Confesso que chorei: teremos mulheres e dois árbitros brasileiros na Copa do Mundo Masculina do Qatar

Renata Ruel
Renata Ruel

A FIFA anunciou hoje os 36 árbitros, 69 assistentes e 24 árbitros de vídeo selecionados para a Copa do Mundo do Qatar e são 7 brasileiros nesta lista, incluindo a primeira mulher brasileira Neuza Inês Back. 

Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio são os árbitros, junto com os assistentes Danilo Simon, Bruno Pires, Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo e Neuza.

Neuza Back à esquerda
Neuza Back à esquerda Getty Images

Nunca antes a FIFA havia escolhido mulheres para atuar em uma Copa do Mundo Masculina. E logo na primeira vez, serão seis no total: as árbitras Stéphanie Frappart (França), Salima Mukansanga (Rwanda) e Yoshimi Yamashita (Japão), e as assistentes, além da Neuza, Karen Díaz Medina (México) e Kathryn Nesbitt (EUA).

Confesso que ao ver a lista não contive o choro. Lágrimas caíram sim e não foram poucas. Quando comecei na arbitragem, era um sonho e utopia imaginar uma mulher na Copa do Mundo Masculina, o que dirá seis. Hoje é realidade, em uma caminhada árdua, difícil de muitas mulheres quebrando barreiras ao longo da história, mas não é mais utopia, é realidade. As minhas lágrimas são por saber o quão difícil foi, ainda é e o tamanho desta conquista. 

É um dia histórico, de comemoração e alegria. Parabéns Neuza! E obrigada à todas as mulheres que tornaram isso possível, começando pela grande Lea Campos, a primeira árbitra reconhecida pela FIFA, mas com muitas outras que sabem que fazem parte de tudo isso, Silvia Regina, Ana Paula de Oliveira entre outras mais.

Veja a lista completa dos árbitros selecionados a seguir:

Árbitros
Árbitros Fifa

Fonte: Renata Ruel

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A dor de uma lesão que te deixa fora de uma semifinal do Paulistão

Renata Ruel
Renata Ruel
?Árbitro Vinícius Gonçalves Dias de Araújo em ação
?Árbitro Vinícius Gonçalves Dias de Araújo em ação ODRIGO ZIEBELL / FRAMEPHOTO / GAZETA PRE

Vinícius Gonçalves Dias de Araújo, conhecido como Tito na arbitragem, foi escalado para apitar a semifinal do Paulistão 2023. Ele seria o árbitro de Palmeiras x Ituano neste domingo no Allianz Parque. Entretanto, uma lesão no menisco o tirou da partida, e Flávio Rodrigues Souza o substituirá no apito.

Acredito que a dor emocional é maior que a física. Sofri algumas lesões durante os meus 15 anos de arbitragem. Algumas simples, porém outras me deixaram fora de grandes jogos durante meses, praticamente de um Campeonato Paulista inteiro.

O árbitro se prepara, se dedica, abdica de muitas coisas para estar sempre escalado e mais ainda para os grandes jogos como uma semifinal. Quantos árbitros gostariam de estar dentro do campo com essa oportunidade? E uma lesão te tirar não é nada fácil emocionalmente...

Atualmente a vida de um árbitro de elite não difere nas exigências físicas de um atleta de alto rendimento. A diferença é que ele não costuma ter as mesmas condições para se manter em alto nível.

Não há um centro de treinamento com acompanhamento diário para preparador físico, fisiologista, nutricionista, médico, fisioterapeuta  e, entre para a arbitragem. O árbitro muitas vezes treina quando, onde e o horário que for possível. Alguns ainda intercalam com o trabalho fixo, além das viagens e jogos.

Outro ponto é que além das partidas, os árbitros sempre precisam estar prontos para o teste físico, que em nada condiz com a realidade da exigência de um jogo.

O árbitro ainda ganha por jogo. Se ele for escalado e trabalhar ótimo, mas uma lesão pode tirar inclusive o seu ganha pão.

Vale destacar aqui também que o custo de uma lesão com remédios, médicos, exames, fisioterapia é por conta do árbitro.

A fala sobre a profissionalização é antiga e ainda a vejo distante, mas seguramente ajudaria nos pilares que tanto se exigem na arbitragem: técnico, físico, mental e social.

Com as lesões que tive, me dói ao ver um árbitro ou atleta machucar. Por isso,  desejo pronta recuperação ao Vinicius Gonçalves. E que o Flávio Souza possa entrar em campo com a gana de dois, a dele somada a do Vinicius.

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Erros na Premier League e agressões no Brasil marcam o final de semana da arbitragem

Renata Ruel
Renata Ruel

O último final de semana não foi dos melhores para a arbitragem. 

A rodada da Premier League foi marcada por erros graves do VAR (árbitro de de vídeo) e inclusive resultou na punição do árbitro John Brooks, que atuou no jogo entre Brighton x Crystal Palace.

Brooks traçou a linha no jogador errado. Ao invés do penúltimo defensor, que seria Guéhi e daria condição legal para Estupiñán, anulando assim incorretamente o gol do Brighton.


         
     

No jogo Arsenal mais um erro do VAR, que esqueceu de analisar a posição de Norgaard no gol de empate do Brentford. Algo que pode custar a liderança para os Gunners em um campeonato tão acirrado.

Erros graves para a Premier League, que é considerada a maior liga de futebol do mundo atualmente.


         
     

Já no Brasil, erros de arbitragem até aconteceram, mas o que marcou o final de semana foram duas agressões a árbitros.

A primeira, no jogo entre Grêmio e Avenida (RS), pelo Campeonato Gaúcho. Ocorreu uma falta para o lado gremista, e o árbitro cumpriu a regra ao permitir que a cobrança fosse efetuada de forma rápida, pois a bola estava imóvel, no local onde a infração ocorreu, e entrou em joga de forma correta. A barreira é um benefício para a equipe que sofreu a infração, e não para a infratora então "abrir mão" da barreira é algo legal pela regra. 

O lance culminou em gol, e os jogadores do Avenida partiram para cima do árbitro, que cumpriu a regra do jogo. A reclamação mostra desconhecimento de regra por parte de quem trabalha com o futebol e deveria conhecer à risca.


         
     

No Campeonato Catarinense, partida entre Concórdia (SC) e Atlético (SC) , o jogador Fabinho, da equipe visitante, foi expulso por reclamar  de impedimento, no gol válido para o adversário, e na sequência acertou o árbitro Rafael Traci com o pé e depois com uma cabeçada.

Ou seja, dois árbitro agredidos no sul do Brasil, em campeonatos estaduais profissionais, e sequer estamos falando de torneios amadores.

Desta forma, o final de semana foi polêmico na Premier League e agressivo no Brasil.

Repudiar a violência é o mínimo a se fazer.

 

John Brooks, árbitro que foi afastado da Premier League após erro no VAR
John Brooks, árbitro que foi afastado da Premier League após erro no VAR Dave Howarth/Getty Images

 

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Árbitro de final de Copa é sempre escolha política, mas polonês que já foi jogador e deu 'chilique' é um dos melhores da Fifa

Renata Ruel
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A Fifa definiu o árbitro da grande final da Copa do Mundo do Qatar, e a partida entre Argentina e França será comandada pelo polonês de 41 anos, Szymon Marciniak, com os assistentes e conterrâneos Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz.

