Tradução errada da Regra do Jogo tem feito a arbitragem do Brasil passar vergonha internacional

Renata Ruel
Renata Ruel

O futebol e a arbitragem brasileira, ou melhor, o torneio e a arbitragem da CBF viraram notícia internacional após episódios envolvendo a Série B do Brasileirão em intervalo de quatro dias nas últimas rodadas.

Tombense x Náutico foi marcado por erro de arbitragem

O goleiro Lucas Perri, ao cobrar uma falta, escorrega, dá o primeiro toque na bola de joelho e a toca em seguida com o pé. A arbitragem em campo marca tiro livre indireto e aplica cartão amarelo por impedir um ataque promissor. O VAR sugere a revisão e o cartão é alterado para vermelho por impedir uma oportunidade clara de gol. 

Entretanto, a Regra do Jogo em inglês (que é a oficial) e em espanhol também deixam claro que o reinício deve ser feito com o pontapé. Desta forma, o tiro livre deveria ter sido repetido e o goleiro não poderia ser punido.


O Náutico, em forma de protesto, deu o tiro de saída contra o Criciúma também com o joelho. Novamente a arbitragem do jogo e da CBF permitiu (de forma equivocada) que o jogo seguisse. O tiro de saída deveria ter sido repetido, já que a cobrança não foi com um pontapé.

A tradução do Livro de Regras em português está errada. 

Ao invés de constar 'chute' ou 'pontapé' tem a palavra 'tocada', que muda a interpretação da regra de forma grave. E não é a primeira vez que falo sobre isso. 

Em fevereiro de 2020 alertei sobre o assunto após um árbitro assistente não permitir que um jogador movesse de lugar a bandeirinha de escanteio, de forma correta pelo livro em inglês, mas novamente com a versão em português traduzindo de maneira equivocada.

Os lances dos dois jogos do Náutico se espalharam pelo mundo e é possível ver em redes sociais críticas ao que está ocorrendo no futebol e na arbitragem da CBF, que em nenhum momento se manifestou publicamente sobre o assunto, se limitando a liberar o áudio do VAR da partida diante da Tombense. 

A gravação mostra o erro ao ver o toque, mas não cita ou se atenta que foi com o joelho.

Sempre vimos erros de arbitragem no futebol brasileiro. Mas equívocos como esses, que vão contra a regra do jogo, são inadmissíveis e absurdos. Wilson Seneme e a CBF estão ‘chancelando’ erros graves com o silêncio, tanto que eles aconteceram duas vezes em menos de uma semana. 

Seria mais ‘bonito’ vir a público e assumir a tradução e orientação equivocadas aos árbitros do que seguir passando vergonha nacional e internacional, pois erros acontecem.

A arbitragem brasileira
A arbitragem brasileira Arte do ESPN.com (Joey Guidone)
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Tradução errada da Regra do Jogo tem feito a arbitragem do Brasil passar vergonha internacional

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Edina Alves faz história e impulsiona arbitragem feminina no Brasil

Renata Ruel
Renata Ruel

Edina Alves Batista apitou sua segunda semifinal de Copa do Mundo Feminina, na vitória da Espanha por 2 a 1 em cima da Suécia, nesta terça-feira (15). Com isso, a árbitra se tornou a brasileira com mais jogos apitados em Copa do Mundo entre homens e mulheres.

São oito jogos em duas Copas do Mundo, ultrapassando Carlos Eugênio Simon que apitou sete jogos em três Copas do Mundo.

Este é mais um marco histórico em sua carreira vencedora, que ainda conta com os fatos históricos de ser a primeira mulher a apitar em um Mundial de Clubes, CONMEBOL Libertadores e uma final de Campeonato Paulista masculino, entre outros.

Edina Alves em ação pela Copa do Mundo Feminina de 2023
Edina Alves em ação pela Copa do Mundo Feminina de 2023 Getty Images

Este fato ajuda a impulsionar a arbitragem feminina no Brasil e no mundo. Por exemplo, Ruthyanna Camila, árbitra da Paraíba, foi convidada para o Programa da Conmebol, que acontecerá no Paraguai, em setembro, junto com a assistente Maíra Moreira.

A arbitragem feminina brasileira vai ganhando cada vez mais espaço internacional, através de um trabalho que começou há anos com dirigentes que deram oportunidades para mulheres como Silvia Regina e também com a luta da mineira Lea Campos, que foi a primeira árbitra reconhecida pela FIFA.

Veja a lista de árbitros com mais jogos em Copas:

- 11 jogos

Uzbequistão: Ravshan Irmatov - 3 copas

- 9 jogos

Argentina: Nestor Pitana - 2 copas

- 8 jogos

Brasil - Edina Macedo - 2 Copas

França: Joël Quiniou - 3 copas

Uruguai: Jorge Larrionda - 2 Copas

México: Benito Archundia - 2 Copas

- 7 jogos

Brasil: Carlos Simon - 3 Copas

Emirados Árabes Unidos: Ali Bujsaim - 3 Copas

Bélgica: Frank de Bleeckere - 2 Copas

Espanha: Juan Gardezábal Garay - 3 copas

País de Gales: Sandy Griffiths - 3 Copas

Bélgica: John Langenus - 3 copas

Países Baixos: Björn Kuipers - 2 copas

Fonte: Renata Ruel

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A ‘punição’ da CBF a Wilton Pereira Sampaio e outros tem o silêncio da associação dos árbitros

Renata Ruel
Renata Ruel

Os árbitros de Goiás que pertencem ao quadro da CBF estão há duas rodadas sem escala em todas as categorias e sequer estão sendo escalados como quarto árbitro em jogos locais. Nem o mundialista Wilton Pereira Sampaio escapou desse ‘ataque de fúria’ de Wilson Seneme e CBF.

O Goiás e a Federação Goiana de Futebol fizeram duras críticas à arbitragem após a vitória por 1 a 0 do Goiás diante do Fortaleza, no último sábado (5).

“Nós não aguentamos mais conviver com tantos problemas de arbitragem que vêm acontecendo com o Goiás desde o ano passado . É inadmissível o Brasil continuar com esse nível de arbitragem ridículo. Já perdi a conta de quantos ofícios mandei para a CBF. Além disso, a Federação Goiana defende seu afiliado, policiou-se fortemente a nosso favor e contra a arbitragem. Estamos cansados. Já ligamos, já conversamos com o Seneme e nada. O Goiás não admite ser roubado mais”, esbravejou o presidente do Goiás, Paulo Rogério.

Antes dessas críticas, já haviam ocorridas outras e a arbitragem goiana perdeu espaço. Costumo chamar isso de ‘punição silenciosa', onde os dirigentes punem os árbitros quando e como querem, muitas vezes sem motivos transparentes. É uma prática comum, eu mesma já fiquei 3 meses sem escala durante uma época que havia me afastado do sindicato dos árbitros. 

O árbitro está apto, aprovado em teste físico, prova teórica, sem problemas nos jogos que trabalha e simplesmente fica fora de escala. Este ano mesmo, em função de um desentendimento entre Conmebol e a Associação Paraguaia, os árbitros do Paraguai ficaram um bom tempo sem escalas na Libertadores e Sul-Americana. Podemos dizer que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco.

