A frustrante temporada do Arsenal

Mário Marra
Mário Marra

Tudo, ou quase tudo, é uma questão de expectativa, mas qualquer expectativa deveria passar por contextos. Não existe muito questionamento em relação ao trabalho de Carlo Ancelotti no Everton. São 17 meses em que o treinador italiano tem tocado o seu trabalho em Finch Farm, e o torcedor tem compreendido que o clube aos poucos tenta se reencontrar com seu passado. 

O time em campo até tem trazido alguma aflição por não conseguir confirmar o favoritismo nos jogos em casa, mas o torcedor já percebe que os planos são grandes, que o novo estádio oferecerá um salto e se permite não reclamar tanto de um tropeço ou outro. Questão de expectativa, mas especialmente uma questão de contexto, de cenário.

Após os mesmos 17 meses de trabalho, Klopp já havia arrebatado o coração do torcedor do Liverpool. Questão de contexto. O clube tentava caminhar para frente após anos e anos de incertezas, mas o trabalho de Brendan Rodgers dava sinais claros de estagnação. O ídolo Gerrard havia saído, e o vazio passou a fazer morada no coração vermelho. Até que um alemão cheio de dentes resolveu comprar a briga da cidade e da história do clube. A posição do Liverpool na tabela de classificação na Premier League após 17 meses de Klopp não era de liderança, mas os torcedores entendiam que os sinais eram positivos, e os títulos vieram com o tempo. O caminho estava sendo pavimentado.

Mikel Arteta foi anunciado no Arsenal na mesma semana que o Everton anunciou Carlo Ancelotti. O gigante londrino vivia ainda o vazio da ausência de Wenger, e a tentativa com Unai Emery apenas aumentou as dúvidas. O Arsenal poderia ter optado por nomes consagrados como o do próprio Ancelotti, mas viu em Arteta sinais que julgou confiáveis para uma reestruturação. Era uma aposta. Arteta foi convidado a dar os primeiros passos de sua carreira como treinador e aceitou o desafio. Largou o Manchester City e o convívio diário com um professor como Guardiola para ser desafiado na reconstrução do Arsenal.

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Qual era a expectativa naquele momento? Qual era o contexto? 

Ainda que Arsene Wenger já convivesse com algum descontentamento e hashtags WengerOut em seus últimos anos, todos sabiam e valorizavam o que ele fez na história do clube. Foram 22 anos à frente do Arsenal e muitos deles à frente também do tempo. Se a exigência com Arteta fosse pela busca de títulos, ela era equivocada. E vale lembrar que Arteta ergueu a Copa da Inglaterra em sua primeira temporada. Arteta foi o técnico da conquista do início ao fim. Talvez o título tenha gerado euforia e elevado a expectativa, mas o contexto de anos em busca de competitividade mais elevada não deveria ter sido desconsiderado.

A atual temporada do Arsenal é frustrante! 

O time deveria ter rendido mais em todas as competições. Arteta acabou de ver seu time ter muita dificuldade para ser  percebido no campo de ataque, jogando em casa e também fora, nas disputas contra o Villarreal na Europa League. Eliminação justa e ausência justa de competições europeias na próxima temporada. Entretanto, a culpa pelo insucesso no trabalho de recondução do Arsenal ao seu caminho normal talvez passe menos por Arteta hoje. 

Torcedores do Arsenal pedindo a saída de Wenger no passado
Torcedores do Arsenal pedindo a saída de Wenger no passado Getty Image

Qual a garantia que uma substituição no comando técnico oferece? Quem poderia devolver o sorriso ao torcedor? 

Na falta de um messiânico nome, que tal dar amparo e tempo para o trabalho florescer? Nem nomes consagrados e com muito tempo de janela como Klopp ou Ancelotti devolveram a festa nos mesmos iniciais 17 meses, e Mikel Arteta ofereceu espaço para jogadores como Bukayo Saka, Smith Rowe e Nketiah. 

Talvez tudo o que o Arsenal precise no momento seja um ajuste de expectativas e um melhor entendimento do cenário do futebol.

Arteta, técnico do Arsenal
Arteta, técnico do Arsenal David S. Bustamante/Getty Images
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O que Liverpool e Arsenal podem apresentar no sábado

Mário Marra
Mário Marra

Uma olhadinha na tabela de classificação da Premier League e bate a certeza de que não vai dar para sair para comprar presentes de Natal na tarde deste sábado (23). Liverpool e Arsenal estarão em Anfield disputando a liderança da competição. Como se não bastasse o tamanho da pressão do confronto e a importância para a classificação, os dois entrarão em campo já sabendo o resultado do jogo do Aston Villa, que vai receber no Villa Park o lanterna Sheffield United e deve assumir a liderança provisória.

Líder, o Arsenal disputou o título quase toda a temporada passada e sentiu  o gosto amargo de ver o atual campeão crescendo no retrovisor até a penúltima curva. A atual temporada é, de novo, muito boa e o time dá mostras de ser ainda melhor. 

A campanha do ano passado mostrava resultados ainda melhores. O time tinha quatro pontos a mais e marcava mais gols, mas não basta olhar apenas para os números. O Arsenal de hoje, além de estar mais calejado com a decepção da temporada passada, tem opções como Declan Rice e Havertz

O alemão Kai Havertz foi titular em 11 dos 17 jogos da Premier League e é responsável direto por cinco gols na competição - marcou quatro e deu uma assistência. A surpresa para quem ficou acostumado com o posicionamento dele no Chelsea é que ele participa muito mais do jogo e em setores diferentes. Se os números ofensivos de Havertz são bons, o que dizer de Declan Rice?

Lembre-se que a função de Declan Rice em campo é de iniciar as jogadas e de proteção aos zagueiros e se surpreenda ao saber que ele tem três gols marcados e uma assistência. Titular em todas as partidas e quase nunca substituído, Rice assumiu o posto e ajudou a explicar os motivos de ser tão importante para também a seleção da Inglaterra.

Um outro personagem importante da equipe merece e precisa ser destacado. Capitão do time, líder em campo e todo do centro pensante da equipe, Martin Odegaard confirma a cada dia o que dele se espera. Fechando espaço, conduzindo a bola, batendo em gol, liderando a equipe, Odegaard parece maduro no alto de seus 25 anos para erguer, além do time em campo, uma taça importante na temporada. Os números dele na Premier League (4 gols e 2 assistências) só ficam abaixo dos números de Saka (seis gols e cinco assistências), mas muitas vezes com participação maior na faixa de criação da equipe.

Observe como o jogo passa muito por Odegaard no Arsenal e veja também como a mudança de posicionamento de Alexander-Arnold veio junto com o aumento de responsabilidades. 

O jogo ofensivo passa por Odegaard e Arnold
O jogo ofensivo passa por Odegaard e Arnold Data ESPN

Jogar em casa tem sido um trunfo do Liverpool, que teve, até o confronto com o Manchester United, 100% de aproveitamento nos jogos em Anfield. E vale lembrar que trata-se de um novo Anfield, agora com capacidade para 57 mil torcedores e em breve 61 mil.

Volte um pouco no tempo e viaje nos números do Liverpool no atual momento da temporada passada. O time de Klopp tinha 29 pontos e hoje tem 38. Eram oito vitórias em 17 jogos e hoje são 11 nos mesmo 17 jogos. O time também marca mais gols e sofre menos gols. A renovação necessária do elenco se deu e não seria muito justo ou até mesmo honesto que os resultados viessem tão rapidamente, mas eles têm vindo.

Sem Henderson, Fabinho, Keita, Milner e Chamberlain, todos jogadores de meio campo, o Liverpool foi às compras. Chegaram Mac Allister, Gravenberch, Szoboszlai e Endo. Curtis Jones e Elliott permaneceram e dão pistas de amadurecimento. Thiago Alcântara e Bajcetic continuam no departamento médico. O meio do Liverpool é bastante diferente, mas se mostra dedicado e inteligente para assimilar rapidamente o que Klopp pede.

Trent Alexander-Arnold já é senhor de 25 anos. Acostumado com decisões, o jovem formado na base tem experimentado, na seleção e no clube, jogar pelo meio campo. Ele melhora a qualidade na troca de passes, a progressão das jogadas e é um grande responsável pelos números do time de Klopp.

Dois times que jogam com a intenção de pressionar os adversários e de imposição de suas ideia de jogo, Liverpool e Arsenal sabem dos benefícios e dos riscos de seus modelos agressivos de jogo. Observe na tela abaixo o posicionamento médio distante que seus zagueiros jogam de suas balizas.

Imposição: Liverpool e Arsenal tentam empurrar seus adversários
Imposição: Liverpool e Arsenal tentam empurrar seus adversários Data ESPN

Não é que tenha decisão de Premier League no sábado. Não! O campeonato mostra surpresas e dúvidas em cada rodada, mas é certo que teremos um jogo bastante interessante de tentativa de imposição de ideias, de limites, de fisicalidade, de qualidade.

Por onde pode passar a definição do confronto
Por onde pode passar a definição do confronto Data ESPN

Na salada dos números dos dois times, chama a atenção como os adversários e atuais candidatos à Premier League se parecem. O Arsenal tem mais posse, mas vai enfrentar o time que mais recupera a posse da bola e o faz mais rapidamente.

Aproveite o tempo disponível até sábado à tarde para adiantar as compras de Natal e reserve um tempo para ser presentado pela Premier League, por Liverpool e pelo Arsenal.

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Um novo West Ham sem Rice, mas com Álvarez e Ward-Prowse

Mário Marra
Mário Marra

O atual campeão da Conference League poderia estar agora reclamando que perdeu no final da temporada 2021/2022 e na final da 2022/2023 duas grandes forças do elenco e duas lideranças dentro do campo e no vestiário. Ambos, Mark Noble e Declan Rice, saíram do clube no espaço de um ano e, aparentemente, sem deixarem grandes estragos para David Moyes e para o West Ham.

Algumas teorias pouco afeitas ao entendimento dos processos podem tentar indicar que levantar uma taça após 43 anos fez apagar qualquer tipo de problema e que agora o alívio vai fazer o time render sempre bem, mas, na prática, o que se vê em campo é ou deveria ser reflexo do que faz no treinamento e o que tem sido visto nos Hammers tem chamado a atenção.

Não é que Moyes, o técnico, esteja operando um milagre ou revolucionando o futebol mundial, mas é muito claro, até pelas características diferentes dos adversários, que ele tem explorado muito bem os pontos fortes de seu novo West Ham e as vulnerabilidades de seus oponentes. Observe o quadro abaixo e veja que os Irons não faz muita questão de ter a bola, mas se comportou bem e venceu quando tentou propor a partir da posse contra o Luton Town.

