Multicampeão pelo Bayern, lesões e agora livre no mercado: Badstuber busca um novo desafio aos 32 anos
Holger Badstuber surgiu como um dos defensores mais promissores do futebol alemão neste século, e o seu rápido sucesso sugeriu que ele poderia se manter como um dos grandes zagueiros de sua geração. No entanto, lesões o impediram de ter continuidade e manter o alto nível. O sucesso foi rápido, assim como sua queda da primeira prateleira do futebol europeu.
Nesta quinta-feira, o atleta de 32 anos rescindiu seu contrato com o Luzern, clube da primeira divisão suíça ao qual se juntou nesta temporada e vinha sendo titular - ele atuou em 18 dos 22 jogos na temporada, iniciando 15 deles.
“Eu tenho ainda alguns objetivos no futebol profissional estabelecidos. No novo ano eu irei com 100% de paixão atrás deles”, escreveu o jogador ao comunicar sua saída do Luzern.
A passagem na suíça já era de certa forma uma ascensão para um jogador que ficou relegado ao segundo elenco do Stuttgart na temporada passada, atuando por uma das ramificações da quarta divisão alemã. Depois de ter sido titular na maior parte da campanha do acesso em 2019-20, ele não foi utilizado em uma partida sequer pela equipe principal em 2020-21, um cenário impensável há uma década.
Badstuber já atuava nas categorias de base do Bayern de Munique em 2002, quando tinha 13 anos de idade. Sua estreia no time principal ocorreu na temporada 2009-10, quando virou imediatamente titular absoluto na conquista da Bundesliga, da Copa da Alemanha e do vice da Champions. Jogando na zaga e na lateral, ele iniciou 33 das 34 rodadas do Campeonato Alemão e só não foi titular em uma partida da competição continental por estar suspenso.
Sua primeira temporada como profissional foi tão expressiva que ele estreou pela seleção em maio de 2010 e foi para a Copa do Mundo, sendo titular nas duas primeiras partidas na lateral. Depois do Mundial na África do Sul, Badstuber vira titular absoluto na zaga, disputa todos os minutos do vice na Eurocopa de 2012 e mantém a condição até o fim daquele ano.
No entanto, com a mesma rapidez com que apareceu o seu brilho, ele se apagou por conta das lesões. De 2013 para frente, Badstuber atuaria apenas mais uma vez com a camisa da Alemanha.
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O jogador nascido em Memmingen, na Bavária, seguiria como titular do Bayern nas temporadas 2010-11 e 2011-12 e começou em tal condição na campanha 2012-13, quando o Bayern alcançou a tríplice coroa. Porém, a longa e gloriosa temporada do seu clube acabou no começo de dezembro de 2012 para Badstuber, que sofreu uma lesão grave no joelho em jogo contra o Borussia Dortmund.
O defensor voltou a se contundir em maio de 2013 e precisou passar por três cirurgias. Seu retorno se daria apenas em um amistoso em julho de 2014, após um período de 19 meses de ausência. Neste retorno, Badstuber ainda teve o gosto especial de voltar a seleção para disputar um amistoso contra a Austrália em março de 2015, encerrando uma espera de dois anos e meio para vestir novamente a camisa da Mannschaft.
Porém, a batalha contra as contusões ainda não tinha sido vencida. Ele jogou apenas 16 vezes em 2014-15, perdendo a maioria dos 52 jogos por questões físicas. O cenário é parecido - só que ainda pior - em 2015-16, quando entrou em campo pelo time principal do Bayern em apenas nove oportunidades.
Com mais adversidades físicas, Badstuber tinha feito três partidas na primeira metade da campanha 16-17, antes de ser emprestado ao Schalke, onde as lesões finalmente deram trégua. Ainda que tenha mesclado titularidade e banco, ele disputou em um semestre nos Azuis Reais um total de 12 confrontos, o mesmo que havia realizado no último um ano e meio no Bayern.
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Depois disso, o atleta iria ao Stuttgart em definitivo no meio de 2017 e colocou um ponto final na sua trajetória no Bayern de Munique, que havia começado 15 anos antes e foi composta por 177 partidas. Foram seis títulos de Bundesliga (incluindo o da temporada em que terminou emprestado ao Schalke), três taças da Copa da Alemanha e uma Champions League (em que pouco jogou).
A trajetória não deixou de ser expressiva, mas fica com a sensação de abaixo do esperado tendo em visto o potencial que Badstuber tinha para conquistar e títulos e ser parte importante. Ter jogado apenas uma Copa do Mundo, a de 2010, foi pouco para aquele garoto com um crescimento meteórico no início da carreira.
Não fossem as lesões, ele poderia ter sido campeão do mundo em 2014, ter disputado o Mundial de 2018 e seguir na seleção até hoje. Afinal, é mais novo do que nomes como Mats Hummels e Jérôme Boateng.
Com 32 anos (irá completar 33 em março). Badstuber pode lamentar que as contusões tenham limitado tanto sua carreira, mas ainda tem tempo para "alcançar os objetivos que ainda tem estabelecidos no futebol", como ele próprio disse.
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