Wilton Pereira durante jogo da Copa do Mundo 2022, no Qatar
Wilton Pereira durante jogo da Copa do Mundo 2022, no Qatar Getty Images

Retaliar a arbitragem é uma prática comum, algumas vezes os comandantes da arbitragem o fazem e outras a ordem vem de cima. Isso mostra como a arbitragem não é simplesmente meritocracia, deixa claro que os árbitros sabem que acontecem essas punições caso desagradem seus dirigentes e por isso muitas vezes se calam e/ou aceitam o inaceitável.

Para mostrar um pouco mais como funciona esse universo da arbitragem, este ano foi criada a Associação de Árbitros de Futebol do Brasil, com o slogan ‘Árbitros para árbitros’.  Em seu primeiro post no Instagram, a Associação descreve que “uma das propostas da ABRAFUT é falar em nome dos árbitros brasileiros. É dar aos mesmos o direito de voz que todas as outras vertentes envolvidas no futebol têm. Os posicionamentos e defesas diante de julgamentos injustos e/ou condenações injustas e infundadas estiveram no poder de todos os envolvidos no âmbito futebolístico, com exceção da arbitragem”.

Essa associação que foi criada para dar voz aos árbitros e os defenderem (seus associados), está totalmente calada diante desta falta de escala dos árbitros goianos pela CBF, se cala também diante das punições oficiais aplicadas pelo seu comandante Wilson Seneme e da CBF, como a dada ao árbitro Bruno Arleu e tantos outros. Por que a ABRAFUT não se manifesta a favor dos seus associados e automaticamente contra quem escala todos que fazem parte desta associação? Essa questão já foi respondida ao decorrer dessa matéria. 

Infelizmente, a arbitragem diretamente ligada à Confederação e às Federações pode ser considerada um problema. Se torcermos para uma Liga independentemente, também torcemos para uma arbitragem independentemente como da Premier League

A arbitragem brasileira precisa melhorar muito e em muitas vertentes, enquanto isso seguiremos vivenciando ‘punições silenciosas'.

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O VAR no Brasil está mais para 'Mínima interferência, mínima eficiência'

Renata Ruel
Renata Ruel

O VAR surgiu com o lema “Mínima interferência, máxima eficiência”.

Porém, o que se vê atualmente nos campeonatos da Confederação Brasileira de Futebol está mais para “Mínima interferência, mínima eficiência”, ao observar erros claros e óbvios onde o árbitro de vídeo tem ficado quietinho sem cumprir sua função.

Só pela 10° rodada do Brasileirão, que ocorreu neste último final de semana, dois lances foram ignorados pelo VAR:

- Thiago Galhardo, do Fortaleza, atinge com a trava da chuteira e com força excessiva a panturilha de Marlon Freitas do Botafogo. Em uma das imagens é possível observar que há uma leve entorse do jogador botafoguense em função da entrada, onde sua integridade física foi colocada em risco. Lance para cartão vermelho.

- David, jogador do São Paulo, levanta Artur, do Palmeiras, pelo pescoço. Pela regra isso caracteriza conduta violenta, pois age com brutalidade e sem disputa de bola. Deveria ter sido expulso.

Não adianta comemorar menos intervenção do VAR, se os erros seguem acontecendo no campo e no árbitro de vídeo.

Ninguém quer o VAR apitando o jogo e interferindo demais na partida, mas sim cumprindo o seu papel de atuar em erros claros e óbvios, o que não tem acontecido.

A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem
A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem Arte/ESPN
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Como fala de Seneme ‘libera’ conduta violenta sem punição nos campeonatos da CBF

Renata Ruel
Renata Ruel

Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, tem feito vídeos para comentar decisões polêmicas da arbitragem e tem causado ainda mais polêmicas com estes.

Por exemplo: até o momento nenhum árbitro errou, dando a entender que é mais uma defesa institucional do que uma análise coerente.

Em um desses vídeos, Seneme diz que a pisada de Gabigol em Ganso, no jogo de ida pela Copa do Brasil, entre Fluminense x Flamengo, não foi para expulsão, como se meia do Fluminense tivesse colocado a perna no caminho do adversário para o toque. 

Eu discordo. Como escrevi em matéria anterior para o blog, há conduta violenta na pisada, há excesso de força, como diz a regra, e não foi acidental. Era evitável.

Com isso o presidente da Comissão abriu um precedente perigoso para lances relacionados à conduta violenta e isso pode ser visto em dois lances nos jogos de volta agora pela Copa do Brasil:

 Di Plácido, do Botafogo, acerta fora da disputa da bola o rosto de Cuello, do Athletico-PR. Foi deliberado, teve força significativa e caracteriza conduta violenta;

Samuel Xavier, do Fluminense, após fazer falta, pisa duas vezes em Gerson, do Flamengo. No foi de forma acidental, foi deliberado e com força significativa. Novamente conduta violenta.

Nos três casos citados a conduta violenta fica caracterizada e o cartão vermelho deveria ser aplicado, mas o VAR não sugeriu revisão em nenhum deles e uma justificativa é justamente em função das orientações recebidas e das análises feitas abertamente pelo presidente da Comissão da CBF.

Seneme, após analisar e validar publicamente a pisada de Gabigol em Ganso como nada, como “está tudo bem”, “liberou” a conduta violenta no futebol brasileiro. 

É como dizer: “Podem agir assim pois não haverá punição”. 

Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN
Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN ESPN | NORBERTO DUARTE/AFP via Getty Ima
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Pesquisa revela grande insatisfação com a arbitragem em LaLiga; veja detalhes

Renata Ruel
Renata Ruel

A Assembleia Geral Extraordinária de LaLiga mostrou o resultado de uma pesquisa sobre a arbitragem na competição. Os dados mostram insatisfação e necessidade de mudanças.

Há algum tempo tenho dito que a arbitragem é um problema mundial com erros na Copa do Mundo do Qatar, nos campeonatos Europeus, no Brasil e na América Latina.

Assim como falo que falta entendimento, conhecimento de futebol aos dirigentes de arbitragem e aos seus árbitros de futebol.

Falta leitura, assim como ‘casar’ a regra com o entendimento do jogo.

Quando o processo é falho, faltará qualidade no produto final.

Os dados a seguir do resultado da pesquisa de LaLiga sobre a arbitragem falam por si. Veja e tire suas conclusões:

“ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE LALIGA

(19 DE ABRIL DE 2023)

RESULTADOS DA PESQUISA ANÔNIMA SOBRE A SITUAÇÃO DO ÁRBITRO

1. Modelo de organização/ estrutura de arbitragem:

* Modelo Premier, Bundesliga e MLS: 88% dos clubes da LaLiga apoiam o estabelecimento de uma empresa/ organização independente da Federação com estrutura própria para a gestão e organização da arbitragem no futebol profissional espanhol. Este modelo já está sendo aplicado na Alemanha (2022), Inglaterra (2001) e EUA (2012). As respectivas federações e ligas participam desses modelos e são aprovadas e aceitas pela FIFA.

* Participação da AFE: Além disso, os clubes, em 61%, acreditam que o sindicato dos

jogadores de futebol AFE participe do referido modelo de gerenciamento de arbitragem.

2. Critérios de arbitragem durante a temporada atual:

* Nível de intervenção do VAR: 86% dos clubes acreditam que os profissionais de futebol não têm certeza, ou apenas algumas vezes, quando o VAR vai intervir ou não, mesmo que tenham pleno conhecimento do protocolo.

* Mãos: 100% afirmam que os profissionais de futebol não entendem os critérios de mãos.

* Expulsões: 93% afirmam que o número de expulsões está sendo excessivo em relação a outras grandes ligas e que não corresponde ao nível de agressividade da competição. 78% acham que isso está alterando o desenvolvimento normal das reuniões.

