Polêmica no gol do Palmeiras? O que diz a regra sobre Deyverson dentro de campo no lance que decidiu semifinal da Libertadores

Renata Ruel
Renata Ruel

Palmeiras e Atlético-MG ficaram no empate em 1 a 1 no jogo de volta da semifinal da Conmebol Libertadores. Graças ao gol marcado fora de casa, após o 0 a 0 no Allianz Parque, a equipe paulista se garantiu na final da competição.

O adversário sairá do vencedor entre Flamengo e Barcelona-EQU, nesta quarta-feira (29), a partir das 21h30 (horário de Brasília), no Equador. O duelo terá transmissão AO VIVO do FOX SPORTS e também pela ESPN no Star+. Ainda não é assinante? Saiba mais aqui

Entretanto, esse gol guardou um detalhe polêmico: os jogadores reservas do time alviverde faziam aquecimento na lateral de campo no momento em que Gabriel Verón toma à frente de Nathan. Deyverson, um dos substitutos, invade o campo de jogo, provavelmente sem perceber.... Mas infringindo as regras.

Deyverson invadiu o campo
Deyverson invadiu o campo Reprodução

Para mostrar qual infração foi cometida pelo atacante palmeirense, nada melhor do que o texto do livro de regras do futebol:

“Gol marcado com uma pessoa extra no campo de jogo

Se, depois de um gol ser marcado, o árbitro perceber, antes do reinício do jogo, que uma pessoa extra estava em campo quando o gol foi marcado:

- o árbitro deve anular o gol se a pessoa extra foi:

- um jogador, substituto, jogador substituído, jogador expulso ou oficial da equipe que marcou o gol; o jogo será reiniciado com um tiro livre direto da posição em que a pessoa extra estava.

Em todos os casos, o árbitro deve remover a pessoa extra do campo de jogo.

Veja o gol de Dudu que teve invasão de Deyverson!


Se, após um gol ser marcado e o jogo reiniciado, o árbitro perceber que uma pessoa extra estava em campo quando o gol foi marcado, o gol não pode ser anulado.

O árbitro deve relatar o incidente às autoridades competentes.”

Ou seja, a regra deixa claro que, nesse caso, o gol deveria ser anulado, mesmo sem interferência direta do invasor no jogo. A arbitragem em campo e o VAR não perceberam o fato e, como o jogo foi reiniciado, o gol deve ser mantido. 

Em campo realmente fica mais difícil identificar essa invasão, mas, com o VAR, fica complicado justificar a falha.

Isso pode ser considerado erro de direito e levar à anulação da partida? Pelo meu entendimento, não, pois a regra também deixa claro que, após o reinício da partida, o gol será mantido.

O jogador tem que tomar cuidado com essa ação. É trabalho do quarto árbitro monitorar os substitutos que estão aquecendo. A arbitragem tem que ver tudo, e o VAR precisa checar. 

Apesar da invasão não interferir diretamente no lance, ela acontece. E, pela regra, deveria ser punida.

Fonte: Renata Ruel

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River x Vélez ajuda a entender o motivo de não ter VAR brasileiro na Copa do Mundo do Qatar

Renata Ruel
Renata Ruel

Nenhum brasileiro foi selecionado pela FIFA para atuar como árbitro de vídeo na Copa do Mundo do Qatar. Nos campeonatos nacionais, o VAR causa tanta controvérsia, assim como a arbitragem em campo, ou seja, faltam critérios e um bom uso da ferramenta tecnológica, sem generalizar.

No jogo entre River Plate e Vélez Sarsfield, pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores, o VAR ficou a cargo dos brasileiros Rafael Traci e o Bráulio Machado, enquanto o chileno Roberto Tobar era o árbitro de campo.

Um gol do River foi anulado na partida por mão/braço acidental. Além da grande demora, quase 9 minutos, para a anulação, no áudio divulgado pela Conmebol, Roberto Tobar diz claramente à Rafael Traci: “Para mim é gol”. Apesar de Tobar não ter clareza que havia mão/braço do jogador do River, entretanto o VAR tenta convencê-lo de que há o toque e o gol deve ser anulado.


         
     

Em um jogo recente entre São Paulo e Palmeiras, uma possível mão do jogador Patrick em gol do time do Morumbi também gerou polêmica. O campo deu o gol, e o VAR manteve a decisão sem sugerir revisão, sem a transparência adequada da CBF não foi possível saber se as imagens do VAR foram inconclusivas ou se as imagens garantiam 100% que não houve o toque.

O VAR foi criado para intervir em erros claros e óbvios, checar e sugerir revisão quando possuir imagens conclusivas. A decisão final sempre é do árbitro, a não ser em lances factuais (impedimento sem análise de interferência), o VAR mostrar as imagens, e manter um diálogo é bem diferente de tentar induzir o árbitro ou tentar convencê-lo do que ele VAR acredita ter ocorrido e qual deve ser a decisão final do campo.

Ao ver as imagens do VAR, entendo como o árbitro Roberto Tobar que não são claras e conclusivas, contudo depois do jogo uma foto deixou claro que realmente houve o toque e pela regra o gol foi bem anulado.

A grande questão é a forma de comunicação do VAR brasileiro com o árbitro chileno que foge do ideal, esse e outros motivos nos ajuda a entender o motivo de não ter nenhum árbitro de vídeo brasileiro selecionado pela FIFA para a Copa do Mundo do Qatar.

 

Roberto Tobar revisa gol do River Plate no monitor do VAR durante partida contra o Vélez, pelas oitavas da Conmebol Libertadores
Roberto Tobar revisa gol do River Plate no monitor do VAR durante partida contra o Vélez, pelas oitavas da Conmebol Libertadores Rodrigo Valle/Getty Images
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Arbitragem de Minas, Norte e Nordeste ‘sofrem’ na gestão Seneme

Renata Ruel
Renata Ruel

A Associação Nacional do Árbitros (ANAF) faz levantamento rodada por rodada das escalas da CBF, principalmente das Séries A, B, C e D.

Costumo dizer que os números são frios, precisam ser transformados em informações. Entretanto, neste caso eles ‘falam’ muito por si só.

Visivelmente, Norte e Nordeste tiveram suas escalas prejudicadas na Série A com a nova gestão. E mesmo nas regiões que possuem maior números de escalados, são sempre os mesmos, não há uma rotatividade como acontecia antes.

Nomes conhecidos e com grandes jogos no currículo não são mais vistos na Série A, alguns que inclusive possuem escudo FIFA:  Edina Alves, Igor Benevenuto, Vinicius Gonçalves, Felipe Lima, Caio Max, Denis Serafim. Enquanto isso, Wagner Magalhães, que constantemente se envolve em polêmicas de arbitragem, segue sendo escalado pela comissão liderada por Wilson Seneme.

Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF Lucas Figueiredo/CBF

Outro fator é mulheres nas escaladas, sem precisar de números, somente assistindo aos jogos se percebe que no apito e na bandeira a quantidade e mulheres diminuiu. Nem Edina Alves apitou Série A este ano.

O que mais motiva os árbitros são as escalas e as oportunidades. Sem elas, fica difícil manter um quadro satisfeito. Tudo fica ‘lindo’ para quem está sempre escalado e bem difícil para quem não tem as mesmas oportunidades.

Um bom gestor buscará colocar nos grandes jogos os que considera ter as melhores aptidões e requerimentos para as funções. Contudo, se em um grupo de 500 pessoas, por exemplo, nem 10% tem as aptidões necessárias, algo está errado no processo.

E você que acompanha o futebol brasileiro, escalaria sempre os mesmos na Série A ou trocaria alguns nomes?

Veja os números da ANAF até a 14ª rodada do Brasileirão:

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Observações feitas pela ANAF sobre a Série A:

“- O Espírito Santo não tem qualquer participação na hegemonia do eixo Sul-Sudeste.

- Minas Gerais só tem relevância nos percentuais de escalas do VAR e do AVAR. Em campo, só

recebeu uma escala de árbitro e quatro de assistente.

- Os números de MG na cabine do vídeo estão concentrados em 2 profissionais. Das 18 escalas do VAR, 17 foram para Emerson de Almeida. Das 19 do AVAR, 17 foram para Marcus Vinícius Gomes.

