se realizar o máximo possível de voos, inclusive no mesmo dia. Ou seja, não vale a pena ter um avião e tirá-lo do chão uma vez a cada três dias para transportar um time de uma série como visitante após a outra, para depois ainda ficar uma semana inteiro parado quando a equipe tiver uma sequência de jogos em casa.

O mais comum é as franquias terem acordos com companhias aéreas convencionais, que se comprometem a deixar sempre um avião esperando o time no horário em que estiver prevista uma viagem. Mas não significa que ele seja exclusivo do clube. A aeronave pode levar a delegação de uma cidade para a outra, e depois segue fazendo voos normais enquanto outra estará disponível dali três dias.

Uma ou outra franquia pode, eventualmente, aparecer com um avião exclusivo como forma de marketing. No passado isso até ocorreu algumas vezes, mas tem sido cada vez mais raro.

O agendamento dos esportes americanos são de propósito? Pois termina a NBA e a NHL já tem a MLB, terminando vem a NFL… Ou seja, as finais de diferentes esportes não disputam entre si.
Gerivaldo Santos, @GeSantos_5

Um pouco de propósito, um pouco naturalmente. A MLB e a NHL foram as duas primeiras ligas a se estruturarem na América do Norte. O beisebol é um esporte para se praticar no verão, a céu aberto e com calor (ele é impraticável com frio intenso e, pior, neve e chuva). Então, naturalmente a temporada da MLB ocupou o período mais quente do ano (de abril a outubro). O hóquei no gelo, como o nome já indica, é uma modalidade de inverno, e naturalmente a temporada faz mais sentido na época mais fria do ano (as finais ocorriam entre março e abril). Com o maior acesso a tecnologia para gelo artificial, pôde avançar para a primavera (maio e junho).

Jogo da NHL a céu aberto: impossível se não for no inverno
Jogo da NHL a céu aberto: impossível se não for no inverno Getty

Quando começou a se organizar, a NFL queria aproveitar a lacuna deixada pela MLB no calendário, ainda mais porque o futebol americano pode ser praticado no frio e muitos times usavam estádios da MLB quando o beisebol estava parado. Assim, a liga foi ocupando o período entre outubro e janeiro (cresceu depois).

O basquete tentava comer pelas beiradas. Por ser uma modalidade indoor, podia ser praticada no inverno. Ao mesmo tempo, não valia tanto a pena trombar de frente com a NFL. Como tem uma temporada mais longa, pode colocar seu campeonato começando no inverno, mas avançando para fazer as finais na primavera. Ficou encavalado com a NHL, mas a liga de hóquei no gelo foi vista como de apelo regional por muito tempo e o maior problema (competir com NFL e MLB) era evitado.

Assim, as ligas foram se acomodando no calendário de acordo com as possibilidades de sua modalidade, mas também considerando que era melhor (mais lucrativo) não trombar de frente com outra.

Você acha que já temos talento sobrando na liga para uma nova expansão? Pelo menos para 32 equipes?
Allan Souza Santos, @allans_santos

Essa é uma abordagem recorrente na imprensa norte-americana quando torce o nariz para eventuais expansões. Eu, particularmente, odeio esse tipo de visão. Quando a MLB expandiu pela última vez, em 1998, o mundo do beisebol era muito menor do que atualmente. A busca e o desenvolvimento de talentos ainda era restrito a Estados Unidos, Canadá, República Dominicana, México e Porto Rico. Poucos cubanos conseguiam entrar na liga, o trabalho na Venezuela ainda estava começando e países como Panamá e Nicarágua eram quase ignorados, com poucos atletas furando a bolha. Hoje, a MLB faz um trabalho muito consistente em todos esses países, ainda consolidou os caminhos para contratar talentos cubanos e evoluiu o intercâmbio com Japão, Coreia do Sul, Taiwan e até Austrália. Até o Brasil já conta com olheiros da liga.

Ou seja, há muito mais jogadores de alto nível no beisebol de hoje do que nos anos 1990, com capacidade muito maior para se distribuir por mais dois times. Se hoje já há equipes muito fracas, como o Oakland Athletics ou o Kansas City Royals, não é pela falta de talentos disponíveis, mas pela falta de investimento dessas franquias para tornar suas equipes mais competitivas.

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Dúvidas MLB 28: nova liga profissional na Ásia, aviões dos times, talento suficiente para 32 franquias e calendário das ligas americanas

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Semana MLB: Orlando também quer um time na MLB (e a chance é bem razoável)

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

A corrida por uma franquia na Major League Baseball está aberta. Nos últimos anos, Nashville, Portland e Montreal demonstraram interesse em receber um time na liga. Mas eram movimentos que pareciam distantes. Nas últimas semanas, o tema ficou mais quente. Primeiro, com Salt Lake City entrando na disputa por um lugar. Em seguida, foi a vez de Las Vegas praticamente assegurar um lugar, como a futura casa do Oakland Athletics. E a grande surpresa veio na última terça (dia 9), quando Orlando apresentou seu interesse em receber uma equipe de expansão da MLB.

A iniciativa da terra dos parques temáticos é liderada por Pat Williams, ex-jogador de ligas menores de beisebol, ex-general manager de Chicago Bulls e Philadelphia 76ers e um dos fundadores do Orlando Magic. Ele pretende usar sua experiência como executivo na NBA para navegar pelos tortuosos processos de negociação para a criação de uma nova franquia profissional.

Projeto do estádio do Orlando Dreamers
Projeto do estádio do Orlando Dreamers Divulgação / Orlando Dreamers

O projeto tem nome, Orlando Dreamers, mas isso não significa necessariamente que o novo time, se criado, o manterá. A equipe jogaria em um estádio a ser construído em um terreno desocupado ao lado do Sea World. O complexo teria centro comercial, escritórios, mil quartos de hotel e restaurantes e custaria US$ 1,7 bilhão (US$ 700 milhões viriam da iniciativa privada, o restante viria de um imposto já existente que visa o desenvolvimento de iniciativas turísticas na região). A ideia é transformar o estádio em uma referência de entretenimento no meio da região de mais movimento turístico na cidade.

Atrair turistas é um objetivo declarado dos Dreamers. Williams considera que, se 2% dos visitantes que passam por Orlando forem a um jogo de beisebol, já seria gente suficiente para o time estar no meio da classificação nas médias de público. Somando a isso a 1 milhão de torcedores locais (12,3 mil por partida), a franquia teria potencial de estar no top 10 de venda de ingressos.

Tudo isso parece bonito, mas qual a chance de o time realmente ser criado. Neste primeiro momento, o grupo de Orlando tem falado em “franquia de expansão”, mas é pouco provável que seja esse o destino da iniciativa. A MLB já tem dois times na Flórida, um deles – o Tampa Bay Rays – a 1h30 de carro de Orlando e está longe de ser um sucesso de público. Colocar dois times tão próximos só se justifica em mercados extremamente aquecidos, o que não é o caso.

Por isso, é evidente que o grupo por trás dos Dreamers está de olho nos Rays. De duas formas: convencer o time da Baía de Tampa a se mudar para Orlando (e é notório que os dirigentes das Arraias estão descontentes com o atual estádio da equipe e tentam convencer as autoridades locais a ajudarem na construção de uma nova casa) ou torcer para os Rays realmente se mudarem para outra cidade (Nashville? Montreal?) e abrir espaço no centro da Flórida para uma nova franquia.

A primeira opção é obviamente mais simples. Williams já chegou a conversar com os donos dos Rays sobre o tema. O fato de “Dreamers” não ser tratado como nome definitivo de um novo time já abre espaço para a manutenção da marca de uma equipe que venha de outra cidade.

A ideia de um Orlando Rays ou o Tampa Bay Rays se transformar em um Orlando Dreamers soa interessante. A franquia tem sofrido nas negociações na região da baía, e há dúvidas se um novo estádio traria o público que o time precisa. O mercado já está bem ocupado por duas equipes muito vitoriosas que foram mais competentes para fidelizar o torcedor de Tampa (Buccaneers na NFL e Lightning na NHL), e talvez já esteja saturado. Ainda assim, uma mudança para Orlando não seria tão radical, e o torcedor atual dos Rays poderia seguir a equipe na nova casa.

O risco de os Dreamers também sofrerem com outras franquias já estabelecidas na cidade – o Magic na NBA e o Orlando City na MLS – é menor. Essas equipes mandam suas partidas no centro da cidade, onde vive a maior parte da população local (mas muito distante da região de parques, hotéis e turistas). Com um estádio na região turística, os Dreamers evitam uma concorrência direta e se tornam mais atrativos a outro público.

Essa possibilidade de se tornar uma opção aos Rays torna o projeto do Orlando Dreamers relevante. Ainda mais porque, mesmo que seja infrutífero, no mínimo ele servirá de elemento de barganha para as Arraias negociarem um novo estádio em Tampa.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre Ohtani entre os mais bem pagos do mundo, jogadores mais “gordinhos”, ingressos em dia de grande arremessador e empates no beisebol asiático. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

21
Entradas de Drew Rasmussen contra os Yankees sem ceder corrida. O arremessador chegou a essa marca após sete entradas zeradas na última quinta, na vitória de seu Tampa Bay Rays por 8 a 2. Apenas John Morris (22 ?) e Troy Percival (21 ?) tiveram sequências mais longas contra os nova-iorquinos em seus inícios de carreira.

PERSONAGEM DA SEMANA

Masataka Yoshida
O japonês foi a principal contratação do Boston Red Sox na temporada. Muitos consideraram a aposta (US$ 90 milhões por cinco anos) muito alta, mas o defensor externo está mostrando serviço. Depois de um início lento de temporada, ele esquentou. Desde 20 de abril, está com 39,5% de aproveitamento no bastão, com 5 home runs, 18 corridas impulsionadas, 0,9 de probabilidade de vitória adicionada (basicamente, ele valeu uma vitória inteira ao time no período) e um prêmio de Jogador da Semana da Liga Americana. Já é um nome a ficar de olho na corrida pelo prêmio de Estreante do Ano.

VÍDEO DA SEMANA

Yan Gomes ficou fora de ação por lesão. Retornou na última quarta contra o St. Louis Cardinals. E comandou o Chicago Cubs à vitória contra seu meio rival, com 3 rebatidas em 3 duelos e esse home run.


O QUE VEM POR AÍ

A rotação do New York Mets tem sido uma bagunça no início de temporada. Max Scherzer não vem jogado bem, e ainda sofreu uma punição por uso de substância aderente na mão. Justin Verlander demorou para estrear devido a lesão na pré-temporada. José Quintana e Carlos Carrasco também tiveram problemas com o departamento médico. Nesse cenário, Kodai Senga tem sido uma boa notícia. Seus números ainda não são espetaculares, mas o abridor se tornou uma atração quando sobe ao montinho devido a seu forkball, um arremesso raro na MLB que o japonês usa com grande eficiência. Até o momento, os rebatedores têm apenas 12,5% de aproveitamento contra essa bola. Por isso, vale ficar de olho, porque Senga está programado para ser o abridor contra os Rays na próxima quarta, jogo com transmissão da ESPN 4 e do Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 12/mai
20h - Atlanta Braves x Toronto Blue Jays (Star+)

Sábado, 13/mai
14h - Cincinnati Reds x Miami Marlins (Star+)

Domingo, 14/mai
20h - St. Louis Cardinals x Boston Red Sox (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 15/mai
20h - Seattle Mariners x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

Terça, 16/mai
21h - Atlanta Braves x Texas Rangers (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 17/mai
20h - Tampa Bay Rays x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 18/mai
20h - New York Yankees x Toronto Blue Jays (ESPN 4 e Star+)

Sexta, 19/mai
20h - Chicago Cubs x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 12/mai
13h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
14h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
15h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
16h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
17h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h30 - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Florida
19h - NCAA (beisebol): NC State x North Carolina
19h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
20h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h30 - NCAA (beisebol): Mississippi State x LSU
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Águila de Veracruz
23h - LMB: Sultanes de Monterrey x Olmecas de Tabasco
23h - NCAA (softbol): Cal State Fullerton x Long Beach State
23h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência

Sábado, 13/mai
12h - NCAA (softbol): Playoff: Tulsa x UCF
13h - NCAA (beisebol): Kentucky x Tennessee
14h - NCAA (softbol): Playoff: Duke x Florida State
14h - NCAA (softbol): Playoff: Texas x Oklahoma
14h - NCAA (beisebol): Georgia Tech x Duke
16h - NCAA (beisebol): Auburn x Ole Miss
17h - NCAA (beisebol): Louisville x Virginia
20h - NCAA (beisebol): Clemson x Virginia Tech
22h - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Generales de Durango
23h - NCAA (softbol): Playoffs: Utah x UCLA
23h30 - NCAA (beisebol): UC Santa Barbara x Long Beach State
23h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Toros de Tijuana

Domingo, 14/mai
13h - NCAA (beisebol): Miami x Pittsburgh
13h - NCAA (beisebol): Penn State x Nebraska
14h - NCAA (beisebol): Georgia x Missouri
16h - NCAA (beisebol): Clemson x Virginia Tech
17h - NCAA (beisebol): Alabama x Texas A&M
19h - LMB: Acereros de Monclova x Tigres de Quintana Roo

Segunda, 15/mai
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Saraperos de Saltillo

Terça, 16/mai
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Diablos Rojos de México

Quarta, 17/mai
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Diablos Rojos de México

Quinta, 18/mai
20h - NCAA (beisebol): Arkansas x Vanderbilt
20h - NCAA (beisebol): Florida State x Louisville
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Leones de Yucatán
23h - LMB: Pericos de Puebla x Olmecas de Tabasco

Sexta, 19/mai
Grade não definida

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Orlando também quer um time na MLB (e a chance é bem razoável)

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Dúvidas MLB 27: Ohtani entre os mais bem pagos do mundo, jogadores mais “gordinhos”, ingressos em dia de grande arremessador e empates no beisebol asiático

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Será que com o próximo contrato o Ohtani entra na lista de atletas mais bem pagos somando salário + patrocínios?
Jean Ramos, @JeanRS1414

Primeiro, é preciso ver o que ele teria de fazer para entrar no top 10. A revista Forbes divulgou uma lista de atletas mais bem pagos do mundo em 2023, somando salários e contratos de patrocínios [o próprio Jean a enviou quando fez a pergunta]. Ela consiste em:

1) Cristiano Ronaldo (futebol), US$ 136 milhões
2) Lionel Messi (futebol), US$ 130 milhões
3) Kylian Mbappé (futebol), US$ 120 milhões
4) LeBron James (basquete), US$ 119,.5 milhões
5) Canelo Álvarez (boxe), US$ 110 milhões
6) Dustin Johnson (golfe), US$ 107 milhões
7) Phil Mickelson (golfe), US$ 106 milhões
8) Stephen Curry (basquete), US$ 100,4 milhões
9) Roger Federer (tênis), US$ 95,1 milhões
10) Kevin Durant (basquete), US$ 89,1 milhões

Atualmente, Ohtani já é o jogador mais bem pago no beisebol. Em salário, ele recebe US$ 30 milhões, “apenas” o 15º mais bem pago da MLB (o líder é Max Scherzer, com US$ 43,3 milhões). O diferencial está nos patrocínios: o japonês fatura US$ 40 milhões por ano com parceiros, um oceano de distância do segundo colocado, Bryce Harper (“modestos” US$ 7 milhões).

Isso mostra uma diferença grande no faturamento de atletas do beisebol para outros esportes, sobretudo na comparação dentro das ligas americanas. Apesar de terem salários robustos e mais garantias trabalhistas que os atletas de NFL e NBA, os jogadores da MLB têm uma imagem nacional menos consolidada e, por isso, são menos atrativos para patrocínios milionários. Ohtani, uma superestrela no terceiro país mais rico do mundo, foge dessa regra.

Shohei Ohtani no All-Star Game
Shohei Ohtani no All-Star Game Getty Images

Assim, é até possível ele entrar no top 10. Considerando que uma transferência para uma franquia mais vencedora pudesse aumentar seus ganhos em patrocínio para US$ 50 milhões anuais, ele precisaria de um salário de US$ 40 milhões anuais para entrar no top 10 considerando a lista atual. É viável.

Quando é uma estrela no montinho os ingressos são mais caros? 
RÓÓÓÓÓÓGENIS, @Rbarbosalima

Praticamente impossível fazer isso. Os ingressos são colocados à venda antes mesmo de a temporada começar. Neste momento, não há a menor ideia de quem será o arremessador de determinado jogo. Mesmo a partida de abertura da temporada, que teoricamente tem o ás no montinho, está sujeita a ter uma variação se o jogador carregar uma lesão da pré-temporada. E mesmo na semana da partida, quando já se tem uma programação mais clara de quem serão os arremessadores das próximas duas séries, é possível que o treinador resolva mudar a ordem por motivos técnicos, táticos ou físicos.

