Massacre merengue, estreia do Villarreal e outro jogo ruim do Barça na rodada de LaLiga
Encaixada no meio de semana e entre duas rodadas das competições continentais, a sexta jornada de LaLiga foi marcada por goleadas, grandes atuações individuais e também muitas mudanças nas equipes titulares. Na maior parte dos casos, alterações decididas pela questão física.
O Real Madrid brilhou, o Atlético sofreu e venceu, o Barcelona sofreu e empatou e o Villarreal finalmente venceu em LaLiga. Confira o resumos das dez partidas.
Luis Suárez é um monstro de jogador. Dois gols e importantíssima vitória do Atlético sobre o Getafe, para recuperar confiança e demonstrar a Diego Simeone novos caminhos. O treinador argentino optou pelo 4-4-2 de início, com Kieran Trippier e Renan Lodi nas laterais - foram muitos desfalques também: Koke, Lemar, Kondogbia e João Félix. Antoine Griezmann jogou um pouco atrás de Luis Suárez, com apoio de Ángel Correa, que abria o corredor na direita para Marcos Llorente. Foi um primeiro tempo de pouca criatividade e uma falha pouquíssimo usual de Jan Oblak, que resultou no gol de Stefan Mitrovic
Na segunda etapa, com as entradas de Rodrigo de Paul, Matheus Cunha e Mario Hermoso, o Atleti melhorou muito, também com a saída de Griezmann. Passou para o 3-4-3, liberando Llorente e Carrasco (não foi bem de novo) como alas. Luis Suárez permaneceu na referência e foi melhor acompanhado por Matheus e Correa. Após a expulsão de Carles Aleña, o volume de jogo dos colchoneros aumentou demais. Vitória bastante merecida, que amplia a invencibilidade contra o Getafe para 20 partidas em todas competições - não perde desde 6/nov/2011, ou seja, jamais com Diego Simeone.
Após um primeiro tempo muito ruim, provavelmente um dos piores de LaLiga na temporada, Levante e Celta disputaram bons 45 minutos. Todas as chances, boas jogadas e os gols da primeira vitória da equipe galega aconteceram no segundo tempo. Jogando em casa, o Levante poderia ter aberto o placar e depois empatado, se Roger Martí não estivesse em uma jornada infeliz: perdeu um gol incrível com o placar em 0 a 0 e depois um pênalti (mal marcado com o auxílio do VAR) com 0x1.
Eduardo Coudet fez uma mudança no meio-campo, tirando Denis Suárez e colocando Fran Beltrán, sem alterar seu 4-2-3-1. Contou com uma falha de Róber Pier na saída de bola para recuperar a bola no campo de ataque e Iago Aspas marcar. A defesa do Levante, que teve Shkodran Mustafi como titular pela primeira vez, cometeu mais algumas falhas, e em uma delas, no final, Brais Méndez marcou belo gol. Vamos ver se, daqui em diante, o Celta inicia uma reação em LaLiga (recebe o Granada). O Levante segue sem vencer.
É o melhor início de temporada do Rayo Vallecano na primeira divisão desde 2000-01, quando o time era treinado por Juand Ramos e somou 12 pontos nas seis primeiras rodadas. Agora, com Andoni Iraola, são dez pontos conquistados e um bom futebol apresentado. A vitória sobre o Athletic, em San Mamés, é impactante pelo resultado em si, fora de casa, mas também pelo bom desempenho - do time, como conjunto, e de alguns jogadores, indidualmente. Radamel Falcao García, em sua segunda partida pelo Rayo e saindo do banco mais uma vez, marcou e garantiu a vitória.
Pouquíssimas chances foram criadas no primeiro tempo. O primeiro gol surge da marcação alta do Rayo, recuperação de bola com Sergi Guardiola e finalização de Álvaro García. O técnico Iraola mudou a equipe, rodou o elenco e ainda teve o desfalque de Óscar Trejo no meio-campo. O Athletic, com dificuldade de criação, conseguiu o empate com mais um gol que surge dos pés de Iker Muniain na temporada: cobrança de falta, cruzamento na área, cabeçada contra de Pathé Ciss. Na segunda etapa, o jogo ficou mais aberto, com maior posse de bola do Rayo (53%). O gol da vitória saiu aos 51 minutos, com dois jogadores que haviam entrado pouco antes: Bebé cobrou falta na área e Falcao cabeceou.
O Sevilla vinha de três empates seguidos, contando a partida pela Champions League contra o Red Bull Salzburg, e precisava de uma boa atuação. Conseguiu em apenas 22 minutos. Foi o tempo necessário para abrir 3 a 0 no Valencia, com muita movimentação e força ofensiva. Levou um gol aos 31, com Hugo Duro, mas controlou bem a partida e mereceu a vitória - já os valencianos somam a segunda derrota seguida, após o 1x2 para o Real Madrid.
Julen Lopetegui armou o time no 4-3-3, com Joan Jordán, Fernando e Papu Gómez na trinca de meio-campistas. O ataque teve formação inédita com Erik Lamela, Rafa Mir (marcou seu primeiro gol pelo Sevilla) e Lucas Ocampos, que começou jogando pela primeira vez na temporada. Foi também a estreia de Gonzalo Montiel na lateral-direita, substituído no segundo tempo por Jesús Navas, e autor do segundo gol. Duro choque de realidade para o Valencia, que já sonhava com uma temporada europeia novamente.
