Esqueça a balela que esse Chelsea é meia-boca: Palmeiras segue sendo zebra no Mundial

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O Chelsea não ganha há quatro jogos. Segundo seu técnico, o time está cansado "física e mentalmente".  O time sofre com a Covid. E ainda vê problemas disciplinares com uma de suas principais estrelas: o atacante Lukaku.

Com tudo isso, muita gente começa a dizer que o Palmeiras é o time sul-americano com mais chances de ganhar o Mundial de clubes em anos.

Tudo balela.

Jorginho comemorando gol do Chelsea com Kanté e Lukaku em partida pela Premier League
Jorginho comemorando gol do Chelsea com Kanté e Lukaku em partida pela Premier League Sebastian Frej/MB Media/Getty Images

Se passar pelas semifinais, quando pode ter o bom Monterrey pela frente, o Palmeiras seguirá sendo uma grande zebra em uma eventual final contra o Chelsea.

A fase pode não ser das melhores e o time acumula problemas, mas o clube inglês é sim um dos europeus mais poderosos a já chegar no Mundial.

Seu elenco de estrelas, segundo site especializado no assunto, é o segundo mais valioso da Premier League, com valor estimado em quase R$ 7 bilhões, praticamente seis vezes do valor estimado do elenco palmeirense.

O Chelsea tem o melhor goleiro do mundo: Mendy. Vários dos melhores defensores do mundo.  Uma dupla de volantes dos sonhos com Kanté e Jorginho. Uma penca de meias e atacantes jovens e talentosos. Mesmo em má fase, Lukaku é assustador para qualquer zagueiro.

Claro que o Palmeiras tem uma chance (pequena) de bater o time inglês e conquistar seu sonhado Mundial.

Mas querer desmerecer um esquadrão como o Chelsea para diminuir um título palmeirense é ridículo. Como muita gente faz com o título mundial do Corinthians contra o mesmo Chelsea, em 2012.

Brighton e Chelsea empatam por 1 a 1 na Premier League; assista aos melhores momentos!

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Pedrinho, Pedro e R$ 1,6 bilhão: como Corinthians joga no lixo fortuna com venda de jogadores

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O Corinthians começou a obra de seu estádio de Itaquera em 2011. Pelos valores atualizados de 2022, o custo da arena recheada de mármore estava em R$ 1,6 bilhão.

A dívida da Neo Química Arena é só um dos desafios gigantescos do segundo clube mais popular do país para voltar a ser competitivo. Sem o estádio, o clube terminou o ano passado devendo mais de R$ 1 bilhão.

Números assustadores para quem tem um faturamento do tamanho da sua torcida.

Pedro, atacante do Corinthians, durante treinamento no CT Dr. Joaquim Grava
Pedro, atacante do Corinthians, durante treinamento no CT Dr. Joaquim Grava Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Uma das receitas que são sugadas pelo ralo da incompetência da diretoria corintiana é a venda de jogadores (o clube está perto de se desfazer de 50% do atacante Pedro por quase R$ 50 milhões).

O blog levantou todo dinheiro que o Corinthians, segundo seus próprios balanços, arrecadou com o "repasse de direitos federativos" desde 2011, quando começou a construir seu estádio.

Pelos valores atualizados, aplicando o IGP-M do ano de cada balanço até hoje, o Corinthians teve receita de R$ 1,624 bilhão com venda de atletas entre 2011 e 2022.

Outros clubes conseguiram até mais do que isso, mas poucos foram tão incompetentes nesse ponto como o Corinthians.

O time do Parque São Jorge não só jogou no lixo tanto dinheiro, já que se afundou em dívidas nesse período.

O grosso do dinheiro obtido com a venda de atletas chegou com jogadores formados na base do clube.

A maioria deles pouco jogou pelo clube. Deram pouco retorno esportivo. Foram vendidos pela primeira oferta que apareceu.

Mais uma tragédia corintiana.

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Ser ingrato com o Botafogo ou 'fazer o óbvio': a dura decisão que Luís Castro precisar tomar

Paulo Cobos
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Não serão fácil os próximos dias do técnico português Luís Castro.

Deixou de ser especulação a chance de ele deixar o Botafogo para treinar o time do compatriota Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita, como revelou neste domingo John Textor, o dono do clube carioca.

Na coletiva após a vitória sobre o Palmeiras, que deixou o Botafogo na liderança do Brasileiro com sete pontos de vantagem, Castro tentou fugiu do assunto, mas deixou claro que existe sim a possibilidade de deixar o alvinegro carioca.

Luís Castro cumprimentando Tiquinho Soares após vitória do Botafogo sobre o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro
Luís Castro cumprimentando Tiquinho Soares após vitória do Botafogo sobre o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro Vítor Silva/Botafogo FR

Não adianta buscar argumentos. Se deixar o Botafogo, clube que comanda há mais de um ano, será um caso clássico de pura ingratidão.

Textor e sua diretoria bancaram Luiz Castro como nenhum outro clube brasileiro fez em décadas (e até na Europa essa fidelidade é rara).

Castro foi mantido no cargo com topo apoio mesmo com resultados medíocres. Ganhou aval para escalar garotos no Carioca, enfurecendo a torcida, mas dando o fôlego que sobra para o time agora.

O Botafogo resistiu a fúria, muitas vezes violenta, de torcedores que pediam a cabeça do português.