Aí, imagina o desgaste com a torcida: a diretoria coloca preços mais altos na promessa de o time ter um Justin Verlander, um Gerrit Cole, um Shohei Ohtani ou um Jacob deGrom no montinho, e aí o torcedor vê entrar em campo o quinto homem da rotação ou um garoto desconhecido chamado das ligas menores. Por isso, o que os times fazem é variar o preço de acordo com o apelo do adversário ou o dia da semana. 

Onde há uma variação por causa do arremessador titular é no mercado de revenda de ingressos. Esse é muito mais sensível a variações de acordo com o aumento ou redução repentina de interesse dos torcedores em irem a determinado jogo.

Alguns rebatedores são meio gorditos. Sabendo que vão ter que correr, a forma física não deveria ser mais atlética?
Jorge Vasconcelos, @jorgeefv

Em teoria, sim. Mas nem sempre é a prioridade. Primeiro que é preciso deixar claro uma coisa: mesmo os jogadores fisicamente mais “robustos” são extremamente fortes. O uniforme de beisebol pode até fazer parecer que são apenas pessoas acima do peso, mas há uma enorme preparação física para que ele tenha força e atleticismo adequado para o esporte.

Geralmente, os jogadores tidos como “mais gordos” pelos torcedores são rebatedores de potência. A prioridade física deles é ter braços extremamente fortes e rápidos e tronco reforçado para girar o bastão com violência e precisão. E, se todo contato que ele fizer for realmente para o campo externo, ele não precisará ser rápido na hora de correr. Ou a bola passou pelo muro e virou home run, ou a bola bate no muro e ele pode chegar à primeira ou à segunda base sem dificuldade (ainda assim, praticamente todos são capazes de fazer um esforço para tentar uma rebatida tripla quando essa possibilidade aparece. Veja no vídeo abaixo). Além disso, esses jogadores atuam em posições defensivas que exigem pouco deslocamento, como primeira base ou rebatedor designado, em que nem precisam defender. 


Jogadores mais ágeis e rápidos são os que ocupam posições defensivas que exigem mais deslocamento (defensor central, shortstop, segunda base) e nem sempre são rebatedores de tanta potência. Assim, precisam compensar nas pernas o que não conseguem com os contatos.

Quais são as possibilidades do empate ocorrer no beisebol sul-coreano?
Wagner Gomes, Cabo Frio-RJ

Tanto na KBO quanto na NPB (liga japonesa), há um limite de três entradas extras durante a temporada regular e seis nos playoffs. Isso significa que, se o jogo seguir sem um vencedor ao final da 12ª entrada (ou da 15ª no mata-mata), é declarado um empate. Não é comum. Na temporada 2020 da KBO foram realizados 720 jogos, e apenas 12 (1,7%) terminaram empatados. Na temporada regular, todas as partidas tiveram vencedor.

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Dúvidas MLB 27: Ohtani entre os mais bem pagos do mundo, jogadores mais “gordinhos”, ingressos em dia de grande arremessador e empates no beisebol asiático

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Semana MLB: Transmissões de dérbi da Califórnia e rivalidades de divisão

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Semana tem duas transmissões do Chicago Cubs, incluindo o clássico contra os Cardinals
Semana tem duas transmissões do Chicago Cubs, incluindo o clássico contra os Cardinals Getty Image


O blogueiro está de folga nos próximos dias. Então, o Semana MLB fica excepcionalmente sem seu formato tradicional e vai direto ao que interessa: a programação de transmissões de beisebol. Semana cheia, com dérbi californiano e confrontos diretos de times da mesma divisão.

E fica o alerta: como também estão acontecendo os playoffs de NBB, NBA e NHL, é possível que a grade seja alterada caso alguma série do mata-mata dessas ligas seja definida prematuramente.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana teve questões sobre beisebol internacional (fora da MLB, no caso), sobretudo no México. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 5/mai
19h30 - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 6/mai
15h - Miami Marlins x Chicago Cubs (Star+)

Domingo, 7/mai
20h - Los Angeles Dodgers x San Diego Padres (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 8/mai
20h30 - Los Angeles Dodgers x Milwaukee Brewers (Star+)

Terça, 9/mai
22h30 - Houston Astros x Los Angeles Angels (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 10/mai
20h30 - St. Louis Cardinals x Chicago Cubs (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 11/mai
20h - Tampa Bay Rays x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 12/mai
20h - Atlanta Braves x Toronto Blue Jays (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 5/mai
19h - NCAA (softbol): South Carolina x Tennessee
19h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
20h - NCAA (softbol): Oklahoma x Oklahoma State
21h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Alabama
21h - NCAA (beisebol): Boston College x Wake Forest
22h - LMB: Generales de Durango x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Bravos de León
23h30 - NCAA (softbol): Washington x Stanford

Sábado, 6/mai
13h - NCAA (softbol): South Carolina x Tennessee
15h - NCAA (softbol): Alabama x Ole Miss
15h - NCAA (softbol): Louisville x Florida State
16h - NCAA (softbol): Florida x Kentucky
17h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
17h - NCAA (softbol): Georgia x LSU
18h - NCAA (softbol): Oklahoma x Oklahoma State
19h - NCAA (beisebol): Florida x Texas A&M
19h - NCAA (beisebol): Pittsburgh x Georgia Tech
20h - LMB: Acereros de Monclova x Sultanes de Monterrey
20h - NCAA (beisebol): Arkansas x Mississippi State
21h30 - LMB: Pericos de Puebla x Tecolotes de los Dos Laredos
22h - NCAA (beisebol): LSU x Auburn
23h - NCAA (softbol): Washington x Stanford

Domingo, 7/mai
13h - NCAA (softbol): Louisville x Florida State
13h - NCAA (softbol): Mississippi State x Auburn
15h - NCAA (softbol): Florida x Kentucky
15h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
15h - NCAA (beisebol): South Carolina x Kentucky
21h - LMB: Saraperos de Saltillo x Algodoneros de Unión Laguna

Segunda, 8/mai
22h30 - Toros de Tijuana x Acereros de Monclova

Terça, 9/mai
19h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Louisville
20h30 - NCAA (softbol): Confronto a definir
21h30 - LMB: Generales de Durango x Tigres de Quintana Roo
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Guerreros de Oaxaca

Quarta, 10/mai
12h - NCAA (softbol): Confronto a definir
14h - NCAA (softbol): Confronto a definir
15h - NCAA (softbol): Confronto a definir
16h30 - NCAA (softbol): Confronto a definir
18h - NCAA (softbol): Confronto a definir
21h - NCAA (softbol): Confronto a definir
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Piratas de Campeche
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Bravos de León

Quinta, 11/mai
12h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
12h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
14h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
15h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
20h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h - NCAA (beisebol): Auburn x Ole Miss
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Piratas de Campeche
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Bravos de León
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Leones de Yucatán

Sexta, 12/mai
13h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
14h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
15h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
16h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
17h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h30 - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Florida
19h - NCAA (beisebol): NC State x North Carolina
19h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
20h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h30 - NCAA (beisebol): Mississippi State x LSU
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Águila de Veracruz
23h - LMB: Sultanes de Monterrey x Olmecas de Tabasco
23h - NCAA (softbol): Cal State Fullerton x Long Beach State
23h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Transmissões de dérbi da Califórnia e rivalidades de divisão

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Dúvidas MLB 26: especial MLB no México e resto do mundo

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Tem muitos jogadores locais do México na liga? É um esporte que sai das fronteiras latinas dos EUA? Já houve alguma Copa do Mundo de países, além das olimpíadas?
Madô!, Belém

Considerando os elencos no dia da abertura da temporada, o México é o sexto país ou território com mais jogadores na MLB, com 15. Fica atrás apenas de Estados Unidos (óbvio), República Dominicana (104), Venezuela (22), Cuba (21) e Porto Rico (19). Além disso, há dezenas de jogadores nascidos nos EUA em famílias mexicanas, e muitos desses jogadores defendem a seleção mexicana.

Jogo do World Baseball Classic, o Mundial de beisebol
Jogo do World Baseball Classic, o Mundial de beisebol Getty


O que nos indica a resposta a outra parte do tuíte: sim, há uma Copa do Mundo (o World Baseball Classic).  A última edição foi realizada em março deste ano, e o México caiu apenas na semifinal, tomando uma virada na nona entrada contra o Japão. Os japoneses ficaram com o título ao bater os EUA na decisão por 3 a 2. O torneio foi definido por um strikeout em um duelo que reuniu os dois melhores jogadores do mundo: Shohei Ohtani arremessando e Mike Trout rebatendo.

Foi a quinta edição do torneio. O Japão conquistou três, os Estados Unidos e a República Dominicana ficaram com um cada.

E aí já te indica a parte que restava do tuíte: além do Caribe, o beisebol é muito forte na Ásia, sobretudo Japão, Coreia do Sul e Taiwan (onde é o esporte mais popular). Outros países que têm um nível de competitividade interessante no esporte são Holanda e Austrália.

Provavelmente o futebol é o esporte mais forte no México, mas qual é o segundo: beisebol ou boxe?
Pedro Lima Prado, @petrospratum

De fato, o futebol é disparado o esporte mais popular do México. O beisebol fica em segundo lugar, ainda que consiga até brigar cabeça a cabeça com o futebol no norte do país. O que pode surpreender surpreendeu muita gente é que uma pesquisa recente mostrou o futebol americano como o terceiro mais popular. É algo discutível, já que boxe e basquete (e a luta livre, se for colocada como esporte) normalmente são vistos como mais populares. De qualquer maneira, esse número se deve não apenas às iniciativas da NFL para levar a modalidade aos mexicanos, mas também a um tradicional cenário de futebol americano nas universidades do país. Escrevi sobre isso aqui.

Mural da fachada ocidental da biblioteca central da Unam com um jogador de futebol americano
Mural da fachada ocidental da biblioteca central da Unam com um jogador de futebol americano Divulgação

Nos jogos fora dos EUA, quem arca com as despesas: os clubes ou a MLB?
Luiz Correa, @luizcorrea1605

As partidas internacionais são eventos criados para divulgar o esporte globalmente. Essas partidas ocorrem prioritariamente por interesse da liga, não necessariamente dos times (ainda que muitos também gostem, por aproveitarem para divulgar sua imagem). Assim, a liga paga pelas despesas, mas não apenas isso: ela também paga uma compensação à equipe mandante pela perda de receita de bilheteria de um jogo e uma compensação financeira a todos os jogadores que viajarem para essas partidas.

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Dúvidas MLB 26: especial MLB no México e resto do mundo

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Semana MLB: O principal estádio de beisebol do Brasil volta a ter iluminação. O que isso muda?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Por que o Brasil não consegue ter uma liga de beisebol, mesmo que semi-profissional?

Sempre que a pergunta era feita para dirigentes do beisebol nacional, o primeiro motivo apontado era a falta de um bom estádio com iluminação artificial para receber jogos noturnos. É um dos pontos vulneráveis da infraestrutura da modalidade no País, porque não apenas restringe o calendário para as partidas como também dificulta jogadores que não vivem exclusivamente do esporte a treinarem depois do trabalho durante a semana.

Estádio de Beisebol Mie Nishi, em São Paulo, com iluminação no fim da tarde
Estádio de Beisebol Mie Nishi, em São Paulo, com iluminação no fim da tarde Ubiratan Leal / ESPN

Mas talvez isso esteja acabando. No último dia 15, o estádio Mie Nishi, em São Paulo, reinaugurou sua iluminação artificial. A CBBS até realizou um treino leve com a seleção brasileira – que está reunida para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago – para celebrar esse novo momento. Sinal de novos tempos para o beisebol nacional?

Sim e não.

O evento do último dia 15 é um marco, mas ainda há muito o que fazer ainda. A estrutura inaugurada há duas semanas ainda é insuficiente para as necessidades reais do beisebol brasileiro. Agora é possível fazer treinos noturnos leves, mas ainda não está iluminado o suficiente para jogos ou mesmo para treinos de mais intensidade. Os atletas podem perder a bola de vista na luz ainda fraca e se exporem lesões. Além disso, o resto da infraestrutura do estádio também precisa melhorar muito para que se realize partidas oficiais. 

Para treinos do dia a dia, o uso ainda é limitado porque os clubes da Grande São Paulo – região com mais equipes no País, mas não a única a ter – provavelmente darão preferência a seus próprios campos ao invés de deslocarem dezenas de jogadores para o bairro do Bom Retiro na capital paulista. E a seleção brasileira já está bem servida com o centro de treinamento da CBBS em Ibiúna, a 65 km de São Paulo.

A nova iluminação ainda não é suficiente para tirar as sombras e permitir que se veja bem a bola em um jogo
A nova iluminação ainda não é suficiente para tirar as sombras e permitir que se veja bem a bola em um jogo []

A parte meio vazia do copo não significa que a reinauguração da iluminação do Mie Nishi não tenha efeito algum. Até porque a promessa da prefeitura da capital paulista – o estádio é municipal – é de que esse foi o primeiro passo para mais melhorias no local. O projeto inclui a construção de mais uma torre de iluminação (atualmente são três) e o aumento da potência das lâmpadas para que se chegue ao nível mínimo para partidas oficiais, além de reforma de instalações como vestiários e sala de imprensa no estádio.

E falar nisso já faz o olho de muita gente brilhar. Nada ainda é projeto real, com estudo de viabilidade colocado no papel e prazos definidos, mas não faltaram ideias de como é possível crescer. Em conversa com dirigentes do beisebol nacional, havia gente falando em se trabalhar para a criação de uma liga profissional ou semi-profissional no Brasil, com patrocinadores bancando quatro ou cinco times e um jogo toda noite no Mie Nishi entre novembro e janeiro, ou em reforçar mais a Taça Brasil, podendo organizar um torneio maior trazendo clubes de várias partes do País para a fase final na capital paulista.

Muitos sonhos ainda, nada concreto. Mas ao menos há um ponto de partida, e a comunidade do beisebol no Brasil precisa cobrar para que os próximos passos sejam dados e as tais ideias cheguem ao papel, e do papel vão para o campo.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre se é melhor ter um grande abridor ou um bullpen forte, se há partidas de vários esportes diferentes ao mesmo tempo na Filadélfia e os estreantes mais velhos da MLB. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

1,79

Foi o DPF do Toronto Blue Jays durante a partida contra o Chicago White Sox na última terça (dia 25). Trata-se de um recorde da franquia desde que essa estatística passou a ser levantada, no ano passado.

“Mas o que é DPF?” Claro, claro, precisa explicar. É “Dogs Per Fan”, ou a quantidade de cachorros quentes vendidos por torcedor durante uma partida. Sim, criaram uma estatística até para isso, e ela é levantada nas partidas em casa às terças, quando há promoção de cachorros quentes. No dia 25, foram 51.279 cachorros quentes vendidos e 28.917 torcedores. Superou com sobras o xHD (expected hot dogs, sim, criaram essa estatística também) para a noite, que era de 33.109.

PERSONAGEM DA SEMANA

Liam Hendriks

O arremessador australiano já foi destacado no blog por concluir com sucesso seu tratamento contra o câncer no último dia 20. A notícia daquele momento é que o fechador do Chicago White Sox voltaria a jogar beisebol, mas seria preciso ainda realizar alguns exames e até avaliar seu estado físico e técnico antes de retomar a atividade de campo. Pois bem, nesta sexta (apenas oito dias depois!) ele já estava de volta, conseguindo quatro strikeouts em um jogo-treino de jogadores de base contra o Tampa Bay Rays.

VÍDEO DA SEMANA

Eliminação por bola voadora de Shohei Ohtani contra o Oakland Athletics na última quinta. Ficou perto de um home run, coisa de uns cinco metros. O japonês foi o abridor do Los Angeles Angels na partida e foi creditado com a vitória, e ele já tinha uma rebatida simples, uma dupla e uma tripla no jogo. Ou seja, faltaram apenas esses cinco metros para transformá-lo no primeiro arremessador a rebater para o ciclo (e seria um ciclo natural, com as rebatidas vindo na ordem crescente) na história.


