Atlético-MG papa-tudo. E o Athletico não tem do que se queixar em 21
O Atlético-MG está em estado de graça - e merecidamente. Não é todo ano em que se conquistam três títulos enfileirados, no caso Estadual, Brasileiro e Copa do Brasil. Sem contar que a Taça Libertadores esteve perto, não fosse a eliminação para o tricampeão Palmeiras nas semifinais. Mas nem é para lamentar essa queda, pois há muito o que festejar, com a perspectiva de que, em 2022, vem mais.
O Galo é forte e vingador como havia muito não se via. Certo que já tinha a Copa do Brasil no currículo, bem como a Libertadores. Porém, da forma como vieram as vitórias em 2021 não é exagero afirmar que se trata de uma das temporadas mais brilhantes. Tivesse ficado “apenas” no Brasileiro, já seria motivo para incensar os jogadores e a comissão técnica comandada por Cuca. Foi a quebra de jejum de 50 anos. Meio século é muito, mas muito tempo. Fácil entender a euforia da torcida.
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O animador é que o Atlético-MG montou elenco competitivo, de qualidade e para durar. Não é projeto para ser desfeito de uma hora para outra, como já se viu em tantas ocasiões por aqui. Grana para investir existe, o estádio está sendo preparado com requintes, a participação em torneios importantes lhe abre portas para ter amplas receitas. Ou seja, se encontra em círculo virtuoso, e que seja só o começo.
A prova de que são poucos, hoje, os adversários em condições de brecar a ascensão atleticana veio na noite desta quarta-feira (15/12). Quer dizer, prova, não; a confirmação da superioridade. No domingo, a rapaziada de Cuca havia lascado 4 a 0 no Furacão e voltou a vencer, agora por 2 a 1. Num duelo tenso, dramático, em que os donos da casa sabiam da missão impossível, porém queriam despedir-se do seu público em grande estilo. Até o fizeram, mas sem forças para deter o Galo.
O Athletico jogou na base da alma e do orgulho e, desde o apito inicial, não escondeu que a intenção era carimbar a faixa mineira. Quase conseguiu, quando Pedro Rocha abriu o placar. Comemoração frustrada, pois o gol foi anulado, sob a alegação de que a bola tocou na mão do atacante. Regra besta, porque Pedro Rocha não se beneficiou com a resvalada da bola, na mão junto ao corpo.
O Galo não tinha nada com isso e se inflamou. Resultado? Em contragolpe, pouco depois, fez 1 a 0 - esse pra valer - com Keno. Daí em diante, foi só esperar o tempo passar. Antes do intervalo, o Atlético poderia teve duas chances para ampliar e não as aproveitou. No segundo tempo, Hulk deixou a marca do artilheiro, como saideira de um ano inesquecível, no retorno ao Brasil, e fez 2 a 0. Jaderson, aos 41, cravou o gol de honra rubro-negro, para aplausos do público, em clara aceitação de que o time da casa enfrentou um oponente que lhe foi muito superior nos dois duelos.
O comportamento do torcedor paranaense foi retribuição carinhosa para aquilo que recebeu do time em 21. O Athletico conquistou o bicampeonato da Copa Sul-Americana, proeza inédita para times brasileiros, e chegou à final da Copa do Brasil pela segunda vez em três anos. Reclamar com os rapazes? Claro que não. O Furacão também cava um lugar de realce no futebol nacional e do continente.
Parabéns aos dois.
Atlético-MG papa-tudo. E o Athletico não tem do que se queixar em 21
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