Mbappé falou. E fez muito barulho por pouco (futebol também)
O barulho não foi pouco, mas a tão repercutida entrevista de Kylian Mbappé à rede RMV Sport, na verdade, não traz respostas tão polêmicas quanto sua ressonância poderia fazer crer.
Mbappé admitiu o desejo que tinha de deixar o PSG no último mercado, o que não surpreende absolutamente ninguém que tenha acompanhado os fatos amplamente divulgados no último ano.
Mbappé não negou ter reclamado por Neymar não lhe passar a bola, e negar algo do gênero, diante das imagens exibidas por televisões de todo o mundo, seria como negar em 2021 que a terra é redonda (ops).
Mbappé disse, sim, que poderia correr enquanto o Messi andava em campo, mas não sem antes afirmar não ter qualquer problema com isso por entender que existe uma “hierarquia estabelecida” no futebol.
Esta sobre Messi não foi a única ressalva, digamos, diplomática feita pelo francês, que também afirmou saborear cada momento de atuação ao lado do craque argentino, com quem há pouco considerava ser um sonho impossível jogar ao lado.
Sobre a tentativa de ida para o Real, Mbappé ressaltou que pretendia sair deixando boa compensação financeira ao PSG (que parece não se importar muito com isso). No caso de Neymar, disse que a reclamação não foi inédita, que episódios parecidos são corriqueiros, e que respeita e admira o brasileiro.
A verdade é que a entrevista de Mbappé repercutiu muito mais pelos nomes nela envolvidos do que pelo teor das falas do craque francês.
Afinal, se montar um time com três dos quatro melhores jogadores do mundo traz inúmeras e óbvias vantagens para quem os contrata, um dos ônus é lidar com a desproporção (muitas vezes negativa) de tudo que envolve seus atletas dentro e fora de campo.
O problema maior neste início de trajetória do renomado trio é justamente que a desproporção do barulho gerado fora dos gramados esteja se dando também, e apesar dos resultados, em relação ao futebol jogado dentro dele.
Não quer dizer muito, claro. Trata-se apenas do início de um time que, pela absurda qualidade, ainda pode e deve deslanchar, possivelmente com Messi, Neymar e Mbappé funcionando bem, coletivamente, juntos.
O protagonismo do milionário e badalado trio parisiense, porém, é hoje inevitável de qualquer forma: enquanto ele não ocorrer dentro campo, ocorrerá fora dele.
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