Uma semana depois de sua demissão, a primeira técnica da história da seleção brasileira feminina, Emily Lima, manifestou-se nesta sexta-feira, em participação no Bate Bola na Veia, na ESPN Brasil. A queda veio quase 11 meses depois de sua contratação.

Durante a entrevista, a treinadora de 36 anos, que tem 25 anos de experiência no futebol, comentou sobre a falta de respaldo que sentiu da diretoria da CBF, em específico do coordenador de futebol feminino da CBF, Marco Aurélio Cunha.

Em reunião realizada na manhã da última sexta, a treinadora foi demitida pela CBF após uma série de seis jogos sem vitórias, sendo quatro derrotas consecutivas.

“Antes de um torneio nos Estados Unidos, pedi para irmos dois, três dias antes para a preparação, nada oficial, nada por email, papo de coordenador e comissão técnica. Ele disse que conseguia os dias, e eu falei ‘ok’. Eu sempre ia cobrando. Um dia ele entrou na sala e disse que conversou com o presidente e que não foi autorizado e que teria que ir no dia. Eu descobri que a mensagem não chegou do jeito que tinha que chegar”, disse.

Ao ser questionada se foi pressionada para não convocar alguma atleta por ter uma postura mais crítica, Emily respondeu que teve relatos de jogadores que seriam complicadas e confirmou que nomes "com o peso de uma Cristiane" se enquadravam neste perfil. Aliás, Cristiane demonstrou apoio à ex-comandante da seleção brasileira, inclusive dizendo que não jogaria mais com a camisa verde e amarela. 

A técnica ainda comentou também sobre a realidade das atletas, o seu desempenho, entre outros assuntos. Veja os principais trechos da participação de Emily Lima no Bate Bola na Veia:

• Falta de respaldo

• Realidade das atletas

• 'Jogadoras-problema'