* Pênaltis: 81% acham que estão sendo marcados pênaltis por contatos leves devido ao VAR e que outros pênaltis mais claros não estão sendo marcados, em função da confusão gerada nos profissionais do futebol.

* Explicação e publicação dos áudios do VAR: 90% dos clubes acreditam que, como já ocorre na MLS, a organização da arbitragem deve explicar publicamente as jogadas polêmicas após o final de cada dia, mostrando as imagens e os áudios do VAR com os árbitros de campo.


         
     

3. Questões de gerenciamento de arbitragem:

* Participação de ex- jogadores de futebol: 73% dos clubes acreditam que um grupo de ex- jogadores deve contribuir com sua experiência e conhecimento em campo, participando de seminários e reuniões semanais de arbitragem, a fim de aprimorar a interpretação das jogadas por parte do árbitros.

* Corpo específico do VAR: 71% acham que deve ser estabelecido um corpo VAR específico e fixo, que não alterne com o campo de jogo e sem limitação de tempo no referido corpo.

* Taxas de arbitragem: 71% dos clubes acreditam que o valor pago pela LaLiga e os clubes à RFEF com arbitragem, não corresponde à qualidade dos serviços prestados.

* Transparência nas promoções e despromoções: 85% consideram que deve haver o máximo de transparência nos relatórios dos árbitros e nas promoções e despromoções dos árbitros.

* Sistema de remuneração variável: 59% acreditam que deveria ser estabelecido um sistema de remuneração variável para os árbitros com base no desempenho de seu trabalho.

* Delegados relatores: 71% acham que os delegados de arbitragem devem ser independentes.

* Publicação de nomeações de árbitros: 33% dos clubes pensam que as designações devem ser publicadas no mesmo dia do jogo, 18% no dia anterior, 22% na quinta- feira anterior como no presente e o restante absteve- se.

4. Outros:

* Declarações públicas de jogadores de futebol: 83% dos clubes consideram que a interpretação do código disciplinar e as sanções contra jogadores de futebol por declarações críticas às arbitragens são excessivas.

* Prazos de recurso das sanções: 86% consideram que o dia da reunião das diferentes Comissões (Competição e Recursos) deve ser antecipado após cada dia, para que os clubes tenham tempo suficiente para solicitar um eventual recurso perante o TAD antes da disputa seguinte.”

Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN
Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN ESPN | Getty Images
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Seneme 'cria' regras que não existem em análise de polêmicas do Brasileirão

Renata Ruel
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A CBF TV inaugurou um programa com análises de arbitragem que promete ir ao ar todas às terças com o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, falando das polêmicas da rodada do Brasileirão.

Vejo a iniciativa com ótima, aumenta a transparência que tanto se pede sobre a arbitragem.

Entretanto, não resolve os problemas e na verdade pode gerar mais.

O primeiro programa teve duração em torno de 45 minutos e vou analisar apenas alguns pontos que considero relevantes e preocupantes nas falas de Seneme.

Ao analisar o lance entre Endrick do Palmeiras e o goleiro Cleiton do Bragantino, Seneme cria uma regra que não existe. Ele fala que quando goleiro saltando com as mãos no alto para ir na bola tem uma proteção da regra. Porém, isso não existe na regra e nem em orientações, nunca existiu. Isso é sério, é perigoso, cria-se um precedente para análises e marcações que não fazem parte da regra.

Deveria simplesmente falar que o Endrick faz uma carga imprudente no goleiro e por isso houve infração primeiro do atacante, mas jamais criar algo que não existe para justificar a decisão. E nem vou entrar no mérito que o protocolo do VAR não foi cumprido aqui, pois quem decidiu a falta por cargo foi o VAR, já que o árbitro em campo marcou mão do atacante.

Outro ponto a ser destacado é na análise da falta de Calleri no Fagner. Seneme fala que a bola está em direção ao Fagner que sobe primeiro e por isso há preferência. Mais uma vez uma fala que me assusta, pois nunca se ouviu isso no futebol e vejo como algo a ser analisado de forma equivocada novamente. A bola é alçada na área, está em distância de disputa de ambos, não há preferência de ninguém no lance.


         
     

Seneme poderia justificar a falta marcada conforme a regra “saltar de forma imprudente sobre o adversário” – para mim não ocorre falta, vejo como disputa de bola sem empurrão, carga ou salto imprudentes – porém, prefere novamente criar algo que não há e isso novamente pode “gerar verdades" que não existem.

Poderíamos discutir muitos outros pontos analisados pelo Presidente da Comissão de Arbitragem, exemplo a análise que a carga em Pedro Raul não é suficiente para pênalti, mas o braço do Rafinha sim. Entretanto, vou ficar nos que me chamaram a atenção por ser análises assustadoras de regras e orientações que não existem e não condiz com o futebol, além da falta de critérios em algumas análises.

E para quem acompanha o futebol europeu, percebe que algumas discussões que temos aqui no Brasil, jamais acontecem na Europa, algumas faltas que são marcadas aqui, lá não são de forma alguma.

Dirigentes e árbitros precisam jogar futebol para melhores tomadas de decisões ao conciliar as regras e o esporte.

Quando a comissão mostra falta de critérios, fica mais fácil entender o problema atual da arbitragem. O produto final apresenta problemas, porque há falhas no processo.

A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem
A comentarista Renata Ruel analisa as polêmicas da arbitragem Arte/ESPN
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Cartões de menos, falta de Fair Play e expulsões: as polêmicas no clássico entre Fluminense e Flamengo pela Copa do Brasil

Renata Ruel
Renata Ruel


O primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil entre Fluminense e Flamengo não faltaram polêmicas de arbitragem, seja no Campo com o Daronco ou no VAR. Um jogo difícil, com “temperatura alta" e clima tenso.

Logo no primeiro tempo, Felipe Melo dá uma entrada por trás em Gabigol, sem disputar a bola, onde desconsidera o risco para o adversário e merecia cartão amarelo, mas nem falta foi marcada.

Depois, o mesmo Felipe Melo mata um contra ataque do Flamengo com falta em Gabigol. Daronco aplica cartão amarelo em campo e faz gestual mostrando que não tinha direção do gol. No entanto o VAR sugere revisão e o cartão muda para vermelho. Para uma expulsão  por oportunidade clara de gol o árbitro precisa ter 100% de certeza dos elementos: domínio da bola, direção do gol, distância do gol e posição dos adversários. A direção da bola e do Gabigol apesar de ser mais lateral (algo que conta muito nas novas orientações), seria facilmente alterada em direção à meta, gerando o enfretamento 1 x 1 com o goleiro caso a falta não ocorresse. Por isso cartão vermelho bem aplicado.

EXPULSO! Felipe Melo fez falta em Gabigol, VAR chamou, e jogador do Fluminense levou o vermelho; VEJA o lance

Contudo, o VAR não sugeriu revisão no pisão de Gabigol em Ganso. O atacante do Flamengo pisa no meia do Fluminense, o pé de apoio do jogador rubro-negro é o direito e ele poderia evitar o pisão, ainda mais com aquela força e intensidade. No entanto, sequer tenta pular o diminuir o contato, pelo contrário, ele faz o movimento a mais. Já vimos muitos cartões vermelhos aplicados em lances semelhantes após o VAR chamar o árbitro. Gabigol deveria ter sido expulso.