Bowen, Paquetá, Ward-Prowse e o contra-ataque são fortes armas do West Ham
Bowen, Paquetá, Ward-Prowse e o contra-ataque são fortes armas do West Ham DataESPN

Ter sido campeão da Conference pode ter trazido, além da taça e da vaga na Europa League, também o ensinamento que o elenco vai ser novamente muito exigido com o calendário local e o europeu sugando todas as forças. Não é fácil para ninguém, e o flerte com a zona de rebaixamento da temporada passada na Premier League não pode ser esquecido e visto novamente na atual. A direção do clube foi cobrada e entendo que vai precisar se mexer ainda mais na próxima janela, mas não dá para reclamar do que o inglês James Ward-Prowse e o mexicano Edson Alvarez têm apresentado.

Alvarez, volante de 25 anos, chegou do Ajax, da Holanda, de forma discreta e com a responsabilidade de jogar no setor que fora de Noble e Rice, mas seus primeiros passos mostram muita sobriedade, entrega e eficiência. Ele tem protegido bem a defesa e se mostrado atento para fechar bem o lado esquerdo.

Edson Álvarez chegou com o peso da responsabilidade de ocupar o espaço que Rice ocupava
Edson Álvarez chegou com o peso da responsabilidade de ocupar o espaço que Rice ocupava DataESPN

Outro contratado carrega longa história na Premier League. Foram 410 jogos pelo Southampton e mais 11 convocações para defender a seleção da Inglaterra. Ward-Prowse, meio-campista de 28 anos, é o típico jogador que oferece ao seu clube três pontos a cada rodada. Seja em uma cobrança de falta, escanteio ou pênaltis. O novo camisa 7 tem experiência de sobra na liga nacional, é visto, reconhecido e respeitado pela carreira no clube de infância e chegou com grande impacto nos resultados do West Ham. 

Ward-Prowse foi a chegada de maior impacto
Ward-Prowse foi a chegada de maior impacto DataESPN

É óbvio que falta muita coisa, o campeonato teve só quatro rodadas de um total de 38. No entanto, o que foi possível observar em campo é que o time se mostra muito comprometido com a causa e com o trabalho. Os novos jogadores, que poderiam pedir um tempo maior para adaptação, têm agregado bastante e não parece ser um equívoco acreditar que Kudus também venha a jogar o que jogou no Ajax e joga na seleção de Gana. 

O torcedor vai sempre se lembrar com carinho das ações de Noble (que aposentou-se em maio de 2022 aos 35 anos e com 550 partidas pelo clube) e Rice (de 24 anos e que tranferiu-se para o Arsenal na última janela) em campo e talvez eles tenham ajudado muito a pavimentar o bom caminho para quem conquistou 10 pontos em 12 possíveis até aqui no Inglês. 

Jogadores do West Ham, Paquetá em destaque, comemoram gol contra o Chelsea na Premier League
Jogadores do West Ham, Paquetá em destaque, comemoram gol contra o Chelsea na Premier League Vince Mignott/Efe


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Almirón, as lideranças internas e os conceitos iniciais de um novo Boca

Mário Marra
Mário Marra

Jorge Almirón foi anunciado em abril como novo treinador do Boca Juniors, rival do Palmeiras em uma das semifinais da Libertadores. Claro que ele sabia que aquele movimento teria repercussões em toda sua carreira, um salto para elevá-lo no cenário argentino ou para entrar na lista de tantos e tantos bons nomes que não se firmaram. Sabia do risco e traçou uma linha de trabalho. 

Distante de seus melhores dias, o gigante azul e amarelo é um clube com problemas financeiros e administrativos. Almirón foi o quarto técnico da gestão Jorge Ameal como presidente e Riquelme como vice, e, diferentemente de um país em festa com o título mundial, o torcedor xeneize franzia a sobrancelha quando o assunto era o futebol praticado pelo time treinado por Hugo Ibarra. 

O ano não começou com boa preparação, e os reflexos apareceram já em fevereiro com jogos fracos e resultados questionáveis. Março foi ainda pior, com uma vitória no início e outra no fim e derrotas para Instituto Córdoba e Banfield. Ibarra caiu na primeira semana de abril, e Almirón foi chamado ao trabalho.

Jorge Almirón, técnico do Boca Juniors
Jorge Almirón, técnico do Boca Juniors Matias Baglietto/Getty Images

Trabalhar nunca foi um problema para Almirón, que aos 14 anos trabalhou com um tio como carpinteiro e depois foi trabalhar em uma fábrica de maçanetas.  "Fazia maçanetas de portas e janelas, trabalhava das 7 às 17 (horas) e terminava morto. Isso me ajudou a manter sempre os pés no chão e conhecer o sacrifício que devemos fazer para crescer." O ofício de treinador na Argentina já rendeu ao atual técnico do Boca um título local com o Lanús e um vice da Libertadores contra o Grêmio, em 2017. Almirón também já comandou outros grandes argentinos, como Independiente e San Lorenzo.

Ele percebeu rapidamente que para ter tranquilidade para trabalhar era preciso diminuir espaços e melhorar os números defensivos. Em abril, mês de sua chegada e que ainda teve Ibarra como treinador, foram oito jogos, com oito gols marcados e o mesmo número de gols sofridos. O número já caiu bem em maio, mês de seis jogos e seis gols marcados, mas apenas dois sofridos.

Não bastava apenas equilibrar a defesa, mas variar situações com e sem a bola e diminuir espaços tanto para os times adversários como também para que o próprio Boca se posicionasse melhor ofensivamente. Uma solução foi adiantar o lateral peruano Advíncula, que passou a jogar em uma segunda linha ou com a proteção e liberação para subir de três zagueiros. Advíncula conseguiu criar uma alternativa pela direita para a bola chegar mais ao ataque. Pol Fernandez, Equi Fernandez e Cristian Medina captaram bem a ideia de iniciar as jogadas por dentro, proteger a defesa e manterem a vitalidade de caça no meio. Valentín Barco, que foi desfalque sentido contra o Racing, foi outro que parece ter entendido rapidamente o que deveria ser feito e vem conquistando espaço pelo lado esquerdo, à frente do colombiano Fabra. 

Cavani em ação pelo Boca Juniors
Cavani em ação pelo Boca Juniors Marcelo Endelli/Getty Images

Visão de trabalho, entrega e respeito ao que representa o Boca ajudam a explicar os motivos que fizeram o time xeneize avançar para a semifinal continental, mas existe um outro grande fator que serve como pilar da construção que Almirón iniciou: a liderança de seus jogadores de referência.

Não foi por acaso que Marcos Rojo, Chiquito Romero e Cavani foram os jogadores destacados para a entrevista coletiva pós-jogo diante do Racing. São eles que ditam a disciplina de trabalho nos treinamentos, que entendem a temperatura do jogo em campo e que determinam como e quando agir. 

O Boca de Almirón está longe de ser um time bonito de ser visto e nem mesmo dá para chamar de eficiente, mas existe um conteúdo que foi capaz de fazê-lo chegar até às semis. Não existem dúvidas sobre a superioridade em assimilação de ideias de jogo, qualidade, variação de esquemas e alternativas em campo. O Palmeiras tem um longo caminho já percorrido e do outro lado apenas os primeiros passos foram dados, mas não dá para negar que o Boca Juniors tem progredido e trabalhado duro para buscar algo maior.

Defesa do Boca Juniors do técnico Jorge Almirón é um dos pontos fortes
Defesa do Boca Juniors do técnico Jorge Almirón é um dos pontos fortes DataESPN
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Por que Newcastle foi o maior destaque da 1ª rodada da Premier League e o que esperar do time

Mário Marra
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Jogadores do Newcastle comemoram gol
Jogadores do Newcastle comemoram gol Serena Taylor/Newcastle United via Getty

Pope no gol, Trippier e Burn nas laterais, Schar e Botman formando dupla de zaga. O meio campo que encantou foi composto por Bruno Guimarães, Tonali e Joelinton. Almirón pela direita, Anthony Gordon pela esquerda e Isak compuseram o que podemos chamar de trio de ataque. Barnes, Callum Wilson, Sean Longstaff, Murphy e Elliot Anderson entraram no segundo tempo e colocaram o Newcastle como o maior destaque na primeira rodada da Premier League.

A sensação bem clara é que os outros times estão dentro de um processo normal de início de novo ano, mas o Newcastle parece estar em um processo mais adiantado. Atmosfera, entrega, intensidade, pegada, brilho nos olhos, competitividade. Estava tudo lá, deixaram tudo em campo. E não foi contra um qualquer. O Aston Villa, adversário da rodada da abertura, também se reforçou, também terá calendário europeu na temporada e respira bons ares desde a chegada de Unai Emery. Entretanto, a diferença no placar não permite muita dúvida sobre a superioridade dos donos da casa.

A campanha passada do Newcastle já foi uma campanha de quebra de paradigmas e de furo na bolha no chamado Big Six. Desde a temporada 2005/06, o chamado Big Six terminou entre as quatro primeiras colocações em 70 das 72 vezes possíveis. Apenas Leicester, que foi campeão e não conseguiu se manter, e Newcastle furaram a bolha.

Não existe vida fácil na Premier League e o calendário vai exigir muito de Eddie Howe e de seu elenco. O próximo jogo será contra o Manchester City e o grande campeão jogará em casa. Depois do City, o Newcastle receberá o Liverpool, que foi quem conseguiu a façanha de ganhar do time de Howe as duas partidas da temporada passada e também não dá para falar de alívio no quarto jogo da temporada, contra o Brighton, fora de casa.

Se é verdade que Isak parece ter conquistado todos os holofotes com seus gols e suas jogadas, é preciso destacar também como o meio de campo funcionou bem. Delimitou território de atuação do adversário, protegeu a defesa e se impôs com jogo físico, boa técnica e velocidade. Tonali arrancou suspiros dos torcedores e até mesmo do treinador Eddie Howe. A dupla brasileira composta por Bruno Guimarães e Joelinton teve alto índice de acertos de passes e funcionou também no momento defensivo. 

Números de destaque do meio-campo do Newcastle na estreia da Premier League
Números de destaque do meio-campo do Newcastle na estreia da Premier League ESPN

O clube se tornou rico e optou por não esbanjar dinheiro, não gastar com estrelas. Todas as abordagens feitas no mercado sugerem que o clube investirá em solidez de um projeto esportivo duradouro. Olho no Newcastle. Ele quer mesmo ocupar o espaço e a primeira demonstração na nova temporada foi impactante.

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A dupla Emery e Monchi faz renovar a confiança no Aston Villa

Mário Marra
Mário Marra

Temporada nova e ânimos lá no alto. Após 13 anos distante das competições europeias, o Aston Villa voltou e disputará a Conference League. Só a participação já seria motivo de orgulho e uma alegria a mais, mas o futebol mostrado em campo com a chegada de Unai Emery liberou doses altas de expectativa para o que há de vir. O treinador espanhol chegou em outubro do ano passado e corrigiu completamente a rota do Villa. Ele transformou uma fraca campanha com fracos desempenhos em um time sólido com jogo vistoso. Os resultados vieram. Nos últimos 15 jogos da Premier League foram apenas duas derrotas e classificação para a Conference. É isso mesmo, você vai novamente ler o nome de Unai Emery na mesma frase em que será citada uma competição europeia. Já vimos alguns filmes assim antes? Campeão da Liga Europa com o Sevilla em 2013-14, 2014-15 e 2015-16, com o Villarreal em 2020-21 e vice, da mesma Liga Europa, com o Arsenal em 2018-19. Trata-se de um grande conquistador do continente.