Estados sem Escalas

- 12 estados não tiveram escalas de árbitro ou assistente: ES, MT, AL, SE, PB, PE, MA, PA, AP, AC, AM e RR. - 14 estados não tiveram escalas de árbitro ou assistente: ES, MT, MS, AL, BA, PI, CE, TO, RO, PA, AP, AC, AM e RR.”

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Arbitragem de Minas, Norte e Nordeste ‘sofrem’ na gestão Seneme

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Arbitragem da Sul-Americana comprova que polêmica não é exclusividade brasileira

Renata Ruel
Renata Ruel

As polêmicas de arbitragem não ficam restritas ao Brasil. No jogo entre Universidad Católica e São Paulo pela Copa Sul-Americana a arbitragem virou destaque e isso nunca é bom sinal. 

O árbitro Cristian Ferreyra marcou 10 faltas do time brasileiro, número baixo para um torneio assim. Entretanto, aplicou 8 cartões amarelos e expulsou 3 jogadores.

No Resenha ESPN, Simon opina sobre apitar como árbitro de vídeo e brinca: 'Queria trabalhar com o VAR e ganhar o que eles ganham'

         
     

O cartão vermelho para Rodrigo Nestor foi bem aplicado, ele pisa no adversário com uso de força excessiva e coloca em risco a integridade física do adversário.

Mas, os cartões amarelos que deram origem às outras duas expulsões, Igor Vinicius e Calleri, vejo como exagerados. Não vejo ação temerária que desconsidera o risco para o adversário, nem intensidade e força média que ratificariam os cartões no que diz respeito à natureza das faltas. E também não vejo motivos para aplicação tática, no caso as infrações não impediram ataques promissores.

Duas expulsões que poderiam ter sido evitadas, que geram consequências e desfalques para o jogo também. 

Cristian Ferreyra
Cristian Ferreyra Getty Images
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Tradução errada da Regra do Jogo tem feito a arbitragem do Brasil passar vergonha internacional

Renata Ruel
Renata Ruel

O futebol e a arbitragem brasileira, ou melhor, o torneio e a arbitragem da CBF viraram notícia internacional após episódios envolvendo a Série B do Brasileirão em intervalo de quatro dias nas últimas rodadas.

Tombense x Náutico foi marcado por erro de arbitragem

O goleiro Lucas Perri, ao cobrar uma falta, escorrega, dá o primeiro toque na bola de joelho e a toca em seguida com o pé. A arbitragem em campo marca tiro livre indireto e aplica cartão amarelo por impedir um ataque promissor. O VAR sugere a revisão e o cartão é alterado para vermelho por impedir uma oportunidade clara de gol. 

Entretanto, a Regra do Jogo em inglês (que é a oficial) e em espanhol também deixam claro que o reinício deve ser feito com o pontapé. Desta forma, o tiro livre deveria ter sido repetido e o goleiro não poderia ser punido.


O Náutico, em forma de protesto, deu o tiro de saída contra o Criciúma também com o joelho. Novamente a arbitragem do jogo e da CBF permitiu (de forma equivocada) que o jogo seguisse. O tiro de saída deveria ter sido repetido, já que a cobrança não foi com um pontapé.

A tradução do Livro de Regras em português está errada. 

Ao invés de constar 'chute' ou 'pontapé' tem a palavra 'tocada', que muda a interpretação da regra de forma grave. E não é a primeira vez que falo sobre isso. 

Em fevereiro de 2020 alertei sobre o assunto após um árbitro assistente não permitir que um jogador movesse de lugar a bandeirinha de escanteio, de forma correta pelo livro em inglês, mas novamente com a versão em português traduzindo de maneira equivocada.

Os lances dos dois jogos do Náutico se espalharam pelo mundo e é possível ver em redes sociais críticas ao que está ocorrendo no futebol e na arbitragem da CBF, que em nenhum momento se manifestou publicamente sobre o assunto, se limitando a liberar o áudio do VAR da partida diante da Tombense. 

A gravação mostra o erro ao ver o toque, mas não cita ou se atenta que foi com o joelho.

Sempre vimos erros de arbitragem no futebol brasileiro. Mas equívocos como esses, que vão contra a regra do jogo, são inadmissíveis e absurdos. Wilson Seneme e a CBF estão ‘chancelando’ erros graves com o silêncio, tanto que eles aconteceram duas vezes em menos de uma semana. 

Seria mais ‘bonito’ vir a público e assumir a tradução e orientação equivocadas aos árbitros do que seguir passando vergonha nacional e internacional, pois erros acontecem.

A arbitragem brasileira
A arbitragem brasileira Arte do ESPN.com (Joey Guidone)
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Domingo polêmico do Brasileirão prova que a arbitragem da CBF está perdida

Renata Ruel
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Wilson Seneme deixou o comando da arbitragem da Conmebol e logo foi anunciado como o novo presidente da Comissão de Arbitragem da CBF no começo de abril deste ano. 

Mas a arbitragem brasileira, que tinha muito a melhorar, parece que só piorou com o novo presidente. 

Na Conmebol, mesmo como VAR, a arbitragem se mostrava cada vez mais polêmica em grandes jogos de Conmebol Libertadores, eliminatórias e Copa América. O mesmo acontece agora no Brasileirão – e não só na Série A. 

Arbitragem de Internacional x Botafogo é protegido pelo policiamento no Beira-Rio
Arbitragem de Internacional x Botafogo é protegido pelo policiamento no Beira-Rio Alex VIana/Agencia F8/Gazeta Press

Muitos pediam renovação no comando da arbitragem brasileira, mas não há renovação com Seneme, que há anos já estava na Conmebol. Muitos foram demitidos com a sua chegada, e ninguém novo chegou à comissão desde a efetivação do novo chefe, mais de dois meses depois. 

Árbitros bons e conhecidos sumiram da Série A, com escalas de “segurança”, principalmente com os Fifa. Alguns apitam três jogos por semana, em um processo que as viagens viram rotina e as lesões aparecem cada vez mais – Raphael Claus e Paulo Roberto são exemplos. 

É perceptível árbitros perdidos no campo e também no VAR. Um grande exemplo é a rodada deste domingo, em especial o que aconteceu nos jogos entre Corinthians x Goiás e Internacional x Botafogo, em que, na minha visão, o grande problema mora nas orientações que os juízes recebem. A falta de critérios, tanto no campo quanto no VAR, fica cada vez mais clara

Sempre falo que, no campo, vemos o produto final da arbitragem. Se não está bom é porque há erros no processo – orientações, escalas, aprimoramento, entre outros. E ainda parece que, dentro das orientações, quem as passa não entende de futebol

Nada melhorou até aqui com o Seneme na arbitragem e pelo jeito o processo é cada  vez mais longo. Enquanto isso, o futebol vai sofrer.

Carlos Eugênio Simon: 'É ridículo marcar este pênalti para o Corinthians'


         
     
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VAR no Brasil = Vamos Aumentar as Reclamações. O de Santos x Ceará é um exemplo desse novo significado

Renata Ruel
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O VAR no Brasil parece que tem uma dificuldade enorme em saber quando interferir no jogo ou não, o que é erro claro e óbvio ou interpretativo, fase de ataque pela posse (APP, na sigla em inglês), cartão amarelo ou vermelho. Claro que não se pode generalizar, há árbitros no VAR com competência, entretanto, a falta de critérios que antes ocorria somente no campo parece que tem aumentado fora dele através do VAR.

Em Santos x Ceará, nesse sábado (21), foram duas intervenções que fogem do protocolo:

- Gol do Santos validado em campo, onde na intermediária jogadores adversários se agarram na frente do árbitro que deixa a jogada seguir, na sequência há um braço de apoio não sancionável. O APP mencionado pelo protocolo do VAR deve ser acionado quando há uma infração na fase inicial de ataque (que também gera interpretação, já escrevi sobre isto aqui), o que não ocorreu no lance, pois na minha visão, o Ceará já tinha passado da fase de transição para organização defensiva quando o ataque realmente começa.

- Expulsão do Richard Coelho não foi uma conduta violenta, foi, sim, falta fora do lance, tem uma mão no rosto que desconsidera o risco para o adversário gerando cartão amarelo, entretanto não há força excessiva, não atinge com cotovelo ou parte dura do braço, foi mais um empurrão no rosto que caracteriza o cartão amarelo.