Ficou barato? Gabigol acertou 'pisão' em Ganso, e jogadores do Fluminense reclamaram muito; VEJA o lance

Dois pontos negativos por parte dos jogadores foram as simulações absurdas praticadas por Samuel Xavier e Gabigol. Ambos simularam que foram atingidos no rosto, enquanto Samuel Xavier recebe uma mão no braço, e Gabigol sequer tem seu rosto tocado. A simulação é falta total de Fair Play com todos que acompanham o jogo. A arbitragem deveria punir ambos com cartão amarelo conforme a regra, mas a prática de Fair Play tem que partir do jogadores que precisam ter consciência que isso prejudica o espetáculo.

Infringir persistentemente às regras do jogo também é motivo para cartão amarelo e a partida contou com 5 faltas do Fluminense e 22 do Flamengo, sendo que o único amarelo do jogo foi para o Ganso por reclamação.

Podemos considerar essas as principais polêmicas.

A partida de volta promete e a arbitragem precisará ser mais eficiente do que foi nesse primeiro jogo, pelo tamanho do jogo e por valer vaga.

Gabigol e Felipe Melo no lance que resulto na expulsão do jogador do Fluminense
Gabigol e Felipe Melo no lance que resulto na expulsão do jogador do Fluminense Thiago Ribeiro/ Agif/Gazeta Press

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Os exemplos que mostram que árbitros brigam cada vez mais com a imagem do VAR no Brasil

Renata Ruel
Renata Ruel

A arbitragem brasileira terminou o ano de 2022 com erros graves e 2023 não tem mostrado uma melhora na sua qualidade até aqui. Ao contrário, os árbitros têm a possibilidade de rever os lances, por vários ângulos, velocidade e intensidade no VAR e, mesmo assim, brigam com a imagem e seguem errando.

No último final de semana, Flamengo e Botafogo jogaram pela terceira rodada do Brasileirão. Thiago Maia perdeu acertou um pontapé em Di Placido com alta velocidade, intensidade e força, elementos que caracterizam "jogo brusco grave" pela regra e cartão vermelho. O VAR sugeriu revisão e mesmo olhando a imagem por vários ângulos, mas a árbitra Edina Alves diz: “Ele erra o chute, entendeu? Ele vai na bola.” Ela não analisa os elementos básicos da regra e mantém a decisão de cartão amarelo.

Na última segunda-feira (01), Londrina e Criciúma se enfrentaram pela Série B. Em disputa de bola em cima da linha da área penal, o defensor Felipe, do Criciúma, disputa a bola com o adversário Diego, do Londrina, e o árbitro Matheus Candançan marca pênalti. Porém, as imagens mostram que há disputa por espaço, com a bola em distância de disputa entre eles, o defensor apoia o pé primeiro naquele espaço e o atacante o acerta como chute perdendo o equilíbrio, ou seja, não há penalidade. Nos áudios do VAR, disponibilizados no site da CBF, observa-se a interpretação correta do árbitro de vídeo que sugere revisão ao árbitro de campo. O árbitro analisa a imagem por vários ângulos e velocidade, assim como o ponto de contato e resolve manter a decisão de campo.

VAR no Campeonato Brasileiro
VAR no Campeonato Brasileiro Divulgação

Voltando um pouquinho mais, na final do Paulistão entre Palmeiras e Água Santa, alguns lances polêmicos aconteceram, inclusive um braço com uso de força excessiva em Zé Rafael. Entretanto, vamos para o lance no qual novamente o VAR sugere revisão e mesmo olhando a imagem a arbitragem segue com a decisão de campo. Dudu recebe uma braçada do jogador do Água Santa em uma disputa e revida com um soco nas costas do adversário. Tudo isso ocorreu sem disputa de bola, o que caracteriza conduta violenta e cartão vermelho. O VAR sugere revisão e mesmo assim Raphael Claus mantém sua decisão de campo.

Poderia citar muitos outros exemplos, mas estes são clássicos de árbitros brigando com as imagens e, coincidentemente, são três árbitros paulistas. As polêmicas não param por aí, até por que ao assistir os jogos dos campeonatos da CBF, incluindo Brasileiro Feminino e Copa do Brasil, os erros seguem acontecendo. No entanto, é perceptível que alguns estão passando despercebidos nas partidas, por exemplo, faltas claras que não estão sendo marcadas e o VAR não pode sugerir revisão por ocorrem fora da área.

Maurício Barbieri, técnico do Vasco, foi muito bem em sua fala em uma das suas entrevistas coletivas: “O problema da arbitragem brasileira parece que é o treinador. Eles não erram, não comentem equívoco. Eles vão continuar errando como erram sempre, eles vão continuar tendo uma falta de critério absoluta. Achar que o problema da arbitragem brasileira é o treinador é um desvio de foco.”

Enquanto a Comissão de Arbitragem da CBF, liderada pelo Wilson Seneme, não conseguir admitir seus problemas e seguir achando que está tudo ótimo com a arbitragem brasileira, dificilmente teremos uma melhora na qualidade.  

Fonte: Renata Ruel

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Solução dos problemas? Linhas sobrepostas da CBF não resolverão polêmicas; veja as razões

Renata Ruel
Renata Ruel

A CBF, através do chefe de arbitragem Wilson Seneme, anunciou as novas diretrizes da arbitragem para a Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro de 2023.

São elas: linha de impedimento sobreposta; decisões do VAR no telão; cartão amarelo para quem pressionar a ida do árbitro ao VAR; cartões para a má conduta nas áreas técnicas; área de aquecimento com no máximo seis jogadores e acréscimos ao estilo Copa do Mundo do Qatar. 

No site da CBF encontra-se o seguinte texto sobre a nova diretriz do VAR ao traçar a linha na análise de um atacante em posição ou não de impedimento:

“Durante as análises de um possível impedimento, os árbitros e assistentes de vídeo utilizam as linhas virtuais - azul do atacante e vermelho do último defensor - para identificar a posição do atacante e do defensor. A partir deste ano, sempre que houver sobreposição das linhas, a equipe que estiver no ataque será beneficiada. A mudança visa trazer mais justiça esportiva aos clubes”.

Wilson Seneme, chefe da arbitragem brasileira, em palestra sobre o tema
Wilson Seneme, chefe da arbitragem brasileira, em palestra sobre o tema Thais Magalhães/CBF

Porém, essa diretriz chamou a atenção do Laboratório Biomecânica Aplicada, que tem como responsável o professor Dr. Felipe Arruda Moura.

De acordo com o especialista, a polêmica seguirá ocorrendo, uma vez que as novas medidas não são as melhores para solucionar os problemas que existem na tecnologia do VAR usadas pela CBF e até mesmo em outros países como a Premier League.

No último dia 5 de abril, o perfil do Laboratório fez a seguinte publicação em seu perfil do Instagram, que autorizou a publicação do texto para este blog:

“A CBF anunciou hoje uma mudança nos procedimentos do VAR nas situações de impedimento. A ideia é alinhar com o que alguns campeonatos do mundo estão fazendo (como a Premier League), ao adotar linhas mais grossas e levar em consideração a sobreposição entre elas. Caso haja essa sobreposição, será dada vantagem para o ataque. Resumindo, segue o jogo!

Mas, embora pareça um avanço, estamos fazendo hoje esse alerta: essa modificação exige cuidados especiais que, se não forem levados em consideração, podem causar grandes injustiças!

Por que injustiças?