O QUE VEM POR AÍ

O México está em alta no beisebol. Após a grande campanha no WBC (Copa do Mundo) em março, caindo apenas na semifinal, é a vez de os mexicanos receberem dois jogos da temporada regular da MLB. Neste sábado e domingo, San Francisco Giants e San Diego Padres fazem a Mexico Series, com dois jogos no estádio dos Diablos Rojos na Cidade do México. Os arremessadores serão Sean Manaea e Alex Cobb pelos Giants e Joe Musgrove e Yu Darvish pelos Padres. Eles terão trabalho para manter as bolas no campo nos 2.240 metros de altitude da capital mexicana. Espere placares altos.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 28/abr
20h - Atlanta Braves x New York Mets (Star+) 

Sábado, 29/abr
14h - Baltimore Orioles x Detroit Tigers (Star+)
19h - San Francisco Giants x San Diego Padres (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 30/abr
17h - San Francisco Giants x San Diego Padres (Star+)
20h - Philadelphia Phillies x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 1/mai
20h - Cleveland Guardians x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Terça, 2/mai
20h - Toronto Blue Jays x Boston Red Sox (Star+)

Quarta, 3/mai
20h - Cleveland Guardians x New York Yankees (Star+)

Quinta, 4/mai
19h - Toronto Blue Jays x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 5/mai
19h30 - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 28/abr
17h30 - NCAA (softbol): Florida A&M x Jackson State
19h - NCAA (softbol): Florida State x Notre Dame
20h - NCAA (beisebol): Texas x TCU
20h - NCAA (beisebol): Alabama x LSU
21h - NCAA (beisebol): Duke x Virginia
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Sultanes de Monterrey
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Águila de Veracruz
23h - NCAA (beisebol): UCLA x Stanford

Sábado, 29/abr
12h30 - NCAA (beisebol): Dartmouth x Brown
13h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Arkansas
13h - NCAA (softbol): North Carolina x Georgia Tech
15h - NCAA (softbol): LSU x Alabama
15h - NCAA (softbol): Boston College x Louisville
15h - NCAA (beisebol): Mississippi State x Tennessee
15h30 - NCAA (beisebol): Dartmouth x Brown
16h - NCAA (softbol): Ole Miss x Florida
17h - NCAA (beisebol): Florida State x Notre Dame
18h - NCAA (softbol): Tennessee x Arkansas
18h - NCAA (softbol): Kentucky x Mississippi State
19h - LMB: Leones de Yucatán x Pericos de Puebla
20h - NCAA (beisebol): Texas x TCU
20h - NCAA (beisebol): Missouri x Florida
20h - NCAA (beisebol): North Carolina x Virginia Tech
21h - LMB: Diablos Rojos de México x Saraperos de Saltillo

Domingo, 30/abr
13h - NCAA (beisebol): Auburn x South Carolina
13h - NCAA (beisebol): Dartmouth x Brown
14h - NCAA (softbol): LSU x Alabama
15h - NCAA (softbol): Indiana x Michigan
16h - NCAA (beisebol): Florida State x Notre Dame
16h - NCAA (beisebol): Kentucky x Vanderbilt
17h - NCAA (softbol): Tennessee x Arkansas
19h - NCAA (softbol): Missouri x Texas A&M
20h - LMB: Mariachis de Guadalajara x Sultanes de Monterrey

Segunda, 1/mai
20h - NCAA (softbol): Tennessee x Arkansas
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Saraperos de Saltillo

Terça, 2/mai
20h - NCAA (beisebol): Kansas x Missouri
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Acereros de Monclova
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Rieleros de Aguascalientes
22h30 - LMB: Leones de Yucatán x Olmecas de Tabasco

Quarta, 3/mai
19h - NCAA (softbol): Florida x Florida State
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Bravos de León x Generales de Durango

Quinta, 4/mai
21h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Alabama
22h - LMB: Águila de Veracruz x Guerreiros de Oaxaca
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Algodoneros de Unión Laguna
23h30 - LMB: Pericos de Puebla x Toros de Tijuana

Sexta, 5/mai
19h - NCAA (softbol): South Carolina x Tennessee
19h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
20h - NCAA (softbol): Oklahoma x Oklahoma State
21h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Alabama
21h - NCAA (beisebol): Boston College x Wake Forest
22h - LMB: Generales de Durango x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Bravos de León
23h30 - NCAA (softbol): Washington x Stanford

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: O principal estádio de beisebol do Brasil volta a ter iluminação. O que isso muda?

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Dúvidas MLB 25: um grande abridor x bom bullpen, jogos simultâneos na Filadélfia e estreantes mais velhos

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

É melhor um pitcher que aguenta se manter em 7 ou 8 entradas, ou um time com uns bons relievers?
Torcedor Frustrado de Oakland, @sainterck

Não existe essa escolha. Apesar de abridores e relievers serem arremessadores, eles são complementares durante um jogo. Não adianta ser muito bom na rotação se o bullpen for muito ruim. E vice-versa. 

Roy Halladay foi líder de jogos completos em sete temporadas entre 2003 e 2011
Roy Halladay foi líder de jogos completos em sete temporadas entre 2003 e 2011 ESPN

Assim, o ideal é sempre ter o melhor possível nos dois lados. de qualquer forma, se um time conseguiu formar um bullpen extremamente eficiente, pode se dar ao luxo de ter abridores que não vão tão longe nas partidas. Da mesma forma que ter um arremessador titular que vá até a sexta ou sétima entrada com frequência (chegar constantemente na 8ª, como colocado na pergunta, é cada vez mais utópico) pode tirar pressão dos relievers. 

Mas não se esqueça o seguinte: o bullpen só teria realmente mais refresco se toda a rotação for composta por titulares que fazem seis ou sete entradas todo jogo. Isso é praticamente impossível hoje. Um time até pode ter um ou dois arremessadores com essa capacidade, jamais cinco. Então, ainda que um ou dois dias sejam mais tranquilos para os relievers, nos demais eles terão de cobrir muitas entradas.

Vi aqui que as arenas da Filadélfia ficam na mesma quadra. Tem jogos em arenas diferentes no mesmo dia e horário?
Romilson DG, Natal

De fato, o Citizens Bank Park (Phillies), Wells Fargo Center (76ers e Flyers) e Lincoln Financial Field (Eagles e Universidade de Temple) ficam próximos entre si. O local tem até nome, o South Philadelphia Sports Complex.

Ao contrário do que ocorre em Baltimore e em Kansas City, em que os estádios de beisebol e futebol americano compartilham o mesmo estacionamento (o que cria mais problemas com evento simultâneos), cada arena da Filadélfia tem grande área para os carros. Ainda assim, há cuidado para evitar muitos eventos simultâneos na região devido ao trânsito que poderia gerar com tantos torcedores se deslocando no mesmo sentido ao mesmo tempo.

Lincoln Financial Field, casa do Philadelphia Eagles e do time de futebol americano da Universidade de Temple
Lincoln Financial Field, casa do Philadelphia Eagles e do time de futebol americano da Universidade de Temple Getty

Por isso, parte da gestão do complexo fica com a Sports Complex Special Services District, uma organização criada justamente para estudar o impacto dos eventos do complexo no trânsito do Sul da Filadélfia. Assim, evita-se colocar muitos jogos com grande apelo ao mesmo tempo.

O que não significa que não ocorram. Por exemplo, em 11 de abril os Phillies receberam o Miami Marlins às 18h40 (horário local) e os Flyers enfrentaram o Columbus Blue Jackets 20 minutos depois. A estimativa de público somada dos dois jogos era de 51 mil, menos que um jogo lotado no Lincoln Financial Field (67,6 mil lugares). Ou seja, a região suportaria o trânsito. 

Ontem revi o filme que conta a história do Jim Morris, The Rookie (desafio do destino no Brasil). História incrível de superação. Já teve algum novato mais velho do que ele na MLB?
Jean Ramos, @JeanRS1414

Já, mas em outras eras do beisebol. Por muitas décadas, o estreante mais velho da MLB foi o arremessador Satchel Paige, um dos maiores de todos os tempos. Ele estreou na MLB em 1948, aos 42 anos. Seu lugar na história foi garantido não apenas pelos anos de Cleveland Indians e St. Louis Cardinals, mas também pelas muitas temporadas como um dos grandes nomes nas Ligas Negras. No entanto, as Ligas Negras passaram a ser oficializadas como grandes ligas em 2020. Assim, sua estreia em grandes ligas se tornou a primeira aparição pelo Chattanooga Black Lookouts, em 1926 (ele tinha 20 anos).

Se a marca de Paige for desconsiderada, o novo recordista se torna Chuck Hostetler, que fez sua primeira partida na MLB aos 40 anos. Mas aí também tem uma particularidade da época. Em 1944, vários jogadores deixaram o beisebol para servir ao exército americano durante a Segunda Guerra Mundial. Para substituí-los, os clubes tiveram de chamar jogadores de ligas menores, alguns que talvez nunca chegassem à MLB se não houvesse tantas vagas disponíveis. Foi o caso de Hostetler, que já não era mais visto como promessa, apenas um veterano que ganhava sua vida em ligas menores quando foi promovido pelo Detroit Tigers.

Jim Morris, que tinha 35 anos quando estreou em 1999 pelo Tampa Bay Devil Rays, é o quarto no ranking geral (sem contar Paige). À frente dele também estão Connie Marrero (39 anos em 1950) e Billy Williams (37 anos em 1969).

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Dúvidas MLB 25: um grande abridor x bom bullpen, jogos simultâneos na Filadélfia e estreantes mais velhos

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Semana MLB: Oakland perde mais um time para Las Vegas? Vem outro pacote de novas regras?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Um estádio na região da Strip, rua famosa pelos hotéis-cassinos gigantescos e pelo fluxo imenso de turistas dispostos a gastar muito dinheiro com o próprio entretenimento. Do outro lado, uma cidade que ainda luta para se reinventar economicamente enquanto é ofuscada por uma vizinha mais rica e glamourosa, que já tem seu representante na liga.

Várias considerações podem e devem ser feitas sobre o futuro dos Athletics, o impacto disso na MLB e a situação dos torcedores do time, mas é evidente que o cenário do parágrafo anterior é o que fala mais alto no ouvido dos donos da franquia. Do ponto de vista do mercado, levar o clube para Las Vegas parece uma solução muito mais apetitosa, rápida e fácil do que apostar em longo prazo numa construção de imagem e criação de cultura local em Oakland.

Por isso, não foi uma grande surpresa quando, na última quarta (dia 19), o site The Athletic publicou que os donos dos A’s haviam chegado a um acordo para o terreno onde seria construído um estádio para o time em Las Vegas, próximo à Strip. O único susto foi pelo fato de a notícia ter saído sem que se esperasse novidade no assunto, mas a definição por Las Vegas soou natural.

Las Vegas já tirou os Raiders de Oakland, agora está perto de tirar os As
Las Vegas já tirou os Raiders de Oakland, agora está perto de tirar os As Bryan Mullennix/Tetra images


“Ah, então agora é certeza que o Oakland Athletics vai virar Las Vegas Athletics?”

Calma, ainda não. Os A’s conseguiram um acordo para o terreno, mas ainda há algumas instâncias burocráticas para resolver com as autoridades de Las Vegas e Nevada para podermos cravar que o time realmente vai se mudar. Ainda assim, é um passo gigantesco para que isso ocorra. A franquia sempre disse que trabalhava com dois caminhos em paralelo, a ida a Las Vegas e a permanência em Oakland com um novo estádio, mas a segunda opção tem sofrido com longas negociações com a prefeitura e a população local. Ainda que, oficialmente, os Athletics ainda estejam abertos a conversar com a cidade californiana, fica evidente que trocar de sede é o destino mais provável e, até por isso, dá para imaginar que a relação em Oakland esfriou e um acerto de última hora ficou ainda mais distante.

A sensação geral é de que em breve teremos a MLB em Las Vegas, tanto que Dave Kaval, presidente dos A’s, já deu entrevista a respeito de como seria essa transição. Se as autoridades no Nevada acelerarem o processo, as obras poderiam começar já no ano que vem, com o novo estádio sendo inaugurado provavelmente em 2027.

O que aconteceria com a equipe até lá é incerto. O contrato de uso do Coliseu de Oakland termina no final de 2024. A franquia poderia renovar por mais dois anos para ficar na Califórnia enquanto terminam as obras em Las Vegas, ou mandar suas partidas no Las Vegas Ballpark, estádio do Las Vegas Aviators (time de ligas menores, coincidentemente filiado aos A’s) com capacidade para 10 mil torcedores. Ainda há a possibilidade de a prefeitura de Oakland simplesmente antecipar o fim do acordo dos Athletics com o Coliseu, e a equipe ter de buscar uma nova casa já para o ano que vem (e o estádio dos Aviadores seria a opção mais prática).

Obs.: Kaval já disse também que os Aviators não precisariam se mudar. O time de triple-A seguiria em Las Vegas, onde teve média de público de 6,9 mil pessoas em 2022 (apenas três mil a menos que os A’s no mesmo período, diga-se)

Tecnicamente, o processo todo não depende apenas das negociações com a prefeitura de Las Vegas e o governo de Nevada. Depende também do sinal verde da MLB. Ninguém imagina, porém, que isso seja um obstáculo. Rob Manfred, comissário da liga, afirmou ao Las Vegas Review-Journal que “apoia a mudança de foco dos A’s para Las Vegas e espera que o processo seja finalizado até o fim do ano”. 

Coliseu de Oakland, ainda casa dos Athletics
Coliseu de Oakland, ainda casa dos Athletics Reprodução


A posição da MLB é fácil de entender. Em longuíssimo prazo, o mercado de Oakland não ficará desatendido. Na medida em que as gerações passem, os novos torcedores crescerão como seguidores do San Francisco Giants (que certamente estão adorando a saída dos A’s da vizinhança). As cidades que pretendem entrar na corrida pela expansão da liga (Nashville, Charlotte, Portland, Montreal e Salt Lake City, por exemplo), gostaram de ver Las Vegas já arrumando uma franquia e saindo da disputa pelas novas. E a liga em si ainda entrará em um mercado que projeta muito a imagem de seus parceiros. Por exemplo, já se imagina a possibilidade de o estádio dos Athletics estar dentro de algum empreendimento temático de beisebol.

Nesse contexto, uma mudança já em 2024 é possível. E seria brutal. Mal daria tempo para o torcedor de Oakland se despedir de sua equipe, uma das mais folclóricas e com torcida das mais fanáticas – ainda que pouco numerosa – da MLB. Toda uma tradição de décadas, incluindo um tricampeonato da World Series nos anos 70, um tricampeonato da Liga Americana nos anos 80 e o pioneirismo na implantação de estatísticas avançadas no esporte de altíssimo nível, seria abalado. Até porque ainda não se sabe como a maior parte dos torcedores de Oakland reagirá. Se continuará seguindo a equipe em Las Vegas ou se simplesmente ficará órfão.

Mas o nome será mantido. Kaval afirmou que a marca “Athletics” é muito tradicional e seria preservada. Ou seja, nada de mudança de nome do time. Bom pelo fato de que, realmente, é um nome fortemente ligado à história do beisebol. No entanto, teria de haver uma reformulação total da imagem do time. Atualmente, ele tem muito pouco a ver com Las Vegas. E uma das franquias mais folclóricas da MLB perderia seu jeito de ser.

Torcedor do Oakland Raiders que não gostou da mudança do time para Las Vegas. Será que o dos A's terá a mesma reação?
Torcedor do Oakland Raiders que não gostou da mudança do time para Las Vegas. Será que o dos A's terá a mesma reação? Thearon W. Henderson/Getty Images

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre qual época da temporada há mais público nos estádios, se é comum haver tantas lavadas, porque mais rebatedores não tentam bunt ou walk e quais os melhores shortstops da MLB. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

3

A MLB parece que ficou animada com o sucesso inicial das regras implementadas nesta temporada e já lançou um pacote de mais novidades. São três novas regras que serão testadas já neste ano na Atlantic League (liga independente que tem parceria com a MLB). São elas:

- Criação do corredor designado, jogador que entra apenas para correr e, depois, devolve o lugar ao jogador que substituiu. O corredor designado será indicado antes da partida;
- Reduzir de duas para apenas uma a quantidade de interrupções do relógio que o arremessador tem direito por duelo;
- Vincular o rebatedor designado ao arremessador titular. Quando o abridor for substituído, o rebatedor designado também terá de sair do jogo. O objetivo é valorizar o papel do arremessador titular, incentivando os treinadores a deixá-los mais tempo no montinho.

Dá para entender o que a liga quer atingir com essas regras, mas criam muitos artificialismos na natureza do jogo. Talvez seja melhor esperar o pacote de 2023 se consolidar – eventualmente com ajustes – antes de pensar em mexer em mais coisas.

PERSONAGEM DA SEMANA

Liam Hendriks
O arremessador australiano anunciou nesta semana que está livre do câncer. O fechador do Chicago White Sox iniciou o tratamento contra um linfoma em janeiro, passando por quimioterapia até o início deste mês. Ele pretende voltar a jogar ainda nesta temporada, mas não há previsão oficial de quando isso ocorrerá

VÍDEO DA SEMANA

Na última sexta (dia 14), o Chicago Cubs fez o primeiro jogo de uma série contra o Los Angeles Dodgers na Califórnia. Foi a primeira partida de Cody Bellinger contra o time que o lançou nas grandes ligas e pelo qual conquistou uma World Series e um prêmio de MVP. Claro, a torcida dos Dodgers o aplaudiu de pé na primeira vez que foi ao bastão. Quem não se sensibilizou foi o árbitro Jim Wolf, que marcou violação do relógio pela demora do rebatedor em se aprontar e marcou uma bola no duelo.


O QUE VEM POR AÍ

A Liga Mexicana de Béisbol começou na última quinta após muita expectativa. O investimento no beisebol mexicano cresceu bastante nos últimos anos e a qualidade das equipes cresceu bastante, atraindo muitos jogadores com passagem pela MLB. Para esta temporada, o cenário ficou ainda mais animador com a ótima campanha do México no WBC (Copa do Mundo), caindo apenas na nona entrada da semifinal. Mais uma vez, a LMB terá transmissão do Star+. Atenção especial para os brasileiros Tiago da Silva, arremessador dos Generales de Durango, e Leonardo Reginatto, defensor interno dos Rieleros de Aguascalientes. Mas também vale conferir os duelos entre Tigres de Quintana Roo e Diablos Rojos de México, maior clássico do país e com dois jogos transmitidos neste fim de semana (veja abaixo).

