E Corinthians 'português' aplica uma surra no Atlético de Jorginho
Jorginho (58 anos, nesta quarta-feira) foi um grande lateral, com carreira brilhante, incluído nela o tetracampeonato mundial em 1994. No currículo como treinador não tem, ainda, títulos significativos. E, ao que parece, é um dos 'professores' brasileiros um tanto incomodados com a presença de colegas estrangeiros em clubes de expressão por aqui. Revelou desconforto com a situação em entrevista exclusiva ao repórter Vladimir Bianchini, da ESPN.
Pois o valoroso Jorginho saiu de cabeça quente, após a partida em que o Atlético-GO foi destroçado pelo Corinthians do português Vítor Pereira, aquele do 'sabe quanto tenho na conta?'. O time goianiense foi para o duelo, em Itaquera, com vantagem de 2 a 0 numa das quartas de final da Copa do Brasil, e volta para casa com 4 a 1 na cacunda. Fora o baile.
Pelas circunstâncias, a partida tinha contornos favoráveis ao Atlético. Primeiro, pelo motivo óbvio: o placar construído em casa. Além disso, ganhou moral ao avançar na Copa Sul-Americana e ensaia reação no Brasileirão. O Corinthians, ao contrário, teve dois baques em poucos dias - a eliminação na Conmebol Libertadores e a derrota para o Palmeiras, que o deixou mais distante da briga pelo título da Série A. Entraria em campo com o temor de nova decepção no período curto de uma semana.
Por algum tempo, na etapa inicial, o Atlético se segurou e deu a impressão de que confirmaria a fama de pedra no sapato alvinegro na Neo Química Arena. Sem dar um calorzinho sequer a Cássio, tratava de apostar no relógio e no nervosismo do rival, que foi para o tudo ou nada com formação ofensiva, com Adson, Róger Guedes e Yuri Alberto no ataque. VP sabia que não poderia haver meio termo.
O desmanche atleticano começou com Gil aos 41 minutos e se estendeu, com requintes, na segunda etapa, com a tripleta de Yuri Alberto, que deu fim ao jejum com gols aos 4, 11 e 26. Quando o Atlético despertou e tentou algo, teve como consolo o gol de Wellington Rato, aos 42 minutos.
O avanço corintiano para a semifinal significa a redenção de um grupo que estava sob fogo cruzado, na mira da torcida. Serve também como alívio para um técnico que não teme perder o emprego, mas viu queda de desempenho acentuada de sua tropa em momentos decisivos. Jogadores e treinador ganham fôlego, continuam na rota de um título importante e obtêm pazes (ou trégua) com o público.
O Atlético-GO ainda pode redimir-se no Brasileiro, tem a Sul-Americana como possibilidade de um título gigante. Mas Jorginho pagou pelo sincericídio e outra vez levou baile de portugueses (lembram dos 4 a 2 do Palmeiras pelo Brasileiro?). Que olhe os gringos lusos como normais companheiros de profissão, com os quais pode trocar experiências. E não os veja (como outros brasileiros) como profissionais que vieram aqui para "reinventar o futebol". Terá muito a ganhar, pois no Esporte (na vida) há espaço para todos, nativos e estrangeiros, em grandes clubes ou mais modestos. E sigamos em paz.
E Corinthians 'português' aplica uma surra no Atlético de Jorginho
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