Ou seja, em ambos os lances que mudaram o jogo, o VAR interferiu de maneira equivocada. E o árbitro em campo, Sávio Pereira Sampaio, poderia sim ter batido no seu escudo da Fifa, que carrega no peito, e tomado as decisões corretas após as análises no vídeo, que foi exatamente o que Raphael Claus fez na final do Paulistão quando o VAR sugeriu revisão em uma possível penalidade do São Paulo contra o Palmeiras.

Em compensação, pela Série B do Brasileirão, o Bahia teve um pênalti claro não marcado a seu favor contra a Ponte Preta em um puxão de camisa dentro da área. Por ser em um lance de escanteio, a visão do árbitro poderia estar encoberta em função de muitos jogadores na área. O VAR deveria ter sugerido revisão, mas se calou.

O VAR no Brasil parece cada vez mais perdido, sem saber quando interferir ou não, e claro que isso vai aumentar as reclamações, pois se continuar sendo usado de forma equivocada seguirá prejudicando o jogo ao invés de ajudar a legitimar os resultados.

Se o produto final, que é o campo, está ruim, é porque há falha no processo que não vemos, e a uniformidade de critérios dentro de campo e no VAR precisa prevalecer.

Uso do VAR durante o Campeonato Brasileiro
Uso do VAR durante o Campeonato Brasileiro Getty
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Confesso que chorei: teremos mulheres e dois árbitros brasileiros na Copa do Mundo Masculina do Qatar

Renata Ruel
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A FIFA anunciou hoje os 36 árbitros, 69 assistentes e 24 árbitros de vídeo selecionados para a Copa do Mundo do Qatar e são 7 brasileiros nesta lista, incluindo a primeira mulher brasileira Neuza Inês Back. 

Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio são os árbitros, junto com os assistentes Danilo Simon, Bruno Pires, Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo e Neuza.

Neuza Back à esquerda
Neuza Back à esquerda Getty Images

Nunca antes a FIFA havia escolhido mulheres para atuar em uma Copa do Mundo Masculina. E logo na primeira vez, serão seis no total: as árbitras Stéphanie Frappart (França), Salima Mukansanga (Rwanda) e Yoshimi Yamashita (Japão), e as assistentes, além da Neuza, Karen Díaz Medina (México) e Kathryn Nesbitt (EUA).

Confesso que ao ver a lista não contive o choro. Lágrimas caíram sim e não foram poucas. Quando comecei na arbitragem, era um sonho e utopia imaginar uma mulher na Copa do Mundo Masculina, o que dirá seis. Hoje é realidade, em uma caminhada árdua, difícil de muitas mulheres quebrando barreiras ao longo da história, mas não é mais utopia, é realidade. As minhas lágrimas são por saber o quão difícil foi, ainda é e o tamanho desta conquista. 

É um dia histórico, de comemoração e alegria. Parabéns Neuza! E obrigada à todas as mulheres que tornaram isso possível, começando pela grande Lea Campos, a primeira árbitra reconhecida pela FIFA, mas com muitas outras que sabem que fazem parte de tudo isso, Silvia Regina, Ana Paula de Oliveira entre outras mais.

Veja a lista completa dos árbitros selecionados a seguir:

Árbitros
Árbitros Fifa

Fonte: Renata Ruel

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VAR acertou em São Paulo x Santos, e Edu Dracena acabou relatado: 'Vou colocar o nome de vocês para a torcida'

Renata Ruel
Renata Ruel

O clássico paulista pegou fogo na última segunda-feira, no Morumbi, pela 4ª rodada do Brasileirão. O São Paulo venceu o Santos por 2 a 1, com um gol de pênalti.

 A penalidade foi clara, a bola toca no braço de Rodrigo Fernández, que amplia o espaço corporal de forma antinatural e bloqueia a passagem da bola dentro da área. A arbitragem não viu em campo e o VAR corretamente sugeriu revisão em um erro claro e óbvio de falta.

 A reclamação do Santos ficou no arremesso lateral que dá origem à jogada do pênalti. As imagens não são claras se a bola sai totalmente em sua circunferência do campo de jogo e quem a toca por último. Entretanto, o assistente, a princípio, marca lateral a favor da equipe santista, em seguida aponta o lateral para a equipe do São Paulo, provavelmente corrigido pelo árbitro Leandro Vuaden e/ou quarto árbitro (ambos mais próximos do lance).

 É sabido que o protocolo do VAR permite que seja sugerida a revisão em um erro claro e óbvio de penalidade. Entretanto, o protocolo não permite a revisão de um reinício de jogo  – arremesso lateral, escanteio, tiro de meta, cobranças de infrações – há exceções em casos extremos, mas que não condiz com o que ocorreu ontem no Morumbi.

Edu Dracena
Edu Dracena Ivan Storti/Santos FC

 Segue abaixo pequeno trecho do Protocolo, página 12 do MANUAL PARA ÁRBITROS ASSISTENTES DE VÍDEO (VAR):

 “Não admissível:

 O VAR não poderá fornecer orientações relacionadas aos seguintes casos ao árbitro (ou AA/AR) (já que isso não pertence à filosofia do sistema de VAR):

 - Qual equipe deverá reiniciar a partida;”

 Assim como nas Regras do Jogo, o protocolo do VAR também tem suas complexidades, contudo, neste ponto é claro. Ou seja, se houve ou não erro no campo sobre o arremesso lateral, é uma decisão do campo e o VAR não pode interferir neste quesito, pode somente mostrar ao árbitro as imagens do que considerou erro claro e óbvio para a penalidade, acertando em sua ação no jogo de ontem.

 Tanto tem se falado sobre a violência no futebol nos últimos dias, que não dá para deixar passar o relato do árbitro na súmula deste clássico, como é possível ver na imagem a seguir:

Súmula de São Paulo x Santos
Súmula de São Paulo x Santos Reprodução

Este final de semana vimos o caso do jogador Jean Carlo partindo para cima da árbitra Deborah Cecília, após ser expulso; recentemente, o técnico Rafael Soriano deu uma cabeçada na assistente Marcielly Neto; árbitro não pode voltar para casa após o término de um jogo; uma faca em campo na final da Copa São Paulo; jogadores de vários clubes recebendo ameaças e até sofrendo com emboscadas – famílias de Cássio, Willian, Danilo Fernandes e Villasanti atingidos por estilhaços - exemplos não faltam, infelizmente.

 E aí o Edu Dracena, um dirigente que deveria dar o exemplo, fala essas coisas para a arbitragem, segundo Vuaden: “Vou colocar o nome de vocês para a torcida, para pegarem vocês na rua.”.

 Não está tudo bem no futebol há um bom tempo, alguns estão ‘normalizando’ o que nunca pode ser normal. Vídeos “pedindo desculpas”, notas de repúdio não são as soluções para agressões e ameaças físicas ou verbais.

 Infelizmente, tudo isso é um reflexo do que vivemos em nossa sociedade atualmente, onde quem deveria dar o maior exemplo positivo, faz o contrário, onde arma é mais importante que um livro, do que a educação, onde o respeito e empatia têm sido raros.

 É preciso mudar tudo isso urgentemente e haver punições severas, antes que acabe numa grande fatalidade.

 Futebol não é apenas futebol e nunca será.

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Agressão e 'chuva' de cartões marcam o fim de semana do futebol brasileiro

Renata Ruel
Renata Ruel

O Brasileirão começou no sábado (9) dentro da ‘normalidade’ para a arbitragem. Isto é, com algumas polêmicas e ‘chuva’ de cartões. Já o Campeonato Capixaba, por outro lado, ficou marcado pela agressão sofrida por uma assistente.

Nas nove partidas que aconteceram no final de semana pela Série A,  foram distribuídos 3 cartões vermelhos e 53 cartões amarelos, dos quais 15 foram aplicados por reclamações com a arbitragem.

Só no jogo entre Palmeiras e Ceará, o árbitro Caio Max distribuiu 1 vermelho e 16 amarelos, sendo 8 por reclamações. Não me recordo de tantos cartões assim em outros duelos do Brasileiro...

