Sem chances no Brasil, ela foi jogar futebol nos EUA aos 12 anos, virou lenda e agora quer defender seleção norte-americana

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Catarina Macario se mudou para os Estados Unidos com a família aos 12 anos
Catarina Macario se mudou para os Estados Unidos com a família aos 12 anos Divulgação/Stanford

De São Luis (MA) para a Califórnia. Catarina Macario nasceu no Brasil, mas é muito provável que em um futuro breve seja vista vestido a camisa da seleção norte-americana. Sem oportunidades em seu País, saiu de casa aos 12 anos para buscar o sonho de jogar profissionalmente. Agora, aos 18, registra números recordes dentro de campo e pode se tornar a primeira brasileira a conquistar o prêmio de melhor jogadora no futebol univesitrário dos EUA.

Como milhões de meninas, Catarina começou a jogar nas ruas e nos campos perto de casa com meninos, influenciada pelo irmão mais velho, Steve. Na falta de uma equipe feminina em Brasília - onde a família passou a morar por conta do trabalho da mãe, Ana Maria -, decidiram abraçar a ‘sorte’.

A garota de São Luís ganhou uma bolsa para estudar e jogar em San Diego, e se mudou para lá com o pai, José, e o irmão. Como não tinha licença para atuar lá como cirurgiã, sua mãe ficou.

Catarina se tornou uma lenda na ECNL(Elite Clubs National League), a liga competitiva de futebol feminino juvenil nos Estados Unidos - sub-14 à sub-19. Foram 50 gols marcados na sub-14 e 165 somando todas as categorias, que fazem dela a maior artilheira de todos os tempos na competição – isso porque ela praticamente não jogou na sub-16 por conta de lesão.

E então a brasileira entrou para a NCAA, a entidade máxima do esporte universitário nos EUA. Está em sua primeira temporada e marcou 17 gols e deu 17 assistências em 25 jogos pelo Stanford. Se não fosse ela, talvez a equipe não tivesse alcançado 90 gols, quebrando um recorde que durava desde 2009.

O Stanford já teve vencedoras do prêmio de melhor jogadora no futebol univesitrário dos EUA, mas nenhuma com números tão expressivos quanto os da brasileira em um temporada de estreia. “Gosto muito da forma como ela joga porque é como eu quero que o time jogue. Ela é muito técnica e habilidosa, inteligente com e sem a bola, muda de velocidade e direção sem que ninguém perceba e não se dobra diante do adversário A quantidade de gols que marcou é difícil até mesmo para um jogador profissional”, elogia o treinador Paul Ratcliffe.

<br>A brasileira marcou 17 gols e deu 17 assistências na temporada da NCAA

A brasileira marcou 17 gols e deu 17 assistências na temporada da NCAA Divulgação/Stanford

Técnica com a bola, noção de espaço, visão de jogo e força física. Catarina é a união do futebol brasileiro com o norte-americano. “Quando me mudei para cá, o que mais notei é que o jogo aqui é muito mais físico. No Brasil, é mais técnico, de habilidade. Aqui, precisamos ser rápidas e fortes também”, comenta a garota.

Catarina Macario é do país de Marta, sua inspiração. Mas quer vestir camisa dos Estados Unidos. No entanto, apesar de já ter tido oportunidades de treinar nas categorias de base da seleção norte-americana, ainda vai demorar para defender a principal. Uma regra da Federação Internacional de Futebol (FIFA) determina que cidadãos naturalizados esperem até os 23 anos para jogar por seu novo país.

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