O Fluminense dá gosto de ver jogar. O Santos joga para o gasto
Santos e Fluminense fizeram clássico interessante, na noite desta segunda-feira (8/1), no encerramento da 20.ª rodada do Brasileiro. O empate por 2 a 2 deu a medida do equilíbrio que se viu na Vila Belmiro, embora não tenha sido o ideal para nenhum dos lados. Afinal, a turma alvinegra se mantém em posição intermediária, enquanto o tricolor deixou escapar a chance de encostar no vice-líder Corinthians.
O que me chamou a atenção - e aí corro o risco de chover no molhado - foi o potencial de cada time. O Santos agora sob a direção de Lisca continua a ser limitado e passa a sensação de que o máximo a alcançar é o de jogar para o gasto. O Fluminense de Diniz atravessa período de destaque na competição, ostenta série invicta e tem futebol que flui, surpreende e dá prazer de acompanhar.
Lisca acabou de desembarcar no Santos e não é justo cobrar alterações profundas na forma de a equipe jogar. Nota-se que tenta mexer na estratégia e faz experiências na escalação - e nem dá para ir muito além disso. Ou seja, é sempre um risco pegar o leme de um time com a temporada em andamento e com tempo apertado para promover uma revolução a curto prazo. Ainda assim, o Santos teve o mérito de marcar bem, travou o Flu e foi para o intervalo com vantagem, graças ao gol ''sem querer querendo” de Luis Felipe aos 15 minutos.
A maturidade tricolor prevaleceu na etapa final. Com Ganso de novo como referência a reger o meio de campo, trocou passes, empurrou o Santos para o próprio ataque, testou os reflexos (ótimos) de João Paulo. Enfim, incomodou. Perturbou tanto que, em dois minutos, virou o placar, com pênalti juvenil cometido por Sandry e que Ganso aproveitou, aos 25 minutos. E com contragolpe rápido e chute de fora da área com Árias. Só não festejou aquela que seria a 11.ª vitória porque Marcos Leonardo empatou com linda finalização aos 40 minutos.
Pode ter ficado gosto de decepção para o Fluminense, pois teve a oportunidade de manter a diferença para o Palmeiras em cinco pontos e agora são sete. Se mantiver a toada que ostenta desde a metade do primeiro turno, pode desbancar favoritos como Flamengo e Atlético-MG e se transformar -, ao lado do Corinthians e do insistente Athletico -, como o grande perseguidor da rapaziada de Abel Ferreira na corrida pelo título de 2022.
E o Santos? Pelo visto, terá mais uma participação na Série A com o papel de coadjuvante.
O Fluminense dá gosto de ver jogar. O Santos joga para o gasto
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