Agora é hora de o Palmeiras ter cabeça no lugar e nervos de aço
O Palmeiras vive um ciclo virtuoso como raras vezes em sua história centenária. Vira e mexe, está em finais, e com uma regularidade impressionante ergue as mais variadas taças. Tudo lindo, tudo alegria. Mas chegou o momento de ter nervos no lugar, cabeça fria e coração quente, como diz seu treinador. Porque tem pela frente uma sequência árdua, em três frentes, e com jogos fora de casa.
A série de desafios como visitante começou neste sábado, com o duelo com o Goiás, e por segundos não terminou com a segunda derrota consecutiva no Brasileiro. O ponto salvador veio dos pés de Rony, autor do empate por 1 a 1 aos 51 minutos da etapa final. Antes, a equipe goiana havia flertado com a vitória, graças ao gol de Pedro Raul aos 12 minutos do mesmo tempo. (Aliás, dois gols polêmicos; em ambos, daria para apitar falta nos goleiros.)
Foi um sufoco, porém uma tira-gosto do que reserva a tabela para os tricampeões da América. Na quarta-feira, tem o Flamengo, no Maracanã. Sem tempo para respirar, no sábado será a vez de jogar com o Corinthians. O Palmeiras é mandante; mas, como o Allianz está vetado por causa de shows, precisa arrumar um local para o clássico. Em seguida, tem viagem para o Equador, para pegar o Emelec (dia 27). Na volta, dia 30, a parada é com o Juazeiro, pela Copa do Brasil, também sem estádio definido. E, para fechar, visita ao Independiente Petrolero (3 /5).
Um roteiro que exigirá muita concentração, racionalidade no uso do elenco e eficiência nos jogos. Não dará para desperdiçar chances, sem consequências. A prova veio diante do Goiás: com mescla entre titulares e reservas, o Palmeiras criou várias oportunidades, foi desleixado nas finalizações, nem de longe lembrou o algoz impiedoso que no meio da semana lascou 8 a 1 no Petrolero. Por um triz, não perdeu, embora não tenha feito apresentação ruim. Só não foi contundente.
Entendo o dilema de Abel, afinal semelhante ao de vários de seus colegas que estão de olho em três competições simultâneas. Dá espaço e rodagem para muita gente - e nem sempre consegue fazer com que a equipe mantenha o equilíbrio. Como o Palmeiras tem sempre pretensão de ser protagonista em tudo, fica a dúvida se vencerá os obstáculos. Talvez, não demore e deva fazer escolhas mais específicas, ou seja, abrir mão de alguma frente, para não perder o foco em tudo.
Agora é hora de o Palmeiras ter cabeça no lugar e nervos de aço
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