Duas vitórias. E o Corinthians consegue baixar a tensão
Sei, sei. O futebol é cíclico, e o que está bom hoje fica ruim amanhã, e vice-versa ao contrário de novo depois de amanhã. O que significa que não se deve ter grandes ilusões. Mas vale o momento, diria o filósofo da bola. Então o torcedor do Corinthians pode respirar aliviado. Aliás, não só os fãs, mas sobretudo os jogadores, que foram espinafrados uma semana atrás, depois da estreia com derrota na Conmebol Libertadores.
Em poucos dias, o time deu uma guinada e tanto. Primeiro, veio a vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo, na abertura do Brasileiro, com direito a uma etapa inicial impecável no “Nilton Santos”. Agora, 1 a 0 diante do Deportivo Cali, em Itaquera. Não importa se com dificuldade e gol contra (Caldera meteu a cabeça na bola, sem adversário a pressioná-lo). Era preciso ganhar para baixar a adrenalina - e o objetivo imediato foi alcançado.
A rapaziada de Vítor Pereira conseguiu esvaziar a panela de pressão. Na base da experiência e do rodízio. Explico. O treinador português optou por iniciar com formação “madura”, com a maior parte dos atletas mais rodados do elenco. Não por acaso, a turma dos mais de 30 esteve representada por Cássio, Fagner, Gil, Fábio Santos, Willian, Renato Augusto, Paulinho, Jô. A juventude ficou para Raul Gustavo, Maicon e Mantuan.
Por que essa escolha? Porque Pereira queria controle de jogo - e esse povo calejado entregou o que se esperava. O Deportivo Cali, também com alguns veteranos, não se engraçou como visitante, raras vezes incomodou o Cássio e foi sendo controlado. A missão inicial era domar a zebra colombiana e, em seguida, buscar a vitória. Que veio no segundo tempo, num lance bizarro de Caldera, que lembrou um antigo Corinthians x Palmeiras, com gol contra de Oseas. Depois, com o tempo, os mais “velhos” cansaram e foram feitas as substituições de praxe.
O Corinthians da primeira vitória na Libertadores teve cabeça no lugar, posse de bola e paciência. Deve, agora, dar passo adiante, ou seja, ter melhor qualidade na construção de jogadas, finalizar mais e principalmente marcar gols. Muitos gols. Mas, pelo visto, conseguiu dias de paz - e, a esta altura da temporada, era o que mais andava em falta pelos lados do Parque São Jorge.
Duas vitórias. E o Corinthians consegue baixar a tensão
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