Nascido em Plock, Marciniak traçou um caminho pitoresco na arbitragem. Começou a vida esportiva como jogador, em uma partida ficou tão furioso por ter sido expulso que disse ao árbitro, de forma nada sutil, que ele era o pior que já tinha visto.

E o árbitro daquele jogo o respondeu: "Se você acha que pode fazer melhor - tente!"

E então ele decidiu se tornar árbitro de futebol, largando a vida de jogador, fazendo sua estreia na Ekstraklasa em 2009 e se tornou um árbitro Fifa em 2011.

Marciniak é um árbitro experiente pela Europa, são 50 jogos de Champions League, 4 em Copas do Mundo, esteve na Rússia, e agora no Qatar apitou Argentina 2 x 1 Austrália eFrança 2 x 1Dinamarca, pelas oitavas e fase de grupos, respectivamente, e em ambas Marciniak deu 5 cartões amarelos e nenhum vermelho. Ainda consta em seu currículo jogos como Inglaterra x Itália, Real Madrid x Chelsea, Barcelona x Inter de Milão entre outros jogos relevantes.

Para estar na final superou concorrentes fortes, como o italiano Daniele Orsato e o holandês Danny Makkelie. Até mesmo uma questão política, já que na próxima os Estados Unidos serão uma das sedes da Copa de 2026, e o árbitro norte-americano Ismail Elfath teria chances, mas será o quarto árbitro.

Entretanto, escalas sempre são políticas, até por serem escolhas e não sorteios e, sendo assim, que bom a final ter ficado para um dos melhores nomes da lista da Fifa de árbitros.

A americana, Kathryn Nesbitt, novamente escreve seu nome na história das mulheres na arbitragem, depois de ser a primeira mulher a atuar em um jogo das oitavas de final, bandeirando em Senegal x Inglaterra, será a quinta árbitra, e a primeira mulher escalada em uma final de Copa do Mundo masculina.

No VAR estarão Tomasz Kwiatkowski (POL), Juan Soto (VEN), Kyle Atkins (EUA) e Fernando Guerreiro (MEX).

Agora é torcer para que a arbitragem não seja protagonista em um dos maiores eventos do mundo.

Árbitro polonês  Szymon Marciniak apitando partida da Champions League 2022/23
Árbitro polonês Szymon Marciniak apitando partida da Champions League 2022/23 Angel Martinez/Getty Images
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Claus, Wilton Pereira Sampaio e mais 18: veja a arbitragem que segue na Copa do Mundo

Renata Ruel
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Raphael Claus apitou Canadá x Marrocos na Copa do Mundo
Raphael Claus apitou Canadá x Marrocos na Copa do Mundo Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

Após as oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar, a Fifa dispensou 16 dos 36 árbitros convocados.

Os brasileiros, assim como seus assistentes, seguem firme com possíveis escalas para essa fase final do Mundial.

A primeira fase foi marcada por algumas polêmicas envolvendo a arbitragem. E os erros graves custaram caro. Um exemplo foi o iraniano Alireza Faghani, que voltou para casa mais cedo depois de marcar um pênalti por conta de um braço de apoio a favor do Uruguai contra Portugal.

Já nas oitavas, a arbitagem teve melhor desempenho.

Agora é esperar para ver como será daqui para frente...

Veja a seguir a lista dos árbitros que seguem no Qatar:

CONMEBOL:

- Fernando Raapallini (ARG)

- Facundo Tello (ARG)

- Jesus Valenzuela (VEM)

- Raphael Claus (BRA)

- Wilton Sampaio (BRA)

UEFA:

- Michael Oliver (ENG)

- Anthony Taylor (ENG)

- Antonio Mateu Lahoz (ESP)

- Stephanie Frappart (FRA)

- Clement Turpin (FRA)

- Daniele Orsato (ITA)

- Danny Makkelie (NED)

- Szymon Marciniak (POL)

AFC:

- Adbulrahman Al-Jassim (QAT)

- Abdulla Mohammed (UAE)

CAF:

- Mustapha Ghorbal (ALG)

- Victor Gomes (RSA)

CONCACAF:

- Cesar Ramos (MEX)

- Ivan Barton (SLV)

- Ismail Elfath (USA)

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Portugal teve dois pênaltis bem polêmicos a seu favor na Copa do Mundo do Qatar

Renata Ruel
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Cristiano Ronaldo reclama de lance com a arbitragem na Copa do Mundo
Cristiano Ronaldo reclama de lance com a arbitragem na Copa do Mundo Tom Weller/picture alliance via Getty Im


Portugal ganhou seus dois primeiros jogos na Copa do Mundo do Qatar, porém venceu com duas penalidades questionáveis.

No primeiro jogo contra Gana, não foi pênalti em Cristiano Ronaldo. Na disputa, o defensor toca a bola e depois acontece um contato normal de jogo, que não é o suficiente para derrubar o atacante e ser marcada uma infração. O VAR não sugeriu nem revisão do pênalt marcado em CR7. Portugal venceu por 3 a 2, e a penalidade teve influência direta no placar.

Em disputa de bola, Salisu derrubou Cristiano Ronaldo, e a arbitragem marcou pênalti em Portugal x Gana
Em disputa de bola, Salisu derrubou Cristiano Ronaldo, e a arbitragem marcou pênalti em Portugal x Gana Robert Cianflone/Getty Images

PORTUGAL 3 x 2 GANA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE JOÃO GUILHERME E COMENTÁRIOS DE OSVALDO PASCOAL

Já contra o Uruguai, o pênalti é ainda mais questionável, pois a marcação da penalidade vai as próprias regras da Fifa. No lance, o jogador uruguaio estica seu braço verticalmente em direção ao solo para se apoiar, ou seja, não é um braço para interceptar a bola, e não há movimento adicional. Com isso, pela regra não há infração se o braço está se movimentado em direção ao chão. A regra não fala que não será infração somente se estiver tocando o gramado , ou seja, mesmo o braço ainda sem tocar o solo é considerado de apoio e não há infração.

Arbitragem marcou pênalti em Giménez por toque de mão em Portugal x Uruguai
Arbitragem marcou pênalti em Giménez por toque de mão em Portugal x Uruguai Lionel Hahn/Getty Images

PORTUGAL 2 x 0 URUGUAI: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE NIVALDO PRIETO E COMENTÁRIOS DE PAULO CALÇADE

Esse pênalti marcado contra o Uruguai é horripilante. Portugal ganhou por 2 a 0, mas o pênalti saiu em um momento que o Uruguai pressionava. O árbitro não marcou em campo, o VAR sugeriu a revisão e após olhar o monitor, a mudança de decisão aconteceu.

São dois pênaltis bem polêmicos à favor da mesma equipe nesta Copa. E como a Fifa não tem transparência com os áudios, fica difícil até saber quais foram as justificativas  para essas marcações pitorescas.