Mas os sentimentos e decisões do futebol não são tão simples.

Deixar o Botafogo é pura ingratidão, mas também é deixar de fazer o óbvio para a carreira de um profissional.

Na Arábia, Castro deve ganhar o equivalente a quatro vezes o que recebe no clube carioca.

Vai treinar um dos melhores jogadores da história. Participar de uma liga que está contratando estrelas do futebol europeu.

Deixaria o ambiente tóxico de violência do futebol brasileiro para  um ambiente mais seguro.

Mas dá para Castro esperar o final de seu contrato. Uma outra grande oportunidade vai surgir. Ficar com a ingratidão no currículo é péssimo.

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Culpar técnicos e companheiros por não 'atingir seus objetivos' acaba com mais uma virtude de Neymar

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Entre os cada vez mais numerosos defeitos de Neymar, não estava a de ser um companheiro de elenco ruim.

Muito pelo contrário. No Santos, no Barcelona e na seleção sempre foi querido. Mesmo no PSG, apesar das desavenças mais recentes com Mbappé, parece longe de não ser querido no vestiário.

Mas Neymar, que joga muito pouco e fica com muito tempo livre para fazer besteiras, cometeu uma derrapada verbal que joga no lixo a virtude de companheiro leal.

Neymar Jr. durante evento beneficente de seu instituto
Neymar Jr. durante evento beneficente de seu instituto Divulgação/Instituto Neymar Jr.

No evento beneficente da sua fundação (ele ainda é capaz sim de fazer coisas legais),o atacante de uma entrevista para o Bandsports em que mostrou uma individualidade lamentável.

Foi esnobe ao falar sobre as metas da sua carreira. 

"Só cobram de quem pode. Nunca fugi de cobrança nenhuma. Muito pelo contrário, sempre bati no peito e falei: 'Pode me cobrar'. Não tem essa, sei do meu talento, sei o que posso fazer. Mas futebol não é individual", disse o atacante, para depois completar.

"Se (o futebol) fosse individual, eu já teria alcançado todos os meus objetivos. Mas não é. Obviamente a culpa sai sempre no cara que tem mais nome", completou.

Mas o pior foi dizer sua versão da razão de Messi ter ganho a Copa do Mundo do Qatar. 

"A gente vê um caso de um cara que sofreu na Argentina muito tempo, que foi o Messi, e agora, na última Copa, ele conseguiu vencer. Por quê? Porque ele teve um time que ajudou ele, que jogou para ele. Chegou ao sucesso".

Não é possível que Neymar não tenha se arrependido de tamanha bobagem.

Principalmente em relação à seleção brasileira, em que nem chegou perto de ganhar uma Copa.

Desde 2010, técnicos, companheiros e direção da CBF só fizeram uma coisa: transformar Neymar em dono da seleção brasileira

Nunca a mais tradicional seleção do planeta jogou tanto para apenas um jogador como fez para Neymar.

Todos seus caprichos atendidos, incluindo privilégios na concentração. Esquema táticos que tinham ele com total liberdade. Cobranças de faltas, pênaltis, escanteios.

Neymar dizer que não ganhou Copa do Mundo por que não jogaram para ele é prova que está totalmente desconectado da realidade hoje.


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O pouco bem que fazem não compensa o mal dilacerante das organizadas para o futebol brasileiro

Paulo Cobos
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Muita gente que respeito diz que torcidas organizadas são essenciais para o futebol. Quase sempre discordei, mas claro que havia discussão.

Hoje, tenho uma convicção absoluta: o pouco bem que fazem não compensa o mal dilacerante das organizadas para o futebol brasileiro

O futebol nacional sobrevive perfeitamente sem as belas músicas, coreografias e o tal ambiente que essas facções proporcionam nos estádios.

Clássico entre Santos x Corinthians foi encerrado antes dos 90 minutos por conta de confusão na Vila Belmiro
Clássico entre Santos x Corinthians foi encerrado antes dos 90 minutos por conta de confusão na Vila Belmiro Abner Dourado/AGIF Abner Dourado/AGIF

Mas vai morrer se não agir logo contra elas.

Pode não existir um levantamento oficial. Mas é evidente que mais de 90% dos casos de violência no futebol brasileiro são realizados por membros de torcidas organizadas.

E eles colocam realmente em risco a vida de jogadores, dirigentes, policiais, imprensa e a imensa maioria dos outros torcedores nos estádios que não ligados a elas.

Invasões em CTs, emboscadas, brigas combinadas em estradas e caos até dentro dos estádios, como aconteceu nesta quarta-feira na Vila Belmiro no jogo entre Santos e Corinthians.

Pior que essa violência das organizadas cada vez mais tem um estilo mafioso, em que também entram crime comum e muito dinheiro sujo.

Chega de torcida organizada.



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Espero que Ancelotti já tenha percebido: Brasil está hoje mais para Napoli do que Real Madrid

Paulo Cobos
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Juventus, Milan, Chelsea, PSG, Bayern de Munique, Real Madrid. Nos últimos 25 anos, o italiano Carlo Ancelotti trabalhou em alguns dos clubes mais poderosos do mundo.

Elencos estrelados, muito dinheiro para indicar grandes contratações. Acumulou títulos em todos eles.

Mas o currículo recente de Ancelotti também teve dois times que não fazem parte da primeira  prateleira da Europa: Everton e Napoli.

