Midiática, Leila Pereira é o fato novo que o Palmeiras precisava para 2022
Leila Pereira concedeu, na última quinta-feira (16), sua primeira entrevista como presidente do Palmeiras. Cheia de sorrisos e sacadas irônicas, a nova mandatária alviverde, primeira mulher a ocupar a cadeira de presidente no clube, deu uma mostra do que pode vir pela frente.
E o futuro pode ser bastante interessante. Logicamente temos de ponderar que talvez não tenha havido melhor momento para alguém chegar à presidência do Palmeiras. Com duas Libertadores e uma Copa do Brasil conquistadas apenas neste ano, Leila chega sem sombra na presidência.
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E, mais do que isso, chega tendo trabalhado durante cerca de cinco anos sua imagem como “Tia Leila”, apelido que ela adora e que provavelmente se transformou em seu maior personagem nesta caminhada rumo ao posto de ser presidente do clube.
Ficou claro que Leila, como presidente, terá mãos de ferro. Ela opina em contratação, ela já provoca mudanças no departamento de marketing, ela já afirma que quer o torcedor ajudando ativamente na construção de um clube que vai tentar “pintar o mundo de verde”.
Leila chegou com o discurso que o torcedor quer ouvir, mas mantendo o pé no chão que caracterizou o clube nesse 2021 histórico. Mas o que é curioso em tudo o que ela fala e se posiciona é perceber que ela é um presidente de clube que simplesmente não faz questão de mostrar que entende de futebol.
Ao falar sobre o calendário do time, tropeçou nas datas, disse não ter certeza quando a equipe jogava. Também se esqueceu do nome de Marcelo Lomba, goleiro contratado para ser reserva de Weverton. Não está preocupada em pontuar quem é o jogador dos sonhos, não dá mostras de que quer ser alguém “boleira”.
Pelo menos no primeiro discurso, a impressão que fica é de que ela quer mais curtir o prestígio da personagem “Tia Leila” do que realmente ser um presidente de time de futebol que acha que entende mais de bola do que quem trabalha no dia a dia desse negócio.
E, claramente, isso pode ser excelente para o Palmeiras. Ter um presidente que vá defender a instituição sem entrar nos pormenores do jogo em si pode elevar o debate sobre o que realmente vale no futebol. Logicamente que, numa eventual pressão por maus resultados, a biruta pode virar e o negócio desandar, fazendo com que a primeira impressão seja colocada para escanteio. Mas só de ver a forma como Leila conseguiu dobrar a mídia e a torcida nessa primeira entrevista mostra que o futebol poderá respirar novos ares com ela na presidência. A forma como Tia Leila domina a oratória era tudo o que o Palmeiras precisava neste momento para manter o futebol sem pressão da mídia e da torcida.

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