Deu 'match'! Ex-goleiro da seleção alemã e advogado buscam impactar mercado de transferências com o 'Tinder do futebol'
Um perfil que chame atenção, uma deslizada para o lado e... deu match! Os aplicativos de relacionamento ganharam enorme popularidade na era dos smartphones, e seu conceito tem sido adaptado para diferentes campos, inclusive o do futebol.
O 11TransFAIR foi lançado neste ano e tem como objetivo conectar clubes e jogadores quanto a uma possível transferência. A ideia teve grande repercussão internacional e até ganhou o apelido de ‘Tinder do futebol’.
Por trás deste negócio está alguém que conhece com propriedade sobre o esporte mais popular do planeta. Ex-goleiro da seleção alemã, Rene Adler é o fundador do aplicativo ao lado do advogado Daniel Schollmeyer.
Mas como funciona exatamente o 11TransFAIR?
O jogador irá preencher alguns tópicos, como posição desejada, expectativa salarial, países em que gostaria de atuar, enquanto o clube também informará o que busca em um atleta. Além disso, há um algoritmo desenvolvido pela própria plataforma para indicar os atributos de cada atleta.
“Este algoritmo é baseado nos dados de performance de cada jogador na última temporada. Isso é muito importante. Nenhum jogador poderia dizer: 'Quero ter isso ou aquilo', porque a principal parte deste algoritmo é de dados de performance”, explica Adler, que foi reserva da Alemanha na Eurocopa de 2008 e seria o titular na Copa do Mundo de 2010, não fosse uma lesão que o fez ficar fora do torneio.
De acordo com os dados estabelecidos, o ‘match’ de um jogador e um clube será indicado por um valor percentual. É importante destacar que ambas as partes ficam em anonimato durante este processo.
“Você pode colocar 'shoot' se gostar daquele clube, se você quer ver vê-lo. Então esse clube segue anônimo até que ele também coloque 'shoot'. Quando ambos os lados colocam 'shoot', eles deixam de ser anônimos e se veem, e então ficam em contato direto”, afirma Schollmeyer.
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É assim que a dupla pretende impactar o mercado do futebol, aumentando o leque de opções para jogadores, que talvez não tenham se aventurado em outros países por não saber como estabeleceriam tal conexão.
“Essa é a principal motivação pela qual nós criamos isso, de colocar o jogador um pouco mais no comando de sua carreira. Na minha opinião, todo jogador deveria estar apto a ter uma visão geral de todas as possibilidades de mercado para ele”, declara Adler, que atuou a carreira inteira na Alemanha, onde defendeu Bayer Leverkusen, Hamburgo e Mainz.
"Nós apenas vimos que o mercado de transferência precisa de mais transparência. Rene era um atleta da seleção naquele momento, e ele nunca teve um real controle de sua carreira, quanto a possibilidades talvez fora do país", conta Schollmeyer, indicando que a ideia do 11TransFAIR vem bem de antes da aposentadoria de Adler em 2019.
"Eu acho que já vem há cerca de 10 anos na verdade", diz o advogado. "Eu sempre dizia: 'você precisa ter maior controle de sua carreira'. E ele dizia: 'Me deixe em paz, fazemos isso depois de sua carreira' (risos)”. Dito e feito.
Enquanto a ideia não foi colocada em prática, os dois sempre mantiveram uma relação de amizade, que começou depois de terem se conhecido de uma forma inusitada quando Adler estava iniciando sua carreira no Bayer Leverkusen.
“Minha esposa estava em um trabalho de publicidade com o Leverkusen, e teve uma filmagem de publicidade. Tinha alguns jogadores jovens e alguns mais velhos, naquele momento um jogador bem famoso, Bernd Schneider. E eles precisavam de pessoas para encenar na propaganda. Eu estava trabalhando na minha empresa de advocacia, e minha esposa me ligou: 'Esse caras tinham que estar aqui, você poderia vir?' E eu perguntei: 'Por quê?'”, conta Schollmeyer.
De ator improvisado ele viraria um amigo verdadeiro de Adler. “No momento em que ele ficou lesionado e não foi a Copa do Mundo, nós estávamos saindo, jogando golfe”.
Assim, os dois seguiram próximos e com a ideia do 11TransFAIR adormecida. Só que agora despertou, e com a intenção de se espalhar mundo afora... de repente até o Brasil.
“Temos diferentes jogadores brasileiros, mas talvez um, dois ou três que estão jogando no Brasil, mas a maior parte dos brasileiros está jogando na Bundesliga, no Reino Unido ou algo assim”, diz Schollmeyer, em declaração dada em julho.
A ideia é ir além. “Ficaríamos felizes em ter mais clubes brasileiros a bordo, porque sabemos que tem certos jogadores que pensam: 'Eu ganhei dinheiro o suficiente, eu sou um bom jogador e o Brasil é um lugar em que eu gostaria de estar no futuro.'”
Já imaginou? Pode ser que seu time esteja a um ‘match’ de um reforço estrangeiro.
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