Richarlison, de costas, e Joelinton, ao fundo, lamentando derrota da seleção brasileira para Senegal em amistoso
Richarlison, de costas, e Joelinton, ao fundo, lamentando derrota da seleção brasileira para Senegal em amistoso PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty I

Se assumir mesmo o carto de técnico da seleção brasileira, é bom que o italiano já saiba que hoje a única seleção pentacampeã mundial está mais para Everton ou Napoli do que para Real Madrid.

O tal ranking da Fifa, que coloca o Brasil no terceiro lugar, nunca pareceu tão bizarro.

O lugar da seleção brasileira hoje no mundo do futebol é a que fez uma campanha medíocre na Copa do Qatar e perdeu amistosos para Marrocos e Senegal, levando quatro gols desta última.

Assim como Everton ou Napoli no tempo que Ancelotti esteve lá, o Brasil, claro que numa proporção maior, tem bons jogadores. Mas está muito longe de ter um bom time.

Com a bola atual, não consegue nem ser favorita na disputa de uma Copa América. 

Em Copa do Mundo é time hoje abre o segundo pelotão de forças.

Ancelotti, se chegar mesmo, terá muito trabalho pela frente. Como teve no Everton, em que sua maior façanha foi evitar o rebaixamento na Premier League. 

No Napoli, foi um fracasso retumbante. E depois da sua saída, o clube se arrumou e foi campeão italiano.


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Deveria ser mais comum jogador fazer como Marinho e preferir Fortaleza a grandes quebrados

Paulo Cobos
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Não estamos falando do mercado de décadas atrás.

Se, por exemplo, alguém dissesse que o Fortaleza ganhou a disputa com o São Paulo para contratar um jogador em 2017 já seria chamado de lunático.

Não é o que acontece em 2023.

Em baixa no Flamengo, o atacante Marinho ficou no mercado. O primeiro interessado em tê-lo foi o São Paulo. Mas o clube do Morumbi não tinha dinheiro para pagar o salário que o jogador exigia, nos padrões que ganhava no milionário time carioca.

Marinho em ação pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro
Marinho em ação pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro Gabriel Machado/NurPhoto via Getty Image

Entrou em cena então o Fortaleza, que aceitou pagar o que Marinho queria e ainda bancou os quase R$ 2 milhões que o Flamengo exigia por sua liberação.

Deveria ser mais comum jogador top acertar com o Fortaleza e ignorar propostas de grandes na bancarrota, como Corinthians, São Paulo e Santos.

A última notícia de salários atrasados no time cearense é de 2017. O São Paulo reconheceu publicamente que o direito de imagem do elenco só é pago a cada 60 dias.

O levantamento Convocados, feito pela Galapagos Capital, mostra que o abismo entre os clubes mais tradicionais do Sul e do Sudeste com o Fortaleza só diminui.

Contando apenas receitas recorrentes, que não incluem a venda de jogadores, o Fortaleza arrecadou R$ 240 milhões em 2022. Faturou mais do que Grêmio, Cruzeiro, Botafogo, Bahia. 

O clube cearense teve no ano passado receita, sem contar venda de atletas, equivalente a 55% da registrada pelo São Paulo. Há dez anos, essa proporção ficava na casa dos 10%.

Com mais dinheiro entrando, o investimento aumenta forte. No ano passado, os custos do Fortaleza aumentaram 46%, chegando a R$ 185 milhões.

Gastado mais, a dívida até aumentou, mas ainda é irrisória comparada de grandes do Sul e Sudeste.

Em 2022, o tricolor cearense devia R$ 60 milhões, contra R$ 1,498 bilhão do Atlético-MG, R$ 1,029 bilhão do Corinthians e R$ 698 milhões do São Paulo.

E vale lembrar: a chance de um jogador disputar a Libertadores pelo Fortaleza é a mesma, ou até maior, do que defendendo Corinthians, São Paulo ou Santos.



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Brasil tem mais chance de ganhar Copa com Ancelotti, mas quase nada vai mudar no futebol brasileiro com ele

Paulo Cobos
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Carlo Ancelotti é melhor do que qualquer treinador brasileiro. Sob seu comando, a seleção brasileira teria mais chances de conquistar a Copa de 2026, ainda que sua presença não tornaria o time nacional o grande favorito.

Não seria louco de dizer que o italiano é mal negócio. Mas, sob as condições prováveis da sua eventual chegada, tenho minhas dúvidas se vale a pena mesmo jogar todas as fichas em Ancelotti.

O treinador vai cumprir seu contrato até o final com o Real Madrid (e sabe se lá o que pode acontecer se ganhar tudo com o gigante espanhol e receber proposta milionária de renovação).

Carlo Ancelotti durante jogo entre Chelsea e Real Madrid na Champions League
Carlo Ancelotti durante jogo entre Chelsea e Real Madrid na Champions League Getty Images

Mas a CBF está disposta a esperar o fim do contrato do italiano, no ano que vem. E já planeja indicar seu filho como uma espécie de ponte do que será feito até Ancelotti assumir.

Na semana passada, quando colegas da ESPN na Inglaterra publicaram que Guardiola estaria disposto a assumir uma seleção em 2025, disse que não teria dúvida que a seleção brasileira deveria esperar por ele.

Guardiola não seria apenas mais chance de ganhar Copa.