Unai Emery tem a oportunidade de iniciar a temporada no Villa
Unai Emery tem a oportunidade de iniciar a temporada no Villa Aston Villa

Entendendo sua posição no tempo e no espaço, o Villa sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Os anos de sofrimento e de constrangimento na segunda divisão já ficaram para trás e as ações do clube têm mostrado ousadia e comprometimento com a história vencedora do time de Birmingham. Os proprietários Nassef Sawiris e Wes Edens não diminuíram os investimentos e promoveram recentes mudanças administrativas que dão ainda mais poder ao treinador principal. Johan Lange não estará entre Emery e a chefia do clube. O dinamarquês assumiu o controle de todas as academias do grupo e é o responsável pelos jovens tanto do Aston Villa como também do Vitória de Guimarães - clube que também pertence a Sawiris e Edens. Christian Purslow, que por cinco anos foi CEO e investidor do Villa, saiu e Chris Heck, ex-presidente do Philadelphia 76ers, chegou com a incumbência de globalizar a marca. Heck também não interferirá na relação direta que Emery terá com a NSWE (sigla da empresa que gere o clube e significa Nassef Sawiris e Wes Edens). 

Birmingham é a cidade do Duran Duran, banda líder do processo que foi conhecido como a Segunda Invasão Britânica no mercado dos Estados Unidos. Eles fizeram muito sucesso com The Reflex, em 1983, ano em que o Aston Villa ostentava o rótulo de ser dono da Europa por ter sido o vencedor da Liga dos Campeões em 1981-82. Uma parte da música cita "If I should find a helping hand, why don't you use it?", que quer dizer algo como "se eu encontrar uma mão amiga, por que não usaria?". A mão amiga foi encontrada e a dobradinha três vezes campeã da Liga Europa, Emery e Monchi, está junta de novo. Ramon Rodriguez Verdejo, o Monchi, foi um grande vencedor no Sevilla e foi ele o responsável por escolher Unai Emery para o cargo de treinador em 2013.

A relação de hierarquia não é a mesma dos tempos de Sevilla. Para deixar claro, ninguém estará entre Emery e a NSWE, mas Monchi sempre foi alguém com quem Emery pode ouvir e falar sobre o mercado e desempenho. Eles estarão muito tempo por conta dos trabalhos em Bodymoor Heath, centro de treinamentos do clube. 

Uma primeira vitória fora dos campos de futebol o clube já conquistou. Havia uma ansiedade por causa do artigo 5 da regulamentação de competições de clubes na Europa. O artigo indica que clubes que tenham o mesmo dono ou grupo de donos não podem disputar uma mesma competição e é o caso do Aston Villa. NSWE tinha 46% do Vitória de Guimarães, vendeu 17% e se afastou da direção do clube português. Situação parecida com a do Brighton e Union Saint-Gilloise e também de Milan e Toulouse. 

Além de ser conhecido pelos títulos, Emery tem como uma de suas principais características o trabalho de campo. Ele gosta de estar entre os jogadores, de passar longas horas analisando vídeos de seu time e dos advesários e os resultados costumam aparecer. Ele desenvolve jogadores e aproveita bem as características do elenco. Entretanto, a nova temporada será diferente da passada. Se antes o time tinha tempo durante a semana para assimilar as ideias e treinar mais, a próxima exigirá mais do elenco e mais logística com viagens nos meios de semana para jogar em outros países. 

Assim como a chance de ter o brasileiro Diego Carlos livre de contusões, as chegadas de Moussa Diaby, Pau Torres e Tielemans são boas notícias. A notícia nada agradável foi a fratura do meia Ramsey. Um dos destaques da temporada passada com seis gols e sete assistência, Ramsey foi importante na conquista da Inglaterra na Euro Sub-21, mas deve perder toda a preparação e ainda alguns jogos iniciais da Premier League. 

Moussa Diaby com Unai Emery no Aston Villa
Moussa Diaby com Unai Emery no Aston Villa Aston Villa

Não dá para duvidar. Aston Villa é um clube de muita história, tradição, de torcida quente e apaixonada e de uma região que respira futebol e música. A fórmula para transformar o Villa Park em um caldeirão está quase completa. Vai faltar o time ajudar e são poucos os motivos para não crer no Aston Villa de Unai Emery e Monchi. Outra banda da cidade, o Black Sabbath, certa vez fez um pedido: "Can you help me...occupy my brain?". Ocupar a mente dos torcedores do Aston Villa parece ser hoje o menor dos problemas.


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Dúvidas e mais dúvidas no Wolverhampton, mas ter Lopetegui é uma ótima notícia

Mário Marra
Mário Marra

É normal e aceitável que o torcedor do Wolverhampton esteja preocupado com o que a temporada pode oferecer. É bem verdade que o time passou longe de sofrer com qualquer tipo de medo de zona de rebaixamento no final da temporada, mas também é verdade que olhar para a parte baixa da tabela não é nada agradável para um clube que recentemente foi longe na Europa League

Time que menos fez gols na última temporada da Premier League, é lógico e previsível que o torcedor espere reforços para o ataque. Para piorar a situação, Adama Traoré, que foi referência do time em anos anteriores, teve seu contrato encerrado e saiu de graça, está livre no mercado. Entretanto, as primeiras notícias mostraram que uma reconstrução ainda maior está por vir. Sem Ruben Neves, que partiu para a Arábia Saudita, e João Moutinho, é certo que o meio terá profundas modificações. Se o olhar partir para a defesa, o zagueiro Nathan Collins já vestiu a camisa do Brentford e Coady, que poderia voltar do Everton, acertou com o Leicester. Até mesmo o goleiro José Sá está na lista de outros clubes e pode sair. O cenário é ameaçador, mas é reconfortante saber que quem conduzirá a reconstrução será alguém como Julien Lopetegui.

Matheus Cunha marca em amistoso do Wolverhampton
Matheus Cunha marca em amistoso do Wolverhampton Getty Images

Lopetegui foi campeão europeu com a Espanha Sub-21 e Sub-19 e também campeão da Liga Europa com o Sevilla, além de ter sido treinador do Porto, do Real Madrid e da seleção principal da Espanha. Se é para entregar as chaves para alguém, é bom que seja para ele. E com ele os números do time melhoraram muito na temporada passada. A cara, até a chegada dele, era de uma equipe condenada, mas aos poucos e assimilando as ideias do novo treinador os Wolves escaparam com sobras do pior.

O calendário da próxima edição da Premier League não foi dos mais gentis com Lopetegui e seus jogadores. Iniciar fora de casa contra o Manchester United não é nada bom. Ter o indigesto Brighton como o primeiro visitante da temporada também não agrada. Se existe alguma coisa positiva do início é que Liverpool, City, o rival Aston Villa e Newcastle, que estão entre os dez primeiros adversários do Wolverhampton, terão que jogar no Molineux Stadium.

O time está em preparação e venceu seus dois primeiros amistosos, ambos em Portugal, contra Farense e Vitória de Guimarães. Lopetegui obviamente mexeu muito no time, mas mostrou que o brasileiro Matheus Cunha pode ser aproveitado mais à frente, na posição que Diego Costa, outro que já saiu, jogou na temporada passada. Uma boa notícia é recuperação, após grave lesão do joelho, de Chiquinho. 

É possível esperar mais espaço para João Gomes, para Matheus Cunha e Matheus Nunes. Dá também para visualizar que jovens da base terão mais espaço na primeira temporada completa do técnico espanhol. O que vem pela frente? Certamente será desafiador para Lopetegui, mas ainda bem que é ele.

Julen Lopetegui em amistoso do Wolverhampton
Julen Lopetegui em amistoso do Wolverhampton Getty Images
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Mac Allister chegou e é possível imaginar um novo Liverpool com Arnold no meio campo

Mário Marra
Mário Marra

Não foi só a óbvia queda na tabela de classificação de uma temporada para a outra e nem foi apenas a diferença de 25 pontos a menos de um ano para o outro. As diferentes campanhas nas duas últimas temporadas no Liverpool escancararam que o time perdeu força e força física é algo que é muito exigido e tido como um dos pilares do trabalho de Jürgen Klopp.

Jogar apenas na conta da saída de Mané é flertar com a resposta simples e casar com o engano. Claro que Mané fez falta e que o encaixe de ataque talvez demore anos para ser tão brilhante como já foi, mas o meio e a defesa renderam muito menos do que esperado e apenas Alisson, que foi o goleiro a evitar mais gols dados como certos na Premier League e jogador da temporada no Liverpool, parece ter saído com uma nota superior ou igual à da temporada passada. 

Mac Allister é o novo reforço do Liverpool para a temporada 2023/24
Mac Allister é o novo reforço do Liverpool para a temporada 2023/24 Andrew Powell/Liverpool FC via Getty Ima

Não só o campo não funcionou bem, mas os bastidores estiveram muito agitados e respingaram na rotina do futebol. O clube foi colocado à venda e até mesmo a reposição do médico titular virou um drama. O Liverpool, tudo indica, já começa a viver uma nova era. Após perder Michael Edwards e logo depois Julian Ward (sim, o Liverpool perdeu em sequência dois diretores responsáveis por contratações e que ligavam o clube ao treinador), o alemão Jorg Schmadtke acabou de assumir a função e já responde pelos passos dos Reds.

É consenso que o motor do time, o meio campo, precisa passar por uma renovação. Klopp já esboçou mudanças na reta final da temporada, quando o time venceu sete jogos em sequência e terminou a temporada defendendo uma invenciblidade de 11 jogos. Sofrendo com críticas sobre o espaço existente nas costas do então lateral direito Alexander-Arnold, Klopp simplesmente deslocou Arnold para o meio. Konaté passou a marcar pela direita, Van Dijk centralizou e Robertson passou a executar a função de um terceiro zagueiro pelo lado esquerdo. Arnold desafogou Fabinho e a bola passou a chegar com mais frequência ao ataque. Foram sete assistências e um gol marcado nos últimos dez jogos, justamente quando Klopp mudou Arnold de posição/função.

Observe abaixo onde estão as ações de Alexander-Arnold com a bola nos últimos dez jogos. É nítido que 24% das ações dele são na faixa de campo mais central possível. 

Ações com a bola - Alexander-Arnold
Ações com a bola - Alexander-Arnold DataESPN

Pensar em um novo meio campo do Liverpool é pensar em Alexander-Arnold? Creio que sim e entendo que uma boa pré-temporada ajudará a entender mais como será o funcionamento e com quem, mas Arnold parece ser o centro das atenções do setor. E quem chega para as vagas de Milner, Keita e Oxlade-Chamberlain?

