O Flamengo bate o Corinthians no campo e nas opções de banco
O clássico das multidões, o jogo das duas maiores torcidas do país, o duelo que faz estourar a audiência de televisão foi muito além desses clichês habituais. A partida que Corinthians e Flamengo fizeram na noite desta terça-feira (2), em Itaquera, mostrou como há diferença entre os elencos. Os alvinegros penaram para ter um time titular minimamente competitivo e nem as alterações surtiram efeito. Os rubro-negros sobraram com sua tropa principal e mantiveram o ritmo com as mudanças. Resultado: 2 a 0 e vaga para a semifinal da Conmebol Libertadores a um passo.
O Corinthians há um ano investe em nomes de peso, e não por acaso avançou na Libertadores, na Copa do Brasil e está em segundo no Brasileiro. Mas, a esta altura da temporada, começa a pagar o preço por ter optado por diversos atletas veteranos. Gente da qualidade de Renato Augusto, Willian e Paulinho está fora de combate e veteranos como Gil e Fábio Santos entram em ocasiões muito especiais. Não têm pique para aguentar as exigências de três competições. Outros estão aquém do que já apresentaram - exceção feita a Cássio, é claro.
Por isso, Vítor Pereira tem voltado a atenção para um punhado de jovens, talentosos é verdade, mas que nem sempre conseguem resolver paradas difíceis. Como foi o caso do confronto com o Flamengo. Em parte do primeiro tempo, a mescla na escalação e a estratégia do treinador português surtiram efeito, e o Corinthians ao menos impediu que o rival dominasse, como seria de esperar.
Arrascaeta faz pintura, Gabigol encerra jejum, e Flamengo vence o Corinthians na Libertadores; VEJA gols
Mesmo assim, num raro vacilo geral, veio o baque inicial, com o lindo gol de Arrascaeta, mais uma vez o melhor em campo, o que é chover no molhado.
A partir desse lance, aos 36 minutos, o jogo virou totalmente em favor do Fla. E prevaleceram a qualidade individual e a variedade na tropa rubro-negra. Quando foi necessário, Dorival Jr. olhou para o banco e viu, por exemplo, que no lugar de João Gomes poderia colocar Vidal, que na vaga de Pedro tinha Cebolinha. Além de contar com David Luiz, Filipe Luís, Everton Ribeiro, Gabigol e o próprio Arrascaeta em noite impecável, o que levou outros coadjuvantes também a crescerem.
Para acentuar a superioridade, aos 5 da etapa final Gabigol quebrou jejum de meia dúzia de jogos e fez o segundo. O terceiro não veio porque o Flamengo não quis desgastar-se demais. Ao contrário, apostou em trocar passes, em explorar contragolpes e sobretudo contou com o relógio a seu favor. Volta para casa com a convicção de que se aproxima da terceira semifinal em quatro anos - e, quem sabe, também da terceira final. Cresce numa hora importante da temporada.
E o Corinthians terá missão quase impossível no Rio. Depois, tem de anular a vantagem - igualmente de 2 a 0 - do Atlético-GO na Copa do Brasil. Dores de cabeça e tanto para Vítor e sua tropa.
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