Sua presença no Brasil poderia revolucionar a forma de se jogar futebol no país. Seria modelo, inspiração para uma nova geração de treinadores. Seria a chance do Brasil voltar a ter o futebol mais encantador do planeta.

Nada disso vai acontecer com Ancelotti.

O italiano é ótimo, excelente. Pode fazer a seleção ganhar a Copa. Mas logo depois vai embora e quase nada será diferente no futebol brasileiro.

Não vale rastejar tanto para tê-lo como se fosse o único treinador que presta no mundo.




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Felipão não é Luxemburgo, mas os dois mostram que Brasil é o paraíso dos treinadores veteranos

Paulo Cobos
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Tudo caminha para Luiz Felipe Scolari abandonar a promessa que não treinaria mais um clube brasileiro para acertar com o Atlético-MG.

Se está longe do auge, Felipão provou ano passado, quando levou o Athletico-PR ao vice-campeoanto da Libertadores, que não é um treinador que vive apenas do passado, como Vanderlei Luxemburgo.

Mas ambos são sinais claros que o Brasil é o paraíso dos treinadores veteranos.

Luiz Felipe Scolari durante jogo entre Athletico-PR e Palmeiras
Luiz Felipe Scolari durante jogo entre Athletico-PR e Palmeiras ALBARI ROSA/AFP via Getty Images

Se confirmar sua ida para o Atlético-MG, Felipão, 74 anos, será um dos sete técnicos do Brasileiro com pelo menos 60 anos de idade.

Em nenhuma outra grande liga do planeta são tantos profissionais com essa idade.

Na Premier League, só três treinadores passaram dos 60. No Espanhol, são cinco. No Italiano, três. O Argentino tem seis, mas lá dão 28 clubes na primeira divisão.

Na Bundesliga, todos os clubes têm hoje treinadores com menos de 60 anos.

Com Felipão, a média de idade dos técnicos do Brasileiro ficará em 56 anos. Na Premier League, é de 48 anos.

Nada contra veteranos. Muito pelo contrário. Mas o futebol brasileiro precisa mais de ideias novas.

E não custa lembrar. Abel Ferreira tem 44 anos. Quando o Palmeiras contratou, tinha apenas 41.



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Caso Barletta é resumo perfeito do que levou o Corinthians à mediocridade esportiva e financeira

Paulo Cobos
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O atacante Barletta teve bons momentos no São Bernardo. No Corinthians, quase nada fez, mas nada impede que em um futuro próximo seja um bom jogador.

Seria uma história comum no futebol. Mas é também o resumo perfeito do que levou o Corinthians à mediocridade esportiva e financeira.

Primeiro, se contrata jogadores na base da baciada, sem critério, sem planejamento. Logo, se percebe que eles não servem para um time do tamanho do Corinthians.

Meia-atacante Chrystian Barletta é apresentado como novo reforço do Corinthians no CT Dr. Joaquim Grava
Meia-atacante Chrystian Barletta é apresentado como novo reforço do Corinthians no CT Dr. Joaquim Grava Raphael Martinez/Agência Corinthians

Na maioria dos casos, os contratos têm longa duração (o de Barletta vai até o final de 2026). E, como são descartados, o clube precisa pagar salários de atletas que não usa, até quando são emprestados para outros times.

E o Corinthians não paga barato por atletas que, no máximo, seriam apostas.

Como revelou o presidente do Joinville, foram R$ 6 milhões para comprar apenas 50% dos direitos sobre Barletta, que agora é totalmente ignorado por Vanderlei Luxemburgo.

Um clube que paga caro por jogadores mesmo com uma dívida, sem contar o estádio, que ultrapassa o R$ 1 bilhão.

E aí chega a parte mais triste efeitos dos equívocos da diretoria do Corinthians: o calote em credores.

Tanto Joinville e São Bernardo, que dividiam os direitos sobre Barletta, dizem que o Corinthians não pagou as parcelas pela contratação do atacante. São R$ 500 mil mensais, pouco para um clube que fatura cerca de R$ 700 milhões.

Um vexame.


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Flamengo no topo, Palmeiras na '3ª prateleira', clubes SAFs na rabeira: a saúde financeira dos clubes brasileiros

Paulo Cobos
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A consultoria Convocados, em parceria com a Galapagos Capital e a Outfield, divulgou nesta quarta-feira (14) o tradicional – e mais completo – trabalho sobre as finanças dos clubes brasileiros, feito pelo economista Cesar Grafietti.

Um dos pontos mais interessantes do levantamento é determinar o "rating" dos principais clubes brasileiros. O termo, muito comum no mercado financeiro, é uma nota atribuída para atestar a saúde financeira de uma organização.

São levados em conta, no caso dos clubes brasileiros, fatores como "gastos compatíveis com as receitas, endividamento compatível com a capacidade de pagamento e investimentos dentro das possibilidades dos clubes".

Gabigol marca para o Flamengo na final da Copa Libertadores 2022
Gabigol marca para o Flamengo na final da Copa Libertadores 2022 Getty Images

Pelo estudo elaborado por Grafietti e sua equipe, a nota máxima seria AAA, e a pior, E. De acordo com o trabalho, quem tem nota A, AA ou AAA apresenta a maior saúde financeira. Quem tem a partir de B, está equilibrado. 

Dos 24 clubes analisados, apenas nove estão com saúde forte ou no equilíbrio.