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 21/abr
19h30 - Chicago White Sox x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 22/abr
14h - Toronto Blue Jays x New York Yankees (Star+)

Domingo, 23/abr
20h - New York Mets x San Francisco Giants (ESPN 4 e Star+)

Segunda, 24/abr
20h - Chicago White Sox x Toronto Blue Jays (Star+)

Terça, 25/abr
19h30 - Seattle Mariners x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

Quarta, 26/abr
22h30 - St. Louis Cardinals x San Francisco Giants (Star+)

Quinta, 27/abr
15h - San Diego Padres x Chicago Cubs (Star+) 

Sexta, 28/abr
20h - Atlanta Braves x New York Mets (Star+) 

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 21/abr
19h - NCAA (softbol): Notre Dame x Boston College
19h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
20h30 - NCAA (beisebol): Baylor x Texas Tech
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Florida State
21h30 - LMB: Generales de Durango x Tecolotes de los Dos Laredos
22h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
23h30 - NCAA (softbol): Arizona x Oregon
23h30 - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Acereros de Monclova
23h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Mariachis de Guadalajara

Sábado, 22/abr
13h - NCAA (softbol): Pittsburgh x Clemson
13h - NCAA (softbol): South Carolina x Georgia
13h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
15h - NCAA (softbol): Florida State x Virginia Tech
15h - NCAA (softbol): Texas A&M x Ole Miss
15h30 - NCAA (beisebol): Harvard x Brown
16h - NCAA (beisebol): LSU x Ole Miss
17h - NCAA (softbol): Florida x Tennessee
17h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
17h - NCAA (beisebol): Wake Forest x Pittsburgh
19h - NCAA (softbol): Arkansas x Kentucky
19h - NCAA (softbol): Michigan State x Illinois
19h - NCAA (beisebol): Alabama x Missouri
19h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México
20h - NCAA (beisebol): Louisville x Duke
21h - NCAA (softbol): Mississippi State x LSU
21h - LMB: Sultanes de Monterrey x Algodoneros de Unión Laguna
0h - NCAA (softbol): Arizona State x UCLA

Domingo, 23/abr
13h - NCAA (beisebol): Purdue x Maryland
13h - NCAA (beisebol): Harvard x Brown
14h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
16h - NCAA (beisebol): Southern Illinois x Indiana State
17h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México
17h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
17h - NCAA (softbol): Louisville x Virginia
20h - NCAA (softbol): Florida x Tennessee

Segunda, 24/abr
20h - NCAA (softbol): Florida x Tennessee
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Sultanes de Monterrey

Terça, 25/abr
19h - NCAA (beisebol): East Carolina x NC State
19h - NCAA (beisebol): Coastal Carolina x Wake Forest
20h - NCAA (beisebol): Louisville x Kentucky
22h30 - LMB: Pericos de Puebla x Tigres de Quintana Roo
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Generales de Durango
23h - LMB: Guerreiros de Oaxaca x Leones de Yucatán

Quarta, 26/abr
20h - NCAA (softbol): Mercer x Georgia
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Piratas de Campeche
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Generales de Durango

Quinta, 27/abr
20h - NCAA (beisebol): Mississippi State x Tennessee
20h - NCAA (beisebol): Miami x Louisville
21h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Arkansas
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Generales de Durango
23h - LMB: Bravos de León x Olmecas de Tabasco
23h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Toros de Tijuana

Sexta, 28/abr
17h30 - NCAA (softbol): Florida A&M x Jackson State
19h - NCAA (softbol): Florida State x Notre Dame
20h - NCAA (beisebol): Texas x TCU
20h - NCAA (beisebol): Alabama x LSU
21h - NCAA (beisebol): Duke x Virginia
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Sultanes de Monterrey
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Águila de Veracruz
23h - NCAA (beisebol): UCLA x Stanford

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Oakland perde mais um time para Las Vegas? Vem outro pacote de novas regras?

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Dúvidas MLB 24: dias de mais público, bunts e walks, lavadas e melhores shortstops

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Quais os meses com as maiores médias de público? Tenho a impressão que os primeiros e os últimos meses da temporada são os melhores em público nos estádios
Jean Ramos, @JeanRS1414

Na verdade, não. É tradicional o estádio lotar no primeiro jogo em casa e ter bons públicos na primeira série em casa, assim como um time que briga por vaga nos playoffs terá muito apoio da torcida na reta final da temporada regular. Mas existem dois recortes tradicionais de quando há mais e menos público: por dia da semana e por mês. Em geral, fins de semana têm públicos melhores que dias úteis (OK, essa informação é meio óbvia). Em relação a meses do ano, os meses de verão (junho a agosto) costumam ter estádios mais cheios. Primeiro, porque a temperatura é mais agradável para ver jogos em um espaço aberto. Segundo, porque as crianças estão de férias das escolas e não precisam voltar cedo para casa. Terceiro, porque não há concorrência de outra grande liga nessa época do ano.

Fenway Park, casa do Boston Red Sox, lotado em abertura da temporada
Fenway Park, casa do Boston Red Sox, lotado em abertura da temporada Getty

Comecei a acompanhar a MLB nos playoffs do ano passado. E nessa tenho visto muitos jogos com o placar com essa diferença grande. É sempre assim?
Thaís, @athaiscrisley

Não é sempre, mas é mais recorrente em temporada regular. O beisebol é um esporte marcado por um perde-ganha grande (expliquei em outro Dúvidas MLB, aqui) e é comum uma partida desandar para uma equipe, que sofre uma lavada imprevista. Nos playoffs, os treinadores tentam conter essas derrotas com substituições mais agressivas, mas nem sempre vale a pena em temporada regular. Quase sempre o time está no meio de uma maratona e desgastar jogadores para evitar uma lavada em um dia pode comprometer as condições de jogo para os dias seguintes. Não é que o técnico desista da partida, ele apenas trabalha de maneira mais conservadora e vê se é suficiente naquele dia. Às vezes não funciona e temos essas lavadas.

Por que os rebatedores do final do alinhamento não tentam walks ou bunts ao invés de ir pra rebatida que quase sempre ou é strikeout ou queimada dupla?
Victor Miguel, @Joaomiguel_on

Uma coisa por vez. Não é tão simples “tentar um walk”. Um walk se trabalha para conseguir e praticamente todo rebatedor vai aceitar um walk se tiver a oportunidade. A questão é conseguir levar a contagem para 3 bolas e receber um arremesso em que ele tenha convicção que está fora da zona de strike. Nem sempre o arremessador oferece essa possibilidade, mas vem uma bola dentro da zona de strike que pode virar uma bela rebatida. Além disso, mesmo os rebatedores de pior aproveitamento de um time da MLB não são tão ruins a ponto de descartarem suas chances de rebaterem. Eles sabem fazer isso, são capazes disso. Caso contrário, não estariam na MLB.

Sobre o bunt, há duas situações: o toque para rebatida e o de sacrifício, que visa impulsionar um companheiro. Nos dois casos, é preciso que o rebatedor seja bom na técnica do bunt (poucos são) e só é viável em situações específicas. O bunt para rebatida exige um rebatedor que seja muito rápido, para chegar na primeira base antes de a defesa queimá-lo. O toque de sacrifício exige que o time tenha um corredor na primeira base e possa dar uma eliminação ao adversário.

Fui shortstop no time de Araçatuba dos 4 aos 10 anos. Quais são os melhores da liga?
Marcelo Ryu, Araçatuba-SP

Anota aí, sem uma ordem específica: Carlos Correa (Minnesota Twins), Francisco Lindor (New York Mets), Trea Turner (Philadelphia Phillies), Xander Bogaerts (San Diego Padres), Corey Seager (Texas Rangers), Tim Anderson (Chicago White Sox), Dansby Swanson (Chicago Cubs), Jeremy Peña (Houston Astros) e Wander Franco (Tampa Bay Rays).

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Dúvidas MLB 24: dias de mais público, bunts e walks, lavadas e melhores shortstops

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Semana MLB: O que dá para tirar do início de temporada arrasador dos Rays

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Foram duas semanas sem saber o que era perder um jogo na temporada. Em qualquer esporte, isso é algo comum. No beisebol, com jogos todos os dias e um eterno perde-ganha, é raríssimo. Pois assim foi o início de campanha do Tampa Bay Rays, com 13 vitórias nos primeiros 13 jogos. E, claro, já fica uma tentação para tirar alguma conclusão do que isso aponta para o time da Flórida.

Bem, a primeira coisa a dizer é relembrar o aviso do placar de São Januário: “Torcedores calma”. A sequência de 13 vitórias abrindo o ano impressiona, mas são 162 jogos na temporada e há muito tempo para isso tudo se diluir. Basta ver o que ocorreu em casos semelhantes.

A sequência dos Rays é histórica. É a melhor série abrindo uma temporada da era moderna da MLB, igualando o Atlanta Braves de 1982 e o Milwaukee Brewers de 1987. No entanto, essas outras duas equipes não conquistaram o título (os Brewers sequer se classificaram aos playoffs naquele ano). Apenas o St. Louis Maroons começou melhor um campeonato, com 20 vitórias no longínquo 1884. Mas é bastante discutível se essa marca deveria estar integrada à MLB, pois foi conquistada na finada Union League, que tinha nível técnico claramente inferior à Liga Nacional.

Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays
Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays Getty Images

Os mais céticos até podem apontar o fato de que os adversários do Tampa Bay até agora foram equipes candidatas a terminarem na lanterna de suas divisões: Washington Nationals, Oakland Athletics, Detroit Tigers e, sim, Boston Red Sox. Até é verdade, mas:

- Não muda o fato de que vencer 13 jogos seguidos no beisebol é muito difícil, mesmo contra os piores times da liga (os Red Sox nem se enquadram nessa definição);

- Se os Rays tiverem exatamente 50% de aproveitamento nos demais jogos da campanha, terminaria a temporada com 87,5 vitórias, um patamar que pode ser suficiente para garantir uma vaga nos playoffs. Sim, um 13-0 pode fazer toda essa diferença.

Agora, números à parte, o que chamou mais a atenção dos Rays nesse início de temporada foi o ataque. Foram 101 corridas (média de 7 por jogo), 32 home runs e 71 de saldo de corridas. As duas últimas marcas são as terceiras melhores da história nos 13 primeiros jogos. Isso chama a atenção porque, desde que se tornou uma equipe competitiva em 2008, o Tampa Bay sempre primou por arremessar muito bem, muitas vezes tendo ataques claudicantes.

Mas, se você ainda espera que os Rays apresentem ótimo desempenho no montinho, fique tranquilo porque isso não mudou. Dos 13 jogos, em dez o time cedeu apenas três corridas ou menos ao adversário. Shane McClanahan teve apenas 1,59 de ERA no período e foi apenas o terceiro melhor homem da rotação do Tampa. Isso porque Jeffrey Springs cedeu apenas uma corrida nas suas três primeiras aberturas (ERA de 0,56, mas ele saiu contundido do último jogo), enquanto Drew Rasmussen não cedeu corrida alguma.

Pelo histórico e pela própria filosofia de trabalho da franquia, a tendência é que os Rays continuem entre os times com melhor desempenho de arremessadores e isso deve mantê-los na briga pelos playoffs até o final. A questão é se o ataque sustentará o desempenho espetacular das primeiras partidas, porque seria a diferença entre uma grande campanha e uma campanha histórica. 

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre a origem dos jogadores que vão à MLB, o recorde de arremessos em um jogo, se um rebatedor canhoto não é prejudicado ao correr para a primeira base e como comparar o relógio de arremessos com outros esportes. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Fernando Tatis Jr
Enfim, Fernando Tatis Jr voltará a entrar em campo pelo San Diego Padres. Após perder pouco mais de meia temporada por lesão e mais 80 jogos por suspensão por doping, o dominicano estará liberado para voltar à MLB em 20 de abril, vulgarmente conhecido como “próxima quinta”. Por enquanto, Tatis Jr tem jogado pelo El Paso Chihuahuas, equipe triple-A dos Padres. E está voando: até a última quinta, tinha 47,8% de aproveitamento no bastão, uma fase coroada com um jogo de três home runs contra o Albuquerque Isotopes (filial do Colorado Rockies e equipe largamente mencionada nas séries “Breaking Bad” e “Better Call Saul”).


O NÚMERO DA SEMANA

42
Próximo sábado (15) é Dia de Jackie Robinson, a celebração de mais um aniversário da estreia do primeiro negro da história da Major League Baseball. É o dia de todos os jogadores usarem o número 42. O blog já escreveu sobre Jackie aqui.

VÍDEO DA SEMANA

O no-hitter mais patético da história. No último sábado, Chattanooga Loockouts e Rocket City Trash Pandas – equipes do nível double-A de Cincinnati Reds e Los Angeles Angels, respectivamente – se enfrentaram pelas ligas menores. Os Trash Pandas carregaram um no-hitter até o final da oitava entrada, com vantagem por 3 a 0 no placar. Veja a sequência da nona entrada (vídeo abaixo): walk, walk, eliminação por bola voadora, walk, strikeout, walk (uma corrida), erro defensivo (três corridas), bolada, bolada, bolada (sim, três seguidas, e mais uma corrida), walk (corrida), arremesso indomável (corrida), bolada e, UFA!, strikeout. Foram 14 rebatedores na entrada, 7 corridas anotadas e… NENHUMA REBATIDA. Os Trash Pandas até conseguiram duas corridas na parte de baixo, mas perderam por 7 a 5 um jogo em que conseguiram um no-hitter sobre o adversário.


O QUE VEM POR AÍ

A semana reserva uma ótima série entre New York Mets e Los Angeles Dodgers na Califórnia. Os dois primeiros jogos terão transmissão para o Brasil (veja programação abaixo), mas vale ficar de olho também no terceiro, na quarta. Pelas prévias, deve ser um duelo entre Max Scherzer e Noah Syndergaard. Já é um atrativo interessante por colocar arremessadores enfrentando seus ex-times. Mas há um toque extra: será a primeira vez que Syndergaard enfrentará os Mets desde que deixou Nova York, em 2021. As seguidas lesões transformaram Thor em um arremessador comum, mas ele brilhou nos Mets, com 47 vitórias e 31 derrotas e 3,32 de ERA. Pena que esse reencontro não será no Citi Field.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 14/abr
20h - Tampa Bay Rays x Toronto Blue Jays (Star+) 

Sábado, 15/abr
22h30 - Colorado Rockies x Seattle Mariners (Star+)

Domingo, 16/abr
20h - Texas Rangers x Houston Astros (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 17/abr
23h - New York Mets x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Terça, 18/abr
23h - New York Mets x Los Angeles Dodgers (Star+)

Quarta, 19/abr
21h - Toronto Blue Jays x Houston Astros (Star+)

Quinta, 20/abr
17h - Los Angeles Angels x New York Yankees (ESPN 3 e Star)

Sexta, 21/abr
19h30 - Chicago White Sox x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 14/abr
19h - NCAA (softbol): LSU x Auburn
19h - NCAA (softbol): Virginia x Florida State
19h - NCAA (beisebol): Miami x North Carolina
21h - NCAA (beisebol): Tennessee x Arkansas
21h - NCAA (beisebol): Notre Dame x Clemson

Sábado, 15/abr
13h - NCAA (softbol): Tennessee x Kentucky
15h - NCAA (softbol): Texas A&M x South Carolina
17h - NCAA (beisebol): Ole Miss x Mississippi State
18h - NCAA (softbol): Virginia Tech x Notre Dame
20h - NCAA (beisebol): Georgia x Florida
20h - NCAA (beisebol): Florida State x NC State

Domingo, 16/abr
13h - NCAA (softbol): Duke x Boston College
15h - NCAA (softbol): Tennessee x Kentucky
15h - NCAA (softbol): Alabama x Mississippi State
15h - NCAA (softbol): Syracuse x North Carolina
15h - NCAA (beisebol): Evansville x Southern Illinois
17h - NCAA (softbol): LSU x Auburn
17h - NCAA (softbol): Ole Miss x Missouri
17h - NCAA (softbol): Clemson x NC State

Segunda, 17/abr
20h - NCAA (softbol): Ole Miss x Missouri

Terça, 18/abr
19h - NCAA (softbol): James Madison x Virginia
19h - NCAA (beisebol): Louisville x Indiana
21h - NCAA (beisebol): Georgia State x Georgia Tech

Quarta, 19/abr
19h - NCAA (softbol): South Florida x Florida
20h - NCAA (softbol): Campbell x North Carolina
20h - NCAA (beisebol): Prairie View A&M x Texas A&M

Quinta, 20/abr
20h - NCAA (softbol): Florida State x Virginia Tech
20h - NCAA (beisebol): Arkansas x Georgia
22h - NCAA (softbol): Oklahoma State x Texas
23h - LMB: Leones de Yucatán x Bravos de León

Sexta, 21/abr
19h - NCAA (softbol): Notre Dame x Boston College
19h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
20h30 - NCAA (beisebol): Baylor x Texas Tech
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Florida State
21h30 - LMB: Generales de Durango x Tecolotes de los Dos Laredos
22h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
23h30 - NCAA (softbol): Arizona x Oregon
23h30 - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Acereros de Monclova
23h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Mariachis de Guadalajara

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: O que dá para tirar do início de temporada arrasador dos Rays

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Dúvidas MLB 23: De onde surgem os jogadores, recorde de arremessos, canhotos e a primeira base e mais relógio de arremesso

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Jogador do Ole Miss Rebels durante a College World Series, fase final do beisebol universitário
Jogador do Ole Miss Rebels durante a College World Series, fase final do beisebol universitário Samuel Lewis/Getty Images

De onde são escolhidos os jogadores de beisebol? De universidades como a NFL?
Alexandre Padreco, São José dos Campos-SP

A universidade é a principal fonte de jogadores de beisebol para a MLB, mas não é a única. Jogadores podem ser draftados direto do ensino médio (é muito mais comum na MLB que na NBA) e pode-se contratar jogadores estrangeiros (que não sejam americanos, canadenses e porto-riquenhos) negociando com seus clubes estrangeiros (japoneses e sul-coreanos) ou como agentes livres (todos os outros países). 