Milner já não era titular há algum tempo, mas iniciou sete partidas da Premier League passada e entrou em campo 31 vezes. Keita iniciou três jogos e jogou apenas oito partidas da Premier League e Chamberlain fez nove jogos da PL, mas foi titular só em quatro. Falando um português bem claro, dois dos três que saíram quase não entraram em campo. Sem falar que Thiago, último reforço para o meio campo e contratado no distante 2020, ficou 20 jogos da PL sem atuar. Concluir que a direção dormiu no ponto e deve levar parte da culpa pela falta de fôlego do meio campo não parece ser um equívoco.

Se as antigas soluções foram perdendo espaço, é preciso destacar que a temporada foi a da juventude de Elliott, Bajcetic e Jones. Aos 20 anos, Elliott, o dono da camisa 19, iniciou 18 jogos como titular e disputou um total de 32 partidas. Machucado na reta final, Bajcetic chegou a ser uma das sensações do time. O espanhol de 18 anos marcou gol contra o Aston Villa e disputou 11 jogos, sendo seis como titular. Quem rendeu muito na reta final foi outro jogador formado em casa: Curtis Jones marcou três gols na temporada. Fez 18 jogos e iniciou 12 jogos como titular.

A primeira cara nova para 2023/2024 já foi anunciada e recebeu a camisa 10. Mac Allister viveu uma temporada dos sonhos. Campeão do mundo com a seleção da Argentina e condutor do Brighton na melhor campanha da história do clube. Um olhar para o que ele fez em 22/23 mostra que o novo camisa 10 jogou em todas as partes do meio campo do Brighton. Atuou no início das jogadas quando o time esteve com a bola e se colocou como um protetor quando o time era atacado. Funcionou como um teórico 10, mais perto da faixa de acesso à área adversária e também criou pelos dois lados do campo. Resumindo: 75% das ações de Mac Allister com a bola foram de uma intermediária para a outra; 25% do centro para o lado esquerdo, 15% do centro para a direita e 35% no corredor central.

Quem mais virá? Virá alguém mais? Quais as prioridades? As respostas devem vir antes do início de agosto. Klopp gosta de trabalhar com o elenco já formado e o atual elenco não respondeu bem na temporada passada. 




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Mac Allister chegou e é possível imaginar um novo Liverpool com Arnold no meio campo

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Como explicar as quedas de Southampton, Leeds e Leicester

Mário Marra
Mário Marra

Um olhar mais atento para a pontuação final da temporada 2021/22 ajudaria a explicar o rebaixamento do Leeds. A vitória, já na última rodada, diante do Brentford, por 2 a 1, fez o brasileiro Raphinha atravessar o campo do Brentford Community Stadium de joelhos. O Leeds havia escapado. É verdade que o empate já bastava, mas, já nos acréscimos, o gol marcado por Jack Harrison trouxe o alívio. Caíram Burnley, Watford e Norwich na temporada passada e, na atual, o Leeds.

Os próximos passos do clube, que um dia, não tão distante assim, foi treinado por Marcelo Bielsa, dependem muito das próximas mexidas no tabuleiro de Andrea Radrizzani. A popularidade do proprietário do Leeds é perto de zero e é esperado que ele negocie parte do clube. Se ele sair, o torcedor ficará um pouco mais aliviado. 

Southampton e Leicester passaram longe de qualquer tipo de constrangimento na tabela de classificação em 21/22. Longe disso. Os Saints deixaram a competição de lado quando bateram o Arsenal, ainda na rodada 33, mais de um mês antes da última rodada da Premier League. Talvez o único sinal mais claro era o de que o trabalho de Ralph Hasenhuttl havia chegado ao fim. A direção demorou a entender e acabou tateando soluções com o austríaco por mais cinco meses. A comissão técnica foi trocada e mais analistas contratados, mas o trabalho não chegava a ser o rascunho do que fora com o "Klopp dos Alpes".

A voz de Hasenhuttl parecia estar abafada e ele mesmo já havia reclamado cansaço e insatisfação com a profissão. A ideia de jogo não era vista em campo. Os novos proprietários romperam com um treinador que havia conquistado a cidade e apostaram em um treinador que teve dificuldade com os torcedores, direção, jogadores e se complicava até mesmo nas entrevistas. Nathan Jones permaneceu no cargo por apenas três meses, incluindo o período de Copa do Mundo. Perdeu sete dos oito jogos de Premier League que disputou. Ruben Selles fez o que pode, mas pode muito pouco e o rebaixamento veio. A diferença de pontos conquistados de um ano para o outro (15 pontos a menos de uma temporada para a outra) mostra que a gestão do clube bobeou muito pelo menos em dois pontos importantes: não ter substituído Ralph Hasenhuttl na hora certa e ter colocado um técnico sem a experiência necessária de Premier League no meio de uma temporada. 

Os problemas que levaram o Leicester a cair são muitos, mas dá para cravar que o clube não conseguiu se adaptar à exigência de redução de gastos e adequação de salários. O Leicester foi mais um clube que tentou e conseguiu, na era moderna da Premier League, chegar perto do desempenho do grupo chamado de Big Six. Campeão em 2015/16, o clube ainda levantou, pela primeira vez em 137 anos de fundação, a cobiçada taça da Copa da Inglaterra, em 2020/2021.

Vardy lamenta queda do Leicester para a segunda divisão da Inglaterra
Vardy lamenta queda do Leicester para a segunda divisão da Inglaterra Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

A visão do antigo líder Vichai Srivaddhanaprabha era de investimento e ele estava conseguindo. O dia 27 de outubro de 2018 trouxe uma cicatriz enorme na cidade, nos jogadores e em todo o clube, mas a queda do helicóptero e consequente morte de Vichai não explica tudo, já que mesmo sem ele o clube continuava conquistando. A queda de receitas com a pandemia e a falta de novas grandes vendas de jogadores fez o caixa balançar. Se nos anos anteriores Kanté, Mahrez, Maguire, Drinkwater e Chilwell saíram, no ano da pandemia não bastava vender Fofana para o Chelsea. Os relatórios de controle de custos da UEFA indicavam que o Leicester gastava 85% de suas receitas com salários e precisava se adequar para atingir a meta saudável de 70%. Estava longe. 

A saída do goleiro Schmeichel aliviava a folha, mas deixava uma posição antes incontestável nas mãos de dois goleiros que não se provaram na Premier League. Ward e Iversen não dera conta do recado. Apenas o zagueiro Faes foi contratado na janela de verão e Brendan Rodgers não poupava críticas ao seu elenco. Sem reforços, sem confiança e depois também sem Rodgers. Mesmo tendo um complexo esportivo avaliado em mais de 100 milhões de libras e jogadores como Maddison, Castagne, Luke Thoma, Drewsbury-Hall, Tielemans e Barnes o Leicester caiu. Ficou longe do oitavo lugar conquistado na temporada anterior e quando percebeu já estava lutando contra o rebaixamento.

Nunca é possível explicar títulos ou quedas com apenas uma justificativa. Southampton, Leeds e Leicester estarão na segunda divisão já em agosto e muitos jogadores que caíram acabarão em outros clubes de Premier League. Saber negociar vai ajudar a encontrar os caminhos de volta. Se os três clubes precisarem de exemplos, basta observarem como o Burnley fez. Caiu em uma temporada e voltou como campeão na outra. Resta saber se tem algum outro técnico como Vincent Kompany dando sopa por aí.

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Conheça um pouco mais sobre o incrível Brighton

Mário Marra
Mário Marra

Foi bastante impopular a decisão de não renovar o contrato de Chris Hughton lá em 2019. Hughton, conhecido em todo o Reino Unido como um jogador vencedor pelo Tottenham, já era um nome de muito respeito também como treinador e foi com ele que o Brighton conseguiu o acesso à Premier League após 34 anos. Entretanto, Tony Bloom, o mandatário do clube, sentiu que precisava tomar a decisão e Hughton saiu. Graham Potter foi o nome escolhido. O trabalho dele não era apenas o de manter os 'Seagulls' na primeira divisão. Um novo Brighton teria de ser construído.

Bloom assumiu o Brighton em 2009, mas o Brighton sempre esteve em sua vida. Torcedor desde a infância, Bloom se tornou uma figura pública como apostador e jogador de poker e a aposta em Potter era alta. O novo treinador vinha de bons trabalhos no Östersund, na Suécia. Na verdade, o Östersund foi a grande escola para ele. O trabalho de formiguinha foi tirar o clube da quarta divisão e conseguir levá-lo até à disputa de uma Europa League. Da Suécia para o Swansea e de Gales para o Brighton.

O Brighton se especializou em descobrir e dar oportunidades a jovens talentos. A direção montou uma respeitada equipe de observadores pelo mundo e o treinador sabia que podia confiar. Os resultados vieram e a solidez nos desempenhos fez com que o Chelsea se mexesse para levar não só Potter, mas também boa parte de sua comissão técnica e dos observadores. 

Jogadores do Brighton celebram gol na Premier League
Jogadores do Brighton celebram gol na Premier League Brighton/Twitter oficial

Tony Bloom e Paul Barber, executivo de futebol, tiveram alguns dias de dor de cabeça para escolher um novo nome, mas não pensaram em mudar de caminho. O novo treinador teria que, além de manter a filosofia, aprimorar o estilo, acrescentar algo em campo e estimular a competitividade.

O italiano Roberto De Zerbi chegou, e o seu Brighton sempre esteve entre os oito primeiros da Premier League - atualmente, é o sexto colocado (veja a classificação). Os elogios chegam de todos os lados. A imprensa se rendeu, os jogadores adversários comentam e Klopp e Guardiola afirmaram várias vezes o prazer que é ver o Brighton jogar. 

Guardiola foi até muito enfático e em uma recente entrevista cravou: "O melhor time do mundo na construção é o Brighton, não há time melhor em trazer a bola do goleiro até o último terço do gramado. Nenhum time melhor”. Com ótimos resultados e desempenhos, é praticamente certo que o Brighton disputará pela primeira vez uma competição europeia na próxima temporada.

Dá para dizer que tudo foi bem pensado, bem planejado. Mesmo com a saída de uma cabeça do projeto como Graham Potter, a ideia não foi trocada pela solução mais fácil. O time que entra em campo com média de idade de menos de 25 anos e que apresenta talentos mundias como Moises Caicedo, Mac Allister, Mitoma, Enciso e Estupiñan não tem medo de cara feia e não se dobra diante de adversários. Foi assim que o Arsenal perdeu, em casa, por 3 a 0. Foi assim também com Liverpool, Manchester United e Chelsea. 

Tem sido assim e é assim que o Brighton optou por viver.