Nenhum time nacional recebeu a nota máxima. Cinco times, Atlético-GO, Cuiabá, Flamengo, Goiás e Red Bull Bragantino, receberam o conceito AA.

"Fluxo de caixa muito confortável, de um clube que chegou num estágio de maturidade financeira e muita robustez", aponta o estudo sobre a situação do Flamengo.

Três clubes ficaram com A: Athletico-PR, Juventude e Fortaleza.

O Palmeiras ficou na terceira prateleira do ranking, recebendo nota B, no limite para ser apontado como equilibrado. 

"Fluxo de caixa equilibrado. O clube segue gerando caixa, mas percebe-se que para se manter competitivo usa de todos os meios disponíveis dentro de uma gestão responsável, como os adiantamentos. Mantém contas em dia e segue reduzindo dívidas", aponta a Convocados para a situação palmeirense.

Cinco clubes receberam o conceito C: Ceará, Coritiba, Corinthians, Santos e São Paulo

A avalição sobre o Corinthians foi essa. "Fluxo de caixa justo, e que mostra um pouco do modus operandi do clube, que movimenta suas dívidas sem conseguir reduzi-las, Não faltou geração de caixa, que foi direcionada em grande parte para investimentos, mantendo a situação desconfortável".


         
     

A do São Paulo não foi muito melhor. "Fluxo de caixa bastante justo. Mostra uma gestão que se esforça para permanecer onde está, ou seja, com posição de dívida elevada e deixando o clube em situação financeiramente desconfortável."

O Internacional foi o único com conceito D.

Na rabeira do ranking, nada menos do que nove clubes: América-MG, Atlético-MG, Avaí, Bahia, Botafogo, CruzeiroFluminense, Grêmio e Vasco.

Nota-se a presença dos quatro grandes que já se transformaram em SAFs e o Atlético-MG, dono da maior dívida do futebol brasileiro.

Veja a avaliação do estudo de cada um desses 5 times.

Atlético-MG: "O fluxo de caixa muito frágil. Sem geração de caixa, com investimentos desproporcionais à capacidade de pagamento, custo financeiro alto sobre uma dívida altíssima. Estruturalmente temos uma situação cuja solução operacional parece improvável".

Bahia: "Fluxo de caixa bem complexo. Mostra que a máxima de que “cair para a Série B pode ser bom” não passa de uma falácia. Perde-se receita, os custos são resilientes, e a gestão fica mais “nervosa”. Felizmente para o clube conseguiram o acesso à Série A e houve a entrada do CGG como novo controlador, o que abre caminho para o reequilíbrio".

Botafogo: "Análise do fluxo de caixa mostra um clube com movimentações relevantes, amparadas por aumento de dívidas e aporte de capital (foram mais de R$ 170 milhões entre capitalizações e mútuos).Restam as dívidas de contratações e mais a necessidade de repasse para a Associação. Infelizmente não há como ser mais profundo dada a falta de transparência".

Cruzeiro: "Fluxo de caixa de início de jornada. Alguns aspectos são positivos, como observar os aportes e ver que a SAF conseguiu se financiar no mercado. O ideal seria uma divulgação pro-forma, considerando todos as obrigações que  SAF terá com relação ás dívidas da Associação".

Vasco: "Não foi possível construir um fluxo de caixa da temporada a partir das demonstrações financeiras do Vasco da Gama SAF, pois a informação representa 4 meses do ano (Agosto a Dezembro). Faltam elementos que possibilitem esta análise".

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Vai sobrar para Neymar apagar a luz do maior fracasso da história do futebol: o PSG

Paulo Cobos
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Vai sobrar para Neymar um triste papel. O de apagar a luz do maior fracasso da história do futebol: o PSG.

Depois de Messi, que preferiu a vida tranquila na MLS, o clube francês recebeu por carta a informação que Mbappé não quer mais saber do time de Paris.

O craque da casa comunicou que não vai renovar seu contrato no ano que vem. E o PSG não tem outra coisa a fazer que não seja vendê-lo imediatamente.

PSG foi campeão francês em 2021-22 com seu trio badalado formado por Messi, Neymar e Mbappé
PSG foi campeão francês em 2021-22 com seu trio badalado formado por Messi, Neymar e Mbappé FRANCK FIFE/AFP via Getty Images

Do trio de super astros que deveria fazer o PSG uma potência europeia, resta Neymar. Mas diretoria e torcida do time não querem nem saber do brasileiro. Sua saída será mais difícil. Faltam interessados. Mas vai acabar acontecendo.

Será o fim de um trio que só existiu no papel e o fim de um projeto fracassado.

Mais pensando em seus egos, conta bancária e redes sociais, Neymar, Mbappé e Messi nunca trataram o PSG com o respeito que deveriam ter pelo salário milionário que tinham.

Culpa também do clube, que achou que grandeza e tradição se compravam no supermercado com o dinheiro farto de seus donos bilionários.

O City está aí para ensinar que é possível construir um projeto sólido e vitorioso para clubes medianos que passam a ter fortunas para investir.

O PSG nunca soube fazer isso. Seu fracasso é mais que merecido.

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Dá para aguentar 2 anos de 'Ramonismo': CBF deve esperar por chance de ter Guardiola em 2025

Paulo Cobos
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Matéria de Rob Dawson, da ESPN da Inglaterra, aponta que Pep Guardiola não pretende renovar o contrato com o Manchester City, e deixar o clube em 2025. E mais: seu projeto seria então assumir uma seleção nacional.