Weverton, do Palmeiras, recebe cartão amarelo durante Palmeiras x Ceará
Weverton, do Palmeiras, recebe cartão amarelo durante Palmeiras x Ceará VILMAR BANNACH/PHOTOPRESS/Gazeta Press

Até mesmo um gandula acabou sendo expulso, mas este não entra nas estatísticas por não receber cartão em função da regra. No fim, o Ceará venceu o jogo por 3 a 2 e recebeu mais cartões por reclamações do que o time da casa, em um confronto com muitos protestos dos dois lados contra as decisões do árbitro.

E realmente a arbitragem do Caio Max foi confusa. Ele deixou de marcar faltas claras no campo de jogo, faltaram critérios em infrações e em alguns cartões. As falhas ou erros nas tomadas de decisões criam uma ‘bola de neve’,  já que as reclamações aumentam e o controle de jogo acabou se perdendo. E não dá para deixar de citar que os jogadores brasileiros nem sempre colaboram, pois reclamação é considerada falta de fair play.

Isso foi apenas na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, onde o novo comandante da arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, terá muito trabalho pela frente.

E o fim de semana não foi somente marcado por um número altíssimo de cartões por reclamações, mas também por uma agressão no Campeonato Capixaba.

O técnico Rafael Soriano, da Desportiva Ferroviária, protagonizou uma cena covarde, agredindo a assistente Marcielly Netto durante o intervalo do jogo contra a Nova Venécia. Ele acabou sendo expulso pelo árbitro e demitido do clube.

Não está tudo bem no futebol há algum tempo... Na semana passada, Cássio e Gil, do Corinthians, foram ameaçados por torcedores. Recentemente, o Bahia teve uma bomba explodindo no seu ônibus. Paraná, Grêmio, São Paulo entre outros, convivendo com a periculosidade em seu trabalho. Ainda temos a infeliz fala de Abel Braga sobre o protesto no Ninho do Urubu.

Antes mesmo do Brasileirão começar, o árbitro Igor Benevenuto ficou sem voltar para a casa após apitar Atlético-MG x Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro, em função das ameaças recebidas.

A impunidade dá margens para que as coisas se repitam cada vez mais, enquanto vidas de trabalhadores, que são seres humanos sujeitos a cometer erros, estão ameaçadas. Não se pode esperar acontecer algo ainda mais grave para que sejam tomadas providências severas.

Você já se imaginou trabalhando e sendo ameaçado ou até mesmo alguém da sua família correndo esse risco? Cobranças são diferentes de assédios e ameaças. Algo precisa mudar urgente. 

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Futebol feminino cobra melhor arbitragem e VAR, mas tecnologia falha no masculino

Renata Ruel
Renata Ruel

As polêmicas de arbitragem são muito discutidas em cima do futebol profissional masculino e de elite, ficando de lado as categorias mais baixas ou até mesmo o futebol feminino.

Entre as polêmicas dos grandes jogos masculinos, um erro grave aconteceu no GreNal, aos 36 minutos do segundo tempo, Bruno Méndez entrou com a trava da chuteira entortando o tornozelo de Campaz, com força excessiva, intensidade, velocidade, lance claríssimo e indiscutível de cartão vermelho direto. O árbitro Jean Pierre aplicou cartão amarelo no campo e o VAR, cometendo um grande erro, manteve a decisão sem sugerir revisão.

Apesar desse erro do VAR no masculino, ele foi muito solicitado este final de semana no Brasileirão Feminino.

A jogadora Cristiane deu uma entrevista, após o término do primeiro tempo de Palmeiras 1 x 0 Santos pelo Brasileirão Feminino, cobrando a CBF um tratamento igual ao masculino e o uso de VAR na modalidade. Cris entendeu que houve um pênalti não marcado pela arbitragem a favor do Santos, desta forma as equipes acabam sendo prejudicadas no geral. 

Uma das frases ditas pela Cris foi:  “Já que vocês (CBF) estão profissionalizando a modalidade, então faz o bagulho direito".

Rosana, treinadora do Red Bull Bragantino, também cobrou uma melhor arbitragem para a modalidade. Sua equipe perdeu jogando fora de casa para o Real Brasília por 3 a 2.

Rosana iniciou o seu texto para falar da arbitragem com a seguinte frase:

“Ao longo dos anos o futebol feminino encontrou muitas dificuldades e sem dúvidas evoluímos muito, mas precisamos falar de algo que ainda está muito distante do aceitável: A ARBITRAGEM”.

A treinadora do Bragantino ainda fala do VAR, da falta de respeito e desmerecimento do futebol feminino.

Na verdade, muitos clubes, inclusive masculinos, acabam reclamando de falta de respeito de alguns árbitros (sem generalizar), de tratamentos inadequados, onde desmerecem normalmente categorias inferiores.

No futebol feminino às vezes são escalados árbitros novos, sem muita experiência e que podem errar mais, porém que também querem mostrar mais trabalho para seus dirigentes. Árbitros mais experientes, que não gostam de apitar o feminino e acabam menosprezando o jogo também são escalados. Porém, há os árbitros que tratam todas as categorias de forma profissional, mas irão cometer erros por fazer parte da profissão.

Atitude profissional independente do árbitro ser profissionalizado ou não, pois é uma atitude que cabe a cada um que leva sua carreira à sério e isso cabe também para dirigentes.

O futebol feminino, as categorias de base, todas as divisões do futebol merecem tanto respeito quanto o futebol profissional masculino de elite. A arbitragem ainda é um ponto a ser melhorado no futebol mundial, assim como as regras. E a cobrança de clubes muitas vezes se fazem necessárias justamente porque um erro para acarretar em um título ou rebaixamento ou demissão entre outros.

Quando se trata bem a arbitragem e se investe, automaticamente se trata bem os árbitros e o futebol.

A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem
A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem Reprodução / Pedro Ernesto Guerra Azeved
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Não é só a idade! Por que árbitro para Palmeiras x Corinthians é um risco e mostra desespero da FPF

Renata Ruel
Renata Ruel

A Federação Paulista de Futebol (FPF) escalou o jovem Matheus Delgado Candançan, de apenas 23 anos, para apitar o clássico Palmeiras x Corinthians.

A FPF há algum tempo sofre grande pressão para revelar árbitros, pois Raphael Claus, Luiz Flavio de Oliveira, Flavio Rodrigues Souza, Vinicius Gonçalves que apitam os grandes jogos já passaram dos 40 anos. Desta forma, em 2020 tentaram o promissor Flavio Mineiro, que fez uma excelente estreia, entretanto foi escalado para a sua segunda partida no Morumbi, time grande, São Paulo x Novorizontino, os erros ocorreram e um árbitro acabou 'ficando pelo caminho' muito mais por erro de escala de quem comanda.

Matheus Candançan se tornou árbitro por influencia do pai, Demetrius Candançan, que foi árbitro da Federação por muitos anos e possui uma empresa de arbitragem, através da qual Matheus começou a carreira na arbitragem, atuando como árbitro e assistente desde dos 14 anos. Quem já viu um vídeo que roda o mundo, no qual um jogador de futebol me encara, eu estou com a bandeira erguida e um árbitro chega aplicando o cartão, pode não saber, mas o árbitro é justamente o Demetrius.

Matheus se formou no curso da Federação em 2017, tem apenas 6 jogos pelo Paulistão em toda sua carreira. Apitou a semifinal da Copinha este ano e foi criticado por não encerrar a partida depois da invasão de torcedores e uma faca no campo de jogo na partida entre São Paulo x Palmeiras.


         
     

Atualmente, o departamento de Análise de Desempenho dos clubes fazem a análise dos árbitros que apitarão seus jogos e passam as informações para a comissão técnica e jogadores. Palmeiras e Corinthians sempre vai ser um jogo difícil, mesmo ambos classificados. Por mais que os assistentes e o árbitro de vídeo sejam experientes, quem comanda é o árbitro. Os jogadores entrarão em campo sabendo do histórico do jovem Matheus, ambos os times possuem jogadores experientes e alguns que adoram testar a arbitragem e até mesmo ‘tentar apitar o jogo’.

É natural um árbitro jovem e com poucos jogos profissionais sentir o tamanho do jogo, ainda mais de um clássico.

A escala da Federação Paulista é arriscada. Se o árbitro cometer um erro, o que pode acontecer e acontece até com os experientes, a FPF vai 'segurar a bronca' ou vai queimar um árbitro promissor como fez com Flávio Mineiro?