A Copa do Mundo está sim cheias de polêmicas, de intervenções do VAR com mudanças de decisões e isso mostra que a arbitragem atual é um problema mundial e ainda tem muitos jogos pela frente no Qatar.

         

              

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Wilton Pereira Sampaio vai bem de novo e tem tudo para seguir na Copa do Mundo do Qatar

Renata Ruel
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Wilton Pereira Sampaio apitou seu segundo jogo nesta Copa do Mundo do Qatar e novamente teve boa atuação. Após Senegal 0 x 2 Holanda, o goiano de 40 anos de idade comandou neste sábado (26) Polônia 2 x 0 Arábia Saudita.

O jogo exigiu bastante do árbitro brasileiro, que marcou 33 faltas e distribuiu 5 cartões amarelos, com um pênalti assinalado após a revisão no VAR, em um confronto muito disputado, no qual fica difícil manter o controle sem acertar as decisões de campo.

POLÔNIA 2 x 0 ARÁBIA SAUDITA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE HAMILTON RODRIGUES E COMENTÁRIOS DE ELTON SERRA

Wilton manteve o critério desde o começo e apitou conforme vemos no futebol europeu, algo que a Fifa gosta. Desta forma, tem tudo para seguir na Copa do Mundo e comandar outras partidas.

Outro árbitro do país no Mundial, Raphael Claus, após polêmicas no seu primeiro duelo, entre Inglaterra x Irã, ainda não foi escalado novamente pela comissão de arbitragem da Fifa. Vejamos. 

Seguimos de olho na arbitragem brasileira no Qatar.

Wilton Pereira Sampaio em Polônia x Arábia Saudita, pela Copa do Mundo do Qatar
Wilton Pereira Sampaio em Polônia x Arábia Saudita, pela Copa do Mundo do Qatar Odd Andersen/Getty Images
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VAR atrapalha, e estreia de Raphael Claus na Copa do Mundo do Qatar é marcada por falta de critério

Renata Ruel
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Raphael Claus apitou Inglaterra 6 x 2 Irã nesta segunda-feira (21) pelo grupo B da Copa do Mundo do Qatar, marcou 23 faltas e aplicou 2 cartões amarelos, números considerados baixos para um jogo, mas compatíveis com as características dele.

A partida começou com tudo e logo aos 2 minutos houve um pedido de pênalti a favor da Inglaterra. O zagueiro Maguire colocou o braço nos ombros de Cheshmi, que o abraçou primeiro, ou seja, eles se seguraram dentro da área iraniana e, pela regra, o primeiro ponto a ser analisado é se essas ações geraram impacto. Se sim, outro ponto é se ocorrem ao mesmo tempo, pois, pela regra, quando duas infrações acontecem ao mesmo tempo, a mais grave deve ser marcada, isto é, um pênalti é mais grave que uma falta para a defesa.

INGLATERRA 6 X 2 IRÃ: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE LUIZ CARLOS LARGO E COMENTÁRIOS DE MÁRIO MARRA

Maguire é agarrado primeiro e com uma ação que na minha visão gera impacto na sua movimentação para poder disputar a bola. Isto significa que a infração no atleta inglês ocorreu primeiro e, como gerou impacto, o pênalti deveria ter sido marcado.

Cabe interpretação no lance? Cabe, sim, há quem defenda que a ação não gerou impacto, até por isso vejo como acertada a decisão do VAR uruguaio em manter a decisão de Claus no campo de jogo, onde ele não apitou a possível penalidade para a Inglaterra.

O problema principal se deu nos 10 minutos de acréscimos do segundo tempo. Na cobrança de falta na área, Morteza Pouraliganji foi disputar a bola, mas sua camisa foi puxada por John Stones. Lance difícil no campo, mas pela imagem se percebe a camisa puxada durante o tempo em que o atacante busca se movimentar. É outro lance que cabe interpretação, mas mantendo o meu critério de avaliação vejo que o pênalti poderia ter sido marcado para o Irã.

Raphael Claus aplica cartão amarelo em Inglaterra x Irã, na Copa do Mundo do Qatar
Raphael Claus aplica cartão amarelo em Inglaterra x Irã, na Copa do Mundo do Qatar Jean Catuffe/Getty Images

Mas se no Maguire não foi assinalado, este também não deveria ter sido. No entanto, o VAR sugeriu revisão neste segundo lance, mesmo sem haver erro claro e óbvio, o que foge totalmente do critério adotado no possível penal para a Inglaterra no primeiro tempo, e cometeu um equívoco gigante ao fazer isto. Raphael Claus foi ao monitor e, após a revisão, decidiu pela penalidade.

Raphael Claus poderia ter não marcado o penal para o Irã ao olhar o monitor e manter o critério? Sim, poderia. A questão é que na infração a favor do Irã, ele teve uma oportunidade de revisão no monitor, mas na infração a favor da Inglaterra, não, pois o VAR não lhe deu essa chance.

A sorte é que não interferiu no resultado final. Contudo, a arbitragem sul-americana já deu as caras na Copa com suas faltas de critério.

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Por que italiano que apitou abertura da Copa do Mundo do Qatar pode também comandar a final

Renata Ruel
Renata Ruel

O italiano Daniele Orsato, 46 anos, pertence ao quadro da FIFA desde 2010. Acostumado com grandes jogos, é um dos principais árbitros da Itália e da Europa, muito bem cotado pela entidade maior do futebol e foi escalado para apitar a abertura da Copa do Mundo entre Qatar e Equador.

Logo aos 2 minutos de jogo a primeira grande polêmica no jogo. Gol no campo e impedimento marcado pelo VAR. Realmente, o jogador Estrada estava em posição de impedimento no momento que seu companheiro Torres cabeceia a bola. Lance dificílimo no campo, em que somente a tecnologia semiautomática da FIFA poderia assinalar a infração corretamente.

O primeiro gol da Copa do Mundo! Enner Valencia sofre pênalti, cobra com perfeição e abre o placar em Qatar x Equador

          

     



Orsato assinalou pênalti para o Equador aos 13 minutos do primeiro tempo e no campo de jogo. A penalidade foi clara, o goleiro perde o tempo da bola e derruba o atacante equatoriano.

No jogo em geral, fez uma ótima partida, tendo marcado 30 faltas e aplicou 6 cartões amarelos, com ótimo condicionamento físico, posicionamento, postura, leitura e controle de jogo.

Como a seleção italiana está fora da Copa, Daniele Orsato se torna um grande nome para comandar a final e outros grandes jogos no Qatar. E não será o primeiro a estar na abertura e na final, já que na última Copa do Mundo, o argentino Nestor Pitana alcançou esse feito.

Cada jogo é um passo rumo à final ou uma volta mais cedo para casa. Com o jogo de ontem, Orsato deu um passo a mais rumo à final.

Daniele Orsato em Qatar x Equador
Daniele Orsato em Qatar x Equador Richard Sellers/Getty Images
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Erro grave: gol totalmente irregular é validado no jogo Grêmio 1 x 2 Palmeiras, pela final do Brasileirão sub-17

Renata Ruel
Renata Ruel

Grêmio e Palmeiras se enfrentaram pela final do Campeonato Brasileiro sub-17 na noite da última quinta-feira (17), o time paulista se sagrou campeão com a vitória por 2 a 1.