Chegou a hora então da CBF pensar grande e fazer a aposta mais corajosa da sua história: esperar o técnico catalão, o melhor de todos os tempos, até 2025, ou um ano antes da Copa de 2026.

Claro que o risco de ficar sem ele é grande. Mas vale o risco.

Pep Guardiola na partida entre Real Madrid x Manchester City pela semifinal da Champions League
Pep Guardiola na partida entre Real Madrid x Manchester City pela semifinal da Champions League Alex Gottschalk/vi/DeFodi Images via Get

Em termos de seleções, a brasileira seria uma das favoritas, se não a maior, de seduzir Guardiola com uma proposta.

Claro que dois anos de trabalho contam para ganhar uma Copa do Mundo, mas sobram exemplos de treinadores que ganharam a competição com menos tempo de emprego.

Com eliminatórias que hoje são uma burocracia chatíssima para o Brasil, dá para suportar sem problemas dois anos do interino Ramon Menezes.

E sejamos sinceros: tirando Copa do Mundo, pouca gente liga para seleção hoje no Brasil.

Esperar por Guardiola é muito mais do que a oportunidade de ganhar uma Copa do Mundo.

Sua contratação em dois anos seria a grande chance do futebol brasileiro mudar de verdade, sair da quase mediocridade das últimas décadas.

Se existe uma chance de 1% de ter Guardiola, CBF não deve hesitar. Transforme esse 1% em plano A.



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Muito mais rico, Brasil 'empatar' com Argentina na Libertadores e Sul-Americana é fiasco

Paulo Cobos
Paulo Cobos

A consultoria SportsValue fez um levantamento das receitas de todos os clubes da primeira divisão de Brasil e Argentina no ano passado.

A diferença é brutal. Os times brasileiros da elite arrecadaram R$ 7,5 bilhões. Os argentinos tiveram receitas de apenas R$ 940 milhões, ou 12,5% do valor faturado pelas equipes do Brasil.

Com tanto dinheiro a mais, seria normal imaginar que os clubes brasileiros massacrariam os rivais argentinos nas competições sul-americanas.

Não é o que acontece em 2023.

O reformado Monumental de Núñez, casa do River Plate
O reformado Monumental de Núñez, casa do River Plate Matias Baglietto/NurPhoto via Getty Imag

Até agora, contando apenas fase de grupos das duas competições, foram 17 confrontos entre equipes dos dois países na Libertadores e na Sul-Americana.

O equilíbrio é total, com seis vitórias para os argentinos, seis para os brasileiros e cinco empates.

No mata-mata dos dois torneios, pela classificação atual, restando apenas uma rodada para definição dos grupos, o muito mais rico Brasil ainda teria vantagem, com 11 times contra 8 argentinos.

Se nada mudar, no médio prazo os clubes argentinos não terão como competir financeiramente com os brasileiros.

Mas, ainda bem, que dinheiro não é tudo no futebol. O talento argentino sempre será temido.

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Faria sentido Abel Ferreira dizer não para seleção brasileira; seria insano recusar o PSG

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Nesta semana, escrevi que Abel Ferreira seria a melhor escolha possível para o novo técnico da seleção brasileira.

O português, depois do fiasco da busca por Carlo Ancelotti, divide com Fernando Diniz o favoritismo para o plano B da CBF.

Recentemente, o jornal francês "L'Equipe" apontou Abel como um dos candidatos a novo treinador do PSG.

Abel Ferreira comandando o Verdão contra o Flamengo
Abel Ferreira comandando o Verdão contra o Flamengo Cesar Greco / Palmeiras

Não acredito que Abel vai ter agora uma oferta do PSG. Mas tenho certeza que nos próximos anos ele vai receber sim um convite para comandar um grande clube europeu.

Também acho que são poucas as chances da CBF formalizar uma oferta para o técnico do Palmeiras.

Muita gente vai torcer o nariz para a indisciplina de Abel, além de existir a chance real de ele dizer não para a seleção brasileira, cumprindo a promessa de fidelidade ao Palmeiras em empregos no Brasil.

Entrando na mente de Abel, entenderia como perfeitamente justificável recusar a seleção brasileira. E que seria insano dizer não para o PSG ou qualquer outro clube europeu que brigue pelos grandes títulos do continente.

Seleções nacionais, mesmo a brasileira, estão longe de ser o lugar dos treinadores top do planeta: só ver os casos de Guardiola ou Klopp.

A identificação de Abel com o Palmeiras é tamanha que não seria fácil ele transferir seu estilo para a seleção. 

Tenho convicção total que o português tem muito mais respaldo da diretoria do Palmeiras do que teria do comando da CBF.

Depois de cumprir seu contrato e ganhar mais títulos pelo Palmeiras, o lugar de Abel é em um grande clube europeu. Será o caminho natural e o auge da sua carreira.


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Fora de outra Libertadores, Corinthians virou um 'time de Itaquera'

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O Corinthians está fora da Libertadores-23, logo na primeira fase. Ao perder para o Independiente del Valle por 3 a 0, nesta quarta-feira, o time de Vanderlei Luxemburgo, perto da zona do rebaixamento no Brasileiro, não pode mais passar para as oitavas de final.

A nova decepção sul-americana chegou com outro fracasso fora de casa, o que virou comum para o clube.