A escala do árbitro não é mais através de sorteio, a comissão escolhe quem eles querem para apitar cada jogo. Quem escala precisa entender de futebol e não só de árbitro e de regras, precisa fazer leitura de cada jogo, de quem são os técnicos, os jogadores, qual o tamanho do jogo, o que vale e quanto vale este jogo para cada equipe entre outras coisas.

A expectativa para o clássico já era grande e com a escala de Matheus se torna ainda maior.

Será que ao término da partida a s discussões serão sobre Palmeiras e Corinthians, seus esquemas táticos, seus treinadores e jogadores ou sobre a arbitragem?

 Matheus Delgado Candançan apitará o clássico entre Palmeiras x Corinthians, pelo Paulistão 2022
Matheus Delgado Candançan apitará o clássico entre Palmeiras x Corinthians, pelo Paulistão 2022 Matheus Reche/UAI Foto/Gazeta Press
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Não é só a idade! Por que árbitro para Palmeiras x Corinthians é um risco e mostra desespero da FPF

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Nacho faz gol, homenageia a avó e pode ser punido por isso

Renata Ruel
Renata Ruel

Atlético-MG e Flamengo  se enfrentaram pela final da Supercopa do Brasilempataram em 2 a 2 no tempo normal e em uma disputa de pênaltis raramente vista, a equipe Mineira se sagrou campeã após 12 cobranças e com o resultado de 8 a 7.

Nacho Fernández abriu o placar do jogo para o Atlético-MG e ao comemorar o gol tirou a caneleira que tinha a foto de sua avó Sara, falecida o ano passado. Ele beijou a imagem e em seguida mostrou para a câmera durante a transmissão da partida.

Para mim toda homenagem a um familiar, amigo ou até mesmo uma personalidade que fez ou faz história são lindas e emocionantes. Entretanto, a regra não permite tais homenagens e o jogador, assim como sua equipe, podem ser punidos quando isso ocorrer.

A “Regra 4 – O Equipamento dos Jogadores” traz o seguinte texto:

“5. Slogans, declarações, imagens e publicidades

O equipamento não pode conter qualquer mensagem política, religiosa ou pessoal. Os jogadores não podem exibir roupa interior com slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas, pessoais ou de publicidade, além do logotipo do fabricante. Se for cometida qualquer infração, o jogador e/ou a equipe serão punidos pela entidade de organização da competição, pela respectiva Associação Nacional ou pela FIFA.”

A caneleira é um equipamento obrigatório pela regra, ou seja, nela não pode haver mensagem pessoal como a do Nacho. Outro ponto relevante, como diz o texto acima, é que quem vai punir o jogador e/ou a equipe será a entidade organizadora do torneio e não a arbitragem. Nesse caso não cabe ao árbitro aplicar cartão amarelo, somente relatar em súmula o que aconteceu na comemoração. O jogador deve ser denunciado e o Tribunal pode definir como punição multa e/ou suspensão conforme previstos no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

A única exceção até hoje sobre casos assim aconteceu em 2020, quando os jogadores Jadon Sancho e Hakimi marcaram gols pelo Borussia Dortmund, na Bundesliga, e mostraram uma camisa por baixo da oficial com os dizeres “Justiça para George Floyd”. Foi a única vez que a FIFA se manifestou sobre esse tipo de situação e pediu “bom senso”, pois naquele momento o movimento era de extrema importância em relação aos Direitos Humanos e na luta contra o racismo e preconceito.

 

 

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Por que brasileiro do Arsenal levou dois cartões amarelos no mesmo lance e acabou expulso na Premier League; veja o que diz a regra

Renata Ruel
Renata Ruel

Em lance pitoresco na vitória do Arsenal sobre o Wolverhampton por 1 a 0, entretanto possível e que se repete, o brasileiro Gabriel Martinelli foi expulso após receber duas vezes o cartão amarelo por duas infrações cometidas no mesmo lance.

Aos 68 minutos de partida, o jogador do Arsenal tentou impedir um arremesso lateral dos Wolves. Mesmo com o atleta do Wolverhampton sendo empurrado, a cobrança foi realizada de forma correta – se não, ocorreria a reversão – e o experiente árbitro Michael Oliver aplicou a vantagem. Na sequência do lance, com a bola em jogo, Martinelli comete outra infração ao derrubar o adversário Chiquinho com uma carga nas costas.

Pela regra do jogo, o árbitro pode aplicar os cartões amarelos se ele entender que o empurrão e a carga foram ações temerárias. Ou, se o empurrão não foi temerário, pode ser considerado uma conduta antidesportiva de Martinelli. Pode ainda ser classificado como uma falta tática que impediria um ataque promissor. Ou seja, motivos para a aplicação de ambos os cartões a arbitragem tinha em campo e isso independe se a infração aconteceu em jogadores diferentes ou no mesmo jogador, pois o que conta são as ações do infrator.

Em relação a aplicação dos dois cartões amarelos e na sequência o vermelho, pela regra do jogo a arbitragem pode sim dar a vantagem. No caso específico deste jogo, o primeiro cartão não foi por falta tática, então ele ocorreria de qualquer forma na primeira paralisação.

Gabriel Martinelli é expulso na Premier League
Gabriel Martinelli é expulso na Premier League Nick Potts/PA Images/Getty Images

A Regra 12 traz o seguinte texto:

“Vantagem

Se o árbitro aplicar uma vantagem depois de uma falta punível com Cartão Amarelo ou expulsão, a advertência ou expulsão deve ser aplicada quando a bola estiver fora de jogo. No entanto, se a infração foi por impedir, da equipe adversária, uma clara oportunidade de gol, o jogador deve ser punido com Cartão Amarelo, por conduta antidesportiva. Se a infração foi por interferir ou impedir um ataque promissor, o jogador não deve ser punido com Cartão Amarelo. Não deve ser aplicada vantagem em situações de jogo brusco grave, conduta violenta ou em caso de segundo cartão amarelo, a menos que se trate de uma clara oportunidade de gol. Neste caso, o árbitro deve expulsar o jogador na primeira interrupção de jogo, a não ser que o jogador jogue a bola, a dispute ou interfira em um adversário, caso em que o árbitro deve parar o jogo, expulsar o jogador e reiniciar o jogo com um tiro livre indireto contra a equipe do jogador expulso, a menos que o jogador tenha cometido uma infração mais grave.”

E esse texto ainda mostra outro fator curioso: se o árbitro aplicar a vantagem em uma jogada na qual o jogador cometer uma falta para expulsão direta ou segundo amarelo, a bola seguindo em jogo e este jogador interferir diretamente na disputa, no adversário ou jogar a bola, mesmo que seja em lance sem perigo no meio de campo, imediatamente o jogo será paralisado, este jogador expulso e a partida reiniciada com um tiro livre indireto, pois este jogador não deveria mais pertencer à partida e só seguia em campo em função da vantagem dada para o adversário.

O jogo tem tantas curiosidades que vão muito além do livro de regras.

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E quem expulsa o árbitro que agarrou jogador pelo pescoço em Palmeiras x Água Santa?

Renata Ruel
Renata Ruel

Gol do Palmeiras! Dudu corta para a canhota, finaliza, bola desvia na defesa, trai o goleiro e entra; VEJA

Na partida entre Palmeiras e Água Santa, na última terça-feira (01), pelo Paulistão 2022, mais um episódio pitoresco marcou a arbitragem neste início de temporada. Após desentendimento entre os jogadores de ambas as equipes, principalmente entre Zé Rafael e Rodrigo Sam, o árbitro da partida teve uma atitude inaceitável: Salim Fende Chavez segurou pelo pescoço o capitão do Água Santa na tentativa de apartar a confusão.

Quando fiz o curso de árbitros, já éramos orientados a não encostar em jogador, imagina segurá-lo pelo pescoço. Tentar conter a confusão é diferente de ter um ato hostil e a ação se tornar uma das mais assustadoras que já vi um árbitro ter.

Quando o Diego Ribas segurou Rossi pelo pescoço, em uma ação de revide, pela partida entre Flamengo e Bahia, no Brasileirão 2021, rapidamente o VAR entrou em ação e ambos foram expulsos. Mas quem expulsa o árbitro depois dessa atitude?

