O Palmeiras continua a superar-se. Para azar de quem vem pela frente. Que o diga o Corinthians
Menos de 72 horas atrás, o Palmeiras teve jogo pra lá de estafante, do ponto de vista físico, técnico e emocional. Superar o Atlético-MG com dois a menos, pelas quartas da Libertadores, foi proeza gigantesca. Mal respirou a classificação para a semifinal e visita o Corinthians, maior rival histórico. E volta de Itaquera como? Com 1 a 0 no bolso, liderança no Brasileiro consolidada, além de abrir 9 pontos de vantagem sobre o segundo colocado (48 a 39). Criticar o que na rapaziada de Abel Ferreira? Só com imensa má vontade...
O dérbi paulista não encheu os olhos como espetáculo. Foi até morno demais para os padrões de duelo centenário. Os momentos de maior tensão foram falta de Roger Guedes que os palmeirenses exigiam vermelho, o gol decisivo e pênalti reclamado pelos corintianos por toque na mão de Murilo. Fora isso, os dois times foram muito eficientes na marcação e pobres na criação.
No primeiro tempo, o Corinthians teve uma pitada a mais de iniciativa, o que era natural. Como havia saído fora da Libertadores, durante a semana, aumentou a pressão por vitória, para não ver aumentada a diferença do líder. O equilíbrio prevaleceu na etapa final, o empate pintava como resultado mais lógico, até a falha corintiana se transformar em contragolpe verde e terminar com o gol decisivo, de Roni, contra.
O jogo expôs as contradições de ambos os lados, a começar pela qualidade dos elencos. Abel optou por força quase total (só Marcos Rocha ficou fora), assim como Vítor Pereira. Mas, hoje, sem chover no molhado, a variedade do Palmeiras é superior. E o grupo é mentalmente mais forte. Isso ficou claro na superação, após as emoções do meio de semana. Não houve a intensidade mostrada diante do Galo, e nem poderia ser diferente. O lado verde tratou de administrar o jogo; não perder já seria vantajoso, pois no mínimo manteria a diferença em relação ao Corinthians.
Os limites continuaram na hora de mexer. Abel lançou mão de vários jogadores que, se estivessem do lado alvinegro, talvez fossem titulares. Vítor tentou se virar com o que tinha disponível no banco. E, de novo, sem ser óbvio ou repetitivo, faltam-lhe alternativas para virar placares adversos. O Corinthians precisa, agora, lutar para não sair do G-4, já que Fluminense, Flamengo, Athletico sinalizam que vêm animados para fazer sombra.
O Palmeiras tem consciência de sua capacidade de superação - e a certeza não é postura soberba ou de quem apela para o sentimento do "já ganhou". Ao contrário, é reação de grupo que está bem preparado, que sabe o que pretende e o que pode alcançar. A decantada "força mental" palestrina é fruto de trabalho bem feito. O Palmeiras tem o maior número de vitórias, menor número de derrotas, o melhor ataque e a defesa menos vazada. E há quem o veja só como reativo?! Ora, bolas...
O Palmeiras continua a superar-se. Para azar de quem vem pela frente. Que o diga o Corinthians
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