Desde 2018, o Corinthians fez 184 jogos fora de casa. Só venceu 48, ou praticamente um triunfo a cada quatro partidas.

Yuri Alberto lamenta durante eliminação do Corinthians no Paulistão
Yuri Alberto lamenta durante eliminação do Corinthians no Paulistão Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Neste temporada, o desempenho como visitante é ainda pior: foram só duas vitórias em 16 jogos, sendo que em 11 deles o time não conseguiu marcar um gol.

Números muitas vezes podem ser frios, mas neste caso traduzem com exatidão o que o Corinthians se transformou longe de Itaquera, na sua luxuosa Neo Química Arena.

Longe de casa, o Corinthians é um time covarde, incapaz de se impor, seja em estádios lotados de times grandes como com arquibancadas vazias de times modestos, caso do Independiente del Valle.

Uma equipe sem alma, que acumula treinadores incapazes de fazerem o time ser grande quando é mais difícil ser grande, na casa dos adversários.

E ainda com papelões como o de Luxemburgo contra o Del Valle, colocando um monte de garotos quando o jogo já estava perdido.

Time caseiro não pode ser campeão. Vive de escapar do rebaixamento ou, no máximo, buscar uma vaga em competição sul-americana. Este é o Corinthians de hoje.



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Quando Neymar foi 'maior' que Pelé: o buraco que o Santos entrou depois da saída dos dois

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O Santos vive uma das piores fases da sua história.

Um time medíocre, que nem pode pensar em disputar títulos. Dívida assustadora. Receitas em queda. Administrações caóticas. Violência na Vila Belmiro.

Tudo isso acontece no décimo aniversário da saída de Neymar, que fez seu último jogo pelo clube em maio de 2013, contra o Flamengo.

Neymar chora em sua despedida do Santos, em 2013
Neymar chora em sua despedida do Santos, em 2013 Getty Images

O buraco que o clube entrou depois que o segundo maior jogador da sua história o deixou é até maior do que aconteceu quando Pelé trocou o Santos pelo americano Cosmos, no final de 1974.

Depois que Pelé saiu, o Santos também deixou de ganhar títulos com muita frequência. Nos dez anos depois do adeus do Rei, o Santos ganhou duas vezes o Campeonato Paulista (em 1978 e 1984). Mas conseguiu montar dois esquadrões, os "Meninos da Vila" de 1978 e o comandado por Serginho Chulapa, que além do título de 1984 foi vice-campeão brasileiro em 1983.

Como rival, na segunda metade dos anos 70, cansei de ver a torcida do Santos dividir o Morumbi com mais de 100 mil torcedores. Hoje, lotar a Vila Belmiro já é raro.

Em dez anos depois da saída de Neymar, o Santos também ganhou o Paulista duas vezes. Não teve nenhum time inesquecível, mas também conseguiu ser vice-campeão da Libertadores.

Mas é no cofre que o Santos esfarelou sem Neymar.

Em 2012, a última temporada inteira do craque no clube, o Santos tinha o 7º maior faturamento do futebol brasileiro, com receitas de R$ 197,8 milhões.

Dez anos depois, em 2022, o faturamento santista nem acompanhou a inflação. Pelo IGP-M, o clube deveria faturar R$ 453 milhões no ano passado, mas só entraram no cofre R$ 341,9 milhões, fazendo o clube cair para o 10º lugar no ranking de receitas.

Já a dívida subiu acima da inflação, passando de R$ 194,4 milhões em 2012 para R$ 539,5 milhões na temporada passada. 

O Santos demorou para deixar o luto pela saída de Pelé. Parece que vai ser muito mais difícil fazer o mesmo com Neymar.

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Vasco aprende que ser quebrado é terrível; não saber gastar dinheiro também

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Em janeiro, no auge do Mercado da Bola, o pessoal do ESPN.com.br perguntou a várias jornalistas da casa sobre os negócios da temporada.

Uma das questões era sobre "quem fez o pior mercado".

Muita gente achou minha resposta ousada demais: cravei o Vasco como o clube brasileiro que fez o pior mercado.

Minha justificativa foi sucinta na época: "Gastou muito e trouxe vários jogadores novos, mas vai seguir no segundo pelotão de forças do futebol brasileiro".

Jogadores do Vasco antes de jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro 2023
Jogadores do Vasco antes de jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro 2023 Daniel Ramalho/Vasco da Gama

Fazer previsões no esporte é sempre arriscado. Muitas vezes, os fatos atropelam nossas opiniões. Mas não era tão difícil prever que o Vasco não daria certo com sua equivocada política de contratações.

Turbinado pelo dinheiro de seus novos donos americanos, o clube investiu mais de R$ 100 milhões para trazer mais de uma dúzia de reforços.

Muita quantidade, para pouca qualidade.

O Vasco gastou muito dinheiro em jogadores que seriam apenas coadjuvantes nos melhores times do país.

Deveria até dar um salto de qualidade em relação ao que fez nos últimos anos, mas não montou time nem para brigar por vaga na Libertadores.

Mas também não é time para ser rebaixado, o que torna a permanência de Maurício Barbieri um erro.

Ser quebrado, como era o Vasco antes da 777, é terrível. Ter dinheiro para gastar e não saber como fazer isso bem também.

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Vasco aprende que ser quebrado é terrível; não saber gastar dinheiro também

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Uma das questões era sobre "quem fez o pior mercado".