Salim havia apitado no domingo São Paulo x Ituano. Teve dificuldade no controle de jogo, marcou um pênalti a favor do Ituano no qual o jogador tinha os braços junto ao corpo, lance que eu não vejo como infração. E ainda deixou de expulsar Miranda após este cometer uma falta tática relacionada a oportunidade clara de gol.

Três dias depois do Morumbi, "ganha de presente" apitar Palmeiras x Água Santa. E, novamente com grandes dificuldades de controlar a partida, na qual foi possível observar alguns desentendimentos entre jogadores e muitas reclamações com a arbitragem durante o jogo.

Árbitro Salim Fende Chavez agarra Rodrigo Sam pelo pescoço durante jogo entre Palmeiras e Água Santa
Árbitro Salim Fende Chavez agarra Rodrigo Sam pelo pescoço durante jogo entre Palmeiras e Água Santa Reprodução

Apitar um jogo vai muito além de um livro de regras. O árbitro precisa ter leitura de jogo, feeling, tomadas de decisões assertivas, autoridade, não autoritarismo e respeito. E todos estes pontos influenciam diretamente no controle do jogo por parte da arbitragem.

Assim como se repudia atitudes agressivas e hostis entre jogadores e/ou de jogadores para com os árbitros, é preciso repudiar também quando essas atitudes partem de árbitros para com os outros.

Futebol raiz não quer dizer futebol agressivo. Nem em futebol amador ou da várzea essa atitude do Salim Fende Chavez seria plausível, o que dirá no futebol profissional

Como eu costumo dizer, o que vemos em campo é somente o produto final, se algo está errado é porque o processo está falho.

Fonte: Renata Ruel

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Árbitros que esqueceram bandeiras e improvisaram são punidos por 4 meses pela Conmebol

Renata Ruel
Renata Ruel

Um fato pitoresco ocorreu com a equipe de árbitros no jogo entre Chile e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Pelo que foi apurado por este blog, a arbitragem brasileira, comandada por Anderson Daronco, não levou para o estádio um dos seus equipamentos básicos para a realização do jogo, as bandeiras utilizadas pelos árbitros assistentes, que teriam sido esquecidas no hotel. Os árbitros, quando perceberam o problema, não tinham mais tempo hábil para buscá-las no hotel, e desta forma acabaram improvisando bandeiras feitas de última hora com coletes fluorescentes presos a tubos de plástico.

Se formos falar das habilidades que o mercado de trabalho atualmente exige dos profissionais, é possível citar que os árbitros utilizaram a criatividade, a resolução de problemas, a adaptabilidade e até mesmo o manejo do tempo ao improvisar as bandeiras e realizar a partida com um equipamento que atendesse a necessidade do momento.

Porém, parece que a Conmebol não levou em consideração as habilidades da arbitragem e resolveu punir somente os assistentes do jogo, Fabrício Vilarinho e Rodrigo Correa, com 4 meses de suspensão em competições organizadas pela Conmebol.

Decisão da Conmebol
Decisão da Conmebol ESPN

Normalmente ocorrem checagens, a conferência de todo o equipamento por toda equipe de arbitragem antes de sair para o estádio. Houve falha, mas não somente dos assistentes, e sim de toda a equipe. Desta forma, não vejo como justa a punição somente para os assistentes, em função da checagem ser responsabilidade de todos.

Outro ponto: quantas vezes já vimos árbitros que durante a partida esqueceram seus cartões no vestiário e foram pegar emprestado com os assistentes ou quarto árbitro? Não me recordo de ninguém ser punido por isso. Até entendo a punição ocorrer, entretanto, 4 meses corresponde à um terço do ano, sendo exagerada na minha visão. Um ou dois jogos estariam de bom tamanho.

É claro que árbitros do quadro da FIFA, querendo ou não, são mais exigidos e precisam dar ótimos exemplos, até por serem ‘espelhos’ para os demais.

Contudo, sigo aqui refletindo sobre algumas questões.

Se o Wilson Seneme, Presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol, esquecer um equipamento de trabalho, ele sofrerá alguma punição?

Se você, fã de esporte, esquecer um equipamento de trabalho uma vez, algo que não é recorrente, será punido ou até mesmo demitido por isso?

Se o árbitro não tem vínculo empregatício com as instituições para as quais ele presta serviço, ele pode sofrer punições?

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A faca e o olhar de pavor do árbitro na Copinha

Renata Ruel
Renata Ruel

A Copa São Paulo de Futebol Júnior é um dos maiores eventos esportivos do Brasil e com uma visibilidade que alguns torneios da CBF sequer têm. Os estádios lotam, há disputa entre as grandes equipes e clássicos que requerem a atenção.

São Paulo x Palmeiras é um dos maiores clássicos do Brasil e quando se trata de Copinha o jogo tem uma dimensão enorme, igual ao profissional, assim como será a final entre Palmeiras x Santos.

Em 1995, a decisão da Supercopa de Juniores resultou em 1 morte e 102 feridos ao término da partida nos gramados do Pacaembu, após briga entre torcedores de Palmeiras e São Paulo. Ontem a Federação Paulista decidiu por torcida única e a cobrança de ingressos, entretanto isso não impediu a invasão de campo e a aparição absurda de uma faca que poderia ter colocado em risco a vida de alguém.

Cenas lamentáveis! Palmeiras x São Paulo na Copinha é paralisado por invasão com direito a faca apreendida




Quem acompanha e o conhece a Copinha, sabe bem o tamanho dessa competição sabe também a importância e o risco de certos jogos e a FPF também deveria saber ao fazer a escala de árbitros para certos jogos.

O árbitro Matheus Delgado Candançan, de 23 anos, formado na turma da FPF em 2017, havia dado 7 minutos de acréscimos no segundo tempo, 5 minutos destes haviam se passando quando ocorreu os torcedores invadiram o gramado e a faca surgiu. Matheus é um árbitro que atua na várzea desde de adolescente, tem atuado muitíssimo bem nos seus jogos, tido boas oportunidades e correspondido à altura. Contudo, ainda é um árbitro jovem, que está adquirindo experiência em grandes jogos e o seu olhar de pavor e até mesmo de “não sei o que faço, alguém me ajuda, me socorre” ficou nítido para quem acompanhava o jogo no momento da confusão. O que amenizou a situação é ele ter na sua equipe o assistente Daniel Marques e o quarto árbitro Rafael Félix, que são mais experientes e o “socorreram" em algumas tomadas de decisões.

Um dos princípios da regra do jogo é justamente a segurança de todos que participam do espetáculo. Ao ver uma faca em campo, ocorrer invasão de torcedores - e aqui ressalto o quanto o jogador Caio do São Paulo foi gigante ao segurar os torcedores, policiamento e seguranças demoraram uma “eternidade” pata agir - qual a garantia de segurança para seguir com os 2 minutos de acréscimos que faltavam?

Recentemente na França um jogo entre Lyon e Marselha terminou com 5 minutos do primeiro tempo, após um jogador ser atingido com garrafa de água. E na Espanha, no último dia 15, Betis X Sevilla também foi suspenso por um objeto arremessado em campo que atingiu um jogador, ainda no primeiro tempo. Já no Brasil, tem invasão de campo com uma faca e o jogo é reiniciado para disputar 2 minutos finais.

Para quem ainda não entendeu a gravidade da situação, em 1993 aos 19 anos, a tenista Monica Seles jogava o torneio WTA na Alemanha quando um torcedor invadiu a quadra e a esfaqueou pelas costas. Ela quase ficou incapaz de andar, conseguiu retomar a carreira dois anos, porém ela confessa que nunca se livrou do fantasma do atentado.

Matheus Delgado Candançan, árbitro da partida entre Palmeiras e São Paulo pela Copinha
Matheus Delgado Candançan, árbitro da partida entre Palmeiras e São Paulo pela Copinha Jorge Bevilacqua/Código19/Gazeta Press

Sempre digo que apesar da regra e do regulamento dar poder somente ao árbitro para decidir se o jogo deve ou não ser suspenso, o poder do delegado é enorme nesses acontecimentos e um árbitro jovem, com o olhar amedrontado, até em função da sua inexperiência para o tamanho do jogo, foi conduzido a reiniciar a partida e dar os 2 minutos finais de acréscimos que em nada mudaram o resultado final.

