Flamengo e Palmeiras crescem quando se trata de jogo grande
Que Flamengo e Palmeiras são dois dos principais protagonistas do futebol da América do Sul já se sabe há algum tempo. Que também se equivalem em força e, até, em defeitos, igualmente não é segredo para ninguém. Tampouco não surpreende que façam jogos de alto nível, quando se encontram, independentemente de resultado e da competição em que isso ocorrer.
Pois bem, nem rubro-negros nem alviverdes decepcionaram no clássico da noite desta quarta-feira pré-carnaval temporão. Vá lá, faltou gol, para tornar maior a emoção dos 60 e tantos mil torcedores que estiveram no Maracanã. No entanto, não foram poucas as ocasiões criadas pelos dois lados. Monotonia é o que não se viu, no tira-teima do Brasileiro antecipado para o meio da semana.
O Palmeiras teve força máxima, e isso significa a equipe campeã da Libertadores, na final contra o próprio Flamengo, em novembro, em Montevidéu, aquela formação que o palestrino sabe de cor e a que mais agrada ao técnico Abel Ferreira. E, como nos momentos especiais, de tensão ou da maioria das finais, o grupo não negou fogo: foi intenso na marcação, rápido nos contragolpes, eficiente para neutralizar iniciativas adversárias. E, como acontece com frequência, ignorou a condição de visitante e não se intimidou com prognósticos de favoritismo do outro lado. Dudu, Veiga & Cia. tiveram ao menos três ocasiões ótimas para ficar em vantagem.
E o Flamengo? Não ficou atrás. Embora mantenha a base que arrebatou taças e corações em 2019/2020, está em processo de transformação, não tem um grupo titular consolidado, como é o caso do Palmeiras. A fase de transição persiste; porém, já se notam as impressões digitais de Paulo Sousa, com suas escolhas de estratégias e de nomes para executá-las. Não é mais o Fla de Jorge Jesus - e considero isso muito bom, pois é preciso deixar de vez a sombra do ex-treinador.
Paulo Sousa aposta em renovação, que se faz notar sobretudo em João Gomes e Lázaro, além de nova oportunidade para Hugo, além da repetição do esquema de marcação defensivo com Arão, David Luiz e Filipe Luiz como barreiras diante do gol. O trio Everton, Arrascaeta e Gabigol concentra as esperanças de criatividade e desequilíbrio - e também marcou presença constante na área palmeirense. O Flamengo esteve perto de abrir o marcador em quatro oportunidades.
Como são times gigantes, nenhum dos dois baixou a guarda na defesa, o que fez com que o ritmo do clássico pendesse ora para um lado, ora para o outro. Desta vez, não houve domínio implacável. A partida mostrou o óbvio: em circunstâncias normais, hoje a tendência é a de jogos muito duros entre Flamengo e Palmeiras, com placares ajustados. E, a depender do torneio, vão encontrar-se em etapas decisivas - o que surpreende zero pessoa.
Não é a largada dos sonhos para os dois - o Flamengo, melhor, com dois empates e uma vitória. O Palmeiras tem uma derrota e dois empates seguidos. Porém, num campeonato longo e de resistência como a Série A nacional há tempo de sobra para recuperação. Perder pontos nesses confrontos não é problema; o segredo para chegar ao título está em não esparramar pontos contra equipes em situação ruim na tabela.paulo
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