Champions League: os destaques, ‘os caras’, a decepção e a surpresa da fase de grupos
A fase de grupos da Uefa Champions League chegou ao fim nesta quarta-feira, e o blog preparou uma lista com alguns dos principais pontos desta etapa do torneio.
Os melhores times: Liverpool e Ajax
Uma campanha com 100% de aproveitamento já é por si só algo digno de destaque. Porém, no caso de ambos, pesa também o contexto. Os Reds estavam em uma chave em que os quatro times eram todos finalistas da Champions – somente o Atlético de Madrid, vice em três oportunidades, não tinha um título entre os integrantes do grupo B.
O time de Jürgen Klopp fechou sua campanha perfeita com uma vitória por 2 a 1 na Itália. Isso porque atuou com uma formação alternativa diante de um Milan que iria se classificar se tivesse vencido por dois gols de diferença. Além disso, os ingleses fecharam a fase com o melhor ataque do grupo (17 gols – dez a mais do que o Atlético de Madrid) e a melhor defesa, com seis gols sofridos.
Já o Ajax conseguiu o feito de ser o primeiro clube holandês em 25 anos a ser campeão de uma chave da Champions League, além de ter sido o primeiro do país a registrar uma campanha perfeita. E olha que o grupo não foi nada fácil, com o Sporting fazendo um belíssimo trabalho (e inclusive se classificando ao mata-mata) e com o Borussia Dortmund de Haaland, que terá de se contentar com a Liga Europa.
Com goleadas por 5 a 1 sobre o Sporting em Portugal e 4 a 0 sobre o Borussia Dortmund (que poderia ter sido mais), os holandeses registraram 20 gols, tendo o segundo melhor ataque da fase de grupos, atrás apenas do Bayern de Munique. Aliás, os alemães merecem uma menção honrosa, tendo também uma campanha de 18 pontos em seis jogos. Mais uma vez, os bávaros se mostram absurdamente fortes na Champions, embora tenham encarado um Barcelona em uma realidade muito adversa. Isso não tira o mérito do Bayern, mas as campanhas de Liverpool e Ajax merecem um destaque um pouco maior.
Barcelona: 'Caso a eliminação aconteça, não vai para a conta dele', afirma Bertozzi sobre Xavi na Champions League
Os caras: Haller e Cristiano Ronaldo
Sébastien Haller é o atual artilheiro da competição, com incríveis dez gols. Como também tem duas assistências, o atacante de 27 anos registra uma média de duas participações diretas em gol por jogo nesta Champions. Por fim, ele igualou o recorde de Cristiano Ronaldo em 2017-18 como únicos jogadores a marcarem em todos os seis confrontos da fase de grupos.
Por falar no português, seu brilho nesta Champions vai além dos seis gols que marcou. Afinal, o camisa 7 foi o autor do gol da vitória contra o Villarreal por 2 a 1 em Manchester; do gol da vitória sobre a Atalanta por 3 a 2 em casa; e dos gols no empate por 2 a 2 com a Atalanta na Itália. Ou seja, Ronaldo transformou uma possível derrota em um empate e outros dois possíveis empates em duas vitórias. O português colocou cinco pontos na conta do United e fez o time, mesmo com todos os seus problemas, chegar à última rodada com a classificação e a liderança já garantidas. Apesar do nível abaixo do esperado dos Red Devils e que inclusive causou a demissão do técnico Ole Gunnar Solskjaer, a equipe atingiu seu objetivo inicial no torneio, muito por conta de sua principal estrela.
A decepção: Barcelona
É bem verdade que era esperada uma temporada turbulenta do Barcelona em meio à situação financeira do clube e após a saída de Lionel Messi. Tal cenário foi potencializado com o trabalho ruim de Ronald Koeman em 2021-22 e também com as lesões de peças importantíssimas (Pedri e Ansu Fati) e de outro nome que poderia contribuir bastante (Sergio Agüero). Pedri jogou duas vezes como titular na fase de grupos, Ansu Fati, uma, Agüero, nenhuma.
Apesar disso, o Barça não deixa de ser uma decepção, uma vez que o Benfica, que ficou com a segunda vaga da chave, não vive um grande momento desde o retorno de Jorge Jesus. Há ainda o fato de os catalães terem encerrado a fase de grupos com dois gols marcados (ambos contra o Dínamo de Kiev), mais apenas do que Malmo e o próprio Dínamo de Kiev.
A frustração para o torcedor do Barcelona fica ainda maior ao lembrar que bastava ao time uma vitória simples contra o Benfica em casa para se classificar com uma rodada de antecedência. Não conseguiu – e até teria perdido aquele jogo, caso Haris Seferovic não tivesse perdido um gol inacreditável nos últimos minutos.
Além disso, a derrota categórica em Portugal por 3 a 0 também foi bem emblemática na campanha que representou a primeira eliminação do Barça em uma fase de grupos do torneio desde 2000-01. A queda foi confirmada com a derrota por 3 a 0 para o Bayern em Munique nesta quarta-feira.
Como Bola de Ouro de Messi e 'esnobada' em Lewandowski fez Muller convocar Bayern ao 'ataque' contra o Barcelona
A surpresa: Sheriff Tiraspol
A vitória da equipe estreante no Santiago Bernabéu contra o Real Madrid foi uma das maiores surpresas da história da fase de grupos da Champions League. Mas não foi ‘só’ isso. O primeiro representante da Moldávia neste estágio do torneio também conseguiu quatro pontos diante do Shakhtar, terminando com sete, se classificado à Liga Europa e ficando apenas três atrás da poderosa Inter de Milão.
Vale destacar que os ucranianos, que foram lanternas com dois pontos, também estiveram na chave do Real Madrid e da Inter na temporada passada e terminaram no terceiro lugar, deixando os italianos na lanterna. Além disso, o Shakhtar tinha conseguido a façanha de vencer o Real Madrid duas vezes. Tal contexto só engrandece ainda mais a campanha do Sheriff, que teve grande contribuição brasileira. O lateral-esquerdo Cristiano deu três assistências e está apenas duas atrás de Bruno Fernandes, o líder no quesito na competição.
Champions League: os destaques, ‘os caras’, a decepção e a surpresa da fase de grupos
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.