Quando afirmamos que parece uma evolução, é porque implicitamente o VAR está assumindo que há uma margem de erro. Logo, se há sobreposição, a medida é menor que o erro do sistema, logo, vamos deixar valer o gol e não estragar a festa.

Porém, há cuidados no procedimento que chamamos de calibração da câmera. Normalmente o VAR utiliza uma câmera para definir as linhas (card 1).

Infelizmente, as linhas traçadas pelo VAR têm a mesma espessura do começo ao fim (card 1). Mas, como a imagem da câmera não está perpendicular ao plano do campo, a mesma distância do outro lado do campo (card 2 - seta amarela) representa menos pixels na imagem.

Logo, cada pixel do lado de lá (seta amarela) representa uma medida, em metros, maior do que cada pixel mais próximo do campo (seta vermelha).

Isso significa que, no mínimo, a espessura da linha deveria variar, tornando-se mais fina até chegar do outro lado. Caso contrário, estaremos aceitando uma margem maior de erro quanto mais distante o lance estiver da câmera! ESTAMOS AVISANDO: ISSO VAI DAR POLÊMICA.

Se você entendeu até aqui, vai entender o último problema. Para garantir que a regra de margem de erro seja a mesma em todos os jogos, o VAR terá que garantir que a espessura da linha vai variar de acordo com os parâmetros de calibração da câmera.

Ou seja, se a espessura for a mesma para diferentes jogos, o VAR assumirá maior margem em alguns jogos que outros!

Fica o alerta! Para evitar problemas e novas polêmicas do VAR, é extremamente necessária a capacitação em Biomecânica!”

O sistema de VAR usado na Copa do Mundo do Qatar e pela UEFA atualmente é o que se aproxima do ideal com a tecnologia semiautomática. Enquanto isso, é fundamental buscar soluções cada vez mais efetivas para o polêmico impedimento ajustado. 

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Solução dos problemas? Linhas sobrepostas da CBF não resolverão polêmicas; veja as razões

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A dor de uma lesão que te deixa fora de uma semifinal do Paulistão

Renata Ruel
Renata Ruel
?Árbitro Vinícius Gonçalves Dias de Araújo em ação
?Árbitro Vinícius Gonçalves Dias de Araújo em ação ODRIGO ZIEBELL / FRAMEPHOTO / GAZETA PRE

Vinícius Gonçalves Dias de Araújo, conhecido como Tito na arbitragem, foi escalado para apitar a semifinal do Paulistão 2023. Ele seria o árbitro de Palmeiras x Ituano neste domingo no Allianz Parque. Entretanto, uma lesão no menisco o tirou da partida, e Flávio Rodrigues Souza o substituirá no apito.

Acredito que a dor emocional é maior que a física. Sofri algumas lesões durante os meus 15 anos de arbitragem. Algumas simples, porém outras me deixaram fora de grandes jogos durante meses, praticamente de um Campeonato Paulista inteiro.

O árbitro se prepara, se dedica, abdica de muitas coisas para estar sempre escalado e mais ainda para os grandes jogos como uma semifinal. Quantos árbitros gostariam de estar dentro do campo com essa oportunidade? E uma lesão te tirar não é nada fácil emocionalmente...

Atualmente a vida de um árbitro de elite não difere nas exigências físicas de um atleta de alto rendimento. A diferença é que ele não costuma ter as mesmas condições para se manter em alto nível.

Não há um centro de treinamento com acompanhamento diário para preparador físico, fisiologista, nutricionista, médico, fisioterapeuta  e, entre para a arbitragem. O árbitro muitas vezes treina quando, onde e o horário que for possível. Alguns ainda intercalam com o trabalho fixo, além das viagens e jogos.

Outro ponto é que além das partidas, os árbitros sempre precisam estar prontos para o teste físico, que em nada condiz com a realidade da exigência de um jogo.

O árbitro ainda ganha por jogo. Se ele for escalado e trabalhar ótimo, mas uma lesão pode tirar inclusive o seu ganha pão.

Vale destacar aqui também que o custo de uma lesão com remédios, médicos, exames, fisioterapia é por conta do árbitro.

A fala sobre a profissionalização é antiga e ainda a vejo distante, mas seguramente ajudaria nos pilares que tanto se exigem na arbitragem: técnico, físico, mental e social.

Com as lesões que tive, me dói ao ver um árbitro ou atleta machucar. Por isso,  desejo pronta recuperação ao Vinicius Gonçalves. E que o Flávio Souza possa entrar em campo com a gana de dois, a dele somada a do Vinicius.

Fonte: Renata Ruel

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?Árbitro Vinícius Gonçalves Dias de Araújo em ação
?Árbitro Vinícius Gonçalves Dias de Araújo em ação ODRIGO ZIEBELL / FRAMEPHOTO / GAZETA PRE

Vinícius Gonçalves Dias de Araújo, conhecido como Tito na arbitragem, foi escalado para apitar a semifinal do Paulistão 2023. Ele seria o árbitro de Palmeiras x Ituano neste domingo no Allianz Parque. Entretanto, uma lesão no menisco o tirou da partida, e Flávio Rodrigues Souza o substituirá no apito.

Acredito que a dor emocional é maior que a física. Sofri algumas lesões durante os meus 15 anos de arbitragem. Algumas simples, porém outras me deixaram fora de grandes jogos durante meses, praticamente de um Campeonato Paulista inteiro.

O árbitro se prepara, se dedica, abdica de muitas coisas para estar sempre escalado e mais ainda para os grandes jogos como uma semifinal. Quantos árbitros gostariam de estar dentro do campo com essa oportunidade? E uma lesão te tirar não é nada fácil emocionalmente...

Atualmente a vida de um árbitro de elite não difere nas exigências físicas de um atleta de alto rendimento. A diferença é que ele não costuma ter as mesmas condições para se manter em alto nível.

Não há um centro de treinamento com acompanhamento diário para preparador físico, fisiologista, nutricionista, médico, fisioterapeuta  e, entre para a arbitragem. O árbitro muitas vezes treina quando, onde e o horário que for possível. Alguns ainda intercalam com o trabalho fixo, além das viagens e jogos.

Outro ponto é que além das partidas, os árbitros sempre precisam estar prontos para o teste físico, que em nada condiz com a realidade da exigência de um jogo.

O árbitro ainda ganha por jogo. Se ele for escalado e trabalhar ótimo, mas uma lesão pode tirar inclusive o seu ganha pão.

Vale destacar aqui também que o custo de uma lesão com remédios, médicos, exames, fisioterapia é por conta do árbitro.

A fala sobre a profissionalização é antiga e ainda a vejo distante, mas seguramente ajudaria nos pilares que tanto se exigem na arbitragem: técnico, físico, mental e social.

Com as lesões que tive, me dói ao ver um árbitro ou atleta machucar. Por isso,  desejo pronta recuperação ao Vinicius Gonçalves. E que o Flávio Souza possa entrar em campo com a gana de dois, a dele somada a do Vinicius.

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Erros na Premier League e agressões no Brasil marcam o final de semana da arbitragem

Renata Ruel
Renata Ruel

O último final de semana não foi dos melhores para a arbitragem. 

A rodada da Premier League foi marcada por erros graves do VAR (árbitro de de vídeo) e inclusive resultou na punição do árbitro John Brooks, que atuou no jogo entre Brighton x Crystal Palace.

Brooks traçou a linha no jogador errado. Ao invés do penúltimo defensor, que seria Guéhi e daria condição legal para Estupiñán, anulando assim incorretamente o gol do Brighton.


