Alegria e preocupação: genialidade de Ronaldo maquia mais uma vez os problemas do United
Cristiano Ronaldo é até o momento o grande personagem desta edição da Uefa Champions League. Com dois gols nesta terça-feira, sendo um deles aos 46 minutos do segundo tempo, o português foi o grande responsável do empate por 2 a 2 alcançado pelo Manchester United diante da Atalanta, fora de casa, em duelo válido pela quarta rodada do grupo F.
Terceiro artilheiro da competição com cinco gols marcados, o atacante de 36 anos pode ‘colocar em sua conta’ cinco dos sete pontos conquistados pelos Red Devils. Isso porque, antes do feito desta terça-feira, ele já tinha marcado na reta final os gols da vitória sobre Villarreal (2 a 1) e Atalanta (3 a 2) em Old Trafford.
Com essa enorme contribuição do seu camisa 7, o United chega para as duas últimas rodadas do grupo F na liderança e com enormes chances de classificação. Porém, essa é uma situação que merece ser analisada além dos resultados e do protagonismo de Cristiano Ronaldo, que já tinha anotado gol e assistência na vitória por 3 a 0 sobre o Tottenham em Londres no final de semana.
O United está bem distante de alcançar o potencial que tem e se mostra um time com poucas ideias e organização, mesmo com tantas alternativas que dispõe pela qualidade do seu elenco. Além disso, a transição defensiva muitas vezes é problemática para o time que leva em média 1,5 gol por jogo entre Premier League e Champions.
Cristiano Ronaldo assume recordes de gols decisivos e 'na emoção'
O empate em Bérgamo foi alcançado mais na base da persistência do que da organização. Os ingleses ficaram um bom tempo sem criar boas oportunidades antes de Ronaldo definir a igualdade. O gol aos nos acréscimos saiu após mais de 20 minutos sem qualquer conclusão dos visitantes.
É óbvio que ter um jogador deste nível não representa um problema, nem mesmo quando se tem certa dependência dele. O problema é quando coletivamente as coisas não andam, a ponto de a genialidade e o poder de decisão de seu craque sejam necessários em quase todo jogo – ou todo os jogos no caso da Champions para o United.
Atualmente, a situação dos Red Devils nos campeonatos está longe de ser preocupante: líder de um grupo nada fácil na Champions League e quinto na Premier League, a três pontos do G-4 e cinco atrás do segundo colocado Liverpool. No entanto, ao se olhar com a perspectiva da frieza de números e tabela, se ignora a enorme distância entre o que o United tem apresentado e o que pode apresentar. Aliás, esta é uma realidade que se faz presente há muitos meses e que pode gerar ainda mais desconforto ao torcedor nesta terça, dia em que Antonio Conte, um dos melhores técnicos do mundo, sai do grupo dos desempregados para assumir o Tottenham.
Alegria e preocupação: genialidade de Ronaldo maquia mais uma vez os problemas do United
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