A grande questão é o gol totalmente irregular do Grêmio pela regra do jogo. A arbitragem validou e ninguém questionou, nem jogadores, comissão técnica ou a mídia. E isso, infelizmente, aconteceu porque as pessoas não conhecem as regras do esporte com o qual trabalham, apesar delas terem sido feitas para todos e não apenas para os árbitros.

Após um bola ao chão, o jogador número 11 do Grêmio, Jeferson Forneck, domina, finta um adversário e bate direto para o gol de fora da área, o que seria até um golaço se a regra permitisse. Entretanto, a regra diz que não se pode marcar um gol direto de um bola ao chão sem que pelo menos dois jogadores tenha tocado na bola, isto é, o jogador que receber a bola, se marcar um gol sem que esta tenha tocado pelo menos em outro jogador, o gol será invalidado e um tiro de meta será assinalado, se a bola entrou no gol adversário, e um tiro de canto se entrar na própria meta. Se a bola tocasse no goleiro, então o segundo toque ocorreria e o gol seria válido, mas esse toque não ocorreu.

Quem assiste às minhas palestras sabe disso, pois tenho um vídeo e um tópico sobre esse assunto. Como pode as pessoas que trabalham com o futebol não saberem? Tanto que não questionaram.

Fabio Menotti/Palmeiras
Fabio Menotti/Palmeiras Capitães de Grêmio e Palmeiras e arbitra

Como os árbitros não aplicam a regra do jogo? E pior, novamente árbitro da elite da CBF, árbitro do Brasileirão. O árbitro do jogo, Jeferson Ferreira de Moraes, apitou nove jogos da série A do Brasileiro em 2022, o assistente 1, Leone Carvalho Rocha, que corre em direção ao meio-campo dando o gol, tem 3 jogos na série A bandeirando este ano.

É revoltante que um produto como o futebol que envolve tanto dinheiro possa ser comprometido por erros de arbitragem como este e tantos outros que vimos em 2022. Não há desculpas para que árbitros, jogadores, treinadores e quem trabalha com o futebol não saiba as regras e regulamentos da modalidade. Na minha visão, ao entrar na base de um clube os jogadores já deveriam aprender as regras do jogo, os treinadores com esse conhecimento podem inclusive se beneficiar de questões táticas.

Veja o texto da Regra:

“Regra 8: O Início e o Reinício do Jogo:

Se em um bola ao chão a bola entrar na meta sem tocar em pelo menos dois jogadores, o

jogo será reiniciado com:

• um tiro de meta se entrar na meta do adversário ou

• um tiro de canto se entrar na meta da equipe que reinicio o jogo.”

Além de mudanças urgentes na arbitragem, pois este ano foi péssimo, também se faz necessária mudanças gerais para o futebol ganhar em qualidade, já que todos que gostam desse esporte estão perdendo com o que anda acontecendo.

Quando pensei que as polêmicas em 2022 no Brasil haviam acabado, ainda sou surpreendida. Vamos ver como será na Copa do Mundo.

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Árbitros da CBF que colecionam polêmicas seguirão no quadro da FIFA em 2023; veja as mudanças

Renata Ruel
Renata Ruel

A CBF anunciou em seu site oficial os novos árbitros da FIFA para 2023, assim como quem deixa o quadro para a próxima temporada.

Para a função de árbitro, os novos integrantes do quadro da FIFA pelo Brasil serão Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG) e Ramon Abbatti Abel (SC). Como assistentes, Luanderson Lima dos Santos (BA), Nailton Júnior de Souza Oliveira (CE) e Alex Ang Ribeiro (SP) foram os escolhidos.

Deixaram o quadro Internacional em 2023: Alessandro Álvaro Rocha Matos (BA), Kleber Lúcio Gil (SC), Luiz Flávio de Oliveira (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP).

Péricles Bassols, que passou a ser gerente técnico VAR da CBF no início deste, perde o escudo. Rodolpho Toski Marques (PR) vai deixar de ser árbitro internacional para integrar o quadro de Árbitro Assistente de Vìdeo (VAR) internacional.

Wilton Pereira Sampaio, Savio Pereira Sampaio, Wagner do Nascimento Magalhães, Anderson Daronco, Raphael Claus, Bruno Arleu, Braulio Machado e Flavio Rodrigues Souza seguem com seus escudos garantidos no próximo ano.

Sabemos que 2022 tem sido um ano desastroso da arbitragem da CBF, com erros no campo e no VAR que definiram resultados, classificações e geraram protestos constantes contra Wilson Seneme e sua Comissão.

Os árbitros FIFA não ficaram de fora dessas reclamações e alguns até ficaram um bom tempo na "geladeira" ou em divisões menores.

Wagner do Nascimento Magalhães, que não viu falta clara de Rodrigo Nestor em Moledo, no jogo entre São Paulo e Internacional no Morumbi, na última terça-feira (8), precisando do auxílio do VAR para anular o gol de Igor Gomes, e Savio Pereira Sampaio, árbitro de um dos jogos mais polêmicos do ano, Internacional x Botafogo, são exemplos do que se pode esperar para a próxima temporada como elite da arbitragem brasileira.


         
     

E desta vez vou terminar com a frase do ex-jogador e atualmente treinador Alex, ídolo de Cruzeiro e Palmeiras

“A lista para a Copa não tem apenas os melhores, mas os preferidos do treinador”. Ou seja, traduzindo para o quadro FIFA da CBF, nem sempre é por meritocracia.

Wagner do Nascimento Magalhães revisa lance do Brasileirão no monitor do VAR
Wagner do Nascimento Magalhães revisa lance do Brasileirão no monitor do VAR Miguel Schincariol/Getty Images
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Espanha muda orientação e gera polêmica em pênalti do Real Madrid

Renata Ruel
Renata Ruel

Real Madrid e Girona empataram em 1 a 1, no último domingo (30). Mas dois lances causaram muita polêmica.

O árbitro, após consulta no VAR, assinalou penalidade por toque de mão/braço de Asensio. A bola bate primeiro no braço direito do jogador que está junto ao corpo e vai para o esquerdo que ampliava o espaço corporal.

Dentro das orientações que os árbitros recebem no Brasil, o pênalti foi assinalado corretamente, pois mesmo a bola batendo em outra parte do corpo primeiro, o braço já estava ampliando o espaço corporal de forma antinatural.

Na Espanha este ano os árbitros receberam novas orientações e tornou a infração no toque de mão muito polêmica, inclusive pedem para os árbitros considerarem se no toque a bola tinha ou não a direção do gol para marcar uma falta, algo que não existe na regra do jogo. 

“En las manos que sean grises (que estén al límite de la sanción y generen dudas) han recomendado que se tenga en cuenta la consecuencia sobre el juego. Si va hacia portería o si no tiene influencia, ya que se marcharía el balón por línea de banda.” 

Parte das orientações recebidas pelos árbitros espanhóis.

Entretanto, na Europa eles não estão acostumados com esse tipo de penalidade, lá realmente buscam analisar conforme a regra do jogo se o movimento era natural para a jogada, se há como justificar a posição do braço para o movimento feito quando ocorre o toque.

Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN
Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN Visionhaus/Getty Images | ESPN

Semana passada, Xabi Alonso concedeu uma entrevista, após o jogo entre Atlético de Madrid e Bayer Leverkusen pela Champions League, reclamando muito de um pênalti marcado contra a sua equipe.

“Pênalti muito, muito duvidoso. Na Europa não costumam apitar pênaltis assim!”

No Brasil há discussão em toda rodada dos campeonatos sobre mãos que são ou não infrações, a luta é grande para que se entenda mais de futebol, de movimento natural para a jogada e que diminua alguns pênaltis bizarros que estão sendo marcados, onde se costumava a usar a Europa como exemplo. 

Passamos a discutir o que é movimento natural ou antinatural, como os brações devem estar posicionados ou não, como se os jogadores fossem robôs. Ao invés de falar do jogo e até mesmo das regras e infrações por si próprias.

Penso que dificilmente esses tipos de pênaltis se sustentarão no continente europeu, pois o futebol não os aceita e as reclamações se tornarão constantes. Vide que o Real Madrid reclamou até em seu site.

A segunda reclamação que ocorreu foi no gol anulado do Rodrygo em disputa com o goleiro. Entretanto, a regra deixa claro que se a bola estiver entre a mão do goleiro e o chão, ela estará em sua posse, não podendo ser jogada pelo jogador adversário e foi isso que ocorreu, ou seja, o gol foi corretamente anulado.

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Espanha muda orientação e gera polêmica em pênalti do Real Madrid

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Expulsão justa? E a arbitragem da final da Libertadores?

Renata Ruel
Renata Ruel
O árbitro Patricio Loustau mostra cartão vermelho para o zagueiro Pedro Henrique, do Athletico, na derrota para o Flamengo na final da Libertadores 20
O árbitro Patricio Loustau mostra cartão vermelho para o zagueiro Pedro Henrique, do Athletico, na derrota para o Flamengo na final da Libertadores 20 Hector Vivas/Getty Images

Patrício Loustau comandou a final do Libertadores, que resultou na vitória do Flamengo por 1 a 0 contra o Athletico.

Uma partida deste tamanho nunca será fácil, mas o árbitro esteve bem seguro nas suas decisões, bem posicionado, com o controle do jogo.

Nas decisões mais capitais, Loustau acertou: aos 43 minutos do primeiro tempo expulsou Pedro Henrique por segundo amarelo. Pouco antes, aos 28, o zagueiro recebeu o primeiro cartão ao acertar Gabriel Barbosa na panturrilha com uma intensidade média, o que justifica o amarelo por temeridade. Quinze minutos depois, Pedro Henrique derrubou Ayrton Lucas com um pontapé também com intensidade média, e o segundo amarelo foi inevitável.

Não se pode jogar na conta do árbitro uma expulsão quando o jogador comete duas faltas típicas para cartões amarelos, essa conta é de Pedro Henrique.

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Foi uma arbitragem de alto nível, como merecia um jogo deste tamanho. Os assistentes, em lances de impedimento, tomaram boas decisões, e o VAR sequer precisou mudar algo. E os jogadores, assim como o banco de reservas, contribuíram para uma boa arbitragem.

Patrício Loustau apitou sua segunda final de Libertadores, a outra foi Palmeiras x Santos, e se saiu muito bem em ambas. Não foi escolhido pela Fifa para estar na Copa do Mundo no Qatar, mas pode se considerar entre os melhores árbitros do mundo na atualidade.

Fonte: Renata Ruel

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Seneme pune árbitros. E quem pune a Comissão de Arbitragem da CBF?

Renata Ruel
Renata Ruel

Eu não me lembro de um momento ou de um ano tão ruim da arbitragem brasileira, principalmente na era do VAR. Erros gigantescos que interferem nos resultados, em classificações e mudam campeonatos.

O Santos teve um pênalti claro não marcado a seu favor diante do Flamengo, na última terça-feira (25), no Maracanã. Camacho driblou Matheusinho e foi calçado de forma imprudente dentro da área. O árbitro André Luiz Freitas Castro nada marcou. Na sequência, o Flamengo recuperou a bola e, na sequência, fez o gol validado em campo pela arbitragem e confirmado por Adriano Milczviski, que estava no VAR.

Erro claro que fez a CBF soltar a nota de punição mais rápida que já vi.

André Luiz e Adriano Milczvski (VAR) foram colocados no "Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro (PADA)" da CBF, conhecido por alguns como “geladeira” ou como “punição silenciosa”.

Adriano Milczvski é um árbitro de VAR que já mostrou desconhecimento de regras básicas após divulgação de áudios, sendo salvo pelo seus auxiliares. Alertei sobre isso no início de setembro. Porém, ele só ganhou mais e mais escalas. Posso dizer que, no caso dele, eu avisei faz tempo que não havia condições para atuar na elite da CBF.

André Luiz foi quarto árbitro no Maracanã na Final da Copa do Brasil entre Flamengo e Corinthians e não havia necessidade de estar novamente no jogo do Rubro-Negro, uma vez que o quadro de árbitros é enorme e não faltam opções.

Camacho sofre pênalti de Matheusinho no Maracanã
Camacho sofre pênalti de Matheusinho no Maracanã Ivan Storti/Divulgação/Santos F.C.

Sobre o PADA da CBF, Emerson de Almeida Ferreira e Pathrice Wallace Correa Maia são exemplos de árbitros que estão no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro há mais de 3 meses. Emerson era cotado para ser VAR-FIFA, mas segue sem escalas. Que programa é esse que não reabilita um árbitro de elite depois de três meses? É assustador.

Essa punição não ajuda os árbitros e serve somente como uma resposta para os clubes e para defesa da instituição. Uma gestão que não sabe administrar, humanizar e motivar seu capital humano está a caminho da falência.

Wilson Seneme e sua comissão tiveram tempo para trabalhar para pelo menos mudar algo. O problema é que a arbitragem brasileira piorou, erros graves têm ocorrido e isso é perceptível para quem acompanha o futebol.

Ou seja, se os árbitros estão com problemas, a Comissão tem grande parcela de culpa, inclusive por jogar tudo nas costas dos juízes, sem apresentar uma resolução.

Mas, quem é que ‘pune’ Seneme e sua Comissão?

Eles também estão precisando urgentemente do PADA.

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Erros assustadores marcam a arbitragem no mundo

Renata Ruel
Renata Ruel
Pierluigi Collina propôs a introdução do cartão branco
Pierluigi Collina propôs a introdução do cartão branco Getty

A arbitragem tem sido um problema crítico não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Erros grotescos e pitorescos têm decidido partidas.

 Um pênalti pitoresco ocorreu na Série B da Espanha, partida entre o Deportivo Fabril e o Estradense. Dois atacantes do Deportivo Fabril se trombaram dentro da área adversária, caíram e, inacreditavelmente, o árbitro, bem posicionado, marcou o pênalti. As reclamações foram enormes, porém, o árbitro manteve a penalidade equivocadamente.