         
     

No jogo Arsenal mais um erro do VAR, que esqueceu de analisar a posição de Norgaard no gol de empate do Brentford. Algo que pode custar a liderança para os Gunners em um campeonato tão acirrado.

Erros graves para a Premier League, que é considerada a maior liga de futebol do mundo atualmente.


         
     

Já no Brasil, erros de arbitragem até aconteceram, mas o que marcou o final de semana foram duas agressões a árbitros.

A primeira, no jogo entre Grêmio e Avenida (RS), pelo Campeonato Gaúcho. Ocorreu uma falta para o lado gremista, e o árbitro cumpriu a regra ao permitir que a cobrança fosse efetuada de forma rápida, pois a bola estava imóvel, no local onde a infração ocorreu, e entrou em joga de forma correta. A barreira é um benefício para a equipe que sofreu a infração, e não para a infratora então "abrir mão" da barreira é algo legal pela regra. 

O lance culminou em gol, e os jogadores do Avenida partiram para cima do árbitro, que cumpriu a regra do jogo. A reclamação mostra desconhecimento de regra por parte de quem trabalha com o futebol e deveria conhecer à risca.


         
     

No Campeonato Catarinense, partida entre Concórdia (SC) e Atlético (SC) , o jogador Fabinho, da equipe visitante, foi expulso por reclamar  de impedimento, no gol válido para o adversário, e na sequência acertou o árbitro Rafael Traci com o pé e depois com uma cabeçada.

Ou seja, dois árbitro agredidos no sul do Brasil, em campeonatos estaduais profissionais, e sequer estamos falando de torneios amadores.

Desta forma, o final de semana foi polêmico na Premier League e agressivo no Brasil.

Repudiar a violência é o mínimo a se fazer.

 

John Brooks, árbitro que foi afastado da Premier League após erro no VAR
John Brooks, árbitro que foi afastado da Premier League após erro no VAR Dave Howarth/Getty Images

 

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Árbitro de final de Copa é sempre escolha política, mas polonês que já foi jogador e deu 'chilique' é um dos melhores da Fifa

Renata Ruel
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A Fifa definiu o árbitro da grande final da Copa do Mundo do Qatar, e a partida entre Argentina e França será comandada pelo polonês de 41 anos, Szymon Marciniak, com os assistentes e conterrâneos Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz.

Nascido em Plock, Marciniak traçou um caminho pitoresco na arbitragem. Começou a vida esportiva como jogador, em uma partida ficou tão furioso por ter sido expulso que disse ao árbitro, de forma nada sutil, que ele era o pior que já tinha visto.

E o árbitro daquele jogo o respondeu: "Se você acha que pode fazer melhor - tente!"

E então ele decidiu se tornar árbitro de futebol, largando a vida de jogador, fazendo sua estreia na Ekstraklasa em 2009 e se tornou um árbitro Fifa em 2011.

Marciniak é um árbitro experiente pela Europa, são 50 jogos de Champions League, 4 em Copas do Mundo, esteve na Rússia, e agora no Qatar apitou Argentina 2 x 1 Austrália eFrança 2 x 1Dinamarca, pelas oitavas e fase de grupos, respectivamente, e em ambas Marciniak deu 5 cartões amarelos e nenhum vermelho. Ainda consta em seu currículo jogos como Inglaterra x Itália, Real Madrid x Chelsea, Barcelona x Inter de Milão entre outros jogos relevantes.

Para estar na final superou concorrentes fortes, como o italiano Daniele Orsato e o holandês Danny Makkelie. Até mesmo uma questão política, já que na próxima os Estados Unidos serão uma das sedes da Copa de 2026, e o árbitro norte-americano Ismail Elfath teria chances, mas será o quarto árbitro.

Entretanto, escalas sempre são políticas, até por serem escolhas e não sorteios e, sendo assim, que bom a final ter ficado para um dos melhores nomes da lista da Fifa de árbitros.

A americana, Kathryn Nesbitt, novamente escreve seu nome na história das mulheres na arbitragem, depois de ser a primeira mulher a atuar em um jogo das oitavas de final, bandeirando em Senegal x Inglaterra, será a quinta árbitra, e a primeira mulher escalada em uma final de Copa do Mundo masculina.

No VAR estarão Tomasz Kwiatkowski (POL), Juan Soto (VEN), Kyle Atkins (EUA) e Fernando Guerreiro (MEX).

Agora é torcer para que a arbitragem não seja protagonista em um dos maiores eventos do mundo.

Árbitro polonês  Szymon Marciniak apitando partida da Champions League 2022/23
Árbitro polonês Szymon Marciniak apitando partida da Champions League 2022/23 Angel Martinez/Getty Images
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Claus, Wilton Pereira Sampaio e mais 18: veja a arbitragem que segue na Copa do Mundo

Renata Ruel
Renata Ruel
Raphael Claus apitou Canadá x Marrocos na Copa do Mundo
Raphael Claus apitou Canadá x Marrocos na Copa do Mundo Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

Após as oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar, a Fifa dispensou 16 dos 36 árbitros convocados.

Os brasileiros, assim como seus assistentes, seguem firme com possíveis escalas para essa fase final do Mundial.

A primeira fase foi marcada por algumas polêmicas envolvendo a arbitragem. E os erros graves custaram caro. Um exemplo foi o iraniano Alireza Faghani, que voltou para casa mais cedo depois de marcar um pênalti por conta de um braço de apoio a favor do Uruguai contra Portugal.

Já nas oitavas, a arbitagem teve melhor desempenho.

Agora é esperar para ver como será daqui para frente...

Veja a seguir a lista dos árbitros que seguem no Qatar:

CONMEBOL:

- Fernando Raapallini (ARG)

- Facundo Tello (ARG)

- Jesus Valenzuela (VEM)

- Raphael Claus (BRA)

- Wilton Sampaio (BRA)

UEFA:

- Michael Oliver (ENG)

- Anthony Taylor (ENG)

- Antonio Mateu Lahoz (ESP)

- Stephanie Frappart (FRA)

- Clement Turpin (FRA)

- Daniele Orsato (ITA)

- Danny Makkelie (NED)

- Szymon Marciniak (POL)

AFC:

- Adbulrahman Al-Jassim (QAT)

- Abdulla Mohammed (UAE)

CAF:

- Mustapha Ghorbal (ALG)

- Victor Gomes (RSA)

CONCACAF:

- Cesar Ramos (MEX)

- Ivan Barton (SLV)

- Ismail Elfath (USA)

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Portugal teve dois pênaltis bem polêmicos a seu favor na Copa do Mundo do Qatar

Renata Ruel
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Cristiano Ronaldo reclama de lance com a arbitragem na Copa do Mundo
Cristiano Ronaldo reclama de lance com a arbitragem na Copa do Mundo Tom Weller/picture alliance via Getty Im


Portugal ganhou seus dois primeiros jogos na Copa do Mundo do Qatar, porém venceu com duas penalidades questionáveis.

No primeiro jogo contra Gana, não foi pênalti em Cristiano Ronaldo. Na disputa, o defensor toca a bola e depois acontece um contato normal de jogo, que não é o suficiente para derrubar o atacante e ser marcada uma infração. O VAR não sugeriu nem revisão do pênalt marcado em CR7. Portugal venceu por 3 a 2, e a penalidade teve influência direta no placar.