Agora é esperar que a FPF tenha a real noção que a final entre Palmeiras x Santos na Copinha é da mesma proporção, tamanho de um jogo dessas equipes no profissional e tenha o devido cuidado que a escala de árbitros merece para essa grande partida.

E mais esse triste episódio vivido no futebol mostra que é preciso melhor a segurança e principalmente evoluirmos como cidadãos e sociedade. Alguém que entra em um estádio armado nunca terá boa intenção.

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Jogadores e comissões não fazem teste de COVID, e casos positivos na arbitragem aumentam na Copinha

Renata Ruel
Renata Ruel

Os casos de COVID-19 tem aumentado no mundo, assim como no Brasil e na arbitragem.

Quem acompanha o futebol inglês percebeu que jogos foram adiados em função de surtos em alguns clubes. No Brasil os jogadores de elite estão se representando em seus clubes, após período de férias e com alguns testando positivo também.

Com a Copa São Paulo de Futebol Júnior em andamento, os estádios muitas vezes estão lotados, onde se percebe muitos torcedores sem máscaras, aglomerados, e nem sempre o comprovante de vacinação é solicitado para a entrada nas arquibancadas. Para piorar, sequer os jogadores e as comissões técnicas foram obrigados a fazer testes antes dos jogos. A única exigência para os integrantes do clubes foi apresentar o comprovante das duas doses da vacinação. Com isso, as chances de contaminação realmente aumentam, e muito.

E o resultado está no número de árbitros que estão testando positivo: mais de 40 desde o início da competição, de acordo com fontes ouvidas pelo blog. Na contramão dos atletas e torcedores, toda equipe de arbitragem precisa fazer o teste de COVID-19 um dia antes de cada jogo escalado, exigência da Federação Paulista.

Como o resultado do teste não sai na hora, acontece que muitos árbitros acabam indo para os seus jogos e recebendo a notificação que testaram positivo instantes antes da partida, o que obriga uma mudança de árbitro em cima da hora. Pela apuração que fiz, um desses casos ocorreu no jogo entre Matonense x Fluminense, onde o juiz foi trocado de última hora em função do primeiro testar positivo para COVID-19, mas ficou sabendo do resultado somente quando já estava no vestiário.

Isso não é novidade na arbitragem: a própria Série A do Brasileirão sofreu com casos assim, de árbitros chegarem a viajar para os jogos e somente depois saberem o resultado de seu teste.

Hoje a CBF realizou teste físico e prova teórica para os árbitros de São Paulo, o que já valeu para o Paulistão, exigiu o teste de COVID-19 antes e desta forma teve 9 baixas, pois estes testaram positivo. Foi uma excelente exigência da CBF e FPF para não colocar todo o grupo em risco.

Entretanto, os árbitros da Copinha estão em risco, sim, e um dos motivos é a falta de exigência de testes para jogadores, comissões e torcedores e o aumento de número de casos, que coloca em risco todos e não somente a arbitragem.

Que o risco não se torne realidade, que a saúde prevaleça e que os órgãos competentes tomem providências para que não haja um caos e colapso no sistema de saúde novamente. Lembrando que a vacina salva vidas.

Sede da FPF
Sede da FPF Reuters
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Quadro de árbitros da Fifa para 2022 tem irmãos brasileiros, mulheres no VAR e aumento de vagas

Renata Ruel
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Pertencer ao quadro da Fifa é o ápice da carreira de um árbitro, apesar de ter conhecido pessoas muito capacitadas, que mereciam, mas não tiveram o escudo.

A quantidade de vagas para o Brasil tem aumentando consideravelmente, antes era difícil e raro pertencer ao quadro da entidade máxima do futebol, hoje nem tanto em função deste aumento e também da criação do VAR (Árbitro de Vídeo). Atualmente são 17 árbitros e árbitras no total, 17 assistentes e 12 VAR.

Com a indicação da CBF para 2022, Savio Pereira Sampaio, irmão do também FIFA Wilton Pereira Sampaio (o mais forte candidato brasileiro para a Copa do Mundo no Catar 2022), entra no quadro. Luiz Flávio de Oliveira e Paulo César de Oliveira são irmãos que também conquistaram esse escudo, porém Luiz Flávio, que segue na FIFA, o conquistou após PC de Oliveira deixar a arbitragem. Ou seja, os irmãos Pereira Sampaio são os primeiros a carregar ao mesmo tempo o tão almejado escudo.

Com a criação do Árbitro de Vídeo, vagas na FIFA específicas para essa área foram abertas, porém em um primeiro momento só para os homens e da categoria de árbitros. Não há assistentes com esse escudo, apesar destes atuarem no VAR em todos os jogos. Este ano a CBF incluiu duas árbitras nesse categoria, Daiane Muniz e Rejane Caetano, que já possuíam o escudo como árbitras de campo e agora também como VAR.

É importante ressaltar que no quadro feminino poucas atuam na elite do futebol brasileiro, isto é, série A do Brasileirão. No apito, até o momento, só a Edina Alves é escala para a função. E dentre os homens nem todos atuam em competições internacionais, mesmo tendo Libertadores e Sul-americana.

A responsabilidade desse seleto grupo é grande e tem que ser gratificante, pois árbitros jovens os têm como espelho e exemplo e a grande maioria deseja seus postos. Manter o escudo muitas vezes é mais difícil do que conquistá-lo. Em ano de Brasileirão, Libertadores e Copa do Mundo se sobressair entre os melhores é um grande desafio.

Quadro internacional de arbitragem da FIFA em 2022:

*estreante

**estreante como VAR

Árbitros e Árbitras

Anderson Daronco (RS)

Andreza Helena Siqueira (MG)*

Bráulio da Silva Machado (SC)

Bruno Arleu de Araújo (RJ)

Charly Wendy Straud Deretti (SC)

Daiane Caroline Muniz dos Santos (SP)

Deborah Cecília Cruz Correia (PE)

Edina Alves Batista (SP)

Flavio Rodrigues de Souza (SP)

Luiz Flavio de Oliveira (SP)

Raphael Claus (SP)

Rejane Caetano da Silva (RJ)

Rodolpho Toski Marques (PR)

Savio Pereira Sampaio (DF)*

Thayslane de Melo Costa (SE)

Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)

Wilton Pereira Sampaio (GO)

 

Árbitros Assistentes

Alessandro Rocha Matos (BA)

Anne Kesy Gomes de Sá (AM)*

Bárbara Roberta da Costa Loiola (PA)

Brigida Cirilo Ferreira (AL)

Bruno Boschilia (PR)

Bruno Raphael Pires (GO)

Danilo Ricardo Simon Manis (SP)

Fabricio Vilarinho da Silva (GO)

Fabrini Bevilaqua Costa (SP)

Fernanda Nândrea Gomes Antunes (MG)

Guilherme Dias Camilo (MG)

Kleber Lucio Gil (SC)

Leila Naiara Moreira da Cruz (DF)

Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)

Neuza Ines Back (SP)

Rafael da Silva Alves (RS)

Rodrigo Henrique Correia (RJ)

 

Árbitros Assistentes de Vídeo (VAR)

Daiane Caroline Muniz dos Santos (SP)**

Daniel Nobre Bins (RS)**

Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)

José Claudio Rocha Filho (SP)

Pablo Ramon Gonçalves Filho (RN)**

Péricles Bassols Pegado Cortez (SP)**

Rafael Traci (SC)

Rejane Caetano da Silva (RJ)**

Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC)

Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)

Rodrigo Nunes de Sá (RJ)

Wagner Reway (PB)

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Premier League também tem polêmica: faltou fair play ao Arsenal e bom senso da arbitragem e do VAR com o United

Renata Ruel
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Premier League pode ser um exemplo de arbitragem para muitos, mas que as polêmicas também acontecem por lá, não há dúvidas. 

O Manchester United ganhou de 3 a 2 do Arsenal. Entretanto, o primeiro gol do Arsenal gerou uma grande polêmica. Escanteio cobrando, Fred pisa sem querer em seu goleiro, De Gea cai no chão, o árbitro não vê, Smith Rowe chuta de fora da área e a bola entra. 