 Em Portugal, na partida entre Marítimo e Casa Pia, em uma disputa normal de bola dentro da área entre atacante e defensor, o árbitro assinalou pênalti para o Casa Pia e ainda expulsou o jogador do Marítimo. O VAR manteve a decisão do campo, sendo que o erro claro e óbvio era evidente. Há quem considere o erro mais grave do VAR em Portugal até hoje.

 Na Argentina, no último sábado, pela quarta divisão, Victoriano Arenas e Lamadrid se enfrentavam, quando o atacante Matías Ruiz do Arenas, fez uma boa jogada pelo lado esquerdo, chutou cruzado na área e saiu comemorando o gol que foi confirmado pelo árbitro. O narrador incrédulo disse que a bola foi para fora. A equipe que sofreu o gol reclamou, a mídia local e estrangeira tratou o lance como “gol fantasma”. A discussões sobre a bola ter entrado ou não seguem, e esse possível ‘gol fantasma' livrou a equipe do Victoriano Arenas do rebaixamento.

 

No Brasil em todas as rodadas vemos erros de arbitragem, seja no campo ou no VAR.

 É pertinente expor que a falta de Fair Play dos jogadores nos lances citados também precisa ser evidenciada e criticada, pois junto com os erros de arbitragem prejudicam o produto futebol.

 Entretanto, erros injustificáveis têm acontecido pelo mundo, com alguns shows de horrores e o que se pensava ser apenas um problema nacional, tem se mostrado mundial. Desta forma, se faz necessário citar o comando de Pierluigi Collina na arbitragem da FIFA, assim como questionar as atuais regras da IFAB.

 Mudanças urgentes são essenciais neste momento atual da arbitragem. E a Copa do Mundo está próxima. O que esperar?

Fonte: Renata Ruel

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O Mito do Goleiro Intocável

Renata Ruel
Renata Ruel

O futebol é cheio de ‘verdades’ que não existem nas regras.  É comum ouvir: ‘ninguém pode tocar no goleiro na pequena área’, ‘era o último homem, tem que expulsar’, ‘bola prensada é da defesa’, entre outras fases bem populares.

No Brasil tenho visto muitas marcações de faltas nos goleiros sem que elas existam, assim como tenho observado reclamações por não assinalarem infrações nos goleiros na Premier League e isso aguçou em mim o mito do goleiro intocável.

Pela regra do jogo o goleiro, diferentemente dos outros jogadores, pode tocar a bola com as mãos e braços dentro da sua área penal e mesmo assim há exceções, por exemplo, recuo de bola, arremesso lateral da própria equipe, assim como outras infrações passíveis e especificas da posição. Ah, lembra da regra que se o goleiro mantiver a posse de bola por mais de 6 segundos uma infração deverá ser marcada? Pode não parecer, mas ela ainda existe.

Toda falta é uma infração à regra do jogo, mas nem toda infração é uma falta, isto é, um pontapé imprudente no adversário é uma falta e consequentemente uma infração à regra, já um impedimento sinalizado ou entrar no campo sem autorização são infrações, porém não são faltas.

Os goleiros, assim como os outros jogadores, estão sujeitos a receber faltas e cometê-las também.

Em relação ao goleiro, uma das partes das regras diz que: 

“Considera-se que o goleiro tem o controle, a posse de bola com suas mãos, quando: 

• mantiver a bola nas mãos ou quando a bola se encontrar entre sua mão e uma superfície (por exemplo, o chão, seu corpo) ou quando estiver tocando na bola com qualquer parte das mãos ou braços, exceto se a bola rebotar nele ou mesmo depois de fazer uma defesa deliberada; 

• tiver a bola na palma da mão aberta; 

• estiver quicando a bola no chão ou jogando-a para o ar.

Durante o período em que o goleiro estiver com controle ou domínio da bola com as mãos nenhum adversário pode disputar a bola com ele.

Um jogador não pode impedir o goleiro de jogar ou tentar jogar a bola com as mãos ou com os pés quando estiver em processo de recolocação da bola em disputa. Quando o goleiro tem a posse de bola, se um jogador tentar pegá-la cometerá infração.”

Fora o texto acima, será infração ou falta no goleiro assim como em outros jogadores: receber uma carga, um pontapé, calço, ser agarrado ou empurrado, sofrer jogo perigoso entre as outras infrações previstas nas regras. O que for obstrução ou ação de bloqueio em um jogador também será no goleiro e automaticamente o que for em um jogador não será no goleiro.

Porém, o mito do goleiro intocável é um problema geral, inclusive para alguns árbitros que preferem marcar faltas onde não existem por ser ‘mais fácil’ e o ‘futebol aceitar’ justamente pela fábula do goleiro não poder ser tocado, encostado dentro da área, principalmente na área de meta.

Meret, goleiro do Napoli, faz defesa durante jogo contra o Bologna
Meret, goleiro do Napoli, faz defesa durante jogo contra o Bologna EFE | ESPN

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O mundo reclama do VAR... O que adianta ter um 'avião' e não ter 'pilotos' qualificados?

Renata Ruel
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Árbitro Andrew Madley consulta o VAR durante Chelsea x West Ham, pela Premier League
Árbitro Andrew Madley consulta o VAR durante Chelsea x West Ham, pela Premier League Steven Paston/PA Images via Getty Images

No Brasil, as reclamações sobre o VAR (Árbitro de Vídeo) são constantes, mas não são exclusivas do nosso país.

Aqui, esquecem de traçar a linha. No Campeonato Italiano, a Juventus teve um gol legal anulado por impedimento e ao acompanhar outros campeonatos - Premier League, LaLiga, Campeonato Argentino, etc. - percebe-se que há uma reclamação na grande maioria dos países do uso do VAR.

Observe algumas repercussões da imprensa pelo mundo sobre o sistema:

Clarín: "Los árbitros y el VAR están atrapados em um laberinto infinito de contraadicciones"

Marca: "Escándalo VAR en Italia"

SPORTSRY: "Is the Premier League facing a VAR crisis?"

Daily Star: "Fans rage over Premier League VAR calls with 'meaningless gesture' slammed" - "Torcedores se enfurecem com chamadas do VAR da Premier League com 'gesto sem sentido' criticado"

Gazzetta dello Sport: "Anche la VAR ha un prezzo (troppo alto): la Juve perde due punti per lo Scudetto" - "VAR também tem preço (muito alto): Juve perde dois pontos para o Scudetto"

Não é a primeira vez e não será a última que a tecnologia do VAR é questionada. Sabe-se que ainda não é a ideal, faz diferença a quantidade e posicionamento de câmeras em um jogo, ângulos fornecidos, sol ou sombra que atrapalham, imagem não totalmente aberta como deveriam entre outros pontos. Contudo, alguns avanços aconteceram, como por exemplo a análise do impedimento semiautomático utilizado pela Uefa.

O investimento e o avanço da tecnologia podem resolver muitos problemas, mas o maior deles ainda segue sendo "os pilotos". O que adianta ter um avião e não ter pilotos qualificados?

