São Paulo de Ceni mantém a empatite
A direção do São Paulo trocou o comando técnico porque andava descontente com os resultados e o desempenho sob as ordens de Hernán Crespo. Mas, ao menos na estreia do novo “professor”, um aspecto do time se manteve: a mania de empatar. Pois não passou de 1 a 1 com o Ceará, na noite desta quinta-feira (14), no Morumbi.
O tricolor nesse quesito lidera, ao lado do Cuiabá: são 13 empates em 26 rodadas. Além disso, tem só 6 vitórias contra 7 derrotas. O ataque é dos mais fracos da competição, com 21 gols. Está à frente apenas de Sport (14), Grêmio e Atlético-GO (20). Isso ajuda a entender por que está com 31 pontos, na 13.ª colocação e não muito distante da zona de rebaixamento, aberta com o Bahia (27 pontos).
A empatite faz com que o São Paulo tenha uma sequência rara de seis jogos com igualdades: três terminaram no 0 a 0 e outros três ficaram no 1 a 1. Desse jeito, não consegue sair do limbo, não deslancha, não passa confiança para a torcida.
Porém, justiça se faça: o jogo com o Ceará foi bom para ambos os lados. Como precisavam da vitória (os cearenses estão com 30 pontos e uma posição atrás), buscaram o ataque com intensidade. Isso tornou o ritmo agradável, a ponto de os goleiros Volpi e Richard terem aparecido com boas defesas em diversas ocasiões.
Nem dá pra dizer que o São Paulo já tem a cara de Rogério Ceni. O técnico que volta ao Morumbi deu só um treino, mexeu em algumas posições, deu chance para Orejuela e Benitez, que andavam chateados pela falta de oportunidades, e recorreu a mais posse de bola e insistência ofensiva. Deu a entender que pretende logo apostar num grupo para ser titular, ao menos até o fim da temporada.
O problema está na inconsistência ofensiva. O São Paulo até cria, e já o fazia com Crespo, porém lhe falta eficiência no desfecho. Os 21 gols representam menos da metade do que tem o Flamengo (46) e são o calcanhar de Aquiles. O sistema defensivo nem é dos mais irregulares (levou 26 gols), mas o déficit entre gols marcados e sofridos é outra prova da fragilidade até aqui no campeonato.
Ceni encara o desafio de tornar o São Paulo confiável no que resta de temporada. É um risco, para ele (campeão mas contestado no Flamengo) e para as promessas da cartolagem de que o clube viverá tempos de modernidade.
Tomara, pois o São Paulo precisa. Muito.
São Paulo de Ceni mantém a empatite
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