O São Paulo acumula vitórias e melhora bem a autoestima
Amigo tricolor, achei meio devagar a apresentação dos reservas do São Paulo nos 2 a 0 sobre o Everton chileno, na noite desta Quinta-feira da Paixão, no Morumbi. Desempenho protocolar, sem grande ousadia, tampouco sem sustos. Um gol de Arboleda no primeiro tempo, outro de Talles Costa, no segundo, e estamos conversados. Seis pontos em duas rodadas na fase de grupos da Sul-Americana e bom caminho andado rumo à etapa seguinte – só passa o primeiro colocado.
O parágrafo acima foi um resumo bem sucinto do jogo – e ainda poderia acrescentar que a temperatura baixou e o público foi ótimo, com 30 mil pagantes. Bom programa para início de feriado prolongado por causa da Páscoa.
Mas o que me chamou a atenção, pra valer, foi a mudança de astral. O São Paulo levou um desconjuntada, na final do Paulistão, com a goleada de 4 a 0 diante do Palmeiras. A perda do bi estadual tinha sido um baque, ainda mais pelo fato de ter vencido o primeiro duelo por 3 a 1. O que poderia ser estopim para outro ciclo de incertezas e crise virou combustível para reação e reconquista de confiança. A rapaziada de Rogério Ceni balançou a roseira, com 3 a 2 no Ayacucho fora de casa, lascou 4 a 0 no Athletico, na abertura do Brasileirão, e se livrou agora do Everton.
Não é uma sequência de exibições de gala – aquela contra o Athletico foi ótima, as duas pela competição continental nem tanto. O importante, porém, foi o resgate da autoestima. O São Paulo necessita demais de botar fé no próprio taco – e a torcida se abala com muitos insucessos acumulados em mais de uma década. Por isso, quando vem uma decepção como aquela contra o Palmeiras voltam à tona temores de que as projeções otimistas não se transformem em fogo de palha.
Os gols mais bonitos de Luciano pelo São Paulo no Morumbi
Os jogos com vitória em seguida são a terapia para público, treinador e elenco recobrarem o otimismo. Rogério sabe disso e optou por colocar todo mundo em ação. Assim, mantém a motivação geral e poupa pernas e pulmões. Muitos dos reservas estão aquém do ideal ou mesmo do que já mostraram como titulares. Eis um problema para resolver. Mas quebram um galho num momento de acúmulo de atividades – tem clássico com o Flamengo no fim de semana e depois Copa do Brasil.
Contra o Everton, observou como estão Miranda, Arboleda e Reinaldo, que até recentemente davam as cartas na defesa titular. Também ficou de olho em Patrick, Rigoni, Luciano – frequentemente convocados para entrar durante os desafios mais árduos. E, de quebra, analisou Toró (não foi bem) e Talles Costa. Talvez o treinador não esteja muito satisfeito com as alternativas de banco; em compensação, não lida com pessoal desmotivado ou de cara feia. Todos estão sendo utilizados.
O São Paulo não fechou o foco em um torneio – em princípio, quer brigar em todas as frentes. Na teoria, faz bem; na prática, é missão complicada. Suponho que Rogério fará escolhas, certamente com aval da direção, à medida que os campeonatos avançarem e de acordo com as chances do time. Vejo, por ora, mais possibilidades nas duas Copas e menos no Brasileiro. A conferir.
O São Paulo acumula vitórias e melhora bem a autoestima
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