O técnico do Brighton, o italiano Roberto De Zerbi, e o comandante do Manchester City, o espanhol Pep Guardiola
O técnico do Brighton, o italiano Roberto De Zerbi, e o comandante do Manchester City, o espanhol Pep Guardiola Oli Scarff/Getty Images


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O Newcastle de Eddie Howe é uma revolução na cultura recente do time e do clube

Mário Marra
Mário Marra

É verdade que o mês de fevereiro não viu qualquer vitória do Newcastle e que, somando todas as competições, os últimos dois jogos mostraram o time de Eddie Howe sair de campo derrotado. É também verdade, e compreensível, que a perda da Copa da Liga Inglesa para o Manchester United e a derrota em casa para o Liverpool fizeram a dúvida pairar sobre a participação dos Magpies nas principais competições europeias na próxima temporada, entretanto, é inegável que está liberado olhar para o futuro e sonhar com dias de glória.

O time da cidade inglesa de Newcastle upon Tyne perdeu apenas duas vezes e tem a defesa menos vazada da atual edição de Premier League. O incrível é que perder pouco e não sofrer gols são e foram objetivos de todos os técnicos que passaram recentemente pelos Magpies, mas Howe tem conseguido o que os outros passaram longe de alcançar e com uma abordagem de jogo bastante diferente.


         
     

A rica história do clube começou a ser escrita em 1892, mas um recorte dos últimos 20 anos já ajudariam a tentar entender o tamanho da mudança que Eddie Howe tem vivido e oferecido ao clube. Volte no tempo e relembre qual foi o último time do Newcastle que deu algum orgulho ao seu torcedor. Talvez a memória busque exatamente o que o clube e o time viveram com Alan Pardew. Não que 2013 tenha sido ótimo, longe disso, mas um pouco antes, na temporada 2011/12, ainda com Pardew, o clube estava na disputa das quartas da UEFA Europa League e se orgulhava de contar com jogadores como Tim Krul, Jonás Gutiérrez, Fabricio Coloccini, Ben Arfa, Papiss Cissé e Demba Ba. Chelsea e Liverpool ficaram atrás na tabela de classificação. Talvez ali, em 2012, o torcedor do Newcastle tenha tido o último time que procurava jogar. De lá para cá, o medo do rebaixamento se fez presente. E o clube e o time caíram. 

É importante destacar que o clube influencia o time. Se o clube está mais forte com ideais de conquista, com ambição e bons investimentos, o time tende a crescer. O que se viu foi um clube tímido e errático produzindo times que jogavam com linhas muito baixas de marcação e torciam por um escanteio ou uma boa jogada de falta lateral - muito pouco para um clube como o Newcastle.

Observe o quadro abaixo e entenda como Eddie Howe, já com investimentos, mas sem contar com grandes estrelas internacionais, fez e faz o time jogar. Ele trocou uma cultura de defesa máxima e vitórias suadas com um golzinho de bola parada por um time que busca ocupar o campo adversário e fazer pressão para ter a bola. 

Ações de defesa e de ataque do Newcastle
Ações de defesa e de ataque do Newcastle DataESPN


Eddie Howe assumiu um clube que prometia muito, mas um time que sofria e fazia o torcedor sofrer. Time que passava em média 35,7% no campo de defesa e, de vez quando, dava as caras no campo de ataque, com média de ações ofensivas de 22,7%. No mínimo, dá para dizer que o time que Howe herdou era tímido em sua concepção de jogo. E o que ele construiu? Hoje o Newcastle tem médias de ações defensivas e ofensivas muito parecidas. O time tem média de ações defensivas de 29,9% e 28,4% de ações ofensivas. 

Howe tem conseguido mudar uma cultura de mais de 20 anos. Sim, chegaram contratações, mas entenda que até elas vieram tentando alcançar o objetivo de fazer o time jogar mais, sem perder o equilíbrio defensivo.

O torcedor que esteve em Wembley na semana passada soube mostrar seu apoio ao time em campo. O caminho de construção de um time vencedor parece estar sendo bem pavimentado e alicerçado nas convicções de Eddie Howe. Não existe garantia de taças ou de retorno imediato ao seleto grupo de times que disputam torneios da UEFA, mas é certo que em campo o time oferece bem mais motivos palpáveis para o torcedor acreditar.

Adrian Dennis/Getty Images
Adrian Dennis/Getty Images Eddie Howe, técnico do Newcastle, após o

Fonte: DataESPN

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Harry Kane atingiu uma marca que talvez ninguém mais consiga alcançar

Mário Marra
Mário Marra

Emerson Royal foi pressionado, escapou bem, acionou Son pelo lado esquerdo e dele para Harry Kane receber, proteger a bola, girar o corpo e bater no canto do goleiro Leno. Gol! A descrição acima ficou muito longe de querer reproduzir a narração de Paulo Andrade para um gol tão especial. Um gol inesquecível para Kane e que será sempre lembrado não apenas pela vitória ou pelos três pontos somados. 

Harry Kane não carrega a faixa de capitão do Tottenham, mas entende muito bem o que ele representa para seus torcedores e para o clube. Ao marcar o gol da magra vitória em cima do Fulham, Kane assumiu, ao lado da lenda Jimmy Greaves a artilharia do Tottenham - clube que nasceu em 1882. Já pensou nisso? Harry Kane é o maior artilheiro de um clube de 141 anos!

Giro bonito e chute 'fatal': VEJA o gol que tornou Kane o maior artilheiro da história do Tottenham e deu vitória contra o Fulham

Faz todo sentido pensar que o camisa 10 tenha vivido momentos de ansiedade antes de alcançar o feito. Ele realmente parecia estar sentindo o peso. Claro que também vale a ponderação que o artilheiro ficou apenas dois jogos consecutivos sem marcar e os jogos foram da grandeza de confrontos contra os atuais líderes da Premier League

O salto característico na comemoração deve ter antecedido os pensamentos de alívio. Kane conseguiu. As línguas mais maldosas ainda vão cobrar títulos pelo Tottenham e é fato que eles precisam vir, mas Kane não é apenas o jogador a alcançar Jimmy Greaves. Ele é títular e artilheiro da seleção da Inglaterra e foi com ele em campo que o Tottenham chegou a disputar uma final de Champions League. Mesmo sem os esperados títulos, trata-se de um grande vencedor.

A Premier League, competição criada em 1992, acabou servindo como cenário para outros grandes clubes terem novos artilheiros históricos. Além de Kane no Tottenham, Rooney, Lampard, Shearer, Henry e Agüero também são os maiores goleadores de seus clubes. Algum outro jogador dos elencos atuais poderá vir a ser o maior artilheiro de todos os tempos de seu clube? O ótimo analista inglês Michael Cox fez o levantamento histórico dos números de gols de cada artilheiro e a tarefa de ser o maior de todos os tempos parece ser muito mais complicada.

A situação dos dois clubes de Liverpool parece ser a mais difícil. Dixie Dean, maior da história do Everton, tem uma história inigualável com o clube. O craque chegou a marcar 60 gols na temporada e, já idoso, faleceu no Goodison Park assistindo ao clássico da cidade. Se olharmos para o elenco do Everton, veremos que Calvert-Lewin é o maior artilheiro em atividade com 59 gols. Lembre-se que 60 dos 386 o mago Dixie Dean fez em apenas uma temporada.

Salah tem ótimos números no Liverpool e com frequência luta pelas artilharias das competições. Entretanto, o egípcio precisa dos mesmo 173 gols que fez para igualar os 346 que Ian Rush fez. 

Vic Watson anotou 326 com a camisa do West Ham, o artilheiro Michail Antonio tem 66...

Claro que faz todo sentido pensar Haaland pode vir a ser o maior artilheiro da história do Manchester City, mas no elenco atual quem mais marcou foi Kevin De Bruyne e os 89 que ele fez estão bem distantes dos 260 de Kun Agüero. Haaland dá todos os sinais de que vai lutar para isso, mas precisaria ficar no City e marcar muito todos os anos. Imagine uma média de 50 por ano. Seriam cinco anos e mais um pouco marcando 50 para chegar perto dos 260 do argentino. Bola ele tem, mas não temos ideia se ele vai ficar e se vai ficar saudável por tanto tempo.

Harry Kane em ação pelo Tottenham
Harry Kane em ação pelo Tottenham Clive Rose/Getty Images

Jamie Vardy tem menos chance ainda. Arthur Chandler, grande artilheiro do Leicester, marcou 259 e Vardy somou até hoje 154. A ótima fase de Rashford também permite sonhar, mas Rooney chegou aos 253 e Rashford tem 110.

Inatingível para Raúl Jiménez, maior artilheiro do atual elenco do Wolverhampton, a marca de Steve Bull com 250 gols. 

E vamos lá: 

Bamford tem 46 com a camisa do Leeds, mas o artilheiro maior é Peter Lorimer, que fez 238. Solanke está longe da marca de Ron Eyre e seus 229 gols pelo Bournemouth

Mitrovic é também candidato a ser o maior do Fulham. Foram 106 gols marcados e o número é bastante bom, mas ainda distante dos 178 de Gordon Davies.

Claro que aqui estão apenas números frios e distantes do que é a alegria e a história sendo escrita pelos pés e cabeças de tantos jogadores. Todo gol teve sua emoção, sua carga emocional e é mesquinho comparar o que cada torcedor sentiu com os feitos de seus ídolos. Harry Kane, o gigante da vez, talvez fique ainda maior e ainda tem muitos desafios com a camisa do Tottenham. Parece que ele é o último dos grandes artilheiros a atingir a marca e a carregar a grife de maior artilheiro de um clube de Premier League de todos os tempos. Kane é muito grande.


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O ótimo Newcastle vive a expectativa e o dilema sobre o que fazer no próximo janeiro

Mário Marra
Mário Marra

A Premier League está de volta e com ela está uma das grandes sensações da temporada europeia. Os próximos dias podem mostrar se o Newcastle já é sólido o suficiente para grandes saltos ou se o caminho está ainda sendo pavimentado. As contratações de Nick Pope, Botman e Alexander Isak deram uma boa sinalização para os torcedores e para o mercado. O time não disputaria mais para fugir de posições constrangedoras na tabela de classificação da liga inglesa. Os tempos mudaram e com ele, as aspirações. Para entender melhor o atual momento é recomendável voltar uma janela antes das chegadas dos nomes citados acima.

Eddie Howe assumiu em novembro de 2021. A primeira partida, contra o Arsenal e fora de casa, foi uma esperada derrota por 2 a 0. Naquele momento, o Newcastle já era um 'novo rico', mas tinha a pior campanha da Premier League. Howe assumiu na rodada 13, com seis pontos, seis empates e sete derrotas. O saldo já era negativo de 14 gols, 29 sofridos e 15 feitos. A primeira vitória sob o novo comando veio três rodadas depois, um suado 1 a 0 em cima do Burnley

Howe sabia que a janela abriria em janeiro e sabia também que não teria muito tempo para errar. Chegaram Trippier, Targett, Chris Wood, Dan Burn e Bruno Guimarães. Eddie Howe conseguiu. Compare os números descritos anteriormente com os números finais: o Newcastle abandonou a lanterna e terminou no 11º lugar; foram 13 vitórias, 10 empates e 15 derrotas. O time, que não marcava gols, terminou a temporada com o 12º melhor ataque. Tudo mudou em janeiro.

