Ela trocou Venezuela por EUA; agora, é candidata à autora do gol mais bonito do ano

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Deyna Castellanos concorre ao prêmio feminino da Bola de Ouro da Fifa
Deyna Castellanos concorre ao prêmio feminino da Bola de Ouro da Fifa Getty

Deyna Castellanos. Talvez você tenha até ouvido falar desse nome, mas não tenha dado muita atenção. Ela pode sair com dois prêmios da cerimônia da Fifa (Federação Internacional de Futebol) marcada para 23 de outubro, em Londres. A menina de 1,68m que começou a jogar bola por copiar seu irmão hoje tem 18 anos, é a mais jovem da história a ser indicada entre as melhores do mundo e concorre também ao Puskás.


Todas as tardes, Deyna acompanhava seu irmão Álvaro nos treinos de futebol em uma escola em Maracay, cidade no centro da Venezuela, onde eles nasceram. Aos cinco anos, a pequena dominava a bola à beira do campo com maestria, mas sem pretensão alguma. Foi então que chamou atenção do treinador, que convenceu sua mãe de coloca-la em uma equipe. Apesar da resistência inicial do pai, deu certo.

O sonho em ser uma jogadora internacionalmente conhecida a levou para os Estados Unidos. Deyna recebeu a oportunidade de jogar pelo Florida State Seminoles, time da Universidade do Estado da Flórida. Treina no melhor programa de futebol do País, enquanto estuda jornalismo.  

Neste ano, foi contratada pelo Santa Clarita Blue Heat, equipe da United Women's Soccer, a segunda divisão do futebol feminino norte-americano. E divide seu tempo entre a liga universitária e seu novo clube.


“Sempre foi meu sonho vir para cá (EUA) e poder jogar e estudar ao mesmo tempo. Para mim, é muito importante conseguir conciliar. Tudo o que faço é pela minha família. Pela educação que eles me deram”, disse a jogadora.

Atacante, Deyna já acumula prêmios e faz história pela seleção venezuelana. Ela tinha apenas 14 anos quando fez seu primeiro jogo profissional pela equipe nacional. De lá para cá, conquistou ouro com a Venezuela no Sul-Americano sub-17 de 2013 e 2016; quatro lugar no Mundial sub-17 de 2014 e 2016; e prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014.

Somam-se aos títulos coletivos cinco artilharias: Copa do Mundo sub-17 de 2014 (seis gols), Jogos Olímpicos da Juventude de 2014 (seis gols); Sul-Americano sub-17 de 2016 (12 gols).E não para por aí. A jovem é a maior artilheira da história do time sub-17 da Venezuela, com 25 gols, e maior artilheira da história da Copa do Mundo sub-17, com 11 gols.

Atacante venezuelana também foi indicada ao prêmio Puskás
Atacante venezuelana também foi indicada ao prêmio Puskás Getty

Primeira atleta venezuelana indicada pela Fifa ao prêmio feminino da Bola de Ouro, Deyna está concorrendo com a norte-americana Carli Lloyd e com a holandesa Lieke Martens. No prêmio Puskás, ela entrou na lista pelo gol marcado contra Camarões na Copa do Mundo do ano passado, disputada na Jordânia.

“Estou super feliz por estar entre as finalistas e também nomeada ao Puskás. Para a minha carreira, isso significa muito porque é um passo à frente, é um sonho se tornando realidade. Estava vendo as indicações no Facebook e quase chorei.”

Deyna Castellanos não será a primeira Venezuelana indicada ao Puskás. Em 2016, sua compatriota Daniuska Rodríguez concorreu ao prêmio de melhor gol do ano da Fifa e terminou na terceira colocação. A indicação foi pelo gol que marcou contra o Paraguai no Sul-Americano sub-17.

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