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Depois de ter sido eliminado na terceira fase preliminar da Uefa Champions League passada para o PAOK, o Benfica tentará superar seu ‘trauma’ no estágio pré-grupos do torneio. Para isso, terá a complicada tarefa de superar o PSV Eindhoven pelos playoffs. O vencedor irá ser um dos 32 integrantes das chaves do torneio mais importante de clubes da Europa.
O jogo de ida ocorre no Estádio da Luz, em Lisboa, às 16h (de Brasília) desta quarta-feira, enquanto a volta está marcada para terça-feira, no mesmo horário, em Eindhoven.
Para se classificar, o Benfica precisará acabar com o 100% de aproveitamento do PSV, que venceu os seis jogos que fez na atual temporada. Os holandeses já disputaram duas fases nesta Champions, ganhando os confrontos de ida e volta contra Midtjylland e Galatasaray. Diante do tradicional time turco, os holandeses fizeram 5 a 1 no primeiro confronto, em casa.
No cenário doméstico, os comandados de Roger Schmidt já conquistaram um título: a Supercopa da Holanda. O PSV foi até a Johan Cruyff Arena e atropelou o Ajax por 4 a 0, representando o fim do jejum no clássico – eram sete jogos sem vencer (quatro derrotas e três empates), sendo que o último triunfo tinha ocorrido em setembro de 2018.
Além disso, a goleada foi o placar mais elástico do dérbi desde um outro 4 a 0 do PSV em setembro de 2013. E o tamanho do triunfo na Supercopa tem um peso ainda maior ao se considerar o domínio que o Ajax vem tendo em cenário nacional (atual bicampeão) e a expressividade internacional, sendo semifinalista da Champions League em 2018-19 e quadrifinalista da Europa League passada.
Até o momento, o PSV soma 17 gols marcados, o que dá uma média de quase três por partida, além de ter sofrido apenas dois. Nos últimos quatro confrontos, a equipe tem um placar agregado de 10 a 0.
É dessa forma promissora que começa a segunda temporada de Schmidt à frente do PSV. Campeão da liga e da copa na Áustria com o Red Bull Salzburg em 2013-14, o técnico alemão de 54 anos fez um outro bom trabalho na sequência no Bayer Leverkusen ao levar o time a um quarto e a um terceiro lugares em 2014-15 e 2015-16, respectivamente.
Desde então, o clube nunca mais esteve entre os três primeiros da Bundesliga. Uma temporada bem abaixo em 2016-17 causou sua demissão ao longo da campanha, mas não apagou o trabalho anteriormente realizado.
Após dois anos na China à frente do Beijing Guoan e um sem trabalhar, Schmidt assumiu o PSV e não encantou em sua primeira campanha, sendo vice-campeão com 16 pontos atrás do Ajax, caindo nas quartas da Copa da Holanda para o rival e indo apenas até a fase de 16avos de final da Europa League (eliminado para o Olympiacos).
Porém, o começo de 2021-22 sugere que a história pode mudar para melhor. E alguns nomes dentro de campo tem grande contribuição para isso, apesar de o PSV ter vendido dois dos seus principais destaques: o lateral-direito Denzel Dumfries e o atacante Donyell Malen. Outra saída significativa foi do volante Pablo Rosario.
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Por outro lado, chegou o zagueiro André Ramalho, que trabalhou com Schmidt no Salzburg e no Leverkusen. O brasileiro, aliás, é o único atleta do elenco a ter disputado todos os minutos da temporada.
Outros reforços são o goleiro Joel Drommel, ex-Twente, que tem sido titular na Champions League, o lateral-direito Phillipp Mwene, ex-Mainz, e o meio-campista Davy Pröpper, que retorna ao clube após quatro anos no Brighton.
No entanto, as grandes notícias até o momento vêm por parte de quem já estava no elenco. O jovem atacante inglês Noni Madueke se firmou na temporada passada ao somar sete gols e quatro assistências na Eredivisie 2020-21.
Já na atual temporada, o atleta de 19 anos tem uma média de uma participação direta em gol por jogo, com cinco bolas nas redes e uma assistência, sendo o artilheiro do time, com um gol a mais do que Mario Gotze.
Por falar no alemão, depois de ter disputado apenas 25 dos 45 jogos do PSV na temporada anterior, o autor do gol do título da Copa do Mundo de 2014 esteve em campo nos seis compromissos desta campanha, sendo titular em cinco deles. Seus 480 minutos já se aproximam dos 609 minutos que teve em toda a sua última temporada pelo Borussia Dortmund em 2019-20 e é quase um quarto dos 1969 minutos que teve na campanha passada pelo PSV.
Na Champions, Gotze criou oito chances, sendo superado no geral apenas pelo seu companheiro Eran Zahavi, que tem nove. Além disso, o atacante israelense já soma três gols e quatro assistências, sendo o garçom do elenco na temporada.
O ataque da equipe de Eindhoven ainda conta com Cody Gakpo, que já soma quase 100 partidas pelo time principal e esteve com a Holanda na disputa da Eurocopa.
Esse é o PSV que tentará aumentar o ‘trauma’ do Benfica e retornar à fase de grupos após duas temporadas de ausência. Quem leva, fã do esporte?
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