O Corinthians sofre com empatite, mas segura invencibilidade
O Corinthians não sabe o que é perder, desde os 3 a 0 para o Palmeiras, no dia 23 de abril. De lá para cá, são dez jogos de invencibilidade, com quatro vitórias e seis empates. Mas aí é que está o xis da questão. Cinco dessas igualdades vêm na sequência, na Libertadores e no Brasileiro. É a volta da empatite, “doença” que o acometia nos tempos em que era dirigido por Tite. A contrapartida é que, naquela base, foram muitas conquistas, de Libertadores a Mundial, passando por Série A.
Empatar não é ruim, a depender das circunstâncias. Os mais recentes, por exemplo, incomodam, porque foram em casa e contra adversários tecnicamente mais frágeis. No meio da semana, houve desempenho criticável, no 1 a 1 com o Always Ready, pela Libertadores. Por pouco, os reservas bolivianos não aprontam em Itaquera. O mesmo 1 a 1 voltou a dar as caras, agora neste domingo (29/5), contra o América. Em ambos os casos, os visitantes saíram na frente, para susto da Fiel.
Torcida que prestigiou de novo - e aí é chover no molhado. Corintiano raramente abandona a equipe. Apoia, como fez na quinta e hoje, e corneta, após o apito final. Com razão, e não faço média com a galera. Tanto numa como noutra apresentação, a rapaziada de Vítor Pereira ficou em dívida pelo futebol apresentado. O treinador fez um monte de alterações, em busca de equilíbrio, e o máximo que conseguiu foi evitar derrotas constrangedoras. No torneio sul-americano, ficou em segundo na fase de grupos. No campeonato nacional, caiu para terceiro, embora tenha 15 pontos, assim como o líder Palmeiras e o vice Atlético-MG.
O jogo com o América foi de dar nos nervos em vários momentos. O Coelho chegou a ter domínio, em parte do primeiro tempo e também no segundo. Tanto que ficou em vantagem, com o gol de Aloísio, aos 21 minutos. (Antes o Cássio havia aparecido bem ao menos em duas ocasiões.) O empate só surgiu com Mosquito, aos 36, na base da insistência, do suor e menos de jogada bem elaborada.
VP muda bastante o Corinthians, de um desafio para outro, sob a alegação de que precisa dosar energias do elenco. Concordo, em parte. Sinto falta de uma equipe-base, daquela formação que o torcedor sabe que é a “titular”, como tem o Palmeiras, para ficar em exemplo local e bem-sucedido. Talvez a única certeza é a de que o goleiro intocável é Cássio. Os demais rodam e rodam e rodam. Pode economizar pernas e pulmões, mas entendo que retarda entrosamento ideal.
A novidade da vez foi a presença de Roger Guedes desde o início, junto com Willian, mas caindo mais pela direita. Como Willian saiu por contusão, então Roger teve oportunidade de flertar com o lado esquerdo, como prefere. No entanto, numa ponta ou na outra teve atuação regular - na média do restante do time. O Corinthians, na verdade, está muito mediano. Para ser protagonista, precisa de mais
O Corinthians sofre com empatite, mas segura invencibilidade
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