Até onde podem ir Corinthians e São Paulo no Campeonato Brasileiro?
O Corinthians lidera, com 14 pontos, o São Paulo está em terceiro, com dois a menos. Ambos empataram por 1 a 1, em clássico equilibrado na tarde deste domingo, em Itaquera. A pergunta que fica, depois de sete rodadas, é: o que esperar de dois grandes vencedores nacionais na trajetória atual na Série A?
Resposta difícil, sobretudo porque o torneio começou com derrapadas de favoritos como Palmeiras, Flamengo e o campeão Atlético-MG. E porque nem corintianos tampouco tricolores despontavam como candidatos a protagonistas. E, no entanto, estes largaram bem, até além da projeção inicial. A questão é detectar se terão fôlego para manter-se no bloco principal até a arrancada final.
O duelo na Neo Química Arena deixou esperanças e dúvidas para os dois lados; por isso, digo que é complicado cravar um prognóstico. O Corinthians, por exemplo, assustou no primeiro tempo, quando se viu dominado e só não foi tomar cafezinho no intervalo com placar muito desfavorável porque Cássio pegou demais. Na etapa final, porém, reagiu, anulou o rival, criou chances, empatou e poderia ter virado.
Quadro semelhante, com cronologia invertida, se aplica ao São Paulo. O técnico Rogério Ceni armou bem o time na primeira metade, com sistema defensivo seguro e contragolpes certeiros. O gol de Calleri, nos descontos, foi a prova prática da boa estratégia. Na hora de tirar nota 10 e acabar com tabu de 15 jogos sem vencer na casa alvinegra, veio a queda brusca de desempenho, com o consequente empate e a frustração por escapar a chance de pular para a ponta da tabela.
Corinthians e São Paulo tem pontos em comuns - o principal deles a oscilação e - ainda - a indefinição em torno de uma formação ideal. Há quem considere desnecessário, nos dias atuais, falar em “time titular”. Discordo. Acho importante o treinador ter bem claras uma formação principal e alterações imediatas. Facilita tudo. Tomem-se como exemplos recentes o Flamengo de JJ, o Palmeiras de Abel Ferreira e o Atlético-MG de Cuca. Em determinado momento, sabia-se quais eram as respectivas tropas de choque. E, não por acaso, todos se deram bem.
Vitor Pereira e Rogério continuam a tatear e a experimentar, na busca do equilíbrio. O português percebeu que não pode ter, juntos, a maior parte dos veteranos; com isso, os utiliza bastante, mas alternadamente. Aposta em jovens, como Adson, autor do gol de empate. O resultado é um Corinthians que oscila, embora siga em frente em três campeonatos.
Não muda muito o panorama para os lados de Rogério. No caso são-paulino, vários atletas experientes perderam espaço e têm sido utilizados em jogos “alternativos”. Jovens crescem, porém com altos e baixos. Isso inclui boa parte da turma contratada para a temporada. Tem gente que ainda não justificou o investimento.
O empate por 1 a 1 indica que Corinthians e São Paulo têm potencial para crescer. Para chegar ao título… bem, daí são outros 500. Por enquanto.
Até onde podem ir Corinthians e São Paulo no Campeonato Brasileiro?
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