Em geral, os estrangeiros não-asiáticos são contratados ainda adolescentes e ficam treinando em centros de treinamentos que as franquias da MLB têm na América Latina. Quando eles se desenvolvem, vão para os Estados Unidos integrar as equipes de ligas menores (ligas profissionais, mas que servem de preparação dos jovens) do clube que o contratou.

Podemos dizer que o impacto do pitch clock é o mesmo do que aconteceu no vôlei com a retirada da "vantagem"?
Flavio Souto da Silva, @FlavioSout30017

É uma comparação exagerada. O impacto da retirada da vantagem foi imenso, com as partidas de vôlei ficando com até metade do tempo que tinham. Um jogo de vôlei atualmente fica entre 1h30 e 2h30 de duração, dependendo da quantidade de sets da partida. Na época da vantagem, era comum um jogo de vôlei com cinco sets chegar a 4h30, ainda mais antes da criação do tie breaker no quinto set.

Dá para dizer que o impacto do pitch clock se assemelha mais à criação do tie breaker no tênis ou no vôlei.

Bryce Harper, um dos principais rebatedores canhotos da MLB
Bryce Harper, um dos principais rebatedores canhotos da MLB Getty

A primeira base para canhotos não é uma desvantagem em relação aos destros, por eles terem que rebater e começarem a correr estando de costas pra base?
Niebson de Sousa, Caucaia-CE

É justamente o contrário, pois os rebatedores canhotos ficam do lado do home plate que é mais perto da primeira base. Então, por mais que eles até tenham de virar para correr, o tempo perdido é menor do que o ganho que eles têm por estarem a uma distância menor. Ainda assim, a diferença é mínima.

Qual é o recorde de arremessos feitos por um único jogador em um partida da MLB?
FLN, @NovoMVP

A pergunta é mais traiçoeira do que parece. A contagem de arremessos só se tornou uma estatística oficialmente registrada em 1988. Então, o recorde oficial é de Tim Wakefield, do Pittsburgh Pirates, que fez 172 arremessos em dez entradas contra o Atlanta Braves em 1993.

Mas é provável que a marca não seja a real. Há algumas décadas, o arremessador titular quase sempre fazia o jogo completo e não havia preocupação tão grande em segurar o número de arremessos com medo de uma lesão no futuro. Até porque os arremessos eram menos intensos e a carga de estresse dos ligamentos era menor. 

Extraoficialmente, Nolan Ryan fez 235 arremessos em uma vitória de 13 entradas de seu California Angels sobre o Boston Red Sox em 1974. No entanto, a contagem de arremessos daquela partida não é oficial

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Dúvidas MLB 23: De onde surgem os jogadores, recorde de arremessos, canhotos e a primeira base e mais relógio de arremesso

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Semana MLB: Primeiras impressões sobre as novas regras

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Jogos mais curtos e jogos com mais ação em campo. A temporada 2023 da MLB começou com uma enorme expectativa dos torcedores devido às novas regras implementadas pela liga (veja aqui). Por isso, a ansiedade é grande para ver se os resultados são satisfatórios ou não. Mesmo depois de apenas uma semana de jogos, onde a falta de amostragem fazem das estatísticas apenas uma tendência inicial, sem permitir conclusões definitivas.

Novas regras não serviram apenas para reduzir o tempo de jogo, mas para permitir mais rebatidas
Novas regras não serviram apenas para reduzir o tempo de jogo, mas para permitir mais rebatidas Getty

De qualquer modo, comparações já estão sendo feitas. Então, vamos conferir o que os números já estão mostrando:

- Tempo de jogo: 2h38 em 2023, 25 minutos a menos que em 2022, 32 a menos que em 2021;
- BABIP (aproveitamento no bastão contando apenas duelos que terminaram com bolas rebatidas para dentro do campo): 30,1% em 2023, 29% em 2022;
- Aproveitamento no roubo de bases: 83,3% em 2023, contra 75,4% em 2022;
- Tentativa de roubo de bases: 5,9% dos corredores em base em 2023, contra 4,8% em 2022;
- Jogos com mais de 3h30 na primeira semana: 1 em 2023, 34 em 2022; e
- Times com a mesma quantidade ou mais bases roubadas que home runs: sete neste começo de 2023, nenhum em temporada completa desde 2014.

A lista de estatísticas poderia seguir infinitamente. Os resultados iniciais das novas regras estão dentro das expectativas da liga (o que não aconteceu com pequenas mudanças de regras em temporadas recentes, diga-se). A reação do público, da imprensa e até dos jogadores é das melhores até agora.

O que chama mais a atenção de todos é o tempo total de jogo, mas não podemos ignorar o impacto positivo do aumento de rebatidas e de roubos de base. Nos últimos dez anos, a MLB foi se transformando em uma liga de força, com arremessadores buscando apenas o strikeout e rebatedores tentando responder com pancadas longas. A arte de uma rebatida colocada e de construir as corridas base a base era cada vez mais rara (o San Diego Padres nos playoffs do ano passado foi uma exceção). O início da temporada 2023 indica que ela pode voltar.

Resumo das novas regras da MLB
Resumo das novas regras da MLB []

Mais que apenas um jogo mais rápido, a MLB precisa de ação mais constante. Assim, as partidas se tornam muito mais emocionantes e agradáveis do que quando concentram tudo a poucos momentos de explosão. Por isso, as primeiras impressões das novas regras são ótimas. Que elas se confirmem quando tivermos mais amostragem estatística para tirar conclusões mais sólidas.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre por que é tão comum o time favorito perder uma partida na MLB e duas dúvidas sobre as novas regras. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Tyler O’Neill
O St. Louis Cardinals se orgulha de ser uma franquia que joga o beisebol “do jeito certo”. Sim, é um time que valoriza seu jeito mandaloriano de ser. No caso do beisebol, isso significa respeitar o jogo, respeitar o adversário e sempre se esforçar ao máximo porque nenhuma jogada merece menos dedicação. Até que ponto esse princípio é levado a sério? Bem, o técnico Oliver Mármol afastou Tyler O’Neill por uma partida após ser eliminado por teoricamente não dar o máximo na corrida nesta jogada.


O NÚMERO DA SEMANA

US$ 1,85 milhão
Valor alcançado por um bastão utilizado por Babe Ruth em 1921. É o maior valor já pago por um bastão de beisebol na história. Isso já faria da história digna de menção, mas o curioso é como ela chegou a esse patamar: ele aparece em uma foto de Ruth durante um jogo em 1921, identificação que foi possível a partir de manchas e marcas no bastão.



VÍDEO DA SEMANA

Essa câmera instalada nos árbitros é legal demais!

          

     

O QUE VEM POR AÍ

San Diego Padres e New York Mets se reencontram na próxima semana em Nova York. Foi dessa forma que a temporada dos Mets terminou em 2022, com duas derrotas em três jogos em casa contra os Padres na série de wildcard. Para esta temporada, as duas equipes estão entre as que mais investiram em reforços – ou em manter os bons jogadores que tinham – e podem ter novo encontro nos playoffs. Os dois primeiros jogos terão transmissão na ESPN (apenas o da segunda-feira) e no Star+ (segunda e terça). Na segunda, inclusive, está previsto um ótimo duelo de arremessadores, reunindo Yu Darvish e Max Scherzer.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 7/abr
21h - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 8/abr
20h - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (Star+)

Domingo, 9/abr
20h - San Diego Padres x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 10/abr
20h - San Diego Padres x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

Terça, 11/abr
20h - San Diego Padres x New York Mets (Star+)

Quarta, 12/abr
22h30 - Los Angeles Dodgers x San Francisco Giants (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 13/abr
20h - Minnesota Twins x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 14/abr
20h - Tampa Bay Rays x Toronto Blue Jays (Star+) 

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 7/abr
20h - NCAA (softbol): Florida State x Clemson
20h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Duke
22h - NCAA (beisebol): Oklahoma State x TCU

Sábado, 8/abr
12h30 - NCAA (beisebol): Brown x Cornell
13h - NCAA (beisebol): LSU x South Carolina
15h - NCAA (softbol): Notre Dame x Louisville
15h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
15h30 - NCAA (beisebol): Brown x Cornell
16h - NCAA (beisebol): Arkansas x Ole Miss
17h - NCAA (beisebol): NC State x Wake Forest
19h - NCAA (softbol): Georgia x Arkansas
19h - NCAA (beisebol): Mississippi State x Alabama
20h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Duke
21h - NCAA (softbol): Mississippi State x Texas A&M

Domingo, 9/abr
13h - NCAA (softbol): Boston College x Georgia Tech
13h - NCAA (beisebol): Rutgers x Maryland
13h - NCAA (beisebol): Kentucky x Georgia
13h - NCAA (beisebol): Brown x Cornell
15h - NCAA (softbol): Pittsburgh x North Carolina
16h - NCAA (softbol): Mississippi State x Texas A&M
16h - NCAA (beisebol): Kansas x West Virginia
17h - NCAA (softbol): Kentucky x Ole Miss

Segunda, 10/abr
20h - NCAA (softbol): Mississippi State x Texas A&M

Terça, 11/abr
19h - NCAA (softbol): Tennessee x Virginia Tech
20h - NCAA (softbol): Oklahoma x LSU
20h - NCAA (beisebol): Clemson x Georgia
20h - NCAA (beisebol): Kentucky x Louisville

Quarta, 12/abr
20h - NCAA (softbol): East Carolina x Duke

Quinta, 13/abr
20h - NCAA (beisebol): Kentucky x LSU
20h - NCAA (beisebol): Miami x North Carolina
21h - NCAA (beisebol): Missouri x Texas A&M

Sexta, 14/abr
19h - NCAA (softbol): LSU x Auburn
19h - NCAA (softbol): Virginia x Florida State
19h - NCAA (beisebol): Miami x North Carolina
21h - NCAA (beisebol): Tennessee x Arkansas
21h - NCAA (beisebol): Notre Dame x Clemson

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Primeiras impressões sobre as novas regras

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Dúvidas MLB 22: Por que favoritos perdem tanto e dúvidas sobre as novas regras

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Por que às vezes o time favorito leva uma surra tão grande?
Silfarle Santiago, Porto

Sabe aquela história de que o futebol é o esporte mais imprevisível do mundo, porque o melhor time pode perder do pior? BALELA. O beisebol é muito mais incerto, com um perde-ganha enorme entre os times, independentemente do nível técnico entre eles.

Para ilustrar: cada time joga 162 vezes na temporada regular. Vamos arredondar para baixo (160) e considerar que são dez séries de 16 partidas. Se o Time A vence nove e perde sete a cada 16 jogos, termina com 90 vitórias e tem uma das melhores campanhas de toda a liga. Se o Time B vence sete e perde nove, termina com 70 vitórias e tem uma das piores campanhas da temporada. Sim, praticamente todos os 30 times da MLB ficam nessa margem entre 6,5 e 9,5 vitórias a cada 16 jogos. Muito equilíbrio.

Um décimo a mais ou a menos e um centímetro a mais para cima ou para baixo pode ser a diferença entre um home run e uma eliminação
Um décimo a mais ou a menos e um centímetro a mais para cima ou para baixo pode ser a diferença entre um home run e uma eliminação Getty

Isso ocorre por dois fatores principais:

- Beisebol é um esporte de precisão (tanto arremessando quanto rebatendo), e mesmo o melhor time pode ter uma queda de rendimento significativa se, num determinado dia, os jogadores estão só um pouco abaixo do ideal. Um dia em que a equipe está sentindo a maratona de jogos, o desgaste da viagem ou qualquer outro fator pode ter um impacto grande no resultado da partida;

- Os arremessadores têm uma influência enorme no jogo. Se um abridor estiver inspirado naquele dia, pode silenciar até o melhor dos ataques. E mesmo os times ruins têm arremessadores que têm talento suficiente para fazer um jogo memorável de tempos em tempos.

Com jogo mais curto, talvez tenhamos menos venda de comidas e bebidas nos estádios. A MLB considerou o eventual impacto disso na redução do tempo dos jogos?
Eliane, @Eli_DFR

Apesar de o principal foco das novas regras tenha sido no impacto no jogo em si e na audiência de TV, a MLB também estudou o quanto isso afetava o comércio nos estádios. E os resultados, na temporada de testes de ligas menores, foram promissores: não houve mudança significativa na venda de comidas, bebidas e produtos em geral.

Ainda há muita coisa a se estudar a respeito disso, mas já ficou evidente que o cenário não é tão simples como “jogo mais curto, torcida menos tempo para ficar comendo e bebendo no estádio”. Ainda que a frase tenha algum sentido e realmente se aplicará ao comportamento de alguns torcedores, há várias nuances.

Primeiro, o tempo de venda não diminuiu tanto assim. Nesse começo de nova regra, as partidas estão 25 minutos mais rápidas (arredondando para cima). Isso dá 2,8 minutos a menos por entrada. Considerando que a venda de bebidas (mais significativas que a de comida nos estádios) normalmente é encerrada ao final da sétima entrada, o “tempo útil” para se comprar uma cerveja caiu 19 minutos. Nem é tanta coisa assim. 

Por isso, acho que as pessoas que reclamaram disso estão impactadas mais pelo efeito psicológico do jogo mais rápido do que pela redução de tempo em si. Antes o torcedor achava que levaria apenas meia entrada na fila para comprar um cachorro quente ou uma cerveja, e agora ele fica com medo de perder uma entrada inteira (a conta acima mostra que não perde).

Além disso, era muito comum torcedores começarem a voltar para casa nas entradas finais, quando os jogos chegavam a 2h30. A MLB espera que, com partidas tendo duração total de 2h40, os torcedores simplesmente fiquem até a última eliminação. Ou seja, o tempo total dentro do estádio – e potencialmente gastando dinheiro – seria praticamente o mesmo.

Por fim, há uma aposta que jogos mais rápidos e com dinâmica mais agradável atraia mais gente aos estádios. E, mesmo que alguns torcedores acabem comprando menos cerveja, cachorro quente ou bonés do time porque tiveram menos tempo, outros torcedores, que teriam visto o jogo de casa, estarão ali nas arquibancadas para gastar um pouco também.

Torcedor pega a bola que foi para a arquibancada sem deixar cair a cerveja
Torcedor pega a bola que foi para a arquibancada sem deixar cair a cerveja Reprodução

Onde está o relógio de contagem do arremesso? Não é visível na televisão?
Aloysio Coutinho, Osasco

Não. Há relógios em vários pontos do estádio, e obviamente os arremessadores, rebatedores, catchers e árbitros têm boa visão de algum relógio. Mas a liga propositalmente não quis colocar nenhum no enquadramento principal das transmissões de TV. No primeiro jogo de pré-temporada com a nova regra, um Seattle Mariners x San Diego Padres, havia um cronômetro grande atrás do rebatedor, facilmente visível na transmissão, e isso causou muito incômodo ao público que viu pela TV. De fato, dava a sensação de que o arremessador estava sempre sendo pressionado, não passava uma ideia de que o jogo era fluido e natural. 

Mas não se preocupe: é evidente que os jogadores em campo estão vendo algum relógio, e a transmissão de TV sempre vai colocar o relógio na tela quando estiver nos segundos finais.

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Dúvidas MLB 22: Por que favoritos perdem tanto e dúvidas sobre as novas regras

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Semana MLB: Guia da temporada 2023

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


A Major League Baseball está de volta! Neste ano, veio com um ótimo aperitivo, o World Baseball Classic, e a implementação de novas regras, que tornarão o jogo mais divertido e rápido. Ou seja, há muito tempo uma temporada da MLB não era cercada com tanta expectativa por todos, do torcedor em casa até os donos das franquias.