O que é um erro claro e óbvio para o VAR intervir? Por que cabem tantas interpretações distintas em lances parecidos? Por que tanta dificuldade em entender quando há ou não infração de mão/braço? Por que o que é pênalti no Brasil, não é na Espanha ou o que é na Espanha não é na Inglaterra? Por que tantos estilos diferentes de árbitros e arbitragem? Até que ponto a cultura de um lugar influencia na arbitragem e no jogo? Será que somente jogadores, torcedores, imprensa estão "perdidos" com tantas polêmicas ou os árbitros também?

O VAR tem a filosofia da "mínima interferência, máximo benefício". Entretanto, no futebol a própria regra 5 traz em seu texto: "O árbitro deve tomar as decisões do jogo com o máximo de sua capacidade, de acordo com as regras e o 'espírito do jogo', segundo sua opinião. Em razão disso, o árbitro possui poder discricionário para adotar as medidas adequadas para cumprir a essência das regras do jogo". Observe o texto em negrito.

O árbitro, o VAR, as regras, as orientações e a arbitragem no mundo vivem um momento crítico de questionamentos em 2022. Claro que em alguns lugares com problemas bem mais sérios que em outros, com erros constantes como no Brasil agravando a situação.

Além da tecnológica, é fundamental também a melhoria dos árbitros, instrutores e até mesmo das regras, orientações para que os critérios se aproximem da realidade do futebol. Polêmicas sempre vão existir, mas diminuí-las tem que ser compromisso de quem trabalha com as regras. Entender e estudar a cultura futebol são passos primordiais para uma arbitragem mais efetiva seja no campo ou no VAR.

 

Fonte: Renata Ruel

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Árbitro de vídeo novamente mostra desconhecimento da regra e é salvo por AVAR no Brasileiro

Renata Ruel
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O que seria do árbitro de vídeo (VAR) Adriano Milczvski, da elite da CBF, se não fosse seu assistente Luciano Roggenbaum (AVAR)?

Pela 22ª rodada do Brasileirão série A, eles foram responsáveis pelo VAR no jogo Internacional 3 a 0 Fluminense, o jogo foi marcado por algumas polêmicas e a CBF disponibilizou o áudio do VAR. Em um lance de impedimento ajustado, onde atacante e defensor pareciam estar no próprio campo de defesa do Internacional e sai o gol da equipe gaúcha, ao escutar o áudio foi possível observar a primeira vez que Adriano mostrou desconhecimento da regra do jogo.

Veja trechos da conversa a seguir:

Adriano (VAR): “A inclinação do corpo não conta, certo?”

Luciano (AVAR): “A inclinação do corpo conta se ele estiver.”

Pela regra 11 do impedimento, qualquer parte do corpo do atacante e defensor irá contar para analisar a infração, menos braços e mãos. Ou seja, Adriano mostrou desconhecimento da regra do impedimento e o seu AVAR o auxiliou corretamente.

No dia 03 de setembro, pela 28ª da série B do Brasileirão, o Brusque venceu o Vasco por 1 a 0, novamente o árbitro assistente de vídeo salva o Adriano em gol anulado do Vasco por mão imediata.

AVAR: “Não teve toque de mão no atacante, Adriano?”

VAR: “Então, isso que quero ver.”

VAR: “Mas é o defensor que cabeceia, né? Por mais que se fosse braço dele, NÃO É IMEDIATEZ.”

AVAR: “Não, se vai no braço do atacante É IMEDIATEZ.”

Adriano novamente mostra desconhecimento da Regra do Jogo, agora no caso na Regra 12 que trata de faltas e incorreções e o texto diz que será infração se o jogador marcar um gol na equipe adversária após um toque imediato de mão/braço mesmo que acidental.

É inacreditável que um árbitro da elite da CBF e do futebol brasileiro desconheça a regra do jogo a este ponto, não é questão de interpretação e sim pontual da regra.

Sorte do Adriano Milczvski (VAR) ter em sua equipe o Luciano Roggenbaum (AVAR), entretanto ele não está ali para ficar “salvando” quem desconhece a regra do jogo. Se tem árbitros de campo passando pelo Pada (Programa de Assistência ao Desempenho da Arbitragem), está na hora do Milczvski passar também.

O árbitro Adriano Milczvski atuando durante partida entre Paraná Clube e Atlético-PR, válida pela sétima rodada da primeira fase do Campeonato Paranae
O árbitro Adriano Milczvski atuando durante partida entre Paraná Clube e Atlético-PR, válida pela sétima rodada da primeira fase do Campeonato Paranae GERALDO BUBNIAK/Gazeta Press
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Regra da FIFA e da International Board para quê?

Renata Ruel
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As primeiras 13 regras do futebol foram criadas em 1863 pela Football Association, na Inglaterra. Em 1886 as regras do jogo se tornaram responsabilidade da IFAB (International Football Association Board). A criação da FIFA ocorreu em 1904 e a entidade adotou as regras estabelecidas pela IFAB.

Com o crescimento do futebol pelo mundo, especialmente na Europa, a FIFA foi admitida pela International Board em 1913. As alterações das regras e seus estudos são feitos pela IFAB e a FIFA tem direito a voto.

A grande questão atual é a seguinte: para que ter regras de IFAB e FIFA, na teoria universais, se as competições, confederações e federações filiadas, que deveriam segui-las, parecem ter “feito suas próprias regras”?

Digo isso porque vemos regulamentos e orientações muito diferentes de um país para outro ou até mesmo dentro de um próprio país. Ao acompanhar diversos campeonatos pelo mundo – e os canais ESPN e Star+ nos proporcionam isso – percebem-se orientações distintas para marcação de infrações em toques de mão, por exemplo. Muitas vezes o que no Brasil é assinalado, na Inglaterra e Espanha não é.

Outro ponto é a “Regra 4 – O Equipamento dos Jogadores”, a qual deixa claro que as equipes devem usar cores diferentes entre si. Entretanto, o regulamente da Premier Legue permite cores iguais se isso não causar choque visual, o que vai ocorrer, principalmente em lances de bola parada onde os jogadores formam aquela linha e o assistente muitas vezes define uma infração de impedimento pela cor do uniforme.

O chefe de arbitragem da Premier League, Mike Riley, informou em agosto de 2021 que as linhas de impedimento nas análises do VAR seriam "engrossadas", beneficiando os atacantes e provavelmente diminuindo os gols anulados por posição de impedimento. Na época, Riley disse: “Agora o VAR passará a usar as famosas linhas de ‘tira-teima’, mais grossas. Caso elas estejam uma sobre a outra, o jogador que ataca estará em posição legal.” Isso também só ocorre na Premier League.

International Board discutirá sobre o uso do vídeo na Copa do Mundo de 2018
International Board discutirá sobre o uso do vídeo na Copa do Mundo de 2018 PAUL FAITH/AFP/Getty Images

A Espanha passou novas orientações aos seus árbitros para a temporada 2022/2023, o que gera novas percepções e tomada de decisões aos árbitros do país. Veja algumas delas (e nem colocarei sobre a bola na mão, pois só iria gerar mais controvérsia para o futebol brasileiro):

- Tempo efetivo: para evitar perda de tempo, foi solicitado aos árbitros conversar menos com os jogadores. A política de aumentar os minutos adicionados e perseguir os jogadores que fingem lesões continuará.

