Copa do Mundo: Brasil tem grupo mais difícil que o de 2018; saiba por que e veja o que mudou em Suíça e Sérvia desde então
O grupo que o Brasil precisará superar na busca pelo sexto título mundial ficou muito parecido com o que encarou na Rússia, quando as bolinhas colocaram Suíça e Sérvia em seu caminho na Copa do Mundo, duas equipes que evoluíram nos últimos quatro anos. Na única presença diferente, Camarões de 2022 não vive seus melhores dias (assim como a Costa Rica de 2018), mas tem alguns jogadores mais talentosos e vem de uma classificação heroica. De qualquer forma, a seleção brasileira é bem favorita a terminar na liderança da chave.
Desde que arrancou pontos do Brasil em 2018, a Suíça cresceu e ganhou ainda mais ‘casca’ em jogos grandes. Seminifinalista da primeira edição da Uefa Nations League em 2018-19, a seleção fez uma excelente Eurocopa, eliminando a favorita França nas oitavas e fazendo um jogo duríssimo contra a Espanha, que só passou pelas quartas nas penalidades.
Recentemente, os suíços foram líderes de sua chave nas eliminatórias, mandando a Itália para a repescagem e sem perder nos dois confrontos diretos diante dos atuais campeões europeus (dois empates).
Além disso, os últimos anos mostraram que a seleção deixou de ter apenas uma defesa muito forte e tem tido repertório. Um exemplo disso é que na soma dos dois duelos com os italianos, os suíços finalizaram um total de 18 vezes, três a menos do que seu rival. Inclusive concluíram mais vezes no alvo (9 a 7).
Ainda que individualmente não existam nomes que chamem mais atenção em relação ao time de quatro anos atrás, trata-se de uma equipe que se mostrou forte coletivamente mesmo depois de ter ficado no 1 a 1 com o Brasil em solo russo.
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Já no caso da Sérvia, o perigo se dá também pelo crescimento individual de algumas peças, duas em específico.
Dusan Tadic trocou o Southampton pelo Ajax justamente no meio de 2018, época em que ocorreu a Copa na Rússia. Desde então, ele virou um dos protagonistas do time holandês que foi semifinalista de Champions em 2018-19 e inclusive teve uma atuação monumental na goleada sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, e acabou como 20º melhor do mundo na eleição da Bola de Ouro de 2019.
Sua regularidade segue assustadora no Ajax, uma vez que registra 63 gols e 59 assistências em 120 jogos no Campeonato Holandês desde que foi para o clube de Amsterdã. Pela seleção, ele fez gol e deu assistência na emblemática vitória em Portugal que colocou sua seleção na Copa e mandou Cristiano Ronaldo e cia. para a repescagem.
Já Dusan Vlahovic estava trocando o Partizan Belgrado pela Fiorentina em 2018 e só estrearia pela seleção sérvia mais de dois anos depois. Porém, seu progresso foi muito rápido e, hoje, ele é um dos principais nomes da Juventus, sendo o artilheiro da atual edição do Campeonato Italiano com 21 gols ao lado de Ciro Immobile.
O setor ofensivo ainda conta com Filip Kostic, um talentoso ala/meia/ponta esquerda, com enorme capacidade técnica, que há três anos brilha na Bundesliga com a camisa do Eintracht Frankfurt.
Ah, e não se pode esquecer de Aleksandar Mitrovic, um centroavante mais rústico que é o maior artilheiro da história da seleção sérvia e vive uma temporada surreal com 35 gols no mesmo número de jogos na Championship (a segunda divisão da Inglaterra) pelo Fulham; ninguém passa de 23 gols na competição.
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Na única mudança entre o grupo E da Copa de 2018 para a chave G do Mundial de 2022 está a entrada de Camarões na vaga da Costa Rica. Os africanos estão longe de ter sua melhor geração, mas são o país que mais vezes representou o continente no torneio – vai para sua oitava participação, duas a mais do que Tunísia, Marrocos e Nigéria.
Vindo de um terceiro lugar na Copa Africana de Nações, Camarões deixou Costa do Marfim pelo caminho nas eliminatórias e depois superou nos playoffs de forma dramática a Argélia, do ótimo Mahrez, do Manchester City, e uma das principais do continente. Seu elenco ainda conta com alguns nomes interessantes, como o volante André Zambo Anguissa (Napoli), o atacante Karl Toko Ekambi, que tem 13 gols pelo Lyon na temporada e definiu nos acréscimos da prorrogação a classificação ao Mundial, assim como o zagueiro Joel Matip, do Liverpool, e o goleiro André Onana, de saída do Ajax e ligado à Inter de Milão.
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