Em disputa de bola, Salisu derrubou Cristiano Ronaldo, e a arbitragem marcou pênalti em Portugal x Gana
Em disputa de bola, Salisu derrubou Cristiano Ronaldo, e a arbitragem marcou pênalti em Portugal x Gana Robert Cianflone/Getty Images

PORTUGAL 3 x 2 GANA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE JOÃO GUILHERME E COMENTÁRIOS DE OSVALDO PASCOAL

Já contra o Uruguai, o pênalti é ainda mais questionável, pois a marcação da penalidade vai as próprias regras da Fifa. No lance, o jogador uruguaio estica seu braço verticalmente em direção ao solo para se apoiar, ou seja, não é um braço para interceptar a bola, e não há movimento adicional. Com isso, pela regra não há infração se o braço está se movimentado em direção ao chão. A regra não fala que não será infração somente se estiver tocando o gramado , ou seja, mesmo o braço ainda sem tocar o solo é considerado de apoio e não há infração.

Arbitragem marcou pênalti em Giménez por toque de mão em Portugal x Uruguai
Arbitragem marcou pênalti em Giménez por toque de mão em Portugal x Uruguai Lionel Hahn/Getty Images

PORTUGAL 2 x 0 URUGUAI: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE NIVALDO PRIETO E COMENTÁRIOS DE PAULO CALÇADE

Esse pênalti marcado contra o Uruguai é horripilante. Portugal ganhou por 2 a 0, mas o pênalti saiu em um momento que o Uruguai pressionava. O árbitro não marcou em campo, o VAR sugeriu a revisão e após olhar o monitor, a mudança de decisão aconteceu.

São dois pênaltis bem polêmicos à favor da mesma equipe nesta Copa. E como a Fifa não tem transparência com os áudios, fica difícil até saber quais foram as justificativas  para essas marcações pitorescas.

A Copa do Mundo está sim cheias de polêmicas, de intervenções do VAR com mudanças de decisões e isso mostra que a arbitragem atual é um problema mundial e ainda tem muitos jogos pela frente no Qatar.

         

              

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Portugal teve dois pênaltis bem polêmicos a seu favor na Copa do Mundo do Qatar

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Wilton Pereira Sampaio vai bem de novo e tem tudo para seguir na Copa do Mundo do Qatar

Renata Ruel
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Wilton Pereira Sampaio apitou seu segundo jogo nesta Copa do Mundo do Qatar e novamente teve boa atuação. Após Senegal 0 x 2 Holanda, o goiano de 40 anos de idade comandou neste sábado (26) Polônia 2 x 0 Arábia Saudita.

O jogo exigiu bastante do árbitro brasileiro, que marcou 33 faltas e distribuiu 5 cartões amarelos, com um pênalti assinalado após a revisão no VAR, em um confronto muito disputado, no qual fica difícil manter o controle sem acertar as decisões de campo.

POLÔNIA 2 x 0 ARÁBIA SAUDITA: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE HAMILTON RODRIGUES E COMENTÁRIOS DE ELTON SERRA

Wilton manteve o critério desde o começo e apitou conforme vemos no futebol europeu, algo que a Fifa gosta. Desta forma, tem tudo para seguir na Copa do Mundo e comandar outras partidas.

Outro árbitro do país no Mundial, Raphael Claus, após polêmicas no seu primeiro duelo, entre Inglaterra x Irã, ainda não foi escalado novamente pela comissão de arbitragem da Fifa. Vejamos. 

Seguimos de olho na arbitragem brasileira no Qatar.

Wilton Pereira Sampaio em Polônia x Arábia Saudita, pela Copa do Mundo do Qatar
Wilton Pereira Sampaio em Polônia x Arábia Saudita, pela Copa do Mundo do Qatar Odd Andersen/Getty Images
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Wilton Pereira Sampaio vai bem de novo e tem tudo para seguir na Copa do Mundo do Qatar

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VAR atrapalha, e estreia de Raphael Claus na Copa do Mundo do Qatar é marcada por falta de critério

Renata Ruel
Renata Ruel

Raphael Claus apitou Inglaterra 6 x 2 Irã nesta segunda-feira (21) pelo grupo B da Copa do Mundo do Qatar, marcou 23 faltas e aplicou 2 cartões amarelos, números considerados baixos para um jogo, mas compatíveis com as características dele.

A partida começou com tudo e logo aos 2 minutos houve um pedido de pênalti a favor da Inglaterra. O zagueiro Maguire colocou o braço nos ombros de Cheshmi, que o abraçou primeiro, ou seja, eles se seguraram dentro da área iraniana e, pela regra, o primeiro ponto a ser analisado é se essas ações geraram impacto. Se sim, outro ponto é se ocorrem ao mesmo tempo, pois, pela regra, quando duas infrações acontecem ao mesmo tempo, a mais grave deve ser marcada, isto é, um pênalti é mais grave que uma falta para a defesa.

INGLATERRA 6 X 2 IRÃ: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE LUIZ CARLOS LARGO E COMENTÁRIOS DE MÁRIO MARRA

Maguire é agarrado primeiro e com uma ação que na minha visão gera impacto na sua movimentação para poder disputar a bola. Isto significa que a infração no atleta inglês ocorreu primeiro e, como gerou impacto, o pênalti deveria ter sido marcado.

Cabe interpretação no lance? Cabe, sim, há quem defenda que a ação não gerou impacto, até por isso vejo como acertada a decisão do VAR uruguaio em manter a decisão de Claus no campo de jogo, onde ele não apitou a possível penalidade para a Inglaterra.

O problema principal se deu nos 10 minutos de acréscimos do segundo tempo. Na cobrança de falta na área, Morteza Pouraliganji foi disputar a bola, mas sua camisa foi puxada por John Stones. Lance difícil no campo, mas pela imagem se percebe a camisa puxada durante o tempo em que o atacante busca se movimentar. É outro lance que cabe interpretação, mas mantendo o meu critério de avaliação vejo que o pênalti poderia ter sido marcado para o Irã.

Raphael Claus aplica cartão amarelo em Inglaterra x Irã, na Copa do Mundo do Qatar
Raphael Claus aplica cartão amarelo em Inglaterra x Irã, na Copa do Mundo do Qatar Jean Catuffe/Getty Images

Mas se no Maguire não foi assinalado, este também não deveria ter sido. No entanto, o VAR sugeriu revisão neste segundo lance, mesmo sem haver erro claro e óbvio, o que foge totalmente do critério adotado no possível penal para a Inglaterra no primeiro tempo, e cometeu um equívoco gigante ao fazer isto. Raphael Claus foi ao monitor e, após a revisão, decidiu pela penalidade.

Raphael Claus poderia ter não marcado o penal para o Irã ao olhar o monitor e manter o critério? Sim, poderia. A questão é que na infração a favor do Irã, ele teve uma oportunidade de revisão no monitor, mas na infração a favor da Inglaterra, não, pois o VAR não lhe deu essa chance.

A sorte é que não interferiu no resultado final. Contudo, a arbitragem sul-americana já deu as caras na Copa com suas faltas de critério.

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Por que italiano que apitou abertura da Copa do Mundo do Qatar pode também comandar a final

Renata Ruel
Renata Ruel

O italiano Daniele Orsato, 46 anos, pertence ao quadro da FIFA desde 2010. Acostumado com grandes jogos, é um dos principais árbitros da Itália e da Europa, muito bem cotado pela entidade maior do futebol e foi escalado para apitar a abertura da Copa do Mundo entre Qatar e Equador.