Agora,  um novo janeiro se aproxima, mas o Newcastle de hoje é completamente diferente. O time, ao lado do Arsenal (líder com 37 pontos), é o que menos perdeu na competição. A última derrota foi aquela em Anfield para o Liverpool e com um gol marcado nos acréscimos. A terceira colocação na tabela (30 pontos) é invejada por gigantes do Big Six. A defesa, de novo ao lado do Arsenal, é a menos vazada e estar a dois pontos do campeão Manchester City (32 pontos) não parece ser uma informação desprezível. Qual será a abordagem de Eddie Howe e do Newcastle no mercado?

Dinheiro não falta, mas o treinador sabe que um movimento brusco pode gerar problemas. Entretanto, ainda faltam 22 rodadas para o fim da Premier League. Sonhar com um título que não chega desde a temporada 1926-1927 é permitido e buscar uma vaga de Champions tem se tornado um aspiração bem real. É hora de contratar e dar o salto para as grandes conquistas ou é hora de evitar tumultos no ambiente e mostrar para o grupo de jogadores que eles merecem a confiança? Claro que Eddie Howe e o clube têm planos, mas eles sabem muito bem o quanto foi difícil transformar o ambiente carregado de derrotas e insucessos em dias de esperança. 

Aos outros concorrentes, o Newcastle já deu o recado: fiquem todos de olhos abertos. Ao torcedor, a mensagem é também bastante clara: os tempos são outros. Eddie Howe e seus jogadores foram ótimos até agora e com o clube está a decisão para o próximo janeiro.

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Hey, Jude Bellingham, você é capaz de transformar um jogo

Mário Marra
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Nem tem tanto tempo assim. Foi no dia 12 de novembro que Julian Lennon postou em sua conta no Instagram o inusitado encontro com Paul McCartney. Julian, que carrega o apelido de Jude, dizia estar feliz e surpreso ao rever o 'tio' Paul.

Paul teve participação importante na vida de Julian. O filho de John se sentia distante do pai e não foi uma ou duas vezes que Paul deu um jeito de visitar o menino. O sucesso Hey Jude foi escrito em uma das visitas de Paul após a separação de John e Cynthia Lennon. Dá para entender como um carinho de Paul em Julian. Mas o que isso tem a ver com o jogo da Inglaterra? Talvez nada. Talvez tudo.

INGLATERRA 3 x 0 SENEGAL: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE JOÃO GUILHERME E COMENTÁRIOS DE LEONARDO BERTOZZI

O primeiro tempo de Inglaterra x Senegal se mostrou muito complicado para a seleção europeia, que em poucos lances transformou o que parecia difícil em um confortável 2 a 0. Southgate optou por Saka e Foden pelos lados. Foden foi pela esquerda e Saka, na direita. Atrás deles estavam Henderson, Rice e Jude Bellingham. 

Senegal não apertava a saída de bola inglesa, mas delimitava território. Maguire e Stones poderiam trocar passes entre eles, mas do meio campo para a frente os combates senegaleses se mostravam muito eficientes e pouco permitiram aos ingleses.

O primeiro gol inglês foi também a primeira vez que Jude Belingham conseguiu escapar da marcação e chegar na área adversária. Harry Kane, talvez um tio para Bellingham, se mexeu, criou espaço e iludiu a marcação do meio de Senegal. Bellingham colocou Henderson na cara do gol, e o capitão do Liverpool marcou o seu gol. Nem demorou tanto para Belingham disputar e roubar a bola, arrancar em contra-ataque, acompanhar o capitão Kane receber de Foden e ampliar. O terceiro gol saiu na etapa final e teve, de novo, a participação de Kane e Foden, com Saka marcando e fechando o placar.

A seleção da Inglaterra teve uma atuação convincente, mas é claro que o próximo adversário, a França, 'só' a atual campeã do mundo, vai exigir muito de todo o elenco inglês. O desafio será pesado. Pesado demais para os jovens Foden, Rice e Saka. Para Jude Bellingham, o conselho que o tio Paul McCartney deu ao menino Jude foi claro: transforme o triste em alegre, você pode melhorar as coisas

Jude Bellingham comemora gol da Inglaterra
Jude Bellingham comemora gol da Inglaterra Getty Images
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Inglaterra vence bem, mas pode muito mais

Mário Marra
Mário Marra

É flertar com o erro olhar para a seleção da Inglaterra sem compor um cenário. Campeã do mundo em 1966, a Inglaterra teve equipes capazes de repetir o feito, mas sempre esbarrou em uma ou outra desculpa (ou time adversário) que acabou impedindo o sonho. O tempo foi passando e a autoestima foi perdendo terreno para a desconfiança e até mesmo para o pessimismo e os resultados só faziam arranhar a imagem.

O título mundial sub-17, em 2017, mostrou que era permitido sonhar. Um time que tinha Phil Foden e Gallagher, que estão no atual elenco de Southgate, além de Marc Guéhi, Gibbs-White, Jadon Sancho, Smith Rowe e Hudson-Odoi. Com a permissão para o sonho conquistada, a seleção principal foi para a Copa do Mundo de 2018 e ficou entre as quatro primeiras. 

PAÍS DE GALES 0 x 3 INGLATERRA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE ROGÉRIO VAUGHAN E COMENTÁRIOS DE GUSTAVO ZUPAK

A confiança ficou alta na Euro, que foi disputada em 2021. O time jogava bem e foi para a final contra a Itália, mas acabou sendo batida nos pênaltis. Ali o mundo caiu, a desconfiança voltou e a seleção passou a jogar mal.

O estranho é que o grupo de jogadores cada dia que passa rende mais nos clubes. Se antes Pickford era a única opção, Nick Pope e Ramsdale são grandes goleiros e boas sombras para o goleiro do Everton. Mesmo sabendo que Reece James e Chilwell estão fora, os laterais dão conta do recado. Nem vou ficar perso em nomes de meio e ataque. Basta ver o que os times ingleses têm feito, o nível de futebol mostrado. Como eles têm jogado bem e conquistado mais torcedores ano após ano. 

De 2017 até hoje, apenas uma final de Liga dos Campeões não teve um time inglês e duas, as de 18-19 e 20-21, foram disputadas por clubes ingleses. A seleção prefere a contramão. Joga mal com frequência e acabou de cair para a segunda divisão da Liga das Nações. Gareth Southgate abandonou o trabalho, o lançamento de ideias novas, a tentativa de repetir o sucesso de seus jogadores nos clubes e abraçou fortemente o jogo feio de resultados. Eu entendo Southgate, mas também entendo que ele poderia entregar mais.

Cenário montado, a Inglaterra passou como líder de seu grupo na Copa do Mundo. Passou marcando 9 gols e sofrendo apenas 2, mas não conseguiu converter a desconfiança do torcedor.

Para o terceiro jogo, Southgate pode contar com Walker e não apostou em uma linha com três zagueiros - função que Walker faz tão bem no clube. À frente da primeira linha de defesa, Rice centralizava, Henderson atuava pela direita e Bellingham caía mais pela esquerda, mas tudo parecia muito intuitivo e ficava confuso. Um lance, ainda no primeiro tempo, bem gerado pela direita com Walker, mostrou Henderson, Foden e Bellingham praticamente na mesma bola... Todo o jogo perigoso se dava pela direita, com Shaw e Rashford implorando por apoio pela esquerda.

O belo gol de Rashford, bem no início do segundo tempo, destravou Gales e fez a confiança voltar. Gales lutava, lutava e lutava. Quase só isso. O segundo gol saiu um minuto após o primeiro. Kane, nada egoísta, caiu pela direira e fez a bola atravessar a pequena área galesa até encontrar Phil Foden e ele marcou.

Southgate fez Kalvin Phillips, Callum Wilson e Alexander-Arnold entrarem. Ele poderia muito bem variar o time e apostar em Walker mais fixo com Arnold, forte no apoio, acionando Foden, mas não. Claro que é justificável pensar que a classificação já estava na mão e que alguns jogadores poderiam ser poupados, mas fica na cara que o mais do mesmo vai continuar sendo a inspiração do treinador.

É incrível como parece ser improvável ver Saka, Foden, Rashford e Kane juntos. Já se tornou impossível sonhar com Walker no trio defensivo que daria campo para Arnold e Shaw abusarem da ofensividade que têm.

A Inglaterra venceu e tem números bem animadores, mas o campo não parece ser tão confiável assim. Abraçado aos resultados, Southgate segue e suas opções conservadoras fazem Guardiola e Klopp parecerem equivocados. A questão é: até quando? Até quando será possível ser conservador? 

O próximo adversário será a boa seleção de Senegal, que se redesenhou para jogar sem sua principal estrela e parece alimentar fortemente o desejo de escrever história ano após ano. Southgate deve estar sonhando com uma bola alta na área que poderia mudar o rumo do jogo. Acho que o time pode e deve render mais, mas será que o treinador também pensa assim?

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Inglaterra vence bem, mas pode muito mais

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Inglaterra escapa de derrota em jogo muito pouco inspirado

Mário Marra
Mário Marra

Se o jogo de abertura da Inglaterra gerou uma expectativa elevada para a sequência da Copa do Mundo, o segundo jogo serviu para acalmar os ânimos de quem acreditava que o caminho para uma conquista havia sido encontrado dias antes. Se o segundo tempo da seleção dos Estados Unidos no jogo contra Gales desanimou o torcedor, o que se viu em campo contra a Inglaterra serviu para resgatar as esperanças.

A Inglaterra, que havia conseguido com folga furar o bloqueio defensivo iraniano, repetiu a mesma escalação contra os Estados Unidos, mas teve um desempenho bastante inferior e dá até para comemorar o mesmo resultado do Mundial de 2010. Southgate optou por não colocar Foden em campo e acabou comemorando mais uma sólida atuação de Maguire, o que é muito pouco para uma seleção que pretende disputar o título.

Estados Unidos pressiona, cria chances, mas empata com a Inglaterra; VEJA como foi

          

     


Sterling por um lado e Saka do outro esperavam companheiros para tabelas e jogadas de aproximação, mas sem tanto apoio dos laterais e com Bellingham e Rice tendo trabalhos defensivos, apenas Mount se tornava opção.

A seleção dos EUA teve em Christian Pulisic a sua principal fonte de inspiração. O jogador do Chelsea conseguia alimentar o ataque e ainda foi o jogador que melhor criava situações de perigo. McKennie teve a chance mais clara do jogo, mas errou a finalização. A Inglaterra mostrou ter muita dificuldade para se fechar quando não tinha a bola. Os problemas mostrados durante boa parte da preparação para a Copa se repetiram. O time se mostrou sem coordenação na compactação e mais lenta quando a bola estava com o adversário.