Muita gente achou minha resposta ousada demais: cravei o Vasco como o clube brasileiro que fez o pior mercado.

Minha justificativa foi sucinta na época: "Gastou muito e trouxe vários jogadores novos, mas vai seguir no segundo pelotão de forças do futebol brasileiro".

Jogadores do Vasco antes de jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro 2023
Jogadores do Vasco antes de jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro 2023 Daniel Ramalho/Vasco da Gama

Fazer previsões no esporte é sempre arriscado. Muitas vezes, os fatos atropelam nossas opiniões. Mas não era tão difícil prever que o Vasco não daria certo com sua equivocada política de contratações.

Turbinado pelo dinheiro de seus novos donos americanos, o clube investiu mais de R$ 100 milhões para trazer mais de uma dúzia de reforços.

Muita quantidade, para pouca qualidade.

O Vasco gastou muito dinheiro em jogadores que seriam apenas coadjuvantes nos melhores times do país.

Deveria até dar um salto de qualidade em relação ao que fez nos últimos anos, mas não montou time nem para brigar por vaga na Libertadores.

Mas também não é time para ser rebaixado, o que torna a permanência de Maurício Barbieri um erro.

Ser quebrado, como era o Vasco antes da 777, é terrível. Ter dinheiro para gastar e não saber como fazer isso bem também.

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Felipão o ensina a controlar os nervos: Abel Ferreira é a melhor escolha da CBF para comandar seleção brasileira

Paulo Cobos
Paulo Cobos

A temporada do Real Madrid terminou, e não existe nenhum sinal que o clube vai abrir mão de Carlo Ancelotti.

Assim, chega a ser humilhante a CBF seguir esperando pelo italiano e deixar a seleção brasileira sem um treinador desde o fracasso na Copa do Qatar, em dezembro de 2022.

Chegou a hora de buscar um treinador para assumir o comando do time nacional imediatamente.

Como não existe a possibilidade de sonhar com alguém do tamanho de Guardiola ou Klopp, é a hora de pensar em nomes possíveis.

Abel Ferreira e Luiz Felipe Scolari durante encontro em 2021, na concentração do Palmeiras
Abel Ferreira e Luiz Felipe Scolari durante encontro em 2021, na concentração do Palmeiras Cesar Greco/Ag Palmeiras

E nenhum deles é melhor que Abel Ferreira, o comandante do Palmeiras mais vitorioso da história.

O português conhece o futebol brasileiro mais do que os treinadores brasileiros. Excelente de estratégia, ótimo administrador de grupos. Vai saber também dialogar com o torcedor da seleção, assim como faz com maestria com os fãs palmeirenses.

Para muita gente, dentro e fora da CBF, a indisciplina e falta de educação seriam motivos para ele não treinar a seleção.

Tem solução isso.

Assim como Abel, Luiz Felipe Scolari, a quem o português admira muito, sempre foi uma mala na beira do campo nos clubes em que trabalhou, xingando árbitros, batendo boca com adversários e acumulando expulsões.

Bem diferente do que fez na suas duas passagens pela seleção brasileiro. Felipão nunca foi expulso na seleção nos 55 jogos sob seu comando. E seus atletas receberam o vermelho apenas três vezes nessas 55 partidas.

Abel Ferreira é o melhor nome possível para a seleção. A indisciplina o Felipão resolve.

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Faz muito bem: Sampaoli repete Jorge Jesus e torna Gabigol 'intocável'

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Em quase 5 anos de Flamengo, Gabigol teve sua melhor fase sob o comando de Jorge Jesus.

Com o português, tinha uma relação pessoal carinhosa e era praticamente intocável.

Dos 47 jogos em que foi escalado por Jesus, Gabigol só foi substituído em 6, sendo que em 3 nos acréscimos.

Bem diferente do que aconteceu com outros treinadores rubro-negros.

Gabigol comemora após marcar para o Flamengo sobre o Fluminense, pela Copa do Brasil
Gabigol comemora após marcar para o Flamengo sobre o Fluminense, pela Copa do Brasil Thiago Mendes/W9 PRESS/Gazeta Press

Com Rogério Ceni, por exemplo, Gabigol foi escalado 31 vezes, e deixou o campo antes do jogo terminar em nada menos do que 19.

Já neste ano, como Vítor Pereira, o ídolo flamenguista chegou a ficar na reserva.

Com a contratação de Jorge Sampaoli, Gabigol voltou a ser intocável como nos tempos de Jorge Jesus.

Nos 13 jogos sob o comando do argentino, o camisa 10 foi escalado em 12. Nunca foi substituído.

Voltou a ser, como desejava, o centroavante do time, com Pedro indo para o banco na vitória contra o Fluminense nesta quinta-feira, que classificou o Flamengo para as quartas de final da Copa do Brasil.

Não é só pela confiança em campo que Jesus e Sampaoli demonstram confiança enorme e similar em Gabigol.

O atacante, o maior jogador deste século do Flamengo, foi uma espécie de líder vocal do português e começa a fazer o mesmo com Sampaoli,agora com a tarja de capitão.

Gabigol tem muitos defeitos e já não tem a mesma forma exuberante de 2019.

Mas, para qualquer treinador do Flamengo, ele sempre deve ser o ponto central de um trabalho. Jesus soube fazer isso. Sampaoli percebeu.


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