Logo aos 2 minutos de jogo a primeira grande polêmica no jogo. Gol no campo e impedimento marcado pelo VAR. Realmente, o jogador Estrada estava em posição de impedimento no momento que seu companheiro Torres cabeceia a bola. Lance dificílimo no campo, em que somente a tecnologia semiautomática da FIFA poderia assinalar a infração corretamente.

O primeiro gol da Copa do Mundo! Enner Valencia sofre pênalti, cobra com perfeição e abre o placar em Qatar x Equador

          

     



Orsato assinalou pênalti para o Equador aos 13 minutos do primeiro tempo e no campo de jogo. A penalidade foi clara, o goleiro perde o tempo da bola e derruba o atacante equatoriano.

No jogo em geral, fez uma ótima partida, tendo marcado 30 faltas e aplicou 6 cartões amarelos, com ótimo condicionamento físico, posicionamento, postura, leitura e controle de jogo.

Como a seleção italiana está fora da Copa, Daniele Orsato se torna um grande nome para comandar a final e outros grandes jogos no Qatar. E não será o primeiro a estar na abertura e na final, já que na última Copa do Mundo, o argentino Nestor Pitana alcançou esse feito.

Cada jogo é um passo rumo à final ou uma volta mais cedo para casa. Com o jogo de ontem, Orsato deu um passo a mais rumo à final.

Daniele Orsato em Qatar x Equador
Daniele Orsato em Qatar x Equador Richard Sellers/Getty Images
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Por que italiano que apitou abertura da Copa do Mundo do Qatar pode também comandar a final

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Erro grave: gol totalmente irregular é validado no jogo Grêmio 1 x 2 Palmeiras, pela final do Brasileirão sub-17

Renata Ruel
Renata Ruel

Grêmio e Palmeiras se enfrentaram pela final do Campeonato Brasileiro sub-17 na noite da última quinta-feira (17), o time paulista se sagrou campeão com a vitória por 2 a 1.

A grande questão é o gol totalmente irregular do Grêmio pela regra do jogo. A arbitragem validou e ninguém questionou, nem jogadores, comissão técnica ou a mídia. E isso, infelizmente, aconteceu porque as pessoas não conhecem as regras do esporte com o qual trabalham, apesar delas terem sido feitas para todos e não apenas para os árbitros.

Após um bola ao chão, o jogador número 11 do Grêmio, Jeferson Forneck, domina, finta um adversário e bate direto para o gol de fora da área, o que seria até um golaço se a regra permitisse. Entretanto, a regra diz que não se pode marcar um gol direto de um bola ao chão sem que pelo menos dois jogadores tenha tocado na bola, isto é, o jogador que receber a bola, se marcar um gol sem que esta tenha tocado pelo menos em outro jogador, o gol será invalidado e um tiro de meta será assinalado, se a bola entrou no gol adversário, e um tiro de canto se entrar na própria meta. Se a bola tocasse no goleiro, então o segundo toque ocorreria e o gol seria válido, mas esse toque não ocorreu.

Quem assiste às minhas palestras sabe disso, pois tenho um vídeo e um tópico sobre esse assunto. Como pode as pessoas que trabalham com o futebol não saberem? Tanto que não questionaram.

Fabio Menotti/Palmeiras
Fabio Menotti/Palmeiras Capitães de Grêmio e Palmeiras e arbitra

Como os árbitros não aplicam a regra do jogo? E pior, novamente árbitro da elite da CBF, árbitro do Brasileirão. O árbitro do jogo, Jeferson Ferreira de Moraes, apitou nove jogos da série A do Brasileiro em 2022, o assistente 1, Leone Carvalho Rocha, que corre em direção ao meio-campo dando o gol, tem 3 jogos na série A bandeirando este ano.

É revoltante que um produto como o futebol que envolve tanto dinheiro possa ser comprometido por erros de arbitragem como este e tantos outros que vimos em 2022. Não há desculpas para que árbitros, jogadores, treinadores e quem trabalha com o futebol não saiba as regras e regulamentos da modalidade. Na minha visão, ao entrar na base de um clube os jogadores já deveriam aprender as regras do jogo, os treinadores com esse conhecimento podem inclusive se beneficiar de questões táticas.

Veja o texto da Regra:

“Regra 8: O Início e o Reinício do Jogo:

Se em um bola ao chão a bola entrar na meta sem tocar em pelo menos dois jogadores, o

jogo será reiniciado com:

• um tiro de meta se entrar na meta do adversário ou

• um tiro de canto se entrar na meta da equipe que reinicio o jogo.”

Além de mudanças urgentes na arbitragem, pois este ano foi péssimo, também se faz necessária mudanças gerais para o futebol ganhar em qualidade, já que todos que gostam desse esporte estão perdendo com o que anda acontecendo.

Quando pensei que as polêmicas em 2022 no Brasil haviam acabado, ainda sou surpreendida. Vamos ver como será na Copa do Mundo.

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Árbitros da CBF que colecionam polêmicas seguirão no quadro da FIFA em 2023; veja as mudanças

Renata Ruel
Renata Ruel

A CBF anunciou em seu site oficial os novos árbitros da FIFA para 2023, assim como quem deixa o quadro para a próxima temporada.

Para a função de árbitro, os novos integrantes do quadro da FIFA pelo Brasil serão Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG) e Ramon Abbatti Abel (SC). Como assistentes, Luanderson Lima dos Santos (BA), Nailton Júnior de Souza Oliveira (CE) e Alex Ang Ribeiro (SP) foram os escolhidos.

Deixaram o quadro Internacional em 2023: Alessandro Álvaro Rocha Matos (BA), Kleber Lúcio Gil (SC), Luiz Flávio de Oliveira (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP).

Péricles Bassols, que passou a ser gerente técnico VAR da CBF no início deste, perde o escudo. Rodolpho Toski Marques (PR) vai deixar de ser árbitro internacional para integrar o quadro de Árbitro Assistente de Vìdeo (VAR) internacional.

Wilton Pereira Sampaio, Savio Pereira Sampaio, Wagner do Nascimento Magalhães, Anderson Daronco, Raphael Claus, Bruno Arleu, Braulio Machado e Flavio Rodrigues Souza seguem com seus escudos garantidos no próximo ano.

Sabemos que 2022 tem sido um ano desastroso da arbitragem da CBF, com erros no campo e no VAR que definiram resultados, classificações e geraram protestos constantes contra Wilson Seneme e sua Comissão.

Os árbitros FIFA não ficaram de fora dessas reclamações e alguns até ficaram um bom tempo na "geladeira" ou em divisões menores.

Wagner do Nascimento Magalhães, que não viu falta clara de Rodrigo Nestor em Moledo, no jogo entre São Paulo e Internacional no Morumbi, na última terça-feira (8), precisando do auxílio do VAR para anular o gol de Igor Gomes, e Savio Pereira Sampaio, árbitro de um dos jogos mais polêmicos do ano, Internacional x Botafogo, são exemplos do que se pode esperar para a próxima temporada como elite da arbitragem brasileira.


         
     

E desta vez vou terminar com a frase do ex-jogador e atualmente treinador Alex, ídolo de Cruzeiro e Palmeiras

“A lista para a Copa não tem apenas os melhores, mas os preferidos do treinador”. Ou seja, traduzindo para o quadro FIFA da CBF, nem sempre é por meritocracia.

Wagner do Nascimento Magalhães revisa lance do Brasileirão no monitor do VAR
Wagner do Nascimento Magalhães revisa lance do Brasileirão no monitor do VAR Miguel Schincariol/Getty Images
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