Para ficar por dentro do que deve acontecer neste ano, confira abaixo um rápido guia da temporada e a grade de programação da ESPN e do Star nesta primeira semana.

NOVAS REGRAS

Tem muitas novidades, como relógio para arremessos, tamanho das bases e restrição do posicionamento da defesa no campo interno. Essas novidades já foram explicadas em um post anterior do blog. Então, só clicar aqui e veja.

Resumo das novas regras da MLB
Resumo das novas regras da MLB []

TIME A TIME

LIGA AMERICANA LESTE

Baltimore Orioles

PANORAMA GERAL: Uma equipe claramente em ascensão, com alguns jogadores jovens mostrando serviço e vários outros que devem ser promovidos da base neste ano (destaque para Gunnar Henderson). E isso vale até para os arremessadores, uma deficiência crônica da franquia há décadas.

O problema é que a diretoria parece mais paciente que a torcida, e não fez a onda de investimento em jogadores mais experientes para dar mais peso ao elenco. É possível que esses investimentos venham no meio do ano se a campanha for boa e os playoffs forem uma realidade. Caso contrário, talvez essa injeção de dinheiro venha para a próxima temporada.

DESTAQUES: Cedric Mullins (defensor externo), Adley Rutschman (catcher)

PALPITE: Fica pouco acima de 50% de aproveitamento, mas não consegue a vaga nos playoffs ainda

Boston Red Sox

PANORAMA GERAL: A franquia parece sem uma direção tão clara neste momento. Dá sinais de que quer reconstruir o elenco, tanto que negociou ou deixou sair estrelas como Mookie Betts e JD Martínez nos últimos anos, mas não abraça definitivamente o processo. Dessa forma, os Red Sox fizeram contratações que até darão esperança à torcida, como Kenley Jansen, Corey Kluber, Kiké Hernández (já estava no clube, mas renovou), Justin Turner e Masataka Yoshida. Mas, com exceção do japonês (um dos destaques do WBC), os demais não estão mais no auge da carreira e a campanha dependeria de uma recuperação de todos esses reforços ao mesmo tempo. 

DESTAQUES: Rafael Devers (terceira base), Chris Sale (arremessador), Alex Verdugo (defensor externo)

PALPITE: Um pouco abaixo de 50% de aproveitamento

New York Yankees

PANORAMA GERAL: As estrelas que já estavam no time continuaram, inclusive Aaron Judge, que recebeu um novo contrato bastante polpudo para ficar em Nova York. Além disso, houve um bom investimento no abridor Carlos Rodón, deixando a rotação mais forte. O bullpen não tem mais Aroldis Chapman – não é um problema, há tempos não era mais efetivo – e perdeu Scott Effross por lesão, mas Tommy Kahnle está de volta. É uma equipe muito forte há anos, mas que nem sempre sabe fazer os ajustes ao longo do campeonato para conseguir dar o passo final até a World Series.

DESTAQUES: Aaron Judge (defensor externo), Gerrit Cole (arremessador), Anthony Rizzo (primeira base)

PALPITE: Campeão da divisão, mas o sucesso nos playoffs vai depender de como a diretoria vai agir no mercado no meio do ano

Torcida dos Yankees no setor do estádio criado para celebrar Aaron Judge
Torcida dos Yankees no setor do estádio criado para celebrar Aaron Judge ESPN

Tampa Bay Rays

PANORAMA GERAL: Nenhuma novidade para o torcedor dos Rays. Atuação discreta no mercado, deixando sair mais jogadores do que trazendo novos, e a sensação de que falta força ofensiva para fazer uma campanha competitiva. Bem, na última década, o Tampa Bay tem feito isso constantemente e, no final do ano, está nos playoffs. O cenário deste ano não é diferente.

DESTAQUES: Randy Arozarena (defensor externo), Wander Franco (shortstop), Tyler Glasnow (arremessador)

PALPITE: Briga por uma vaga no wildcard

Toronto Blue Jays

PANORAMA GERAL: Um elenco claramente talentoso, com ótimos rebatedores, uma rotação sólida e um bullpen que foi competente na temporada regular passada. Mas ainda há uma sensação de que falta alguma coisa ao time. Nos playoffs de 2022, por exemplo, a rotação sólida e o bullpen competente não souberam elevar seu nível de acordo com a exigência da partida, e os Jays foram eliminados de maneira dramática – e talvez traumática – para o Seattle Mariners.

Para 2023, a diretoria fez bons movimentos, sobretudo para melhorar o repertório de rebatedores canhotos no elenco (caso de Kevin Kiermaier e Brandon Belt), mas não fez nenhuma contratação bombástica para mudar o time de patamar.

DESTAQUES: Vladimir Guerrero Jr (primeira base), Bo Bichette (shortstop), Alek Manoah (arremessador)

PALPITE: Conquista uma vaga no wildcard, mas não faz um grande avanço nos playoffs

LIGA AMERICANA CENTRAL

Chicago White Sox

PANORAMA GERAL: Um elenco montado durante anos para chegar ao início da década de 2020 como candidato a título todo ano. E, até agora, não é exatamente isso o que tem acontecido. Os Meias Brancas até chegaram aos playoffs de 2020 e 21, mas sempre caiu logo de cara e ainda decepcionou ao ficar de fora no ano passado.

Um motivo para o desempenho frustrante é a falta de conexão do técnico Tony LaRussa com os jogadores, o que impedia o time de realmente jogar de acordo com o talento disponível. Bem, a diretoria trocou de treinador para esta temporada, e, se Pedro Grifol encontrar a sintonia certa com o vestiário, os White Sox têm totais condições de sonhar com algo grande. Mesmo com a perda de José Abreu, seu principal jogador, para os Astros.

DESTAQUES: Tim Anderson (shortstop), Luis Robert (defensor externo), Yoán Moncada (terceira base)

PALPITE: Vai para os playoffs

Cleveland Guardians

PANORAMA GERAL: Uma franquia que parecia iniciar uma reconstrução, mas rapidamente encontrou uma base jovem competitiva e está se abraçando a ela para seguir na briga pela divisão. A rotação tem Shane Bieber, Triston McKenzie (começa a temporada lesionado) e Cal Quantrill, o bullpen tem Emanuel Clase, James Karinchak e Trevor Stephan, o ataque conta com José Ramírez (contrato renovado ano passado), André Giménez (contrato renovado nesta semana) e Steven Kwan. Para os home runs, a direção trouxe Josh Bell.

É uma equipe interessante. Falta peso no longo prazo, mas já se mostrou capaz de forçar os Yankees a um jogo 5 na série de divisão do ano passado. 

DESTAQUES: José Ramírez (terceira base), Andrés Giménez (segunda base), Shane Bieber (arremessador)

PALPITE: Luta por uma vaga nos playoffs

Detroit Tigers

PANORAMA GERAL: Os Tigers deram bons sinais em 2020 e 21, parecia uma franquia finalmente saindo do buraco após uma reconstrução profunda no elenco. Mas tudo deu errado no ano passado, com apostas não se pagando e a percepção que o projeto não estava mais caminhando.

A direção resolveu trocar todo o comando esportivo do Detroit, que iniciará um novo trabalho quase do zero. Uma pena que a temporada de despedida de Miguel Cabrera seja melancólica, mas celebrar a carreira do venezuelano provavelmente será o ponto alto da temporada dos Tigres.

DESTAQUES: Javier Báez (shortstop), Miguel Cabrera (rebatedor designado), Eduardo Rodríguez (arremessador)

PALPITE: Candidato a uma das piores campanhas da temporada

Miguel Cabrera entra na última temporada de sua grande carreira
Miguel Cabrera entra na última temporada de sua grande carreira Getty

Kansas City Royals

PANORAMA GERAL: As lembranças do título de 2015 já estão distantes, mas não há sinais de que os Royals voltarão a brigar em curto prazo. A franquia tem demonstrado dificuldade em encontrar uma nova leva de talentos jovens para dar estrutura ao time, que tem pequenas melhorias de um ano para o outro. Nem em uma divisão sem uma superpotência isso é suficiente para os Royals se sentirem minimamente na briga.

Não deve ser diferente neste ano. A contratação mais barulhenta é a de Aroldis Chapman, um dos fechadores mais marcantes da MLB na última década. No entanto, o cubano vem em fase descendente e talvez nem fique com a responsabilidade de assumir as nonas entradas.

DESTAQUES: Salvador Pérez (catcher), Bobby Witt Jr (shortstop), Aroldis Chapman (arremessador)

PALPITE: Fica abaixo de 50% de aproveitamento, mas não é lanterna da divisão

Minnesota Twins

PANORAMA GERAL: O torcedor dos Twins não pode reclamar da falta de iniciativa da diretoria. Depois de pedir para sair, fechar com os Giants e com os Mets, Correa assinou com o Minnesota de novo. Ou seja, o grande reforço é um jogador que já estava na equipe no ano passado. Tudo bem, foi uma questão maluca e as Gêmeas não têm culpa disso.

De resto, o time tem Christian Vázquez (ex-Red Sox e Astros), Joey Gallo (ex-Yankees e Rangers), Jorge López e os pratas da casa Byron Buxton e Max Kepler. É uma base interessante, mas que volta a um crônico problema dos Twins: quem arremessa? A rotação tem em Sonny Gray sua principal figura, e Jhoan Duran e Jorge López seguram o bullpen. Bom para brigar pelos playoffs, mas o passo definitivo depende de contratações de meio do ano.

DESTAQUES: Carlos Correa (shortstop), Byron Buxton (defensor externo), Christian Vazquez (catcher)

PALPITE: Briga por uma vaga nos playoffs, mas fica de fora por pouco

LIGA AMERICANA OESTE

Houston Astros

PANORAMA GERAL: O título de 2022 ajudou a tirar da franquia o peso das acusações de só levar a World Series com ajuda de trapaça. Agora o bom trabalho dos texanos foi premiado com um título sem contestação, e a tendência é que o time até chegue mais leve para a temporada. 

O elenco é praticamente o mesmo. Perdeu Justin Verlander, mas os Astros sempre se viram bem no montinho (talvez seja o clube que trabalha melhor o desenvolvimento de arremessadores). No ataque, José Abreu veio do Chicago White Sox para dar ainda mais capacidade de decisão em um time que cresce nos momentos decisivos.

DESTAQUES: José Altuve (segunda base), Yordán Álvarez (rebatedor designado), José Abreu (primeira base)

PALPITE: Mais uma vez, vai aos playoffs e entra no mata-mata como um dos principais candidatos ao título

Los Angeles Angels

PANORAMA GERAL: Depois do final hollywoodiano do World Baseball Classic, com Shohei Ohtani e Mike Trout duelando pelo título mundial, a cobrança sobre os Angels cresceu ainda mais. Afinal, como um time com os dois melhores jogadores do mundo pode ser tão incompetente? Bem, a falta de bons arremessadores na rotação e no bullpen, além da inconsistência do ataque, são questões crônicas do clube de Anaheim.

A diretoria até tentou mitigar esses problemas para 2023. O ataque tem Anthony Rendón (perdeu quase toda a temporada passada por lesão), Gio Urshela, Hunter Renfroe e Jared Walsh. Não é espetacular, mas pode ser digno. A rotação conta com Patrick Sandoval (uma grata surpresa do Mundial) e o competente Tyler Anderson, além de Ohtani. O bullpen ainda deixa a desejar, mas se tudo der certo, até dá para imaginar os Angels correndo por fora na briga pelo wildcard. A questão é que raramente tudo dá certo.

DESTAQUES: Shohei Ohtani (rebatedor designado e arremessador), Mike Trout (defensor externo), Anthony Rendón (terceira base)

PALPITE: briga para ficar em torno de 50% de aproveitamento

Shohei Ohtani no All-Star Game de 2021
Shohei Ohtani no All-Star Game de 2021 Getty Images

Oakland Athletics

PANORAMA GERAL: Saldão geral, o gerente enlouqueceu e os A’s mais uma vez desfizeram um time. A equipe que ganhou a divisão em 2020 não existe mais, e é mais um ano de reconstrução para o Oakland. As contratações foram apenas de jogadores competentes, que impedirão uma campanha muito constrangedora do clube. Casos de Jace Peterson, Aledmys Díaz e Trevor May. Shintaro Fujinami é uma aposta ousada para a rotação, já que o arremessador era apenas um reliever longo na NPB e seu nome não encabeça a lista de nomes da ótima geração japonesa no montinho.

DESTAQUES: na falta de um nome melhor, Ramón Laureano (defensor externo)

PALPITE: pior campanha da divisão, uma das piores da MLB

Seattle Mariners

PANORAMA GERAL: O torcedor dos Mariners tem motivo para estar otimista. A equipe que acabou com o jejum de 21 anos sem playoffs na temporada passada foi praticamente mantida. A rotação é competente, o bullpen é um dos melhores da MLB e o ataque tem jogadores explosivos. Além disso, a contratação de Teoscar Hernández dá um pouco mais de força no bastão.

O único “porém” é que, ainda que o time seja competitivo e tenha margem para evolução, ainda soa um degrau abaixo de Astros e Yankees. Talvez algumas negociações de meio de temporada resolvam isso.

DESTAQUES: Julio Rodríguez (defensor externo), Luis Castillo (arremessador), Robbie Ray (arremessador)

PALPITE: Pega um dos wildcards da Liga Americana

Texas Rangers

PANORAMA GERAL: Um dos times que têm mais potencial para evoluir. A direção investiu em nomes de peso para voltar a disputar os playoffs. O nome que mais chama a atenção é o de Jacob deGrom (talvez o melhor arremessador do mundo quando não está lesionado), mas o clube também contratou Nathan Eovaldi e renovou com Martín Pérez. O ataque já tinha recebido reforços no ano passado, como Corey Seager e Marcus Semien.

No papel, é uma equipe para brigar por vaga nos playoffs. O problema é que ainda falta um pouco de profundidade ao elenco, o que pode custar caro em longo prazo.

DESTAQUES: Jacob deGrom (arremessador), Corey Seager (shortstop), Adolis García (defensor externo)

PALPITE: Fica acima de 50% de aproveitamento

LIGA NACIONAL LESTE

Atlanta Braves

PANORAMA GERAL: Campeão em 2021 e segunda melhor campanha da Liga Nacional na temporada regular em 2022, não há motivos para acreditar que os Braves não se manterão entre as forças da MLB neste ano. A equipe mantém uma base absurdamente talentosa e ainda jovem. Por isso, mesmo o fato de o mercado ter sido discreto não incomoda: a ideia foi dar mais profundidade ao elenco, e não trazer uma superestrela. Ainda assim, a contratação de Sean Murphy como novo catcher não deve ser menosprezada.

DESTAQUE: Ronald Acuña Jr (defensor externo), Max Fried (arremessador), Austin Riley (terceira base)

PALPITE: vai aos playoffs

Miami Marlins

PANORAMA GERAL: Uma equipe jovem e com potencial de crescimento, que recebeu o reforço de alguns veteranos interessantes como Jean Segura e Johnny Cueto. Os Marlins até dão sinais de que pretendem voltar a brigar um dia, mas ainda é pouco para competir na melhor divisão da MLB no momento.

DESTAQUE: Sandy Alcántara (arremessador), Jazz Chisholm (defensor externo), Jorge Soler (rebatedor designado)

PALPITE: fica abaixo de 50% de aproveitamento, mas terá alguns bons jogos ao longo do ano

New York Mets

PANORAMA GERAL: A eliminação para os Padres na primeira fase de playoffs deixou o gosto de frustração na campanha dos Mets, mas o clube tinha liderado a divisão durante quase todo o ano, perdendo apenas na última semana. O time era forte, e continua praticamente igual. Perdeu seu melhor arremessador, Jacob deGrom, mas trouxe Justin Verlander no lugar. Talvez até perca um pouco em qualidade absoluta de arremessos, mas ganha muito mais em confiabilidade. 

A perda de Edwin Díaz por contusão durante o WBC deixa os nova-iorquinos sem o melhor fechador do momento, mas há uma esperança que ele volte para os playoffs. O maior desafio dos Mets continua sendo lidar com a imensa pressão sobre uma franquia que quase sempre entrega menos que as expectativas, ainda mais depois de ter o dono mais rico e a maior folha salarial da MLB.

DESTAQUES: Justin Verlander (arremessador), Max Scherzer (arremessador), Francisco Lindor (shortstop)

PALPITE: vai aos playoffs

De Houston para Nova York: Justin Verlander é a grande aposta dos Mets para a temporada
De Houston para Nova York: Justin Verlander é a grande aposta dos Mets para a temporada Getty

Philadelphia Phillies

PANORAMA GERAL: Atual campeão da Liga Nacional, ficou a duas vitórias do título da World Series, e ainda assim pouca gente coloca os Phillies como favoritos em sua própria divisão. Essa avaliação se justifica: o time é muito talentoso e explosivo, e justamente por isso parece mais feito para os playoffs. Para uma maratona de temporada regular, talvez falte mais profundidade ao elenco.