A discussão entre Football e Soccer terminou com um empate que obriga ingleses e estadunidenses a se desgastarem na terceira e última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. Não é que os ingleses agora vivam um drama, mas vão precisar do resultado contra o País de Gales. O caldeirão vai ferver mesmo no outro jogo do grupo já que os Estados Unidos vão precisar vencer o Irã na última rodada.

Mason Mount decepcionado após chance perdida
Mason Mount decepcionado após chance perdida Getty Images
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Inglaterra escapa de derrota em jogo muito pouco inspirado

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Como a Inglaterra asfixiou e massacrou o Irã e por que isto vale uns dias de paz a Southgate

Mário Marra
Mário Marra

Sabe aquele sorriso de canto de boca de quem tinha plena consciência de que era necessário dar uma resposta? Pois é, Gareth Southgate pode e merece comemorar a estreia recheada de gols da sua Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2 na Copa do Mundo do Qatar, nesta segunda-feira (21), mas mostrar todos os dentes com uma barulhenta gargalhada ainda não está permitido ao técnico, que não sabia o que era vitória nos seis jogos anteriores.

Para início de conversa, o grupo B é puro suco de geopolítica, de história e de rivalidades

Inglaterra, Irã, Páis de Gales e Estados Unidos têm muitos traços de encontros e desencontros e o jogo, mesmo sendo válido por um Mundial, acaba valendo não apenas três pontos.

INGLATERRA 6 X 2 IRÃ: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE LUIZ CARLOS LARGO E COMENTÁRIOS DE MÁRIO MARRA

Ainda sem poder contar com Walker, Southgate colocou em campo uma linha de defesa com Trippier, Stones, Maguire e Luke Shaw. Declan Rice e Jude Bellingham iniciando as jogadas no meio e muita movimentação no campo de ataque com Sterling, Mason Mount, Saka e Kane. Phil Foden acabou ficando no banco de reservas. E mesmo antes de a bola rolar, era fácil prever que o Irã teria linhas baixas de marcação e que o trabalho da Inglaterra seria fabricar espaços contra um time treinado por Carlos Queiroz, que reassumiu a seleção asiática após não conseguir entregar os resultados que Colômbia e Egito esperavam.

Os laterais ingleses pouco tocaram na bola no campo de defesa e os meias muito se movimentaram no ataque. Declan Rice e Bellingham determinavam o território e não permitiram que a seleção iraniana pensasse em jogar em contra-ataque. O ciclo pressão-retomada de bola-pressão tornou o ar irrespirável para a defesa do Irã, que ainda muito cedo perdeu o goleiro Beiranvand, que fez história ao ser o primeiro substituído em Copa sem queimar uma troca. Eu explico: o novo protocolo de concussão cerebral prevê a substituição do jogador e ainda libera para que outras cinco modificações sejam possíveis. 

Bellingham, o único jogador convocado que não disputa a Premier League [atua pelo Borussia Dortmund, da Alemanha], abriu o placar. Saka e Sterling ampliaram a contagem ainda no primeiro tempo. A imposição inglesa foi tanta que o número de troca de passes completos ajuda a explicar muita coisa. Foram 365 contra 46 passes certos no primeiro tempo. Massacre!

O quarto gol, também marcado por Saka, foi a senha para que a concentração baixasse um pouco. É certo também que a seleção iraniana passou a tentar jogar mais no campo de ataque e conseguiu diminuir com o atacante Taremi, que vem em grande momento no Porto, aproveitando boa jogada pelo lado direito do ataque. 

Southgate e Queiroz mudaram seus times. Rashford entrou em campo e marcou o quinto inglês e Grealish, que também veio do banco, fez o sexto. O árbitro Raphael Claus ainda foi chamado pelo VAR e marcou um pênalti, que Taremi converteu. O placar final de 6 a 2 diz muito para Southgate.

O técnico da Inglaterra, Gareth Southgate
O técnico da Inglaterra, Gareth Southgate Matthias Hangst/Getty Images

O sexto gol inglês reacendeu uma fantástica história recente. No mês passado, Grealish recebeu uma carta de um jovem fã. Finlay, 11 anos, tem paralisia cerebral e é uma criança completamente encantada pela forma que vê o relacionamento de Grealish com Holly, irmã mais nova do meia, que também tem paralisia cerebral. Grealish não só leu a carta como fez uma visita surpresa ao pequeno admirador. Entre uma lágrima e outra, Grealish prometeu que faria uma comemoração especial para o jovem Finlay. E olha que Grealish só havia marcado um gol na atual temporada. Finlay sabia que podia acreditar em Grealish, que acabou presenteando o menino no maior torneio do mundo. Que bom!

Southgate viu o nível de seu trabalho cair muito após a Eurocopa. O jogo não rendia e alguns convocados passaram a conviver com críticas mais severas. O técnico deu um voto de confiança a seus eleitos e manteve para o Mundial no Qatar 20 dos 26 convocados para a Euro. Maguire, vítima fácil, realmente havia se perdido em seu clube [o Manchester United] e na seleção, mas foi mantido e entregou uma boa partida. Saka, que acabou ganhando espaço de Foden, foi outra aposta que deu certo.

Em um grupo onde todos as seleções estão entre as vinte primeiras colocadas no ranking da Fifa, a Inglaterra reconquista a confiança e ainda manda recado para os outros competidores. Southgate, que antes fazia malabarismos para se defender nas entrevistas coletivas, agora já se permite abrir um leve sorriso. O caminho ainda é longo, mas o primeiro passo foi consistente.



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Kompany x Tomasson - domingo é dia de a história do futebol entrar em campo

Mário Marra
Mário Marra

"Queremos tranquilizar moradores e fãs de que há uma operação policial significativa ocorrendo em East Lancashire, com oficiais especializados, equipes de investigação, helicóptero da polícia e drones em operação." O porta-voz da polícia de Lancashire fez questão de dar o recado com todas as letras. O domingo será tenso, empolgante, nervoso, incrível e cheio de emoções controversas. Sempre foi assim quando Burnley e Blackburn se encontravam e será assim novamente.

Um pub de Oswaldtwistle, pequena cidade muito perto de Blackburn, optou por não abrir no domingo, dia do jogo. O proprietário entrevistado pelo Lancashire Telegraph disse que sabe que o dia pode ser perigoso e optou até mesmo por deixar de faturar com o movimento, que poderia ser muito bom, do dia do clássico.  A partida ocorrerá às 9h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.

No Nay Never: A história da rivalidade entre Blackburn Rovers e Burnley, livro escrito por Michael Hodkinson, traz 500 páginas tentando explicar o que significa a rivalidade, o que faz o East Lancashire derby ou o Cotton Mills derby ser um dos maiores clássicos de todos os tempos.

Vincent Kompany x  Jon Dahl Tomasson
Vincent Kompany x Jon Dahl Tomasson Isaac Parkin/PA Images via Getty Images

Burnley e Blackburn são times fundadores da Football League, a primeira liga de futebol, e seria muito óbvio atribuir o peso da rivalidade apenas aos pouco mais de 10 quilômetros que separam as duas cidades. Conhecida como a primeira rivalidade do futebol inglês, Blackburn e Burnley fazem ainda hoje, e sempre fizeram, questão de deixar claro que não se toleram dentro ou fora de campo. 

Há quem afirme que o Blackburn, lá em 1890, reclamou com a Football League sobre jogadores escoceses irregulares que defendiam o Burnley, o que já desagradou o rival. Fora do campo, a disputa entre as cidades pelo comércio de algodão determinava a qualidade de vida de seus moradores. A cidade de Blackburn teria fechado um belo contrato que beneficiou sua fábrica de algodão, o que fez com que os moradores de Blackburn tivessem seus empregos garantidos e salários aumentados. Felicidade de um lado, desemprego do outro. E foi sempre assim.

Os dois clubes têm títulos do campeonato inglês. O Burnley levantou a taça em 1920-21 e em 1959-60, já os Rovers incrivelmente levantaram a Premier League de 1994-95 e os títulos de 1911-12 e 1913-14.

Trippier comemora vitória do Burnley no clássico
Trippier comemora vitória do Burnley no clássico Lancashire Telegraph

Já são longos seis anos sem o clássico. O Blackburn tem sofrido com quedas até para a terceira divisão, o Burnley ostentou quase uma década na Premier League e até mesmo para a Europa League se classificou. E não é que o domingo, dia 13 de novembro vai marcar o reencontro?

Em 2014, com um gol de Danny Ings, o Burnley quebrou a incômoda escrita de 35 anos sem bater o rival, mas agora já são doze anos sem perder e com quatro vitórias consecutivas.

Treinadores famosos

Não é fácil para clubes tão tradicionais e tão conectados com suas comunidades locais aceitar que um treinador de outro país tenha a honra de defender suas histórias. Fundado em 1875, o Blackburn sempre teve treinadores britânicos ou irlandeses. A primeira aposta diferente foi o norueguês Henning Berg, mas, cá entre nós, Berg havia sido jogador e campeão pelos Rovers em 1994-95. A segunda exceção é Jon Dahl Tomasson. Lembra dele com a camisa do Feyenoord, do Newcastle, do Milan ou do Villarreal? Tomasson foi campeão de Champions League com o Milan e foi jogador de Copa do Mundo pela Dinamarca.

Se não foi fácil aceitar um treinador estrangeiro para o Blackburn, para o Burnley foi mais difícil ainda. Vincent Kompany, sim, ele mesmo, foi o único a furar o "bloqueio" de britânicos e irlandeses e é o primeiro estrangeiro a treinar o time de Turf Moor. Kompany dispensa maiores comentários como jogador vencedor e líder do Manchester City e da seleção da Bélgica. A carreira de treinador está em seus primeiros passos. Do Anderlecht para o Burnley em pouco menos de dois anos. 

Tomasson e Kompany não são bobos e já viveram o ambiente do futebol em diferentes situações. Eles sabem que a região onde trabalham respira futebol desde que o futebol passou a ser organizado. A atual temporada marca o encontro na mesma divisão de quatro grandes rivalidades. Burnley, Blackburn, Preston North End e Blackpool são rivalidades desde quando "era tudo mato", mas não se encontravam os quatro na mesma divisão desde 1960.

Os dois grandes rivais vivem ótimos momentos e ambos estão classificados para a quarta fase da Copa da Liga. O Burnley de Kompany vai encarar o Manchester United. Sim, Kompany contra o United. O Blackburn, que conta com o ótimo desempenho de Brereton Diaz, eliminou o West Ham e vai pegar o Nottingham Forest, um jogo de muita história.