Raúl de Tomás, ou como leva na camiseta RdT, precisou marcar três vezes para conseguir um gol. Após gols anulados com auxílio do VAR, de pênalti aos nove minutos do segundo tempo ele decretou a primeira vitória do Espanyol neste retorno à primeira divisão. O Alavés, por outro lado, segue sem somar um único ponto até aqui. Pior: ocupa a lanterna, mesmo com um jogo a menos que o Getafe, que também apenas perdeu, por causa do saldo de -10 gols.
Em campo, o Espanyol teve mais posse de bola (53%) e mais finalizações também (10 x 7). Partida com alto número de faltas, 32 no total. Wu Lei, que entrou no segundo tempo e ainda não marcou na temporada, perdeu um gol incrível, no último lance, cara a cara com Pacheco.
Villarreal 4x1 Elche
Com um jogo a menos e quatro empates seguidos, finalmente o Villarreal estreou nesta temporada de LaLiga, como bem descreveu o jornal Marca. Conquistou a primeira vitória com goleada, 4 a 1 contra o Elche, de Fran Escribà, ex-técnico do Submarino Amarelo. Yeremi Pino, Manu Trigueros, Arnaut Danjuma e Alberto Moreno marcaram os gols para Unai Emery, que fez algumas mudanças na equipe titular..
Mandi começou na defesa ao lado de Pau Torres, Dani Parejo voltou ao meio-campo e Paco Alcácer teve as companhias de Danjuma e Pino no ataque do 4-3-3. Já no Elche, Darío Benedetto e Javier Pastores, duas das principais contratações da equipe, começaram no banco e entraram no segundo tempo. Vitória tranquila do Villarreal, com 60% de posse de bola e 9 x 3 nas finalizações certas.
Real Madrid 6x1 Mallorca
Enorme atuação do Real Madrid, melhor da temporada. Superior ao Mallorca do início ao fim, com rotações na equipe titular promovidas por Carlo Ancelotti, que descansou alguns jogadores, entre eles Casemiro. Vinicius e Rodrygo foram titulares pelo lado no 4-3-3, que teve Eduardo Camavinga como volante recuado. A estrela da noite foi Marco Asensio, que voltou a ter oportunidade como titular e marcou três gols contra o clube que o formou - atuando como um dos meias centralizados. Pra variar, quem foi bem demais novamente foi Karim Benzema. Mais dois gols e duas assistências para o atacante francês, que soma agota oito e sete, respectivamente, na temporada.
Pelo Mallorca, nada funcionou. Takefusa Kubo, desta vez centralizado na armação do 4-2-3-1, foi substituído no intervalo; Matthew Hoppe nada fez no ataque; apenas Lee Kang-in conseguiu jogar um pouco, marcando gol inclusive. Cabe ao técnico Luis García Plaza recolocar o time nos trilhos e seguir com o bom início de retorno em LaLiga. Do lado merengue, liderança da competição e melhor futebol jogado entre as 20 equipes.
Granada 2x3 Real Sociedad
Ótimo jogo entre Granada e Real Sociedad, com vitória basca por 3 a 2. Com muitos desfalques por lesões, como Nacho Monreal fora desde o início da temporada, e recém-machucados, casos de Alenxader Isak, Ander Barrenetxea e David Silva, coube a Mikel Merino e Mikel Oyarzabal assumirem o protagonismo do jogo para a Real Sociedad, que foi melhor durante os 90 minutos.
Do outro lado, um adversário que vinha de empate com o Barcelona, no Camp Nou, e que não mudou a estratégia de marcação forte e transição. Os números finais da partida ajudam a entender a superioridade da Real Sociedad, que por outro lado vacilou muito na defesa: 62% de posse de bola e 20 x 8 em finalizações, com 11 x 2 no alvo. São cinco jogos de invencibilidade para os comandados de Imanol Alguacil.
Jogo de muitas chances para os dois lados, com 27 finalizações no total, sendo 16 para o Betis, que venceu fora de casa o Osasuna por 3 a 1. Segunda vitória seguida como visitante da equipe que, em Sevilha, tem tropeçado. O resultado deixa o Betis na oitava posição, com nove pontos em seis jogos. O Osasuna segue oscilando, alternando vitórias e derrotas após dois empates em 0 a 0 nas duas rodadas iniciais.
Juanmi tem feito ótima temporada, marcou em Pamplona e chegou a quatro gols, contando a Europa League. Willian José fez o terceiro do Betis, em contra-ataque, com o Osasuna buscando o empate - primeiro gol dele com a camisa verdiblanca.
Outro jogo ruim do Barcelona, mais pressão sobre Ronald Koeman. Com muitos desfalques novamente, o Barça entrou em campo com Yusuf Demir, Luuk de Jong e Memphis no ataque, além de Frenkie de Jong, Sergio Busquets e o jovem Gavi no meio-campo. A defesa contou com o Óscar Mingueza como lateral-direito e Sergiño Dest improvisado na esquerda, já que não havia mais laterais-esquerdos no elenco com as lesões de Jordi Alba e Alejandro Baldé. Primeiro tempo muito fraco, com o Cádiz jogando dentro da sua proposta de marcação e contra-ataque no 4-4-2.
Na segunda etapa, o Barcelona voltou com outra atitude, bem mais movimentação e um pouco mais de profundidades. Deixou o jogo melhor, dando mais espaços para o Cádiz também. Com a injusta expulsão de Frenkie de Jong, os donos da casa cresceram nos minutos finais e pressionaram bastante. Mesmo com o erro da arbitragem, a atuação culé merece ser criticada, assim como algumas decisões de Koeman - que ainda foi expulso no final. Ter Stegen foi fundamental para evitar a derrota e Philippe Coutinho saiu bem do banco de reservas. Já Luuk de Jong teve outra atuação apagadíssima e Memphis perdeu muitas chances.
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