De qualquer maneira, os Phillies corrigiram ao longo do ano passado seus dois maiores defeitos: a defesa fraca e o bullpen inconsistente. O time ainda não é referência nessas duas áreas, mas já está em um nível decente para quem entra no campeonato pensando em título. A concorrência de Mets e Braves é cruel, mas os Phillies evoluíram até na confiança e dificilmente não beliscam uma vaga nos playoffs. E, a partir daí, eles estariam no ambiente que lhes é mais favorável...

DESTAQUES: Bryce Harper (defensor externo), Kyle Schwarber (rebatedor designado), Aaron Nola (arremessador)

PALPITE: Pega uma vaga de wildcard

Washington Nationals

PANORAMA GERAL: Os campeões de 2019 estão em reconstrução total. As contratações visam apenas dar um nível minimamente competitivo ao time enquanto a franquia acumula boas escolhas no draft para melhorar a situação das categorias de base. Considerando a forte divisão em que estão, os Nationals são candidatos a pior campanha da MLB

DESTAQUES: Keibert Ruiz (catcher) e Jeimer Candelario (terceira base)

PALPITE: Ficará com a pior campanha de toda a MLB

LIGA NACIONAL CENTRAL

Chicago Cubs

PANORAMA GERAL: Os Cubs não chamaram tanto a atenção durante o recesso da MLB, mas tiveram um mercado muito interessante. Contrataram bons jogadores como Dansby Swanson (campeão com os Braves há dois anos), Cody Bellinger (vem em péssima fase, mas foi MVP da Liga Nacional em 2019), Trey Mancini, Jameson Taillon, Eric Hosmer e Michael Fulmer. Com Yan Gomes, Nico Hoerner e Ian Happ ainda no elenco, é um time muito melhor do que muita gente previa, considerando que é uma franquia em reconstrução.

DESTAQUES: Dansby Swanson (shortstop), Trey Mancini (defensor externo), Cody Bellinger (defensor externo). Ainda têm o catcher Yan Gomes, único brasileiro na MLB neste início de temporada

PALPITE: Ficará sempre correndo por fora na luta pelos playoffs

Yan Gomes agora é titular no Chicago Cubs
Yan Gomes agora é titular no Chicago Cubs Getty

Cincinnati Reds

PANORAMA GERAL: O Cincinnati Reds bateu recorde de pior início de temporada em 2022. Até foi meio exagerado – o time tinha muito desfalque por lesão –, mas dá um sinal de como a equipe é fraca. Para este ano, não houve investimento significativo em reforços, apenas a chegada de Wil Myers (ex-Padres) chama a atenção.

Nenhuma surpresa, considerando que a diretoria é uma das que menos coloca o dinheiro no bolso para investir no elenco e que há muitos talentos jovens na base dos Reds. Ou seja, talvez o Cincinnati dê sinal de vida quando esses jovens começarem a aparecer no time principal. Talvez não seja neste ano, porém.

DESTAQUES: Jonathan India (segunda base), Joey Votto (primeira base), Hunter Greene (arremessador)

PALPITE: Vai brigar com os Pirates para evitar a lanterna da divisão

Milwaukee Brewers

PANORAMA GERAL: Poucos times têm um repertório tão vasto no montinho. A rotação é ótima e o bullpen é para lá de confiável. Para melhorar, a comissão técnica sabe bem como usar todo esse talento para anular os ataques adversários. Só isso já é suficiente para colocar os Brewers como candidato a uma vaga nos playoffs. No entanto…

…quem rebate? Christian Yelich já foi MVP da Liga Nacional no passado, mas a torcida acredita cada vez menos que ele recuperará aquele nível após tantas temporadas decepcionantes. William Contreras, ex-Braves, é um bom reforço nessa área, mas ainda precisa de mais para o Milwaukee voltar a ser um candidato a título da Liga Nacional.

DESTAQUES: Corbin Burnes (arremessador), Brandon Woodruff (arremessador), Devin Williams (arremessador)

PALPITE: Vai estar na briga por uma vaga nos playoffs

Pittsburgh Pirates

PANORAMA GERAL: O torcedor dos Pirates até viu uma quantidade razoável de reforços chegar: Choi Ji-Man, Carlos Santana, Vince Velasquez, Austin Hedges, Rich Hill e Andrew McCutchen, entre outros. Mas são jogadores em fase descendente que devem apenas ajudar o time a melhorar um pouco enquanto continua sua reconstrução. O foco mesmo tem de continuar sendo nos jovens Oneil Cruz e Ke’Bryan Hayes.

DESTAQUES: Oneil Cruz (shortstop), Ke’Bryan Hayes (segunda base), Andrew McCutchen (rebatedor designado)

PALPITE: Vai brigar com os Reds para evitar a lanterna da divisão. E vai ganhar essa disputa

St. Louis Cardinals

PANORAMA GERAL: É uma das franquias mais estáveis da MLB. Consegue sempre se renovar e seguir competitiva, mesmo sem fazer tanto barulho no mercado. A situação não muda nesta temporada. O ataque é um dos mais interessantes da MLB, ainda mais após a contratação do catcher Willson Contreras, ídolo do rival Cubs, para o lugar de Yadier Molina (aposentou).

O problema do time está no montinho. A rotação tem bons nomes, mas não salta aos olhos como a tradição dos Cardinals manda. O bullpen é pior ainda, com jogadores que nem são ruins, mas oscilam demais de um jogo para o outro e não passam confiança para uma disputa em nível de playoffs.

DESTAQUES: Paul Goldschmidt (primeira base), Nolan Arenado (terceira base), Willson Contreras (catcher)

PALPITE: Vencem a divisão, mas uma campanha de sucesso nos playoffs depende da chegada de novos arremessadores

LIGA NACIONAL OESTE

Arizona Diamondbacks

PANORAMA GERAL: Ninguém vai dar tanta trela aos Dbacks, pois a divisão Oeste da Liga Nacional e a Liga Nacional como um todo têm muitas equipes mais fortes. Mas é justo dizer que o Arizona está evoluindo, e o time de 2023 tem boas condições de aprontar algumas surpresas ao longo da temporada e mostrar um jogo muito divertido.

É um time jovem e rápido. Corbin Carroll é um dos favoritos ao título de estreante do ano da Liga Nacional e Gabriel Moreno também pode ser uma das revelações dessa equipe. Ketel Marté é a estrela do elenco, que ainda conta com Zach Gallen e Joe Mantiply (ambos com bons desempenhos em 2022) e os veteranos Evan Longoria e Madison Bumgarner. 

DESTAQUES: Zac Gallen (arremessador), Ketel Marté (segunda base), Corbin Carroll (defensor externo)

PALPITE: fica um pouco abaixo de 50% de aproveitamento

Colorado Rockies

PANORAMA GERAL: Os Rockies foram mal na temporada passada, e não fizeram muita coisa para mudar o destino em 2023. Além de Kris Bryant e Charlie Blackmon, não há jogadores realmente acima da média no elenco. A principal novidade foi Jurickson Profar, apenas um coringa útil no San Diego Padres nos últimos anos. A tendência é que o Colorado fique na lanterna da divisão, talvez pensando em brigar com os Diamondbacks se os jovens do Arizona não mostrarem serviço.

DESTAQUES: Kris Bryant (terceira base), Kyle Freeland (arremessador), Charlie Blackmon (defensor externo)

PALPITE: Lanterna da divisão

Los Angeles Dodgers

PANORAMA GERAL: Os Dodgers ainda são a superpotência da divisão e mesmo da Liga Nacional. No entanto, aquela aura de equipe irretocável – pelo menos para temporada regular – está cada vez mais fraca. Alguns jogadores deixaram a equipe nos últimos anos (Seager, Bellinger, Turner, Jansen), e a reposição é mais discreta, muitas vezes com jovens saindo das ligas menores ou apostas (casos de Noah Syndergaard neste ano). Mas mesmo com essa política de valorizar a base, ainda houve espaço no orçamento para buscar dois nomes que podem ajudar bastante: JD Martínez (ex-Red Sox) e JP Feyereisen (ex-Rays).

DESTAQUES: Mookie Betts (defensor externo), Freddie Freeman (primeira base), Clayton Kershaw (arremessador)

PALPITE: Leva a divisão, mas o título dependerá de alguns jovens explodirem neste ano

San Diego Padres

PANORAMA GERAL: No papel, briga para ser o melhor time de toda a MLB. A diretoria tem investido em contratações de forma nunca vista em San Diego anteriormente, e não dá para reclamar da falta de talento no time. Vá lá, dá para dizer que a rotação conta com jogadores que oscilam um pouco (Blake Snell e Michael Wacha) e um que só no ano passado se transformou em abridor (Nick Martínez). Ou seja, fica muita responsabilidade nas costas de Yu Darvish e Joe Musgrove. Alguma cornetada no bullpen também não é sem motivo.

Ainda assim, o ataque é monstruoso, ainda mais depois da contratação de Xander Bogaerts e de Fernando Tatís voltar de suspensão por doping, o que ocorrerá ainda no começo desta temporada. Faltava apenas uma campanha mais convincente desse time para pegar confiança e se colocar como candidato ao título, mas isso ocorreu em 2022, quando os Padres eliminaram os Dodgers e chegaram à final da Liga Nacional.

DESTAQUES: Manny Ramírez (terceira base), Juan Soto (defensor externo), Fernando Tatís Jr (defensor externo)

PALPITE: Fica um pouco atrás dos Dodgers na divisão, mas conquista vaga nos playoffs

Padres ficaram a um passo de voltar à World Series em 2022
Padres ficaram a um passo de voltar à World Series em 2022 Getty Images

San Francisco Giants

PANORAMA GERAL: Os Giants têm um elenco com alguns talentos e muito dinheiro sobrando para fazer contratações de peso. A expectativa geral da liga é que o San Francisco faça esse investimento em algum momento e se torne rapidamente em uma força na Liga Nacional.

Em teoria, isso aconteceria já neste ano. No entanto, as duas principais apostas dos Giants (Aaron Judge e Carlos Correa) naufragaram, então a diretoria decidiu segurar para fazer esses investimentos no futuro. O que faz desta temporada uma de espera, em que o clube está preparando o terreno para se tornar um candidato a título em breve. As contratações deste ano indicam isso, com jogadores que apenas vão ajudar a manter o time no meio da tabela sem comprometer o caixa em longo prazo.

DESTAQUES: Brandon Crawford (shortstop), Logan Webb (arremessador), Camilo Doval (arremessador)

PALPITE: briga com os Diamondbacks pela terceira posição na divisão

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 31/mar
21h - Chicago White Sox x Houston Astros (Star+)

Sábado, 1/abr
15h - Milwaukee Brewers x Chicago Cubs (Star+)

Domingo, 2/abr
20h - Philadelphia Phillies x Texas Rangers (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 3/abr
20h30 - Atlanta Braves x St. Louis Cardinals (ESPN 3 e Star+)

Terça, 4/abr
20h - Philadelphia Phillies x New York Yankees (Star+)

Quarta, 5/abr
20h30 - Toronto Blue Jays x Kansas City Royals (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 6/abr
20h - San Diego Padres x Atlanta Braves (Star+)

Sexta, 7/abr
21h - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN 3 e Star+) 

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 31/mar
19h - NCAA (softbol): Clemson x Boston College
21h - NCAA (beisebol): Virginia x Virginia Tech

Sábado, 1/abr
13h - NCAA (softbol): Texas x Oklahoma
13h - NCAA (softbol): Florida x South Carolina
15h - NCAA (softbol): Tennessee x Texas A&M
17h - NCAA (softbol): Ole Miss x Auburn
17h - NCAA (beisebol): Georgia Tech x Boston College
19h - NCAA (softbol): Alabama x Missouri
20h - NCAA (beisebol): Florida State x Miami
21h - NCAA (beisebol): Ole Miss x Texas A&M

Domingo, 2/abr
13h - NCAA (softbol): Duke x Virginia Tech
13h - NCAA (softbol): Texas x Oklahoma
13h - NCAA (beisebol): Louisville x NC State
13h - NCAA (beisebol): Missouri x Kentucky
15h - NCAA (softbol): Georgia Tech x Florida State
15h - NCAA (beisebol): Florida State x Miami
16h - NCAA (beisebol): Alabama x Arkansas
17h - NCAA (softbol): Stanford x UCLA
19h - NCAA (softbol): Kentucky x Georgia

Segunda, 3/abr
20h - NCAA (softbol): Kentucky x Georgia

Terça, 4/abr
18h30 - NCAA (beisebol): NC State x East Carolina
19h - NCAA (softbol): Longwood x Virginia Tech
21h - NCAA (softbol): Ball State x Notre Dame

Quarta, 5/abr

20h - NCAA (softbol): Furman x Clemson

Quinta, 6/abr
19h - NCAA (softbol): Missouri x LSU
19h - NCAA (softbol): Florida State x Clemson
21h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
21h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Auburn
21h - NCAA (beisebol): Clemson x Florida State
0h - NCAA (beisebol): San Diego x Gonzaga

Sexta, 7/abr
20h - NCAA (softbol): Florida State x Clemson
20h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Duke
22h - NCAA (beisebol): Oklahoma State x TCU

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Guia da temporada 2023

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Semana MLB: Um grande final para um grande Mundial

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O World Baseball Classic de 2023 apresentou as condições para mudar a história do beisebol. As partidas tiveram qualidade, competitividade, emoção e energia no mais alto nível que a modalidade pode apresentar. Foram dezenas de histórias, desde a superação de atletas individuais até os grandes jogos como Estados Unidos x Japão, Japão x México, México x Porto Rico, Estados Unidos x Venezuela, Porto Rico x República Dominicana, México x Estados Unidos, Austrália x Coreia do Sul, Taiwan x Holanda e por aí vai.

Mas um dos elementos mais espetaculares do torneio foi que tudo isso se condensou para um elemento simples, talvez o mais básico do beisebol. Como a singularidade que virou o Big Bang e deu origem ao universo, mas no sentido contrário. Um at-bat, um duelo arremessador x rebatedor. Mano a mano, só um contra o outro.

Na nona entrada, com dois eliminados, eram dois times, dois países em jogo. Mas, naquele momento, era como uma clássica luta de boxe dos anos 70 ou 80. Ao invés de George Foreman x Muhammad Ali ou Sugar Ray Leonard x Marvin Hagler, era Shohei Ohtani x Mike Trout. Dois gigantes históricos se digladiando para definir um duelo que se sabia que seria épico antes mesmo do primeiro arremesso.


As análises pós-decisão focaram na beleza de como todo o duelo se desenvolveu para construir o momento perfeito: contagem cheia, o vai ou racha para os dois. O que passava na cabeça de cada um, a estratégia nessa luta de gato e rato em que muitas vezes se transforma um confronto entre arremessador e rebatedor.

Claro que falar de um home run empolgante ou uma corrida que vence o lançamento da defesa no home plate é ótimo. Mas essa é a parte mais óbvia de qualquer esporte: focar na marcação do ponto. Nesse caso, a beleza ficou no não-ponto. No poder do arremessador em vencer a luta de boxe com o rebatedor.

É natural que um neófito em beisebol foque seu olhar na ação de rebatida e sair correndo, e é sempre importante mostrar como o duelo arremessador x rebatedor também tem muita ação. E esse final de WBC gerou vários comentários focados na arte do duelo.

Quem é um iniciante em beisebol no Brasil e acompanhou um pouco a repercussão desse Japão x EUA, Ohtani x Trout, certamente aprendeu a ver uma nova dimensão do beisebol na noite desta terça. E isso foi mais uma das grandes conquistas desse Mundial.

