A relação do jovem tenista com os juízes e as regras
Este é um artigo direcionado ao
tenista juvenil que sonha em ser profissional, universitário ou simplesmente
jogar seu melhor tênis.
Antes de começar o debate faço uma pergunta: Carlos, João, Claudio, Fábio, vocês conhecem as regras do tênis?
Não falo da pontuação, que o saque tem que ser cruzado ou que a bolinha só pode tocar uma vez no chão. Falo das regras de tempo, de abuso verbal, abuso de raquetes, o que pode ou não se fazer em uma quadra. Como se dirigir a um juiz de cadeira e tantas outras regras que existem no nosso esporte. Provavelmente muitos dos nossos meninos e pais não sabem.
Aconselho aos jogadores darem uma lida e tentarem entender as regras para que em uma situação dentro da quadra possam se defender e debater com argumentos sólidos.
Ao passarmos dessa primeira etapa vamos a mais importante. As regras são claras, mas infelizmente existe uma subjetividade. Em todos os esportes é assim. Ontem assistindo um jogo de futebol vi um atleta dizer que xingou o árbitro, mas que não merecia ser expulso porque o fez sem olhar para ele. Na final do US Open o técnico Mouratoglu aceitou que fez o coaching, mas disse em rede nacional que não deveria ter sido advertido porque todos os técnicos fazem. Nos dois casos os infratores quiseram usar da subjetividade a seu favor burlando regras. Se você acha isso certo, seria interessante entender que o atalho, a carteirada, o jeitinho tem vida curta.
O esporte tem a função de educar, incentivar e trazer valores. Poucos ou quase ninguém no planeta consegue alcançar os primeiros lugares. Mas muitos que estão no esporte aprendem esses valores para a vida.
Precisamos entender que a autoridade máxima dentro de uma quadra é o árbitro e ele precisa ser respeitado. Aí vem a pergunta: Fino, você nunca exagerou? Nunca errou? Sim. Muitas vezes.
Em um dia de bobeira dentro da quadra joguei uma bola sem intenção na tela do fundo da quadra e ao errar a raquetada acertei um torcedor e fui desclassificado instantaneamente. Argumentei que não tinha sido por querer, chorei na hora dizendo que foi uma fatalidade, mas tive que aceitar que a regra dizia claramente que se acertamos uma pessoa do lado de fora somos desclassificados. Estava no livro. O árbitro poderia deixar passar? Acho que sim. Mas a regra foi cumprida com rigor e eu fui desclassificado em um jogo que estava ganhando na quadra central do Estoril Open em Portugal.
A diferença entre errar e pedir desculpas ou achar que estamos certos mesmo quando erramos é o motivo que somos colocados no esporte.
Lembro vocês que somos colocados para aprender, para virar uma pessoa melhor, para entender os valores da vida e quem sabe virar um grande jogador de tênis no futuro.
Meninos, uma última dica: lutem até o último ponto, corram até o fim e se joguem nas bolas, mas acima de tudo sejam honestos e justos e sigam as regras
Fonte: Fernando Meligeni, blogueiro do ESPN.com.br
A relação do jovem tenista com os juízes e as regras
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