Domingo é o dia

O Burnley, atual líder da segunda divisão da Inglaterra, tem apenas duas derrotas em toda a temporada e somando todas as competições. O Blackburn, atual segundo colocado, é o time que mais venceu na Championship. São os líderes da competição e eles farão o último jogo da rodada. O vencedor, além de poder bater no peito e sorrir com o prazer da uma rivalidade de mais de cem anos, vai abrir a tabela da competição e se deliciar com a liderança por um mês, já que a competição tem uma pausa e só voltará no dia 10 de dezembro.

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Casemiro chegou e ele vai ajudar muito o Manchester United

Mário Marra
Mário Marra

Os primeiros três pontos da temporada vieram e vieram contra o maior rival. Além de comemorar uma atmosfera daquelas, Old Trafford recebeu e celebrou a chegada de um novo contratado. Casemiro chegou, foi ao gramado, tirou fotos com fãs e ajudou a elevar a expectativa de que algo bom pode voltar a ocorrer na temporada do Manchester United.

O maior campeão da Premier League precisava da contratação. Casemiro oferece força de meio campo, presença marcante em jogadas de bola parada ofensiva e defensiva, desarme, passe e algo que não é fundamento de jogo, mas é fundamental para um time vencedor: o desafio.

Casemiro era feliz no Real Madrid. Levantava uma taça atrás da outra, tinha o respeito do vestiário, da direção, dos torcedores e, ainda assim, arriscou tudo e quis sair. E mais: arriscou em ano de Copa do Mundo, quando todos os movimentos costumam ser muito bem calculados pelos selecionáveis. O pensamento é claro. Ele sabe o tamanho do Manchester United e sabe o que pode representar o reencontro com o caminho dos títulos. 

Casemiro é apresentado no Old Trafford antes de Manchester United x Liverpool

Mas é possível pensar em título? Calma! A Premier League mudou. É preciso destacar que atualmente a pontuação do campeão é algo surpreendente. Se olharmos para as edições iniciais, ainda com 22 equipes e consequentemente com mais chances de pontuar, o máximo conquistado foi 92 pontos, em 1993, pelo Manchester United. De lá até a edição 2008, apenas outras cinco vezes o campeão atingiu 90 ou mais pontos. De 2016 até a última edição, apenas em 2020, ano do início da pandemia e de diversos adiamentos de partidas, o Manchester City foi campeão com menos de 90 (86) pontos. Os números mostram que é muito difícil buscar o título perdendo os seis primeiros pontos e vivendo os momentos iniciais de uma nova filosofia de trabalho e um novo grupo sendo montado.

As chances maiores de título estão nas copas locais e na Liga Europa. A temporada de chegada de Ten Hag precisa simbolizar o resgate da confiança e da autoridade do Manchester United. Se os títulos vierem, representarão um belo carimbo no trabalho, mas ainda assim será um início da uma caminhada.

Em campo, a expectativa é que Casemiro proteja melhor a defesa. Dá para imaginar o time com ele e Fred ou com ele e McTominay mais próximos aos últimos defensores. Na partida contra o Liverpool, Ten Hag optou por McTominay e Eriksen quase lado a lado, mas em vários jogos vai ser possível ver Casemiro, Fred e Eriksen - formação que vai oferecer controle de jogo a partir da posse da bola. Casemiro vai oferecer versatilidade de modelo de jogo e é esperado que ele ofereça experiência e tranquilidade para os companheiros mais jovens. As cobranças que têm abatido a confiança dos jogadores mais jovens são e foram comuns na carreira vencedora de Casemiro. Ele sabe como conviver com os desafios e vai ajudar.




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Com mudanças na direção e na comissão técnica, um novo Southampton vem aí

Mário Marra
Mário Marra

De um tempo para cá, quando o assunto é a aquisição de um clube de futebol a origem do dinheiro é de algum país árabe, de um grupo empresarial norte-americano ou asiático. Os exemplos estão aí: Manchester United e Liverpool pertencem aos norte-americanos, o Leicester pertence ao tailandês Asian Football Group, o Wolverhampton, apesar de recheado de portugueses, tem dinheiro chinês do Fosun International, o famoso grupo City tem quase 80% de seu capital proveniente de Abu Dhabi e, para encerrar a lista de exemplos, o Newcastle foi comprado por um fundo de investimentos saudita. 

Gao Jisheng, um milionário chinês viveu por quase cinco anos a aventura de ser dono de 80% do  Southampton. A aventura terminou quando o grupo Sport Republic pagou algo próximo a 100 milhões de libras pelo clube. E aí está a surpresa. A Sport Republic foi criada para comprar o clube do Sul da Inglaterra. Rasmus Ankersen e Henrik Kraft foram os escolhidos por Dragan Solak, o grande investidor, para tocarem o projeto. Dragan Solak é um empresário sérvio e tem fortuna avaliada em algo em torno de 1 bilhão de libras. 

Manchester City: Haaland ‘puxa a fila’ em reapresentação dos Citizens para a temporada 2022/23

          

          

     


Um nome é chave para tentarmos entender os caminhos que o Southampton deve trilhar. O dinamarquês Rasmus Ankersen reergueu o Brentford e só saiu do clube londrino para encarar o desafio dos Saints. No Brentford por muitos anos, Ankersen aprendeu a buscar jovens jogadores em mercados considerados menos importantes e conseguiu vender a ideia de construção de equipes vencedoras. Vale destacar que antes de trabalhar no Brentford, Ankersen trabalhou e desenvolveu o jovem Midtjylland, que em poucos anos somou títulos do campeonato dinamarquês e da Copa da Dinamarca.

O Sport Republic assumiu em janeiro, meio da temporada da Premier League. O curto período foi de pouca ação e muita observação. A decisão da permanência do austríaco Ralf Hasenhuttl veio acompanhada da opção pela troca de boa parte de sua comissão técnica. Saíram Craig Fleming, Dave Watson, que era o treinador de goleiros, e Kelvin Davis, que jogou por uma década no clube e também fazia parte do staff de Hasenhuttl. 

Novos donos, nova visão, nova comissão técnica e vida nova também para Joe Shields, que trabalhava no recrutamento de jogadores para a base do Manchester City e agora trabalha contratações para o time de cima do Southampton. A chegada de Shields ajuda a explicar alguns movimentos interessantes de mercado dos Saints. O veterano goleiro Fraser Forster não teve o seu contrato renovado e o jovem Bazunu, que pertencia ao City, foi contratado. Também da base do Manchester City chegou o belga Romeo Lavia. Ainda não é oficial, mas não são poucos os rumores que ligam o atacante Liam Delap ao clube do Sul da Inglaterra e Delap é outro que pertence ao campeão inglês.

Ainda falta muito para entendermos os rumos e os objetivos que a Sport Republic têm para o Southampton, mas parece existir um direcionamento e uma tentativa de rejuvenescer o elenco e torná-lo mais competitivo. Se vai ser Hasenhuttl que vai colher os frutos, não é possível saber, mas a empresa de capital sérvio está agindo. 

Ralph Hasenhuttl durante pré-temporada do Southampton
Ralph Hasenhuttl durante pré-temporada do Southampton Matt Watson/Southampton FC via Getty Ima
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Sobre o City campeão, Guardiola, Gundogan e Haaland

Mário Marra
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O drama visto na partida entre Manchester City e Aston Villa serviu muito para mostrar que os jogadores, muitos deles já campeões, bem treinados e bem-sucedidos, são seres humanos. Pode até não parecer, mas são. Eles sentem pressões, sentem quando a tarde não está das melhores, sentem falta de confiança para determinadas ações. A partida também serviu para mostrar o motivo de amarmos tanto o futebol, que insiste em escapar de roteiros fáceis e faz acelerar os batimentos cardíacos de quem está dentro de campo e de quem apenas acompanha de casa ou do estádio.

Foram tantos acontecimentos incríveis! É incrível pensar que o Aston Villa, que não havia conseguido tirar ponto dos cinco primeiros colocados, estava, logo no jogo do título, fazendo um 2 a 0 na casa do líder do campeonato. É igualmente maluco observar que o City, sempre acadêmico no seu jeito de envolver os adversários, havia começado a cruzar da intermediária tentando achar um cabeceador grandão. 

Vendo e sentindo tudo de tão perto, Guardiola abre mão de um armador clássico, um jogador que trabalha com a bola nos pés, que se movimenta muito e faz entrar um jogador que aprendeu a ser infiltrador. Sim, Gundogan aprendeu a infiltrar e a marcar gols com o Manchester City e ele definiu o campeonato. Agora pense aqui comigo: o City já tinha números incríveis de posse de bola e de finalizações e ainda faltavam 20 minutos de jogo. Guardiola perdeu um armador, que também tem boa capacidade de finalizar e de chegar na área, como Bernardo Silva e apostou em um jogador que oferece menos posse. Deu tudo certo e ele sabia bem o que estava fazendo.

As cinco temporadas de Gundogan no Borussia Dortmund foram tudo menos temporadas goleadoras. A temporada 11-12 foi de títulos da Copa da Alemanha e do Campeonato Alemão, mas apenas quatro gols marcados. Foram quatro também na temporada 12-13 e um na 13-14. As duas últimas temporadas do alemão no Dortmund viram Gundogan marcar seis gols, três em 14-15 e mais três em 15-16. Não precisa somar. Foram 15 gols em cinco temporadas. 

Guardiola e o Manchester City mudaram Gundogan. Era de um jogador como ele que Guardiola contava para mudar a história do jogo.  Já são seis temporadas no Manchester City e são 49 gols marcados pelo alemão. 

16-17 - 5 gols.

17-18 - 6 gols.

18-19 - 6 gols.

19-20 - 5 gols.

20-21 - 17 gols.

21-22 - 10 gols.

Guardiola ofereceu a oportunidade de Gundogan somar novas qualidades ao seu futebol e ele aceitou. E retribuiu fazendo dois gols em 22 minutos em campo. Gundogan não é um caso isolado. Dá para falar que quase todos os jogadores de Manchester City e também de Liverpool foram transformados por Pep Guardiola e Jürgen Klopp. 

Pep Guardiola durante partida do Manchester City
Pep Guardiola durante partida do Manchester City Manchester City FC/Manchester City FC vi

A próxima temporada já tem o nome do Manchester City como candidato a tudo que vai disputar. É assim, tem sido assim e vai continuar por um bom tempo sendo assim. Mesmo sabendo que jogadores são seres humanos passíveis de erros, novamente o título veio e novamente a história foi recontada a partir da ideia de quem comanda e quem melhora seus atletas. 

O time que já é bom e vencedor terá a presença de um goleador como Erling Haaland. Guardiola certamente esfrega as mãos para ver os primeiros dias de treinamentos. Haaland também. Os dois já sabem que as coisas já estão ótimas hoje, mas poderão ficar ainda melhores. Haaland, como Gundogan e seus companheiros, pode se permitir conhecer novas qualidades de seu já tão bom futebol. O mundo do futebol agradece e o torcedor do City também.



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