ATENÇÃO! A TEMPORADA JÁ VAI COMEÇAR NA ESPN. CONFIRA AS TRANSMISSÕES DA SEMANA

Sexta, 24/mar
19h - Spring Training: Philadelphia Phillies x Toronto Blue Jays (Star+)

Sábado, 25/mar
19h - Spring Training: St. Louis Cardinals x New York Mets (Star+)

Domingo, 26/mar
14h - Spring Training: Toronto Blue Jays x New York Yankees (Star+)

Segunda, 27/mar
22h - Spring Training: Los Angeles Dodgers x Los Angeles Angels (Star+)

Terça, 28/mar
14h - Spring Training: Atlanta Braves x Boston Red Sox (Star+)

Quinta, 30/mar
14h - TEMPORADA REGULAR: San Francisco Giants x New York Yankees (ESPN 4 e Star)
20h - TEMPORADA REGULAR: Chicago White Sox x Houston Astros (ESPN 4 e Star)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 24/mar
19h - NCAA (softbol): Florida State x Duke
20h - NCAA (beisebol): Missouri x South Carolina
21h - NCAA (beisebol): Arkansas x LSU
21h - NCAA (beisebol): Louisville x Notre Dame

Sábado, 25/mar
13h - NCAA (softbol): Mississippi State x Georgia
13h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Tennessee
15h - NCAA (softbol): Virginia x Pittsburgh
15h - NCAA (beisebol): Arkansas x LSU
17h - NCAA (softbol): NC State x Louisville
18h - NCAA (softbol): Alabama x Tennessee
19h - NCAA (softbol): Clemson x Georgia Tech
20h - NCAA (softbol): LSU x Ole Miss
22h - NCAA (softbol): Florida x Arkansas

Domingo, 26/mar
13h - NCAA (beisebol): Missouri x South Carolina
15h - NCAA (softbol): Redford x Winthrop
16h - NCAA (beisebol): Kentucky x Alabama
17h - NCAA (softbol): Syracuse x Notre Dame
19h - NCAA (softbol): Missouri x Auburn
19h - NCAA (softbol): North Carolina x Virginia

Segunda, 27/mar
20h - NCAA (softbol): Missouri x Auburn

Terça, 28/mar
20h - NCAA (beisebol): Florida x Florida State
20h - NCAA (beisebol): Texas x Texas A&M

Quarta, 29/mar
19h - NCAA (softbol): UMass x Boston College
19h30 - NCAA (beisebol): Louisville x Kentucky
21h - NCAA (softbol): East Carolina x North Carolina

Quinta, 30/mar
20h - NCAA (beisebol): South Carolina x Mississippi State
20h - NCAA (beisebol): Wake Forest x Clemson
21h - NCAA (beisebol): Tennessee x LSU

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Um grande final para um grande Mundial

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Semana MLB: Quais as novas regras da liga (e já tem transmissão na ESPN e no Star+)

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


A Major League Baseball está de volta. Nesta sexta foram realizados os primeiros jogos do Spring Training, a pré-temporada. O duelo inicial foi entre Boston Red Sox e a Universidade Northeastern, com vitória dos Meias Vermelhas por 5 a 3. Mas, ainda no mesmo dia, já tivemos Texas Rangers x Kansas City Royals e Seattle Mariners x San Diego Padres.

Com bases maiores, a expectativa é que haja um aumento nos roubos de base
Com bases maiores, a expectativa é que haja um aumento nos roubos de base Getty

Claro que muito jogador trocou de time durante a intertemporada, como ficou evidente pelo fato de, na sexta, Xander Bogaerts ter jogado pelos Padres, e não pelos Red Sox. Outra história importante deste momento é a aproximação do World Baseball Classic, a Copa do Mundo de beisebol, que reunirá alguns dos melhores jogadores da MLB.

No entanto, o que mais chama a atenção neste primeiro momento são as novas regras criadas pela liga. Elas já estão em vigor durante o Spring Training, justamente para os jogadores se acostumarem. O objetivo é reduzir o tempo total de jogo (em ligas menores, a experiência resultou em jogos mais de 20 minutos mais rápidos) e recriar um estilo de jogo mais comum algumas décadas atrás, com mais rebatidas e roubos de base.

Então, bora recuperar um post de setembro aqui do blog para relembrar quais são as novas regras:

Relógio de arremessos

A mudança mais esperada de todas. A partir de 2023, os arremessadores terão 15 segundos para fazer seus arremessos quando as bases estiverem vazias ou 20 segundos se houver corredor em base. O tempo conta a partir do momento em que o arremessador recebe a bola.


Caso o tempo se esgote por demora do arremessador ou por que o catcher não está posicionado para receber a bola, o árbitro marcará uma bola para a contagem do duelo. Se a demora for do rebatedor, não se posicionando para receber o arremesso antes de 8 segundos para o estouro do cronômetro, será marcado um strike no duelo. 

Inclusive, a primeira violação da regra partiu de um rebatedor: Manny Machado durante o Padres x Mariners.

Pick offs (arremessos para eliminar potenciais ladrões de base)

É uma extensão da regra do relógio. O cronômetro é reiniciado se o arremessador tentar eliminar um corredor em base. No entanto, agora serão permitidos apenas dois pick offs por duelo. Caso o arremessador tente um terceiro, ele terá obrigatoriamente de eliminar o corredor. Caso contrário, será marcado um balk e os corredores avançarão uma base.

Posicionamento defensivo

A MLB foi firme contra o shift, posicionamento defensivo em que os jogadores do campo interno ficam deslocados para um dos lados e “cercam” rebatedores com dificuldade para rebater para o campo oposto. A partir do ano que vem, as defesas obrigatoriamente terão de ter seus quatro jogadores de campo interno com os dois pés na área de terra, sendo que apenas dois de cada lado da segunda base. Ainda é possível imaginar uma configuração que feche o lado do rebatedor, mas não de maneira tão agressiva como as que vinham sendo adotadas nos últimos anos.

Bases maiores

As bases serão aumentadas de 15 para 18 polegadas (de 38 para 45,7 cm). O objetivo é dar mais espaço para os corredores pisarem na base e reduzir o risco de lesões. Teoricamente, isso também facilitará o roubo de bases, mas a própria MLB acredita que o ganho nesse aspecto seja pequeno.

Visitas ao montinho

Continuam as seis permitidas nas nove entradas da partida, com uma a mais para cada entrada extra que for disputada. No entanto, se um time tiver gasto todas as suas visitas antes da nona entrada, pode usar mais uma nesta nona entrada. Essa visita extra não pode ser “guardada” para eventuais entradas extras.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Segunda, 27/fev

15h - Spring Training: New York Mets x St. Louis Cardinals (ESPN 3 e Star+)

Terça, 28/fev

15h - Spring Training: Houston Astros x New York Mets (Star+)

Quarta, 1/mar

15h - Spring Training: Washington Nationals x New York Yankees (Star+)

Quinta, 2/mar

14h - Spring Training: Philadelphia Phillies x Boston Red Sox (ESPN 2 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Quais as novas regras da liga (e já tem transmissão na ESPN e no Star+)

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Semana MLB: Como o atual Houston Astros ficará marcado na história

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


É válido comparar o Houston Astros, que forma uma dinastia na Liga Americana, mas com um asterisco nas conquistas pelo escândalo dos roubos dos sinais com a Red Bull e o Verstappen na F1, com dois títulos com furo de teto de gasto e com comissário de equipe envolvido em decisões polêmicas? São equipes e pilotos talentosos, mas que talvez nunca irão dar o devido crédito por conta desses problemas que citei?”

Esse é o Semana MLB, não o dúvidas MLB, mas essa mensagem – enviada via Twitter pelo fã de esporte Leonardo Ceragioli – dá o tom de parte do debate após o Houston Astros conquistar a World Series. Após os dias de análise do jogo e reconhecimento da superioridade da equipe texana sobre o Philadelphia Phillies, foi a vez de muita gente debater: “o segundo título muda a perspectiva histórica sobre esse time?”.

O Houston Astros faz um trabalho espetacular dentro e fora do campo e conquistou com mérito o título de 2022. Isso ninguém tira dos texanos. A questão é que o título de 2017 – e também as campanhas dos dois anos seguintes – ficou manchado pelo escândalo de uso de tecnologia para roubar sinais dos catchers adversários. Um caso que foi investigado e confirmado. O que cria a discussão entre o “grande time campeão” e o “bando de trapaceiros”.

Houston Astros celebrando vitória na World Series de 2017
Houston Astros celebrando vitória na World Series de 2017 Getty


Os Astros erraram, não há contestação em relação a isso. Mas a equipe continuou competitiva mesmo depois do escândalo, quando a MLB criou mecanismos para evitar que casos como aqueles voltem a ocorrer. Em 2020, o Houston caiu apenas na final da Liga Americana. No ano seguinte, foi à World Series (perdeu do Atlanta Braves). E agora foram campeões. Se, nos dois primeiros anos, a falta de título deixava um gosto de “sem trapaça eles são bons, mas não conseguem dar o último passo”, com a conquista de 2022, esse argumento também perde força.

Isso muda a perspectiva sobre o time, sim. Claro, qualquer torcedor pode considerar que o escândalo de 2017-19 indica que as figuras envolvidas são trapaceiras como um todo. Mas ganhar o título abre mais margem para quem preferir considerar que o time foi (em um momento) trapaceiro, e não que é (sempre) trapaceiro.

E o julgamento do público ficará sempre nesse debate do uso do verbo no pretérito ou no presente. Mas, do ponto de vista técnico, esse momento dos Astros ficará marcado como o de um grande time que cometeu trapaça, mas que era muito bom e soube ser vitorioso sem ela. 

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

PERSONAGEM DA SEMANA

Jeremy Peña foi o segundo estreante a ser eleito MVP da final da liga e da World Series. Isso apenas coroou um ano espetacular do dominicano. Ele assumiu a posição de shortstop titular do Houston Astros no lugar do ídolo local Carlos Correa e entregou um desempenho que fez o torcedor nem se lembrar do porto-riquenho. Não foi o suficiente para bater Julio Rodríguez como provável estreante do ano da Liga Americana, mas os Astros não poderiam pedir mais do novato.

O NÚMERO DA SEMANA

3.980. Jogos entre temporada regular e playoffs em que Dusty Baker trabalhou como técnico até conseguir seu primeiro título. Ele levou quatro franquias diferentes ao mata-mata (San Francisco Giants, Chicago Cubs, Cincinnati Reds e Washington Nationals, além do Houston Astros onde está atualmente) e sempre ficou pelo caminho.

VÍDEO DA SEMANA

Como você comemoraria um home run que deixasse seu time com a mão na taça? E como você comemoraria se, além de seu time ficar com a mão na taça, você tivesse apostado US$ 10 milhões nesse título? Bem, Joe McIngvale, conhecido como Mattress Mack, é um milionário fanático pelos Astros que aposta US$ 10 milhões todo ano no título do clube. E foi assim que ele viu o home run de Yordan Álvarez que encaminhou a vitória no jogo 6 da World Series.


O QUE VEM POR AÍ

O beisebol nunca para. As ligas de inverno no Caribe (Venezuela, Cuba, República Dominicana, Porto Rico e Mexicana do Pacífico) já estão rolando. As ligas de Colômbia, Panamá e Curaçao estão para começar. Em fevereiro, os campeões se reúnem na Venezuela para a Série do Caribe, a Libertadores do beisebol. 

Em março, é a vez do World Baseball Classic, a Copa do Mundo de beisebol. Vinte seleções disputarão o título, em um torneio que terá a participação de algumas das maiores estrelas da MLB.

E, bem, no final de fevereiro as equipes da MLB já estarão se reunindo para a pré-temporada, com partidas já no começo de março.

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Semana MLB: Como o atual Houston Astros ficará marcado na história

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World Series: Grade de programação da decisão da MLB

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Semana de World Series nos canais ESPN e no Star+. Veja a grade de programação da grande final da Major League Baseball, reunindo Houston Astros e Philadelphia Phillies.

Troféu da World Series
Troféu da World Series Getty

Sexta, 28/out

20h30 - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 29/out
21h - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 1/nov
21h - World Series: Philadelphia Phillies x Houston Astros, jogo 3 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 2/nov
21h - World Series: Philadelphia Phillies x Houston Astros, jogo 4 (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 3/nov
21h - World Series: Philadelphia Phillies x Houston Astros, jogo 5 (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 5/nov
21h - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 6 (ESPN 4 e Star+)

Domingo, 6/nov
21h - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 7 (ESPN 4 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Dúvidas MLB 21: como são os sinais dos catchers e questões sobre uso dos arremessadores

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Por que tem arremessador que vai até uns 100 arremessos e outros em que 30 já é o máximo?
Felipe Dutra, @fedutra66

Há vários fatores que levam a isso. O mais óbvio é a resistência: há arremessadores com resistência para aguentar uma partida de mais de 100 arremessos, enquanto outros não suportam. Isso é mais evidente para relievers que são arremessadores veteranos ou que já tiveram lesões graves na carreira e agora têm de reduzir a carga. Mas há outras questões. 

O jogador que pode fazer 80, 90, 100 arremessos é o abridor. Ele tem a função de fazer várias entradas não apenas por ter resistência a isso, mas também por ter um arsenal de arremessos mais complexo e, com isso, capacidade de fazer vários duelos mudando de estratégia. 

O arremessador que sai do bullpen muitas vezes tem repertório mais reduzido ou não consegue manter a eficiência de seus arremessos por muito tempo, perdendo rendimento se tiver de fazer vários duelos na mesma partida ou se tiver de enfrentar o mesmo rebatedor pela segunda vez. Inclusive, muitos relievers arremessam bolas mais rápidas que os abridores porque sabem que farão menos arremessos e, por isso, não precisam segurar um pouco o braço para aguentar mais. Com o tempo, vários relievers acabaram se especializando em jogar apenas em entradas finais para fazer uma entrada.

Aí, vem um segundo fator da resistência: o abridor, por ter repertório mais vasto e ser colocado para fazer várias entradas, já faz uma preparação para ter um braço mais resistente (como descansar quatro dias entre jogos). Enquanto isso, o reliever muitas vezes já tem uma rotina de trabalho para jogar em intervalos menores, mas fazendo apenas uma entrada a cada vez que joga.

Resistência: Roy Halladay foi o líder de jogos completos da MLB em cinco temporadas entre 2003 e 2011
Resistência: Roy Halladay foi o líder de jogos completos da MLB em cinco temporadas entre 2003 e 2011 ESPN

Os sinais que o catcher utiliza para bola rápida, sliders, etc são os mesmos para todos os arremessadores do time? Se não,  haja memorização!
Gerivaldo Santos, @GeSantos_5

Normalmente são os mesmos para todos os arremessadores. Aliás, normalmente são os mesmos em toda a liga. O código mais comum é: 1 = bola rápida, 2 = bola de curva, 3 = slider e 4 = changeup ou splitter. Esse é o ponto de partida, mas pode mudar se o arremessador não tiver a bola de curva ou o slider em seu repertório. Aí, o 2 pode significar a bola de curva ou o slider (o que o arremessador usar) e o 3 ser o changeup ou splitter.

A ideia de ter um código relativamente universal, com pouca personalização, é fazer com que ele seja facilmente memorizável pelos dois jogadores. Ainda assim, uma dupla já muito entrosada pode combinar um código próprio. 

A mudança ocorre quando há suspeita que o adversário pode roubar sinais. Nesse caso, o catcher sinaliza vários números e o arremessador já sabe qual daqueles está realmente valendo para aquele momento. Por exemplo, o catcher faz 2-1-3-4-2 e o arremessador já sabe que o terceiro sinal é o que está valendo (no caso, seria um slider).

Por que, ao invés do bullpen, não tem um ou dois reservas de níveis semelhantes ao arremessador titular e então dividir as 9 entradas entre eles?
Adilson Azevedo, Curitiba

Adílson, muita gente boa já teve essa dúvida. Inclusive, o técnico Tony LaRussa, um dos maiores da história da MLB, pensou nisso. E, em 1993, ele tentou fazer isso no comando do Oakland Athletics.

O time vinha muito mal, sobretudo pela rotação ineficiente. Com o time tomando várias pauladas ao longo da temporada e dificuldade em fazer os abridores durarem muito nas partidas, ele decidiu oficializar que o arremessador titular não ficaria muito tempo no montinho. Ao lado de Dave Duncan, técnico de arremessadores, LaRussa pegou nove dos 13 arremessadores* do elenco e criou três trios. Cada jogo seria responsabilidade de um trio, com cada arremessador saindo após 50 arremessos ou quando estivesse com dificuldade para fazer as eliminações. Com isso, cada braço não seria tão sobrecarregado e até poderia fazer um jogo a cada três dias. 

*Os quatro arremessadores restantes seriam os relievers do time, entrando nas entradas finais se necessário.

O resultado não foi bom. O plano inicial estava bem desenhado, mas era difícil mantê-lo porque o jogo em si é imprevisível e era difícil gerenciar o uso de arremessadores tendo seis a menos (os dois trios de folga naquele dia) ao invés de quatro a menos (os quatro membros da rotação que normalmente estão de folga em um jogo no regime normal). Por exemplo, se o abridor vai muito mal e gastava seus 50 arremessos já na segunda entrada, o segundo homem do trio (o mais experiente, pois esse teria mais chance de ser creditado com a eventual vitória) entrava ainda muito cedo na partida e com o placar já adverso. Para piorar, um jogo desse poderia ver o trio sair em quatro entradas e os quatro relievers teriam de fazer as cinco restantes, sendo que eles poderiam já estar desgastados do dia anterior.

Perder a chance de ser creditado com a vitória pode soar a algo menor, mas alguns arremessadores têm metas de desempenho (e vitória pode ser uma métrica adotada) para receber bônus salariais. Outros problemas eram a necessidade de mudar a rotina de treinamento e o fato que nem todo abridor se vira bem quando precisa entrar no meio de uma partida ou no meio de uma entrada. 

Em seis jogos nesse método, os A’s venceram apenas um e perderam cinco. A média de corridas cedidas nessas partidas foi até maior do que no restante da temporada. Claro que a amostragem era muito pequena, mas a falta de resultados imediatos e a dificuldade em gerenciar esse sistema fez a comissão técnica abandoná-lo. 

Hoje, os times fazem jogos assim. Mas sempre em situações pontuais: a rotação está desfalcada, então no dia do quinto abridor, o bullpen se divide para fazer todo o jogo, com os melhores braços carregando mais entradas. No dia seguinte, volta ao normal.

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