No último domingo, confrontos entre policiais e votantes deixou mais de 800 feridos na Catalunha, durante o referendo que questionou se a população local queria que a região autônoma declarasse independência da Espanha.
As cenas lamentáveis vistas durante todo o dia, com muito sangue derramado pelas ruas, revoltou diversos grandes nomes do esporte espanhol e catalão, que deram sua opinião sobre o caos vivido no domingo.
O ala-pivô Pau Gasol, do San Antonio Spurs, por exemplo, criticou a violência empregada pela Guarda Civil espanhola, que foi enviada pelo Governo central para tentar impedir a votação de acontecer.
Madri declarou ilegal e fez de tudo para impedi-lo. Com isso, só 2,2 milhões de pessoas votaram - 42,3% dos eleitores aptos.
"A essa ponto tivemos que chegar? Era mesmo necessária essa violência?", reclamou Gasol, em seu Twitter.
Já o pivô Marc Gasol, irmão de Pau e jogador do Memphis Grizzlies, também usou as redes sociais para dar seu apoio aos catalães.
"O senso comum e a humanidade devem sempre ficar acima de tudo. Não podem te tratar de maneira violenta por manifestar sua vontade de maneira pacífica", escreveu.
Direto da Inglaterra, o técnico do Manchester City, Josep Guardiola, também falou sobre o caso. Ele disse que participou da votação por e-mail e manifestou sua indignação com a violência policial.
"Sinto muita tristeza. Atacaram mais de 800 pessoas que iam votar. A que ponto chegamos? As pessoas não estavam atacando um banco, estavam indo votar!", disparou.
"Dizem que foram os manifestantes que atacaram os policiais. Atacaram com o que? Com votos? Quebraram os dedos da mão de uma jovem simplesmente por ir votar. Aqueles que dizem que fazemos parte da Espanha nos atacaram", completou.
"Pep" ainda disparou mais críticas contra o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, que em nenhum momento mostrou-se arrependido de ter dado ordens à polícia de atacar os manifestantes e também não falou sobre feridos em sua coletiva sobre o referendo.
"Estou indignado que ele sequer mencionou os feridos. Ele tem que aceitar as perguntas, pois teoricamente é presidente de todos os espanhóis e não pode se esconder. Votar é um direito, e o Governo perde a razão por ter usado a força", finalizou Guardiola.
O tenista Rafael Nadal, mesmo nascido nas Ilhas Baleares (que não fazem parte da Catalunha), apoiou os votantes e se disse "desiludido" com as tristes cenas vistas no último domingo.
"Vejo tudo isso com preocupação e tristeza. Ver a sociedade em geral, não só a catalã, tão radicalizada me surpreende e às vezes me deixa desiludido", afirmou.
"Me dá vontade de chorar quando vejo um país em que os povos sempre souberam conviver entre si, que sempre foi um bom exemplo para o mundo, chegar a uma situação como a de ontem. Creio que transmitimos uma imagem extremamente negativa", acrescentou.
Nadal também pediu que os conflitos sejam resolvidos na base do diálogo.
"A única maneira é conversar, que todas as partes envolvidas nesse conflito conversem entre si para tentar chegar a um acordo ou ao menos a um princípio de acordo, para que a gente siga convivendo em paz pelo resto da vida", finalizou.
Nadal desiludido, Gasol e Guardiola indignados: astros do esporte falam sobre caos na Catalunha
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