- Entradas: insiste em proteger o jogador de desarmes que possam causar lesões, ordenando punir com cartão vermelho as faltas cometidas com força excessiva. No ano passado, houve zagueiros que saíram sem cartão depois de fazer falta que machucou o adversário.

Há diversos exemplos, de vários lugares. Há diferença em instruções da Federação Paulista para a Carioca, da CBF para a Conmebol e assim por diante. Por isso brinco que ao comentar um torneio e depois outro é necessário “trocar o chip” e para os árbitros também.

A Copa do Mundo está chegando e a FIFA tem pela frente um grande desafio, tentar uniformizar os critérios de árbitros que chegam de jogos de futebol com culturas enraizadas e orientações diferentes, apesar da regra ser uma só.

Não há como negar que a arte da arbitragem vai muito além de um livro de regras.

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No dramático Palmeiras x Atlético-MG, Wilmar Roldán deu um show de arbitragem

Renata Ruel
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Palmeiras supera expulsões, vence Atlético-MG nos pênaltis e vai à semifinal da Libertadores; veja os melhores momentos

Libertadores é diferente não só para o torcedor, equipes, mídia, mas também para a arbitragem. Não tem jogo fácil, rivalidade entre os clubes e países, enfim, tudo que está envolvido torna a responsabilidade dos árbitros gigantesca.

Wilmar Roldán apitou um desses jogos difíceis, Palmeiras x Atlético-MG é um clássico que envolve grande rivalidade, além de definir o semifinalista da Conmebol Libertadores.

Falando sobre os lances pontuais que fizeram diferença no jogo:

- Expulsão do Danilo foi correta, jogo brusco grave, perde o tempo de disputa da bola, vem com a perna por cima, atinge com as travas o Zaracho em uma das panturrilhas com intensidade alta. Porém, o lance é tão claro que não precisaria de VAR, o colombiano poderia ter tomado a decisão de vermelho no campo de jogo. O VAR interferiu corretamente

- No lance do Gustavo Gómez, Everson perde o tempo da bola e acerta o zagueiro palmeirense, isso é falta. No campo foi marcado impedimento, o VAR tem que checar o lance, porém, até o momento a Conmebol não disponibilizou o áudio do VAR para sabermos o que definiram sobre o lance. Se não houve o impedimento do zagueiro paraguaio, o VAR deveria ter sugerido revisão, pois ocorreu a penalidade.

- Expulsão correta do Scarpa pela regra do jogo que apenas analisa ponto de contato, intensidade, risco ao adversário. O que aconteceu no lance não faz parte da análise da arbitragem, ou seja, o contexto, a falta que ele recebeu antes, e isso não é uma falha do árbitro de ontem e sim das regras e orientações.

- Expulsão do Vargas foi correta, o jogador claramente praticou conduta antidesportiva no segundo amarelo que é possível de cartão.

Wilmar Roldán na partida entre Palmeiras x Atlético-MG pela Conmebol Libertadores
Wilmar Roldán na partida entre Palmeiras x Atlético-MG pela Conmebol Libertadores Cesar Greco/SE Palmeiras

Roldán tem 42 anos e é um árbitro extremamente experiente, Fifa desde 2008, com Copa do Mundo e finais de Libertadores no currículo, entretanto, oscila entre boas atuações e outras recheadas de polêmicas. Uma delas um Brasil x Equador pelas eliminatórias da Copa do Mundo deste ano em que precisou do VAR quatro vezes, em duas delas Alisson teve sua expulsão revertida, assim como ontem, quando precisou do VAR na expulsão de Danilo.

A arbitragem colombiana não terá nenhum árbitro no Mundial do Qatar em função dessas oscilações e polêmicas frequentes.

Mas Palmeiras x Atlético-MG teve alto grau de dificuldade, e o trabalho de equipe entre campo e VAR foi fundamental para não comprometer a arbitragem. Hoje estão todos falando do jogo, das equipes, até das expulsões, entretanto, concordando com a arbitragem, isso é o que o futebol e todos nós queremos. Arbitragem que não seja protagonista, e ontem ela não foi.

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Daronco parece cansado - e como isso tem afetado as decisões do árbitro dentro de campo

Renata Ruel
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O futebol atual é extremamente veloz e automaticamente vai exigir um excelente preparo físico dos árbitros que estiverem em campo. Entretanto, é importante ressaltar que para ser um excelente árbitro não basta somente ser um atleta, ou seja, ter um ótimo condicionamento físico, é preciso também ter leitura de jogo, conhecimento e domínio das regras, entender de futebol entre outras habilidades que a arbitragem exige.

Anderson Daronco é um árbitro FIFA desde 2015, com 41 anos de idade, conhecido internacionalmente como o “juiz fortão” e quem tem acompanhado os seus jogos no apito deve ter notado que em alguns jogos ele tem ficado a uma distância significativa de lances importantes, tomando decisões equivocadas no campo e, desta forma, precisando de auxílio do árbitro de vídeo (VAR).

Foi o que ocorreu no jogo entre Ceará x Palmeiras, quando Richardson cometeu falta ao segurar o Dudu, impedindo assim uma oportunidade clara de gol. Por ser uma jogada verticalizada e com alta velocidade, percebesse que o Daronco ficou para trás, não conseguiu acompanhar a jogada e se posicionar conforme as orientações para ter uma visualização ideal do lance, não sinalizando em campo a infração que, de certa forma, era fácil de ver dentro das quatro linhas. O VAR sugeriu revisão e após olhar no vídeo tomou a decisão correta de falta e expulsão conforme a regra.

Outro exemplo de Daronco distante das jogadas foi em um pênalti para o São Paulo em cima do Luciano contra o Avaí, também um contra-ataque, ele acaba ficando para trás, o pênalti ocorre, não é marcado em campo e o VAR entra sugerindo revisão.

Claro, que há exemplos de lances nos quais Anderson Daronco está extremamente bem posicionado, porém nem sempre tomando a melhor decisão técnica.

Os árbitros não atuam se forem reprovados no teste físico da FIFA, contudo é um teste muitas vezes questionado por não ser o retrato do que o jogo exige do árbitro. Outro ponto, se o árbitro estiver muito cansado no jogo é normal ocorrer a falta de oxigênio no cérebro que altera a percepção e dificulta a assertividade nas tomadas de decisões.

Daronco parece cansado em alguns jogos e momentos das partidas. Só em 2022 já apitou 26 jogos oficiais, considerando de abril a julho foram 22 jogos, dando uma média de 5,5 por mês. É importante levar em consideração as viagens para esses jogos. O árbitro não tem carteira assinada, sendo que a preparação física, nutrição, fisioterapia, fisiologia, preparação psicológica é tudo por sua própria conta e ainda percorre em média 14km por jogo.

Ou seja, vários fatores podem estar pesando para esse o mal posicionamento e a distância significativa de Anderson Daronco nas partidas e como a atual comissão de arbitragem da CBF parece perdida e sem plano de gestão, fica difícil identificar o problema e achar a solução para que um dos melhores árbitros do Brasil volte a atuar de forma excelente em todos os quesitos.

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