Martin Atkinson, o árbitro do jogo, assim que percebe o De Gea caído e a bola entrando, apitando paralisando o jogo e não dando o gol. Mas o VAR, após análise, válida a jogada e desta forma saí o zero do placar.

Veja o lance:


A Regra 3 – Os Jogadores, traz logo no início de seu texto que: “As partidas são disputadas por duas equipes compostas por no máximo de 11 jogadores cada, um dos quais jogará como goleiro.” A Regra 4 traz que os goleiros precisam estar com uniformes distintos de todos os outros em campo. 

Muitas outras regras mostram particularidades da posição, por exemplo, a Regra 5 diz que caso o goleiro se lesione, não sairá de campo para atendimento. E ainda que o árbitro tomará decisões de acordo com as regras e o “espírito do jogo”. 

As regras trazem pontos para analisarmos o lance do primeiro gol do Arsenal. O goleiro é diferenciado, em alguns casos, em relação aos outros jogadores. É preciso ser identificado e uma equipe não pode ficar sem goleiro para que a partida tenha andamento. 

Desde a escola de árbitros, é comum escutar a orientação de que goleiro caído o jogo deve ser paralisado pelo árbitro, principalmente se o ataque estiver ocorrendo em seu lado. Isso é orientação, não regra. Entretanto, dentro da regra quando se analisa todas as particularidades do goleiro e ainda o “espírito do jogo” a ser considerado pelo árbitro é de bom senso paralisar o jogo conforme a orientação.

O Fair Play parte das equipes e jogadores, não da arbitragem. Não houve falta no lance, pois o pisão foi do próprio companheiro de equipe. Mas um goleiro estava no chão, o árbitro assim que percebeu apitou e invalidou o gol. O VAR interveio e deu o gol ao Arsenal.

Dentro de todo o contexto de regras, orientações, “espírito do jogo”, bom senso vejo como acertada a decisão do árbitro em campo em um primeiro momento e equivocada a intervenção do VAR. 

De Gea estava caído, sequer viu a bola, o sistema defensivo do Manchester United estava com o seu goleiro lesionado. Faltou Fair Play do Arsenal, faltou o entendimento do “espírito do jogo” e bom senso da arbitragem, que inclui o VAR, ao validar o gol.

A regra não traz todas as situações que possam ocorrer em uma partida, nem tudo está previsto. Como costumo dizer, a regra apresenta  “brechas” e em casos pitorescos como esse é necessário um rápido raciocínio, trazer à mente vários pontos das regras, lembrar das orientações e usar o “espírito do jogo" junto com o bom senso. 

Apitar uma partida é uma arte, que vai muito além do livro de regras.

Jogadores do Arsenal reclamam com o árbitro em partida contra o United
Jogadores do Arsenal reclamam com o árbitro em partida contra o United Stuart MacFarlane/Arsenal FC via Getty I
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Campos do Jordão Open de Futevôlei contará com celebridades do esporte

Renata Ruel
Renata Ruel
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É comum no final do ano ver jogos comemorativos entre amigos, alguns com ações de solidariedade onde famosos participam, entretanto isso não é mais exclusividade do futebol.

O futevôlei é um esporte que também atrai muitos jogadores de futebol, ex jogadores e celebridades e tem ganhado cada vez mais adeptos. No Rio de Janeiro praia é sinônimo de futevôlei, em São Paulo quadras de areias não param de abrir e a demanda por aulas e práticas desse esporte só aumentam.

Campeonatos, torneios de futevôlei aos finais de semana são constantes para todos os gostos, têm para iniciantes, profissionais, master, duplas masculinas, femininas e misto.

Um dos eventos que mostrará a força desse esporte será Campos do Jordão Open Futevôlei, nos dias 26, 27 e 28 de novembro. A cidade do interior paulista é conhecida como a "Suíça brasileira" pelas belas construções em estilo europeu.

A expectativa dos organizadores é levar para a cidade em torno de 5 mil turistas e, com grande apoio do craque Romário, mais de 300 atletas entre os quais estarão o Souza - passagens pelo São Paulo, PSG, Grêmio, Fluminense, Cruzeiro; Cristian Baroni - Flamengo,  Corinthians,  Fernebahçe; Geovane Loubo -  Santos e Arsenal; Jonas - Botafogo; Rodrigo Fabri – Real Madrid,  Atlético de Madrid, São Paulo, Grêmio, Flamengo, Santos Atlético Mineiro; Michel Bastos - Seleção Brasileira, Grêmio, Lyon,  Roma, São Paulo, Palmeiras; Marco Tisu – Santos; Thiago Camilo - Piloto Stock Car. E ainda os craques do Futevôlei Ovelha, Belinho,  Saldanha, Amaury, Gustavo Silva, Zanol, Rafinha.

A História do Futevôlei

O futevôlei nasceu no Rio de Janeiro, na década de 60. No auge da ditadura militar, o esporte surgiu como uma alternativa para contornar uma restrição à prática de algumas modalidades na orla carioca.

O futevôlei foi criado através da tentativa de burlar uma lei das praias cariocas. Em meados dos anos 60, a prática do futebol havia sido proibida nas praias do Rio de Janeiro. Qualquer esporte sem utilização de rede e um espaço seguramente delimitado, não tinha permissão para ser praticado naquele local.

Com isso a criatividade de alguns amantes da prática do futebol na areia, fez com que jogassem o seu futebol em uma quadra de vôlei de praia, esporte que era permitido. Aos poucos, a prática começou a ganhar mais adeptos, que incluía jogadores de peso do futebol brasileiro da época, como Dida e Vavá.

A princípio, a brincadeira consistia em utilizar os movimentos dos pés e da cabeça com a bola, o que se mantém até os dias de hoje, porém com a inclusão de adeptos a usarem movimentos de ombros e peitos. A quantidade de praticantes em cada time não era exatamente precisa: jogava-se em cinco pessoas, em duplas e até sozinho, em cada lado da quadra. Atualmente as regras são bem definidas na modalidade.

Na década de 1990, o futevôlei alcançou projeção mundial, sendo praticado em países como a Argentina, Uruguai, Tailândia, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Grécia, Holanda, Espanha, Áustria, entre outros.

No ano de 2002 foi fundada a Federação Internacional de Futevôlei – FIFV. Em 2003, o esporte foi oficializado pela FIFV, realizando o Primeiro Mundial em Atenas (Grécia), com a participação de 18 duplas dos seguintes países: Brasil, Polônia, Itália, Portugal, Canadá, Espanha, Noruega, Tailândia, Áustria, Alemanha, Holanda, Uruguai, Suíça e Grécia.

Os brasileiros Helinho e Magrão sagraram-se oficialmente os primeiros campeões mundiais de futevôlei. Em 2004 o Brasil sediou pela primeira vez o Campeonato Mundial de Futevôlei,  na cidade de Brasília-DF, e o título foi conquistado pela dupla Belo e Marcelinho (DF/AL) contra os paraguaios.

As Mulheres no Futevôlei

"Comecei a jogar Futevôlei em Maresias há 20 anos, ano  2001. Naquela época,  não tínhamos treinamento específicos, espaços para o mesmo, foi no amor e na raça", conta Dri Louro, uma das primeiras mulheres a praticar o futevôlei.

Hoje muitos lugares oferecem aulas para quem quer aprender a jogar a modalidade.

"Conseguíamos reunir umas 7 meninas, nos finais de semana e muitas vezes para jogar o misto. Tempos difíceis, pois não tinham muitas meninas eram poucas e tinham já milhares de homens que praticavam o esporte no mesmo local na praia, então as duas redes colocadas na praia eram para eles. As vezes ficávamos horas para jogar, mas não desistíamos nunca, até que conseguíamos entrar na quadra. Tínhamos  alguns aliados e alguns fiéis amigos, que jogavam com a gente e que nos apoiavam. Até que virou um hábito ver meninas nas quadras", completa Dri Louro.

Como no futebol, as mulheres também enfrentaram o preconceito, mas isso não foi empecilho para conquistarem o seu espaço e respeito. Atualmente há torneios exclusivos para mulheres.

Louro falou um pouquinho sobre isso: "O preconceito sempre existiu infelizmente e era muito mais difícil, pois éramos bem poucas mesmo, mas me lembro que quando estávamos em quadra , já tínhamos uma plateia para assistir, era muito bacana".

 

Fonte: Renata Ruel

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